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Princípio da Legalidade do Direito Administrativo

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DIREITO 
Administrativo, 
Econômico e 
Financeiro
Prof. Maxwell Silva Ladislau (MSc)
Webinar 03
Princípio da 
Legalidade
14/03/2024
UNIDADE 2 – Princípio da Legalidade no Direito Penal
CP, Art. 1º. – Não há crime sem lei anterior que o defina.
Não há pena sem prévia cominação legal.
CF, Art. 5º, XXXIX. - não há crime
sem lei anterior que o defina, nem
pena sem prévia cominação legal;
CF, Art. 5º, II. - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei;
CF, Art. 150. - Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o
estabeleça;
UNIDADE 2 – Princípio da Legalidade no Direito Tributário
A atuação da Administração Pública deve se dar de acordo com o 
estabelecido em lei. O Estado, representado pelos seus administradores, 
não pode simplesmente agir segundo a sua própria vontade, isto é, 
conforme aquilo que entenda ser o correto. Toda a sua atuação deve ser 
pautada na legislação, o que confere segurança jurídica não apenas à 
própria Administração Pública, mas também a todos aqueles que por ela 
são administrados.
UNIDADE 2 – Princípio da Legalidade
Assim, o administrador não pode agir de modo contrário às leis, 
nem mesmo fazer algo que nelas não esteja previsto.
UNIDADE 2 – Princípio da Legalidade
Discricionariedade do administrador 
público é a liberdade de ação 
administrativa, dentro dos limites 
permitidos em lei, ou seja, a lei deixa 
certa margem de liberdade de decisão 
diante do caso concreto, de tal modo que 
a autoridade poderá optar por uma dentre 
várias soluções possíveis, todas, porém, 
válidas perante o direito.
UNIDADE 2 – Discricionariedade do administrador público 
Em situações excepcionais a Constituição Brasileira 
admite que a Administração Pública possa deixar de 
cumprir o que diz a lei. São elas:
• edição de Medidas Provisórias;
• situações de Estado de Defesa;
• Estado de Sítio.
UNIDADE 2 – Exceções ao Princípio da Legalidade
As medidas provisórias estão previstas no art. 62 da Constituição 
Federal. Elas são adotadas pelo Presidente da República, em situações 
excepcionais, que possuam relevância e requeiram urgência; 
posteriormente devem ser enviadas para a apreciação do Congresso 
Nacional. Vejamos o que diz o caput do dispositivo constitucional 
retromencionado:
“Art. 62 Em caso de relevância e urgência, o Presidente da 
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, 
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional”.
UNIDADE 2 – Edição de Medidas Provisórias
As medidas provisórias possuem força de 
lei, mas, se não forem convertidas em lei no 
prazo de 60 dias (que poderá ser prorrogado uma 
vez, por igual período), perdem a eficácia.
UNIDADE 2 – Edição de Medidas Provisórias
Já o Estado de Defesa é um instrumento do Estado e 
sua previsão está contida no art. 136 da Constituição 
Federal. Vejamos o que diz a Carta Magna a esse respeito:
Art. 136 O Presidente da República pode, ouvidos o 
Conselho da República e o Conselho de Defesa 
Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou 
prontamente restabelecer, em locais restritos e 
determinados, a ordem pública ou a paz social 
ameaçadas por grave e iminente instabilidade 
institucional ou atingidas por calamidades de grandes 
proporções na natureza.
 
UNIDADE 2 – Situações de Estado de Defesa
O § 1º do art. 136 menciona que o decreto que 
instituir o Estado de Defesa deve determinar o tempo de 
sua duração (sendo que este não será superior a 30 dias, 
podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se 
persistirem as razões que justificaram a sua decretação), 
especificando as áreas a serem abrangidas e indicando as 
medidas coercitivas a vigorarem, como restrições de 
direitos, bem como ocupação e uso temporário de bens 
e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, 
respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
UNIDADE 2 – Situações de Estado de Defesa
Outra situação que excetua a observação de legislação 
por parte da Adm. Pub. sem retirar-lhe a legitimidade de sua 
atuação é o Estado de Sítio. Sua utilização deve ocorrer em 
casos considerados mais graves, mas o objetivo é 
praticamente o mesmo do Estado de Defesa, ou seja, 
proteger o próprio Estado e a ordem pública. Sua previsão 
consta no art. 137 do Texto Constitucional, que estabelece 
que o Presidente da República pode, após ouvidos o 
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, 
solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o 
estado de sítio.
UNIDADE 2 – Estado de Sítio
O estado de sítio será decretado nos seguintes casos (CF, 
Art. 137):
I — comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de 
fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o 
estado de defesa (máximo de 30 dias e prorrogado por no 
máximo 30 dias a cada prorrogação);
II — declaração de estado de guerra ou resposta a agressão 
armada estrangeira (pelo tempo que durar a guerra ou 
agressão).
UNIDADE 2 – Estado de Sítio
Na vigência do Estado de Sítio decretado com fundamento no 
art. 137, I, (comoção grave de repercussão nacional ou 
ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida 
tomada durante o estado de defesa) só poderão ser tomadas 
contra as pessoas as seguintes medidas (CF, Art. 139):
I - obrigação de permanência em localidade determinada;
UNIDADE 2 – Estado de Sítio
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados 
por crimes comuns;
UNIDADE 2 – Estado de Sítio
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao 
sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade 
de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;
UNIDADE 2 – Estado de Sítio
IV - suspensão da liberdade de reunião;
UNIDADE 2 – Estado de Sítio
V - busca e apreensão em domicílio;
UNIDADE 2 – Estado de Sítio
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
UNIDADE 2 – Estado de Sítio
VII - requisição de bens.
UNIDADE 2 – Estado de Sítio
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	Slide 1: Webinar 03 Princípio da Legalidade
	Slide 2: UNIDADE 2 – Princípio da Legalidade no Direito Penal
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