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RESUMO DE LITERATURA BRASILEIRA 2

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RESUMÃO
AULA 08
https://www.youtube.com/watch?v=_kLlHiaWlWg
Observar na aula 8 os negritos e atividades
1. Identificar a influência da vida e da obra de Oswald de Andrade;
A obra de Oswald de Andrade tem papel crucial para o processo de produção poética no território nacional. A partir de seu engajamento com diversas vertentes literárias, o poeta viaja por diversos lugares em busca da experimentação do que há de novo no cenário mundial, e traz consigo novas formas de expressão para a poesia brasileira.
2. Reconhecer a importância do Modernismo para a literatura brasileira;
Diversas foram as influências do modernismo na literatura brasileira. A começar pela ruptura das concepções estéticas anteriores, que eram consideradas retrógadas, sobretudo pela linguagem erudita. O modernismo inferiu a utilização do verso livre, a percepção do movimento graças ao processo de industrialização e uma linguagem próxima à fala do povo brasileiro. Recebendo influência do Futurismo, mas também do Cubismo, dadaísmo, entre outras, esse movimento próximo de uma rebeldia salientou o processo de transformação do Brasil através da representação da cultura brasileira.
3. Elucidar uma abordagem crítica sobre a Semana de Arte Moderna de 22;
Há diversas fontes que influenciaram o modernismo brasileiro. Logo, a Semana de Arte Moderna de 22 é marcada pela heterogeneidade de suas correntes. Embora muitos trabalhos compartilharam o anseio por novas formas de expressão, há, conforme dito por Nunes, diversos degraus da modernidade, como o Cubismo, Dadaísmo e Surrealismo. Essas correntes foram trilhadas pelo movimento de 22, e, embora haja essa dispersão inicial da objetividade da Semana, tudo isso serviu para o amadurecimento da nossa literatura.
4. Desenvolver o conhecimento através da obra poética de Oswald de Andrade no modernismo.
Trata-se de uma atividade que procura desenvolver um olhar crítico. Em ambos os poemas, há o predomínio da linguagem coloquial ante a linguagem erudita e retrógada das literaturas anteriores, que pouco contribuía para a disseminação da literatura pelas camadas mais populares brasileiras. A linguagem funciona como modificador dessa aproximação entre poeta e leitor e transforma a própria poesia em lugar de acolhimento devido ao processo de inovação de sua forma. O verso livre é enfatizado, e a rima faz um jogo de distorção no interior das próprias palavras.
AULA 09
1. reconhecer os aspectos documentais presentes no romance O Quinze, de Rachel de Queirós;
2. identificar os dois conflitos principais do romance em estudo;
dois conflitos principais: o primeiro entre a família de retirantes e as circunstâncias físicas, econômicas, sociais e políticas que têm de enfrentar em sua retirada do sertão; o segundo, entre a professora Conceição e Vicente, seu primo sertanejo.
o romance apresenta e problematiza a situação da mulher letrada numa sociedade patriarcal, de base rural. Seus vinte e seis curtos capítulos fazem alternar o olhar do leitor entre a família de retirantes e seus problemas de subsistência e os problemas emocionais e mesmo existenciais da professora Conceição.
3. desenvolver a partir do romance em apreço, uma reflexão sobre a posição na sociedade da mulher intelectualizada a partir dos anos 30.
personagem- chave do romance: Conceição. A moça professora é o
fio condutor do romance. É com ela que tanto se inicia quanto termina o romance. Sua
superioridade frente aos demais advém não apenas de seu diploma e da relativa independência
que lhe dá o exercício de uma profissão mas também do fato de ser órfã de mãe e criada por
uma avó de nível intelectual abaixo do seu. Não tendo mãe, nem se falando em seu pai,
Conceição não está sujeita a nenhuma autoridade familiar, na medida em que a avó lhe faz
todas as vontades e que, de todo modo, mora em Fortaleza, em casa de estranhos que sobre
ela não têm sem nenhuma autoridade.
Conceição destaca-se de seu meio também por participar de uma cultura marcada como
masculina: é ela a herdeira dos livros do avô e, como ele, interessa-se não apenas por
romances mas por leituras sobre outras culturas. Vê-se que tais leituras são feitas noutra
língua, o francês. Pode-se considerar pois que Conceição distingue-se de seu meio, é nele “uma estrangeira”, “fala uma outra língua” diferente daquela falada em seu ambiente e da
qual o francês passa como metáfora.
Conceição, como diz Mãe Inácia, tem “umas idéias”: gosta de ler e de estudar, não considera
o casamento como o destino único da mulher, tem idéias “avançadas”, como o sionismo de
Nordau, o evolucionismo de Renan e sobretudo o socialismo. Devia pois contrariar a
compreensão da religião em seu meio e, como seu meio, assim como todas as sociedades das
pequenas cidades da época, era estruturado em torno da religião, devia ela distinguir-se,
simplesmente, da sociedade local.
Além de tudo, Conceição escreve: episodicamente faz versos e está escrevendo um livro
sobre pedagogia. Isto é, não apenas escreve poesia como muitas moças mas também tem
idéias próprias sobre o exercício de sua profissão e quer divulgá-las. E aparentemente não é devota: na cena inicial faz ela suas tranças enquanto a avó está rezando no oratório.
Decididamente, apesar de seu nome, essa Ceci/Senhora é muito diferente da imagem de Nossa
Senhora da Conceição que seu primo Vicente, como um Peri sertanejo, poderia ter entrevisto
na igreja. O dogma da imaculada concepção de Maria (A Imaculada Conceição) tendo sido
solenemente proclamado pelo Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus, de 8 de Dezembro
de 1854, muitas meninas foram, a partir dessa data, batizadas com o nome de Maria da
Conceição. Essa Conceição cearense, no entanto, parece ao contrário, ter nascido com toda a
marca do pecado original, ou seja, o desejo de saber e de poder, de “tornar-se Deus”,
conforme se pode ler no Gênesis 3, 5-20.
Conceição é, pois, uma heroína realista, de certa maneira herdeira da machadiana Helena. À
diferença dessa, entretanto, a quem só o favor protegia, Conceição, reúne as duas condições
para que a mulher seja independente ( segundo declara Virginia Woolf em 1929) e possa
escrever: ter uma renda suficiente para viver e um quarto só para si.
É pois segundo esse estatuto de relativa liberdade dentro de uma sociedade rural e patriarcal
que evolui Conceição nos dois níveis que apresenta o romance, o social em sentido estrito, ou
seja, as relações entre as classes ou, mais genéricamente, entre pobres e ricos; e o romântico,
no qual evoluirão os pares de jovens, sendo que, neste último caso, será discutida a posição
da mulher na sociedade.
Quanto a idéias sociais move-se ela dentro do paternalismo dos proprietários e sua
cordialidade autoritária.
AULA 10
1. reconhecer os aspectos documentais presentes no romance Terras do Sem Fim, de Jorge Amado;
Embora possa ser lido independentemente, este romance constitui a primeira parte da história da
conquista do sul da Bahia pelos grandes fazendeiros de cacau e a subsequente passagem das fazendas,
das mãos dos fazendeiros que as contruiram às mãos dos exportadores, representantes do capitalismo
internacional.
2. localizar o romance de Jorge Amado na tradição regionalista do romance brasileiro;
3. identificar os conflitos principais do romance em estudo;
4. distinguir e analisar seus diversos componentes: a história, os personagens, o espaço, o tempo, a
narração e a linguagem.
Assim como o espaço, no romance em questão o tempo é trabalhado no plano da ficção de modo a
produzir um efeito de real. Utilizando a tradição do romance de aventuras e do folhetim, a duração
temporal da diegese é longa, situando-se entre o fim da segunda e o início da terceira décadas do
século XX. A marcação da evolução temporal dos acontecimentos é inicialmente precisa, embora nem sempre explícita, tornando-se mais fluida no fim da narrativa.
Obs: ver no youtube o resumo do filme historias do sem fim
ler conclusao e resumo
AULA 11
1- Identificar as
principais análises críticas do romance
Os mecanismos
de preservação dessa ordem constituir-se-iam como impiedosos trituradores dos anseios
individuais, desde os mais simples até os mais ambiciosos, anseios que não se poderiam
nem mesmo exprimir fora dos quadros dessa ordem e que o romance do autor em pauta
analisaria a sociedade brasileira a partir de seu aspecto mais simples e no entanto
fundamental: o patriarcalismo, decadente mas resistente:
2- Analisar, contrapondo-as, as principais personagens do romance
3- Explicar a diferença do romance em questão quanto ao modelo de romance romântico-realista
A trama se desenvolve de acordo com o padrão clássico do romance romântico-realista:
uma carta anônima denuncia o adultério ao marido e este se suicida. A via estaria então
livre para os amantes que, passado o período regulamentar de luto, poderiam realizar
suas ambições tanto amorosas quanto sociais, uma vez que a viúva assumiria os
negócios de seu falecido marido. Mas, morto Adrião, os amantes se veem estranhos um
ao outro e se separam.
E aí está a diferença deste romance, diferença que só pode ser vista se o lemos com
olhos livres do moralismo que tem organizado sua crítica: nele, se os amantes se
separam, não se tornam, por isso, infelizes.
ATIVIDADE (CONCERNENTE AO OBJETIVO N°1)
Explique como em Caetés pode-se ver o drama de Édipo
Adrião
apresenta-se como o pai vicário de João Valério, representando para este , ao mesmo
tempo, proteção e autoridade; João Valério conquista a mulher de seu pai e com isso
provoca a morte deste, o que acarreta o desinteresse dos amantes um pelo outro e o
fracasso das aspirações elevadas do protagonista. O adultério do romance seria, por esse
ângulo de análise, na verdade o disfarce de um incesto que provocaria seu fracasso
existencial e ao qual o personagem teria sido levado pela estrutura em que se via preso.
1- Mostre como as personagens João Valério e Marta Varejão espelham-se e se
opõem.
2- Explique por que podemos afirmar que o protagonista de Caetés distingue-se do
que Mário de Andrade chamou de “a figura do fracassado”.
AULA 12

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