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Literatura brasileira II RESUMO

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Literatura brasileira II
teremos Oswald e Mario, Clarice, Narrativa contemporânea, Definição de contemporâneo e a entrevista com Armando valendo como questão. 
Aula 7 - Mário de Andrade e o jorro impetuoso da literatura
Nas duas primeiras décadas do século XX, no Brasil, surgiram escritores de formação realista-naturalista com uma obra preocupada com as questões sociais e uma proposta de intervenção maior na sociedade. Com uma linguagem que se aproximava da usada pelos excluídos pelo país oficial, esses escritores criticaram e elite e denunciaram a sociedade desigual. Propuseram uma redescoberta do país existente longe dos centros de poder, nos subúrbios metropolitanos e nas regiões afastadas do litoral. Esse chamado Pré-Modernismo brasileiro teve como destaque Euclides da Cunha, Graça Aranha, Lima Barreto, Monteiro Lobato, Augusto dos Anjos, entre outros precursores que influenciaram o movimento modernista na década de 1920. O Modernismo no Brasil foi um movimento de ampla difusão geográfica, que se estendeu até o final da década de 1978, reinventando a produção nas áreas de literatura e artes plásticas. Os modernistas foram influenciados pelos movimentos vanguardistas europeus de antes da Primeira Guerra. No entanto, não houve cópia e aqui está a grande novidade brasileira. O movimento distinguiu-se pela liberdade de estilo e aproximação com a língua falada. Em 1922, vivia-se uma efervescência cultural e política. Na cidade de São Paulo aconteceu a Semana de Arte Moderna, houve eleições presidenciais e a fundação do Partido Comunista em Niterói. O objetivo da Semana de Arte Moderna era comemorar o centenário da independência. Os participantes e organizadores tinham a preocupação de mostrar uma arte que fosse imanente à cultura popular brasileira. Um dos participantes foi Oswald de Andrade, autor do Manifesto da Poesia Pau-Brasil e o Manifesto Antropófago, e seu amigo Mário de Andrade.
Nesta aula, veremos três poemas de Mário de Andrade, o modernista que produziu uma obra variada, tanto agressiva e galhofeira como comprometida com as questões sociais. Mário de Andrade tem uma obra extensa publicada em jornais, revistas e livros. Foi ensaísta, poeta, romancista, crítico e teórico nas áreas de literatura, música, cinema, folclore e artes plásticas.
Nesta aula vimos três poemas de duas fases diferentes de Mário de Andrade. Embora separados no tempo, os dois primeiros escritos no auge do movimento modernista e o terceiro, após o poeta já ter realizado uma avaliação do Modernismo, esses poemas trazem igualmente preocupações sociais do autor com críticas à exclusão social e a abordagem de temas brasileiros, não só paulistas. Nos poemas, há uma necessidade do eu lírico aproximar-se do objeto criado no texto: a imagem do seringueiro ou a do rio. Neles se percebem as inovações que marcaram o movimento modernista. Podem-se ressaltar as características do movimento como a liberdade em relação à métrica e à rima, o uso de vocabulário e sintaxe populares, a sintaxe e a sonoridade próximas da prosa, a preocupação com temas do cotidiano, a ironia, as onamatopeias, o uso de reticências. 27 O poema “A meditação sobre o Tietê” não foi inteiramente transcrito neste texto. É interessante que você o leia por inteiro, chegando às suas próprias conclusões, meditando sobre a literatura e fazendo a atividade final proposta.
Identifique e comente as ocorrências de prosopopeia no poema. Resposta comentada: Espera-se que o aluno destaque que a prosopopeia modifica o sentido das palavras rio e águas, contribuindo para aproximá-las da imagem dos seres humanos, como nos casos em que se observa essa figura de linguagem: na segunda estrofe: “peito do rio”; águas” que “se aplacam / Num gemido”; na terceira estrofe: “Sarcástico rio”; e outros exemplos. Também outras palavras têm seu sentido modificado pela prosopopeia como “mãos que me traem” na quarta estrofe; ondas que “cantam” na sétima estrofe; “cauda de pavão, tão pesada e ilusória” na décima sexta estrofe. Na décima terceira estrofe, os peixes têm características humanas em um recurso à prosopopeia.
Analise a posição do eu lírico em relação a essas duas torres. Ele é protegido por elas? Elas são um elemento que o envolvem ou que fazem parte dele? Quais são os versos dos poemas vistos – “Dois poemas acreanos” e “A meditação sobre o Tietê” – que atestam que Mário de Andrade não se refugiava em uma torre de marfim?
Mário de Andrade tem uma posição crítica em relação ao motivo da torre de marfim. O poema “A meditação sobre o Tietê” expressa as tensões de um indivíduo burguês, de um poeta “humano”, impedido de ter a “fama das tempestades do Atlântico”, “melancólico e frágil”, “engruvinhado” (encarquilhado) e outros exemplos. O mesmo pode ser observado no conjunto de poemas “Dois poemas acreanos”, que mostra o poeta como um ser que tem dúvidas ou se sente miserável por não conhecer o outro, como uma pessoa comum que joga boxa e tem dívidas financeiras, ou que deseja se aproximar do outro embora não consiga.
Aula 8 - Modernismo e antropofagia: o hibridismo cultural em Oswald de Andrade
A obra de Oswald de Andrade tem papel crucial para o processo de produção poética no território nacional. A partir de seu engajamento com diversas vertentes literárias, o poeta viaja por diversos lugares em busca da experimentação do que há de novo no cenário mundial, e traz consigo novas formas de expressão para a poesia brasileira. Através de diversas correntes que engendraram pelo modernismo brasileiro, foi possível amadurecer na poesia ideais da cultura brasileira, projetados na Semana de Arte Moderna de 22. Apesar 22 da falta de objetividade segundo os críticos da época, a produção cultural tornou-se expoente de uma produção antropofagicamente inovadora, capaz de mudar a linguagem poética e inserir elementos genuinamente brasileiros para uma poesia digna de exportação, como a poesia Pau-Brasil de Oswald de Andrade.
Aula 14 - Clarice e a radical descoberta do mundo
Essa aula tem como objetivo relacionar acontecimentos da vida de Clarice Lispector que aguçaram uma sensibilidade humana em seus textos. Para isso, faz-se necessário reconhecer sentimentos de culpa e perdão, relações divinas e amorosas, intrigas e instantes capazes de adentrar obras que giram em torno de um ser humano em seu momento mais íntimo e singular da experiência denvida. Diante desse prisma, foram observadas duas narrativas, Perto do coração selvagem e Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres como forma de marcar propósitos semelhantes em tempos distintos da autora.
Como podemos afirmar a desejo por justiça em relação a obra de Clarice Lispector?
Oriunda de uma família judia radicada no Brasil, Clarice sofreu com a adaptação de sua própria família em território nacional, chegando a ter um primo torturado durante o período da Guerra. O clamor por justiça social a levou para os estudos jurídicos, inclusive pensando em modificar o sistema carcerário. Não obstante, publicou um conto, intitulado “Mineirinho”, onde radicaliza a crueldade humana nos treze disparos da polícia contra o bandido, como se o excesso de balas representasse a cólera oriunda de um ser humano que deveria representar a justiça.
Por que o biógrafo Moser chega a comparar Clarice a uma esfinge?
Moser, um dos maiores biógrafos, chega a compará-la a uma esfinge graças à impossibilidade de decifrá-la, assim como a lenda da Esfinge. Há em ambas há um enigma, uma áura que almeja uma resposta. Clarice era temida pelas entrevistadoras, e tinha histórias que perpassam sua vida pessoal, as inúmeras viagens e um olhar diferenciado acerca da alma humana. A própria escritora narra o encontro diante da Esfinge em uma viagem a Cairo. Encontro esse impossível de ser decifrado... Moser continua sua investida sobre Clarice ao afirmar os rastros de sua obra, como versões de inúmeros outros autores, o que nos leva a um labirinto de remetimentos, ilustrando a forma ímpar de escrita de Lispector. Essas inúmeras versões, suas aparições com ar misterioso, fazia com quecada crítico ficasse na expectativa por mais uma obra a ser decifrada.
Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, de Clarice Lispector é um romance que relata a busca de dois personagens por um ritmo próprio na relação amorosa que pode ser intensa enquanto busca pelo afeto. Podemos também ler este romance de Lispector como a arte de se buscar viver junto, incluindo formas de lidar com adversidades entre ausência ou excesso de diálogos, impasses e conflitos de interesses, desenvolvimento de uma vida a dois.
Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres é um relato em torno de um casal que potencialmente pode desenvolver uma relação singular, que atenda ao ritmo de cada um. Toda a trama do livro de Clarice destina-se a configurar aquilo que Roland Barthes chama de “fantasia idiorrítmica”: buscar o ritmo próprio, o movimento das ondas, numa fuga do ritmo direcionado à normalidade padronizada pelas instituições.
Todo o desenrolar da trama busca esse idiorritmo. Os dois personagens do livro - Lóri e Ulisses- vivem de certa forma a utopia do viver junto. Mas em que sentido? Ulisses, o personagem, pode corresponder a uma figura proposta por Roland Barthes em seu livro Fragmentos de um discurso amoroso. Mas justo o seu contrário, na medida em que é paciente, não sofre de pressa, desenvolve a arte da espera.
Qual é um possível ponto de encontro entre as obras Perto do coração selvagem e Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres?
Apesar de escritos com mais de 20 anos de diferença, é possível estabelermos um diálogo entre Perto do coração selvagem e Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. Em ambos os romances, há uma narrativa que se desenvolve através de tempo e espaço, assim como personagens que se projetam através de imagens do pensamento. A radicalidade humana está presente quando se adentra o mundo vivenciado pelos personagens a partir de metáforas que disseminam a busca pelo que há de mais vívido da experiência humana. Apesar de distantes temporalmente, são obras que convergem e se aproximam quando tecem a radicalidade humana.
Aula 15 - A dobra do corpus: sobre a narrativa contemporânea brasileira
Para marcamos como objeto de estudo certo repertório de textos que permeia a narrativa brasileira contemporânea, inicialmente torna-se desafiador criarmos algo considerado como corpus, ou seja, como uma coletânea ou conjunto. Isso se deve porque essa zona de convergência é vaga ou escassa, oriunda da imensa tessitura textual composta em um mundo cada vez mais fragmentado. Podemos definir como contemporâneo aquele ou aquilo que viveu ou existiu em uma mesma época. Apesar dos mais diversos autores serem influenciados por um mesmo período ou geração, a disseminação das informações não nos permite dizer que há um único corpus capaz de estar em harmonia com as diversas formas de representação. Pois compartilhar ao mesmo tempo de um período não quer dizer que temos as mesmas informações ou acontecimentos.
É nesse sentido que o Schollhammer, em Ficção Brasileira Contemporânea nos leva a pensar justamente o que significa ser contemporâneo. Para o crítico, trata-se de uma tarefa que exige não somente captar o tempo, mas também de enxergá-lo. “Por não se identificar, por sentir-se em desconexão com os presentes, cria um ângulo do qual é possível expressá-lo” (SCHOLLHAMMER, K. 2012, p. 9-10), diz o autor. Logo, Schollhammer nos diz que “a literatura contemporânea não será necessariamente aquela que representa a atualidade, a não ser por uma inadequação, uma estranheza histórica que a faz perceber as zonas marginais e obscuras do presente, que afastam de sua lógica” (SCHOLLHAMMER, K. 2012, p.10). Notem que o que o autor procura trazer ao leitor é que o papel do escritor vai ao encontro do ato de escrever no escuro, sem saber o está traçando, uma vez que não é possível simplesmente se comprometer fielmente com aquilo que está presente. É um risco que se correr, por exemplo, quando se projeta a uma realidade histórica, sem saber especificamente como se dá o tempo atual.
O contemporâneo pode ser entendido como uma inscrição de leitura, uma invenção aporética. Uma forma de contornar a cegueira do instante. Por estarmos muito próximos do acontecimento vivido, forma-se uma cegueira para síntesesmaiores e totalizantes que, por serem totalizantes, congelam a emergência das irrupções. O evento sempre se reveste de um caráter contingencial.
A partir da leitura sobre o que é o contemporâneo, explique qual é a dificuldade encontrada quando enquadrarmos as narrativas de literatura contemporânea em um mesmo corpus.
a grande capacidade de temas abrangentes no contemporâneo nos leva a um cenário difícil de preenchermos em sua totalidade. Por mais que se classifiquem os autores por um período ou geração, as fontes e as disseminações do conhecimento são ininterruptas. Logo, qualquer corpus que carregue a alcunha de contemporâneo, já carrega em si essa dispersão temática. Justamente porque o acontecimento denominado contemporâneo requer o que Schollhammer nos diz em Ficção Brasileira Contemporânea, algo similar a uma escrita produzida em um período sem saber ao certo do que se trata. E essa dúvida ou incerteza nada mais seria do que o tempo presente.
O anti-herói Macunaíma é o protagonista do romance em rapsódia homônimo escrito por Mário de Andrade em 1928. Nascido no fundo da mata virgem, Macunaíma tem um filho com Ci. Essa, antes de morrer lhe dá o muiraquitã, que o mesmo a perde, descobrindo que a pedra está sob domínio de Venceslau Pietro Pietra. A partir dessa descoberta, Macunaíma parte para São Paulo atrás de seu amuleto. Para ilustrarmos essa passagem, leiamos um trecho de Macunaíma: “Terminada a função a companheira de Macunaíma toda enfeitada ainda, tirou do colar uma muiraquitã famosa, deu-a pro companheiro subiu pro céu por um cipó. É lá que Ci vive agora nos trinques passeando, liberta das formigas, toda enfeitada ainda, toda enfeitada de luz, virada numa estrela. É a Beta do Centauro. No outro dia quando Macunaíma foi visitar o túmulo do filho viu que nascera do corpo uma plantinha. Trataram dela com muito cuidado e foi o guaraná. Com as frutinhas piladas dessa planta é que a gente cura muita doença e se refresca durante os calorões de Vei, a Sol. No outro dia bem cedo o herói padecendo saudades de Ci a companheira pra sempre inesquecível, furou o beiço inferior e fez da muiraquitã um tembetá. Sentiu que ia chorar. Chamou depressa os manos, se despediu das icamiabas e partiu.”
A impureza relacionada à literatura contemporânea tem a ver com diversas estranhezas relacionadas a seu corpus. Os acontecimentos no interior da narrativa ganham efeitos para além do que se projetava, ganhando corpos e elementos estranhos a ela. Como poderíamos observar essa estranheza no interior da narrativa de reconstituição de Noll ou na narrativa de restituição de Galera?
Na literatura contemporânea, podemos ver essa estranheza, por exemplo, quando se sai de uma zona de conforto no interior da própria narrativa. Aparentemente algo se perde ou fica impossível de se concretizar. Sair da zona de conforto na narrativa contemporânea é se aventurar para além do que pode ser presentificado nela. Nesse sentido, na narrativa de reconstituição de Noll, há interrupções que impedem a e mesma de se concretizar, lançando-se aos riscos de uma deriva narratológica, conforme ocorre no romance Lorde. Já em Cordilheira, de Galera, a falta de um gesto de incompletude impede a restituição almejada em uma narrativa.
Quando nos referimos à literatura contemporânea, quais são suas relações com o que podemos considerar por realismo afetivo?
Segundo Pellegrini, há de fato algumas similaridades entre a produção de algumas narrativas contemporâneas com o período do realismo. Isso se deve a marcas de representação, transformando o uso e a função e a partir disso, há uma abordagem sobre a relação entre a violência contemporânea e a experiência humana. Apesar dessa similaridade, Pellegrini nos atenta para o fato de que o realismo era utilizado como definição de umadeterminada produção artística capaz de “reproduzir” fielmente uma análise do mundo concreto. É justamente nesse sentido que podemos notar o realismo afetivo ao buscarmos um novo realismo nas narrativas contemporâneas, uma vez que a violência é introduzida como pano de fundo ou até mesmo como representação da realidade, uma vez que ela compõe as estruturas do discurso e dos segmentos da sociedade contemporânea. Nessa abordagem, os contos abordados em torno de Dalton Trevisan configuram são representações de uma literatura que hoje trata dos problemas sociais sem excluir a dimensão pessoal e íntima, conforme afirma Schollhammer em Ficção Brasileira Contemporânea.
a narrativa contemporânea brasileira possui um corpus literário disperso. E essa disseminação temática se deve a própria condição do que é o contemporâneo, criando diferentes tipos de narrativas, com suas impurezas capazes de inserir diferentes efeitos de sentido graças à impossibilidade de presentificação do tempo atual. Nesse sentido, há narrativas que se configuram sem corresponder a um ideal de identidade. A crise de representação aproxima alguns autores até mesmo de um novo realismo, só que se apresentando entre a relação da violência contemporânea e da experiência humana. Logo, o que temos na narrativa de ficção são efeitos e afetos como marcas inerentes aos corpos em uma realidade na qual estamos inseridos sem ter a precisão de como os acontecimentos se definem na contemporaneidade.
Através da leitura da aula, aponte a abordagem de pelo menos um crítico literário acerca da narrativa contemporânea.
Segundo Pellegrini, na ficção contemporânea as marcas de representação estão cada vez mais presentes, com similaridade em relação ao realismo. Só que o realismo era capaz de “reproduzir” a análise de um mundo concreto, algo que não é mais possível dentro da sociedade contemporânea. É nessa mesma perspectiva fragmentária que Barbieri tece suas considerações sobre a literatura contemporânea. Através de uma fluidez temática e de não haver como identificar um distanciamento histórico para decifrarmos a produção foge-se de uma zona de conforto que nos auxiliaria na definição do corpus literário. Para Schollhammer, o contemporâneo lança um desafio entre representação/ apresentação capaz de encontrar na literatura uma valiosa ferramenta que absorve as mais variadas formas discursivas além de diversas mídias. Logo, temos um conteúdo social similar ao realismo, mas agora atrelamos à narrativa contemporânea a criação de efeitos e sentidos, como vemos no realismo afetivo.
Aula 17 - Videoaula com o poeta Armando Freitas Filho
Foi pesquisador na Fundação Casa de Rui Barbosa, secretário da Câmara de Artes no Conselho Federal de Cultura, assessor do Instituto Nacional do Livro, no Rio de Janeiro, pesquisador na Fundação Biblioteca Nacional, assessor no gabinete da presidência da Funarte, onde se aposentou.

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