Resumo de Juizados Especiais Av. Bimestral 1 B

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Resumo de Juizados Especiais – Av. Bimestral 1° B
Princípios dos Juizados Especiais:
Princípio da Celeridade – determina a razoável duração do processo.
Princípio da Economia Processual – preconiza o máximo de resultado na atuação do direito com o mínimo de emprego possível de atividades processuais.
Princípio da informalidade – não há apego às formas procedimentais rígidas e pré-estabelecidas, onde o juiz poderá concentrar o máximo de atos e propor soluções quando assim julgar necessário. 
Princípio da Oralidade – determina que certos atos podem ou devem serem praticados oralmente, em certos momentos recomenda-se a prevalência de palavras faladas sobre a escrita.
Princípio da Simplicidade – o procedimento é simplificado sem maiores formalidades e compreendido facilmente entre as partes. 
Da Lei 9.099/95
Esta Lei foi criada com fundamento no art. 98, inciso I da CF : “ A União, no DF e nos Territórios, e os Estados criarão: Inciso I – juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
Dos Juizados Especiais Cíveis
Estes juizados cíveis são competentes para conciliar, julgar, executar as causas cíveis de menor complexidade. Segundo o FONAJE – Art. 54 – essa menor complexidade é aferida pelo objeto da prova e não em face do direito material.
Da Competência – Art. 3° da Lei 9.099/95 – O juizado especial cível têm competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:
I – as causas cujo valor não exceda a 40 vezes o SM; 
Segundo o Art. 39 do FONAJE – em caso do valor da causa ter pretensão econômica de até 20 vezes o SM – há a possibilidade de dispensa do advogado ( Art. 9° - nas causas de valor até 20 SM, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado, nas de valor superior, a assistência é obrigatória.
II – as enumeradas no art. 275, inciso II do CPC (competência em razão do objeto) – limitadas ao valor de 40 vezes o SM, segundo o art. 39 do FONAJE.
III – as ações de despejo para uso próprio, somente em casos previstos no art. 47, inciso III da Lei 8.245/91 (lei das locações) “ Quando ajustada verbalmente ou por escrito e com prazo inferior a 30 meses, findo o prazo estabelecido, a locação prorroga-se automaticamente, por prazo indeterminado, somente podendo ser retomado o imóvel: Inciso III – se for pedido para uso próprio, de seu cônjuge ou companheiro, ou para uso residencial de ascendente ou descendente que não disponha, assim como seu cônjuge ou companheiro, de imóvel residencial próprio”. (poderá ser superior a 40 vezes o SM).
IV – as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente a 40 SM ( como é o caso das ações previstas no art. 920 do CPC: os interditos proibitórios, as ações de manutenção e reintegração de posse). Cumpre salientar que o valor de 40 SM será a respeito do valor da causa e não do imóvel. 
Das Causas Excluídas da competência do Juizado Especial Cível: Art. 3º, inciso II, § 2° da Lei 9.099/95 – acidentes de trabalho, causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e da Fazenda Pública, causas que versem sobre estado de capacidade de pessoas. 
Art. 3°, inciso II, § 2° - Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal, e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial. 
Da Competência Territorial – Art. 4° da Lei 9.099/95:
I – o domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório; ( regra geral).
II – do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;
III – do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação do dano de qualquer natureza. 
Parágrafo único – em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste artigo (regra geral).
Do Juiz, Do Conciliador e Dos Juízes Leigos:
Art. 5° da Lei 9.099/95 – o juiz pode se julgar incompetente, autorizar a inquirição de técnicos e designar inspeção. “ o juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, para apreciá-las e para dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.
Art. 7º - Juízes Leigos - auxiliares e conciliadores – não podem advogar – “ os conciliadores e juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros (conciliadores), preferencialmente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos (juízes leigos), entre advogados com mais de 5 anos de experiência“.
Parágrafo único – os juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto no desempenho de suas funções. 
Das Partes:
Art. 8° da Lei 9.099/95 – determina quem podem ser as partes: 
Art. 8° - Não poderão se as partes, no processo do JEC, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.
§1° - Somente serão admitidas a propor ação perante o JEC:
I – as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas;
II – as microempresas, assim definidas pela Lei 9.841/99;
III – as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de interesse Público, pela Lei 9.790/99;
IV – as sociedades de crédito ao microempreendedor.
Será admitido litisconsórcio – pluralidade de sujeitos;
Não é permitida a intervenção de terceiros;
Em caso de denunciação a lide, a divergência poderá ser alegada na audiência de conciliação;
O pedido pode ser genérico, sendo cabível a emenda no prazo de 10 dias.
É cabível a concessão de tutela antecipada, conforme art. 273 do CPC e do enunciado 19 do FONAJE.
Cabível intervenção do MP para agir como fiscal da lei – Art. 11 – o MP intervirá nos casos previstos em lei. 
Da Citação: Art. 18 da Lei 9.099/95
Art. 18 – a citação far-se-á:
I – por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria;
II – tratando-se pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado;
III – sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória; 
IMPORTANTE: §2° -não se fará citação por edital.
§ 1° - a citação conterá cópia do pedido inicial, dia e hora para comparecimento do citando e advertência de que, não comparecendo este, considerar-se-ão verdadeiras as alegações iniciais, e será proferido julgamento, de plano – o processo será extinto sem julgamento de mérito.
Da Revelia: Art. 20 – ausência do autor: o processo será extinto sem julgamento do mérito, sendo condenado às custas (enunciado 28 do FONAJE). Com a ausência do réu haverá revelia que deve ser decretada pelo juiz.
Do Preposto: o advogado não poderá cumular as duas funções, ou seja, de conciliador ou de preposto (advogado).
Da Função do Conciliador – a conciliação é conduzida por juiz togado ou leigo.
Objetivo: buscar a composição do litígio entre as partes.
Poderá haver homologação de acordo extrajudicial.
Havendo acordo, este será homologado pelo juiz togado;
Não haverá nulidade do acordo celebrado no juizado – “presunção de legalidade”.
Da Contestação: Art. 30 da Lei 9.099/95 – a contestação, que será oral ou escrita, conterá toda matéria de defesa, exceto arguição de suspeição ou impedimento do juiz, que se processará na forma da legislação em vigor.
Art. 31 - não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, nos limites do art. 3° desta lei, desde que fundamentado nos mesmos fatos que constituem objeto de controvérsia.Parágrafo único – o autor poderá responder ao pedido do réu na própria audiência ou requerer a designação da nova data, que será desde logo fixada, cientes todos os presentes.
Será apresenta quando não houver acordo;
Pode ser apresentada na forma escrita ou oral; a forma escrita para arguição de suspeição e impedimento;
Deverá ser alegada toda a matéria de defesa.
Do Pedido Contraposto:
Trata-se do réu formular pedido em seu favor, desde que fundamente os fatos.
Da Audiência de Instrução e Julgamento – Art. 27 da Lei 9.099/95
Art.27 – não instituído o juízo arbitral, proceder-se-á imediatamente à audiência de instrução e julgamento, desde que não resulte prejuízo para a defesa.
Parágrafo único – não sendo possível sua realização imediata, será a audiência designada para um dos 15 dias subsequentes, cientes, desde logo, as partes e testemunhas eventualmente presentes. 
Art. 28 – na audiência de instrução e julgamento serão ouvidas as partes, colhida a prova e, em seguida, proferida a sentença. 
A audiência de instrução poderá ser dirigida por juiz leigo ou togado ( Art. 37) . O juiz leigo pode conciliar, colhendo o depoimento, determina a realização de trabalhos técnicos e defere ou indefere provas A decisão é do juiz togado e o prazo entre a citação e a audiência é de 10 dias. A audiência poderá ser redesignada por uma vez por convenção entre as partes.
Art. 35 – quando a prova do fato exigir, o juiz poderá inquirir técnicos da sua confiança, permitida às partes a apresentação de parecer técnico.
Parágrafo único – no curso da audiência, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, realizar inspeção em pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua confiança, que lhe relatará informalmente o verificado. 
Art. 29 – serão decididos de plano todos os incidentes que possam interferir no regular prosseguimento da audiência. As demais questões serão decididas na sentença. 
Parágrafo único – sobre os documentos apresentados por uma das partes, manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência.
Do Depoimento:
Fixado os pontos controversos, realizada a colheita de provas e a apresentação de documentos comprobatórios, se abrirá para a parte contrária manifestar em até 05 dias ( Art. 398 do CPC). 
Das Testemunhas - Art. 34 – as testemunhas, até o máximo de 03 para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido. 
§ 1° - o requerimento para a intimação das testemunhas será apresentado no mínimo 5 dias antes da audiência de instrução e julgamento. 
Na Prática: o juiz renova a proposta de acordo, sendo que não obtida a solução, se dará o depoimento das partes, a oitiva das testemunhas do reclamante, as testemunhas da parte reclamada, em seguida será aberto os debates orais do reclamante e reclamada e posteriormente, poderá ser proferida a sentença em audiência ou em momento posterior. 
Da Sentença – Art. 38 – é o ato pelo qual põe à termo o processo, decidindo ou não o mérito da causa. No JEC a sentença conterá um breve resumo dos fatos, a fundamentação da decisão, sendo dispensado o relatório. A sentença deverá ser sempre líquida.
Art. 38 – a sentença mencionará os elementos de convicção do juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensando o relatório. 
Parágrafo único – não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido.
Art. 39 – é ineficaz a sentença condenatória na parte que exceder a alçada estabelecida nesta lei. 
A sentença poderá ser: 
De mérito – quando o juiz decide a demanda com o acolhimento ou rejeição do pedido. A decisão deve ser sempre fundamentada. 
Declaratória – o juiz por vezes determinará o cumprimento de determinada obrigação, no caso de condenação a sentença deverá ser sempre líquida – Art. 52, inciso I. 
Sentença Ultra petita – quando o juiz decide além do pedido, condenando à quantidade superior a que foi pedida – Art. 39. 
Extra petita – quando o juiz profere sentença de natureza diversa do pedido ou condena em objeto diverso. 
Dos Recursos 
No JEC quanto aos recursos não será aplicado subsidiariamente o Código de Processo Civil. Serão utilizados apenas dois recursos. É obrigatória a presença de advogado. No JEC não é permitido recurso de Agravo, em caso de relevância e urgência será aplicado o Mandado de Segurança, como meio excepcional (Sucedâneo Recursal). 
Dos Recursos Cabíveis: 
Recurso Inominado – Art. 41 – da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio juizado. 
§ 1° - o recurso será julgado por uma turma composta por 3 juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do juizado. 
§ 2° - no recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado. 
Art. 42 – o recurso será interposto no prazo de 10 dias, contados da ciência da sentença, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. 
§1° -o preparo (custas) será feito, independentemente de intimação, nas 48 h após a interposição, sob pena de deserção.
§ 2° após o preparo, será intimado o recorrido para oferecer resposta escrita no prazo de 10 dias. 
Art. 43 – o recurso será somente no efeito devolutivo, podendo o juiz atribuir efeito suspensivo para evitar dano irreparável para a parte. 
Art. 45 – as partes serão intimadas da data da sessão do julgamento.
A peça do Recurso deve ser sucinta, apresentando fundamentação adequada. A peça subirá ao Tribunal, ataca as decisões terminativas e suspensivas, sendo que no recebimento do recurso, este deverá ser submetido ao juízo prévio de admissibilidade. Primeiramente, serão analisadas as condições previstas em lei para o conhecimento do pedido. Serão também verificados os pressupostos de mérito, ou seja, se é cabível ou não a reforma. 
Pressupostos Objetivos:
Tempestividade
Recolhimento das custas (preparo);
Capacidade postulatória.
Pressupostos Subjetivos:
Exame da regularidade procedimental do recurso.
Art. 46 – o julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com a indicação suficiente do processo, fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão.
Embargos Declaratórios – Art. 48 – Caberão embargos de declaração quando, na sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição, omissão ou dúvida.
Art. 49 – os embargos de declaração serão interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de 5 dias, contados da ciência da decisão. Tem efeito suspensivo (Art. 50).
SSQP- Hipóteses de Extinção do Processo sem Julgamento de Mérito – Art. 51:
I – quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo;
II – quando inadmissível o procedimento pelo JEC ou seu prosseguimento, após a conciliação;
III – quando for reconhecida a incompetência territorial;
IV – quando sobrevier impedimento da capacidade postulatória do Art. 8°;
V – quando falecido o autor, a habilitação depender de sentença ou se não se der no prazo de 30 dias;
VI – quando, falecido o réu, o autor não promover a citação dos sucessores em 30 dias. 
Do Juizado Especial Criminal (JECRIM)
Tem competência para julgar, conciliar e processar as infrações penais de menor gravidade (as contravenções penais) e crimes com pena máxima não superior a 02 anos. 
Art. 60 – o JECRIM provido de juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. 
Parágrafo único – na reunião de processos, perante o juízo comum ou o Tribunal do Júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, serão observados os institutos da transação penal e da composição dos danos civis. 
Art. 61 – será considerado infrações de menor potencial ofensivo – as contravençõespenais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 anos, cumulada ou não com multa. 
Objetivo – é a pacificação social. Em sua decisão, o juiz, tem por objetivo fazer com que a parte ofensora repare os danos sofridos. 
Dos Princípios do JECRIM:
Art. 62 – o processo perante o JECRIM, orientar-se-á pelos critérios da:
Oralidade, Informalidade, Economia Processual e Celeridade,
Objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. 
Competência do JECRIM – regra geral será determinada pelo lugar da infração. Art. 63 – a competência do JECRIM será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal. 
Dos Atos Processuais – Art. 64 – os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana. 
Art. 65 - § 1° - não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo. § 3° 0- serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos havidos por essenciais. 
Art. 66 – a citação será pessoal e far-se-á no próprio juizado, sempre que possível, ou por mandado. 
Parágrafo único – não encontrado o acusado para ser citado, o juiz encaminhará as peças existentes ao juízo comum, para a adoção do procedimento em rito ordinário. 
Art. 68 – do ato de intimação da autor do fato e do mandado de citação do acusado, constará a necessidade de seu comparecimento acompanhado de advogado, com a advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado defensor público. 
IMPORTANTE: não haverá prisão em flagrante e nem arbitramento de fiança.
Art. 74 – a composição de danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. 
Parágrafo único – tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. 
Na aplicação prática : como os fatos chegam no JECRIM:
Ocorre o fato, será então lavrado o TCO pela autoridade policial, na própria delegacia há a pauta de audiência do JECRIM, ou seja, as partes já saem compromissadas a comparecer no JECRIM. 
Na audiência de conciliação é realizada a proposta de acordo de composição de danos civis ou de transação penal pelo MP ( a transação penal implica na suspensão do processo, prestação de serviços comunitários e multa).
Se a parte não aceita uma das propostas, será marcada nova audiência de instrução e julgamento com a oitiva das partes e de testemunhas. 
IMPORTANTE – Art. 76 , § 2° - hipóteses de vedação à proposta de transação penal:
I – ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, á pena privativa de liberdade, por sentença definitiva ( não é réu primário);
II – ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de 5 anos, por outra transação penal prévia; 
III – os seus antecedentes e sua conduta social prévia e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, impedirem a aplicação da medida;
Se o ofendido ou querelante, ficar inconformado, poderá interpor apelação, conforme Art. 82. 
Dos Recursos : 
Apelação – Art. 82 no prazo de 10 dias.
Embargos de Declaração – Art. 83 no prazo de 05 dias.
Os Recursos serão julgados pela Turma Recursal composta por 03 juízes togados.