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Direito Constitucional e Administrativo Prof. Esp. Antonio de Pádua Cortez Moreira Junior Contato: apcmjr@hotmail.com Direito Constitucional 1) Conceito Direito Constitucional é o ramo do Direito Público que expõe, interpreta, e sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado, é a ciência positiva das constituições; tem por objeto a constituição política do Estado, cabendo a ele o estudo sistemático das normas que integram a constituição (Silva, 2013) Direito Constitucional 1 – Constitucionalismo Nas palavras do professor Kildare Carvalho, o Constitucionalismo vem a ser “... em termos jurídicos, reporta-se a um sistema normativo, enfeixado na Constituição, e que se encontra acima dos detentores de poder; sociologicamente, representa um movimento social que dá sustentação à limitação do poder, inviabilizando que os governantes possam fazer prevalecer seus interesses e regras na condução do Estado”. (CARVALHO, 2009) Direito Constitucional - O constitucionalismo, de fato, surge com a ideia de que todo Estado deve possuir uma Constituição que deverá conter limites ao poder autoritário e regras que privilegiem os direitos fundamentais. - O Constitucionalismo possui fundamento, na CRFB/1998 no Paragrafo Único do artigo 1ºque determina que: Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Direito Constitucional - A representação indireta do povo é feita por meio dos membros do Poder Legislativo: a) Federal – Deputados Federais; b) Estadual – Deputados Estaduais; c) Distrital – Deputados Distritais; d) Municipal – Vereadores; e) Territorial – Deputados Territoriais. Direito Constitucional - Já a representação direta se faz, de acordo com o artigo 1º da lei 9.709/1998: A soberania popular é exercida por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, nos termos da Lei e das normas constitucionais pertinentes, mediante: I- plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular. Direito Constitucional 2 – Classificação Tipológica de uma Constituição; a) Quanto a origem (outorgada x promulgada); b) Quanto à forma (escrita x costumeira); c) Quanto à extensão (analítica x sintética); d) Quanto ao conteúdo (material x formal); e) Quando ao modo de elaboração (dogmáticas x históricas); f) Quanto à alterabilidade (rígidas x flexíveis semiflexiveis); Direito Constitucional 3) Constituições Brasileiras a) 1824; b) 1891; c) 1934; d) 1937; e) 1946; f) 1967; g) EC nº 1 de1969; h) 1988 Direito Constitucional 4) Poder Constituinte O poder constituinte se revela sempre como uma questão de “poder”, de “força” ou de “autoridade” política que está em condições de, numa determinada situação concreta, criar, garantir ou eliminar uma Constituição entendida como lei fundamental da comunidade política. (Canotilho, 2003) Direito Constitucional a) Classificações do Poder Constituinte: a.1) Originário (histórico x evolucionário); a.2) Derivado; a.2.1) Reformador; a.2.2) Decorrente; a.2.3) Revisor Direito Constitucional b) Clausulas Petreas; Estão estabelecidas no artigo 60, § 4º da CRFB/1988, que estabelece que pontos do texto da Lei Maior não são passíveis de Emenda à Constituição, qual sejam: a) A forma federativa de Estado; b) O voto Direto, secreto, universal e periódico; c) A separação dos Poderes; d) Os direitos e garantias individuais. Direito Administrativo 1 – Conceito de Estado: O Estado é uma instituição organizada política, social e juridicamente, dotada de personalidade jurídica própria de Direito Público, submetido às normas estipuladas pela lei máxima, que, no Brasil, é a Constituição escrita, e dirigida por um governo que possui soberania reconhecia tanto interna como externamente. (CARVALHO, 2016) Direito Administrativo 2 – O conceito de Administração Pública: Em sentindo formal, é o conjunto de órgãos e agentes estatais no exercício da função administrativa, independentemente do poder a que pertençam, seja o Executivo, o Legislativo, o Judiciário ou qualquer outro organismo estatal. Já em sentido material, é a atividade administrativa exercida pelo Estado, designando a atividade consistente na defesa concreta do interesse público. Direito Administrativo 3 – Conceito de Direito Administrativo: É o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a administração pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins de natureza pública. (Di Pietro, 2008) Direito Administrativo 4 – Regime Jurídico Administrativo e os Princípios da Administração Pública Regime Jurídico Administrativo é o conjunto harmônico de princípios que definem a lógica da atuação do ente público, a qual se baseia na existência de limitações e prerrogativas em faze do interesse público. Esses princípios devem guardar entre si essa lógica, havendo, entre eles, um ponto de coincidência. (CARVALHO, 2016) Direito Administrativo a) Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado: Por esse princípio, os interesses da sociedade devem prevalecer sobre as necessidades específicas dos indivíduos, havendo a sobreposição das garantias da coletividade, quando em conflito com as necessidades de um cidadão individualmente. Direito Administrativo b) Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público É o princípio que determina a impossibilidade de abrir mão do interesse público, estabelecendo ao administrador os seus critérios de conduta. Logo, por força desse princípio, os bens e interesses públicos não estão entregues à disposição do administrador, que tem a obrigação e o dever de cuidar deles da forma necessária. Direito Administrativo Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, e, também, ao seguinte: Direito Administrativo c) Princípio da Legalidade Por este princípio, o administrador público somente pode atuar conforme determina a lei, sendo essa amplamente considerada, abarcando todas as formas legislativas, desde o próprio texto constitucional, às leis ordinárias, complementares e delegadas. O princípio está abrangido na concepção de democracia republicana, pois reconhece a supremacia da lei, de modo que a atividade administrativa encontra na lei seu fundamento e seu limite de validade. Direito Administrativo d) Princípio da Impessoalidade De acordo com esse princípio, a atuação do agente público deve buscar os interesses da coletividade, não visando beneficiar ou prejudicar ninguém em especial, logo, não poderá haver discriminação das condutas administrativas, que não poderá ser motivadas pela pessoa a ser atingida pelo ato. Direito Administrativo e) Princípio da Moralidade Por este princípio, o agente público deverá agir com honestidade, lealdade e boa-fé de conduta no exercício da função administrativa, ou seja, a atuação não corrupta dos gestores públicos, ao tratar com a coisa de titularidade do Estado. Direito Administrativo f) Princípio da Publicidade Por este princípio é proibição a edição de atos secretos pelo poder público, logo, a Administração Pública deve atuar de forma plena e transparente. Sua principal finalidade é o conhecimento público acerca das atividades praticadas no exercício da função administrativa. Direito Administrativog) Princípio da Eficiência Preza pela busca da atuação eficiente da atividade administrativa realizada com presteza e, acima de tudo, um bom desempenho funciona. Busca-se sempre melhores resultados práticos e menos desperdício, nas atividades estatais, já quem ganha com isso é toda a coletividade.
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