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Reabilitação Motora Após Traumatismo Crânio-Encefálico prof_esp_thiago_silva Epidemiologia do TCE (EUA) 1.7 milhão de pessoas anualmente; 52.000 mortes anualmente nos EUA; 275.000 são hospitalizadas; Quedas são a principal causa de TCE; A lesão cerebral é a ocorrência que mais mata e incapacita crianças e jovens. Custo $ 48.3 bilhões anuais para todos os TCEs nos EUA. DEFINIÇÃO “ O traumatismo crânio-encefálico é um insulto para o cérebro, ... causado por um força física externa, que pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, a qual resulta em deficiência da capacidade cognitiva ou do funcionamento físico”. Ele também pode resultar no distúrbio do funcionamento comportamental ou emocional. Esses podem ser temporários ou permanentes e causar incapacidade funcional parcial ou total ou desajuste psicológico.” DEFINIÇÃO “ A lesão cerebral traumática leva à mortalidade e morbidade e acarreta consequências pessoais, sociais e financeiras devastadoras; a maioria dos pacientes vítimas de TCE são jovens e previamente saudáveis.” INCIDÊNCIA 2x mais comum em homens; Faixa Etária: - abaixo de 5 anos: acidentes domésticos (quedas) - entre 15 e 40 anos: violência e álcool - acima dos 60 anos: risco de quedas A maioria tem entre 15 e 24 anos de idade. PRINCIPAIS CAUSAS Acidentes automobilísticos Violência (PAF, arma branca) Quedas Traumas desportivos (boxe, lutas marciais) MECANISMOS DA LESÃO Lesões com fratura do crânio Lesões sem fratura do crânio (lesão cerebral fechada) No local e distantes do local do impacto Aceleração Desaceleração Forças rotacionais Objetos perfurantes FISIOPATOLOGIA DO TCE Dano Primário: Laceração do tecido Contusão Cisalhamento Combinação de fatores Danos secundários Aumento da PIC Hipóxia cerebral ou isquemia Hemorragia intracraniana Desequilíbrio eletrolítico e ácido-base Infecções secundárias Convulsões Os exames de imagem podem evidenciar: Hematoma Epidural Hematoma Subdural Hematoma Intraparenquimatoso Hemorragia Subaracnóide Lesão Axonal Difusa ESCALA DE COMA DE GLASGOW CLASSIFICAÇÃO DA SEVERIDADE DO TCE Leve: 13 a 15 pontos na Escala de Glasgow Moderado: 9 a 12 pontos na Escala de Glasgow Grave: 3 a 8 pontos na Escala de Glasgow SINTOMATOLOGIA E ALTERAÇÕES Físicas: hemiparesia tetraparesia paraplegia associada à cegueira (mais raramente) ataxia cerebelar sinais extrapiramidais Alterações dos nervos cranianos. Cognitivas Déficit de atenção Concentração Planejamento Organização Julgamento Resolução de problemas Abstração Amnésia Agitação pós-traumática. SINTOMATOLOGIA E ALTERAÇÕES Comportamentais: dificuldades de iniciativa agressividade física e verbal dificuldades de aprendizado alteração sexual impulsividade desinibição social SINTOMATOLOGIA E ALTERAÇÕES Emocionais: Alterações de humor Personalidade Depressão Ansiedade SINTOMATOLOGIA E ALTERAÇÕES PROGNÓSTICO Escala de Resultado de Glasgow Estado Vegetativo Incapacidade Grave Incapacidade Moderada Boa Recuperação PROGNÓSTICO “ Lesões cranianas mais graves tendem a manifestar problemas físicos mais persistentes.” Jennett B, Teasdale G: Management of Head Injuries. Philadelphia, FA Davies, 1981 DIAGNÓSTICO NEUROFUNCIONAL Nível Estrutural Nível de Atividade Nível de Participação ESCALAS DE AVALIAÇÃO Escala de Ashworth (espasticidade) FIM Índice de Barthel Etc. PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES Escaras Trombose Venosa Profunda – TVP Osteoporose por desuso Calcificação Heterotópica PRINCIPAIS FATORES QUE INTERFEREM NA REABILITAÇÃO Alterações cognitivas Alterações do comportamento Espasticidade Fraqueza muscular acentuada Deformidades músculo-esqueléticas Fraturas ósseas Lesões associadas Calcificação heterotópica Miosite ossificante Distúrbios de linguagem Comprometimento da visão e da percepção visual Infecções Complicações cirúrgicas REABILITAÇÃO Importância da enfermagem e equipe Cuidados iniciais Prevenção dos problemas cutâneos Cuidados ortopédicos Cuidados digestivos Cuidados urinários TRATAMENTO DURANTE FASE AGUDA Posicionamento no leito Arco de movimento passivo Manutenção do trato respiratório Estimulação sensorial PROGRAMA DE ESTIMULAÇÃO SENSÓRIO-MOTORA Objetivos Tentar influenciar o sistema reticular ativador ascendente (RAS) Prevenir de privação sensorial Gerar respostas a estímulos sensoriais AMBIENTE VISUALMENTE ESTIMULANTE Objetos familiares coloridos Fotos do lar com nomes Artigos colocados dentro do campo visual Uso intermitente da televisão ESTÍMULOS AUDITIVOS Todo o staff profissional ou não deve falar com o paciente. Familiares são encorajados a trazer gravações com vozes da família e amigos. Rádio ou CDRom intermitentes com músicas favoritas. ESTIMULAÇÃO OLFATIVA Raramente realizada à beira do leito. A menos que tenha sido determinada resposta olfativa pelo paciente Diferentes perfumes ESTIMULAÇÃO CUTÂNEA Staff e visitantes devem ser encorajados a tocar os pacientes. Banhos de rotina podem promover estimulação cutânea. Estímulos podem ser dados por materiais de diferentes texturas (toalhas, etc) e pela temperatura da água e pelo sabonete. ESTIMULAÇÃO CINESTÉSICA Arco de movimento passivo visando correção das limitações e manutenção das amplitudes promovem estimulação cinestésica. Mudanças constantes de decúbito. Banhar-se e vestir-se (movimentos da cabeça / tronco) ESTIMULAÇÃO ORAL Cuidados de rotina da boca com esponja ou gazes em abaixadores de língua e escova macia ajudam a diminuir a hipersensitividade bem como diminuem reflexos orofaciais anormais. Produtos com sabor limão ou menta aumentam a quantidade de estimulação oral. ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA Biofeedback FES Terapia de Restrição e Indução do Movimento - (TRIM) Cinesioterapia Clássica Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva - PNF Conceito Bobath Arm Ability Training Realidade Virtual Hidroterapia Treadmill Training Equoterapia Toxina Botulínica Tipo A Prescrição de órteses Mesa Ortostática Barras Paralelas Pranchas de Equilíbrio Dispositivos especiais de adaptação EFICÁCIA DA INTERVENÇÃO “As alterações neurais estruturais são influenciadas pelo ambiente externo. Portanto, a prática deve ser realizada em ambientes e condições múltiplas”. Darcy Umphred – Reabilitação Neurológica - 4ª edição - 2004 A reabilitação a longo prazo é a chave para o controle motor melhorado. A recuperação pode continuar a ocorrer desde que o cérebro seja desafiado. EFICÁCIA DA INTERVENÇÃO CASO CLÍNICO Paciente #1 Sexo feminino, TCE aberto, de grau moderado pela escala de Glasgow, com lesão de hemisférios cerebrais em região frontal. Alteração de comportamento e humor, sem alteração de movimentos. CASO CLÍNICO Paciente #2 Sexo Masculino, TCE aberto, de grau grave pela escala de Glasgow, com lesão em região parieto-occipital. Alteração de movimentos de padrão global. Olhar conjugado superiormente.
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