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JURISDIÇÃO

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Jurisdição
Em latim, jurisdição significa “dizer o direito”. Quem diz o direito é o Estado (Poder Judiciário), por meio do juiz (terceiro imparcial), que tem como função aplicar normas para resolver conflitos inter partes ou intersubjetivos. Portanto, para Constituição atual a jurisdição tem como poder-dever de aplica normas para a resolução de conflitos, atentando sempre para a norma adequada ao caso concreto, com o objetivo de alcançar a pacificação social, resguardar a ordem pública e manter a autoridade da lei. A jurisdição, cujo instrumento é o processo, atua através de juízes e tribunais regularmente investidos mediante provocação prévia da parte, porque o judiciário é inerte. O processo começa por iniciativa da parte e por impulso oficial (Art. 2° CPC). Vale ressaltar que o sentindo assumido pelo texto da lei depende dos valores reinantes na sociedade e dos fatos envolvidos no caso concreto. A tarefa do agente jurisdicional é identificar esse significado, à luz desses valores e fatos, para assim aplica a lei. 
Características da Jurisdição 
Inercia 
Para que o juiz possa exercer a função jurisdicional, ele deve primeiramente ser provocado (art. 2° CPC/15). A jurisdição não é prestada de oficio, isso é, por impulso próprio. A iniciativa do processo é da parte e processo se desenvolve por impulso oficial (que é o dever do juiz). É a inércia da jurisdição que assegura a imparcialidade do juiz. 
Imutabilidade
A jurisdição não é apenas imperativa, mas também tende a ser imutável. Isto quer dizer que as decisões proferidas no exercício do Poder Judiciário não poderá ser revistas por outros Poderes estatais. Mais ainda, muitas vezes as decisões judiciais não podem ser revistas nem mesmo pelo próprio Poder Judiciário, é quando ocorre a coisa julgada. Ocorre a coisa julgada com animo definitivo quando: transcorrido o prazo de recurso e não cabe mais recurso. Quando a decisão definitiva não cabe mais recurso e ocorre o peticionamento com processo idêntico o juiz quando for analisar extingue sem analise de mérito, ou seja, já houve uma análise anterior e decisão julgada. 
OBS: se houver um processo com a mesma causa de pedir, o novo código de 2015 chancela a aplicação do precedente judicial. 
Elementos da ação
Parte - É cada pessoa que figura no processo como autor, réu ou litisconsorte.
Causa de pedir - São os fatos e fundamentos jurídicos do pedido.
Pedido - É a providência que se pede ao Judiciário, devendo ser certo e determinado. Excepcionalmente é permitido pedido genérico, ou seja, certo e determinável (art. 286).
Inelegibilidade
Apenas a Constituição Federal cria e autoriza os órgãos estatais aptos a exercer a função jurisdicional, bem como delimita a sua competência, não podendo esses delegarem a sua missão a outros órgãos ou agentes. Portanto, a Constituição estabelece também prerrogativas para os juízes, que são pessoas físicas que atuam em nome do Poder Judiciário de forma imparcial. 
Substitutividade
O juiz aplica a lei na condição de um terceiro estranho, alheio aos interesses envolvidos no caso concreto. As partes em regra tem por direito resolver conflitos por meio formas alternativas, mas quando não existe o acordo é possível a interferência do terceiro imparcial (juiz)substitui as partes para resolver o conflito. Alguns autores recentes não consideram essa expressão de todo adequada quando há casos em que as partes não teriam mesmo como resolver a questão sozinha, mesmo se não tivesse em conflito (p.ex: não adianta as partes concordarem que seu casamento é inválido, pois só a sentença judicial pode invalidar uma matrimonio). 
Imperativa
As decisões proferidas pelo juiz, após o devido processo legal são imbuídas de autoridade, motivo pelo qual são impostas as partes, independentemente de sua concordância. Bem por isso, no Art. 77 (IV). Destaca que, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo “IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;” Ao violar tal dever, implica a aplicação de multa pelo juiz de 20% do valor da causa, sem prejuízo de outras sanções civis, penais e processuais (art. 77 § 2°)

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