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Resumo de Direito Civil Av. Bimestral 2 B DN 7B (1)

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Resumo de Direito Civil – Direito das Coisas – Av. Bimestral 2° B DN7B
Da Propriedade em Geral:
Conceito – Art. 1.228 do CC – trata-se do mais completo dos direitos subjetivos, a matriz dos direitos reais e o núcleo do direito das coisas, antes da Constituição Federal era absoluto. o Art. 1.228 não oferece uma definição de propriedade, apenas enunciando os poderes inerentes ao proprietário.
Elementos Constitutivos da Propriedade:
Direito de Usar – Jus Utend – usa a propriedade da forma que mais atenda ao proprietário.
Direito de Gozar ou Usufruir – Jus Jruendi – gozar é diferente de usufruir, que significa utilizar com a finalidade de obtenção de vantagem econômica (fruição). Ex: locação, sublocação e contrato de comodato.
Direito de Dispor da coisa – Jus Abutendi – dar, doar, direito de renunciar, vender.
Direito de Reaver a Coisa – Reivindicato – direito de sequela, buscar a coisa em poder de quem quer que seja que a detenha injustamente. Ex: busca e apreensão, sequestro e arresto.
Das Ações Reivindicatórias
Nestas ações se discute a propriedade o domínio, quem tem o justo título.
Pressupostos das Ações Reivindicatórias :
A titularidade do domínio pelo autor, da área reivindicanda (proprietário com matrícula e registro no CRI);
A individualização da coisa (bens imóveis) – significa a matrícula, o memorial descrito com as coordenadas contendo o número da matrícula, a área, a localização, os lindeiros (proprietários limítrofes). Sobre os bens móveis é a descrição das características tais como a marca, o modelo, o ano de fabricação, o número de série. Ex : automóvel.
A posse injusta do réu – desprovido do título ou titulo contendo vícios. Ex: sucessões fraudulentas, deslocamento do título sobre outra área, remontagem do título.
Natureza Jurídica da Ação Reivindicatória – tem caráter essencialmente dominial (título de propriedade) e por isso só pode ser utilizada pelo proprietário, por quem tenha o “jus in ré” (direito sobre a coisa). É portanto, ação real que compete ao senhor da coisa (senhorio).
Legitimidade Ativa da Ação Reivindicatória:
Compete a ação reivindicatória ao senhor da coisa, ao titular do domínio;
Não se exige que a propriedade seja plena, mesmo a limitada como ocorre nos direitos reais sobre coisas alheias. Ex: usufruto, direito de superfície, uso, ou seja, os direitos reais menores. E na propriedade resolúvel, Ex: venda especial de imóvel com cláusula de retrovenda (Art. 505 ao Art. 508 do CC) que autoriza a sua propositura. 
Cada condômino pode individualmente, reivindicar de terceiro a totalidade do imóvel. Ex: Art. 1.314 do CC.
O compromissário comprador – Art. 1.225, inciso VII do CC – que pagou todas as prestações, possui todos os direitos elementares de proprietário e dispõe, assim de título para embasar a ação reivindicatória – Art. 1.417 do CC.
Legitimidade Passiva da Ação Reivindicatória:
A Ação deverá ser endereçada contra quem está na posse ou detém a coisa, sem título ou suporte jurídico;
A boa-fé não impede a caracterização da injustiça da posse, para fins da reivindicatória;
Art. 62 do CPC – ao possuidor direto, citado para a ação, incumbe a nomeação à autoria do proprietário.
Outros Meios de Defesa da Propriedade:
Ação Negatória – é cabível quando o domínio do autor, por um ato injusto, esteja sofrendo alguma restrição por alguém que se julgue com algum direito de servidão sobre o imóvel.
Ação de Dano Infecto – Art. 1.280 do CC e Reparação de Danos na Responsabilidade Civil – Art. 937 do CC – caracteriza-se quando houver perigo iminente e tem caráter preventivo e cominatório, como um interdito proibitório, e pode ser composta o quanto haja fundado receio de perigo iminente, em razão de ruína de prédio vizinho ou vício em sua construção, Caberá também nos casos de mau uso da propriedade vizinha. 
Das Características do Direito de Propriedade: Art. 1.225, inciso I c/c Art. 1.228 do CC
É exclusiva – no condomínio recai sobre a parte ideal – Art. 1.314 do CC;
É ilimitado (pleno) ou absoluto;
É irrevogável ou permanente, mas não é perpétuo e não se extingue pelo não uso.
Da Evolução do Direito de Propriedade:
No Direito Romano tinha caráter individualista; já na Idade Média passou por uma fase peculiar, com dualidade de sujeitos ( o dono e o que explorava economicamente o imóvel (feudos) pagando ao primeiro pelo seu uso; Após a Revolução Francesa ela assumiu uma feição marcadamente individualista; Já na atualidade, desempenha uma função social: deve ser exercida em consonância com as suas finalidades econômicas, sociais, ambientais, histórica e cultural. Art. 1.280 do CC/ Art. 5°, inciso XXIII da CF e Art. 183 da CF / Art. 186 da CF.
Fundamento Jurídico da Propriedade:
A Teoria da Ocupação é a mais antiga e vislumbra o direito de propriedade na ocupação das coisas, quando não pertenciam a ninguém (res nullins).
Teoria da Especificação – apoia-se no trabalho, inspirou os regimes socialistas;
Teoria da Lei (Montesquieu) – sustenta que a propriedade é uma instituição do direito positivo, ou seja, existe porque a Lei a criou e a garante. Direito Positivo.
Teoria da Natureza Humana – Igreja Católica.
OBS: Do direito de descoberta – Art. 1.233 do CC – descoberta é o achado de coisa perdida, por seu dono. Descobridor é a pessoa que a encontrou.
Da Aquisição da Propriedade Imóvel:
Modos de Aquisição da Propriedade - Hipóteses Legais de Aquisição – Art. 1.239 do CC/ Art. 1.259 do CC e Art. 1.784 do CC:
Usucapião Rural e Urbana – modo originário;
Registro do Título de Transferência no CRI – modo derivado - ex: contrato de compra e venda, usufruto, testamento e doação.
Por Acessões – modo originário;
Direito Hereditário (sucessões) – modo derivado. 
Classificação quanto à Procedência:
Originário – não há transmissão de um sujeito para outro como ocorre na acessão natural e na usucapião. O título é primitivo (Estados, União e DF).
Derivada – a aquisição resulta de uma relação de negócio jurídico entre o anterior e o proprietário e o adquirente. Ex: direito obrigacional como no caso do contrato de compra e venda com arras – Art. 417 e Art. 420 do CC e Art. 481 do CC.
OBS: Direitos Reais – o contrato de compra e venda com cláusula de irrevogabilidade e irretratabilidade entre o promitente vendedor e o compromissado comprador – Art. 1225, inciso VII e Art. 1.417 e Art. 1.418 do CC.
Dos Modos de Aquisição da Propriedade Imóvel :
Usucapião – dos Pressupostos da Usucapião:
Coisa hábil ou suscetível de usucapir – bem imóvel, não pode ser em áreas públicas ou devolutas. Ex: usucapião rural especial pro labore de área de 25 hectares – Lei 6.969/81.
Posse;
Decurso do tempo;
Justo título e de boa-fé.
Da Ação de Usucapião – tem natureza declaratória – Art. 1.241 do CC e é regulada pelo Código de Processo Civil nos Art. 941 ao Art. 945 do CPC.
Deve ser ajuizada no foro da situação (circunscrição) do imóvel, que será clara e precisamente individualizada com a discriminação através de memorial descritivo com o croquis assinado por Responsável Técnico ou Engenheiro Agrimensor no inicial.
Deve o autor juntar a planta (croquis) da área usucapienda;
A sentença que julgá-la será registrada, mediante, mandado, no registro de imóveis (CRI).
Dos Pressupostos da Ação de Usucapião:
Posse – Teoria de Savigny – animus + corpus.
Decurso do Tempo – prazo estabelecido na lei como requisito essencial;
Justo título – não é pré requisito para todas as espécies de usucapião.
Do Registro de Titulo – forma de aquisição derivada da propriedade imóvel
Lei 6.015/73 – Lei dos Registros Públicos – Art. 167/168
Art. 1.245 e Art. 1.267 do CC
Art. 481 do CC – contrato de compra e venda.
Art. 1.417 e Art. 1.418 do CC – Direitos Reais.
Introdução – Não basta o contrato para a transferência ou aquisição do domínio (contrato solene por escritura pública – obrigatória acima de 30 salários mínimos). Estes só transferem pelo Registro do Título translativo, se for imóvel rural ou urbano – Art. 1.245 do CC e Art. 167da LRP e seguintes. A Lei LRP relaciona os atos sujeitos ao registro. Os bens móveis se transferem pela tradição conforme preceitua o Art. 1.226 e Art. 1.267 do CC.
Princípios que Regem o Registro de Imóveis:
Da Publicidade – erga omnes, qualquer pessoa poderá requerer cópia da escritura;
Da Força Probante – fé pública;
Da Legalidade – emana da lei – LRP.
Da Territorialidade – o seu registro tem que ser no cartório de registro (em sua circunscrição) – localização do foro da comarca do imóvel;
Da Continuidade – todos os atos sucessivos deverão ser averbados no registro de imóveis, ou seja, na escritura.
Da Prioridade – prevalece o registro originário.
Da Especialidade – individualização da coisa com as suas características essenciais como o proprietário, o vendedor, o marco geográfico, os limites.
Da Instância – o tabelião só pode agir / exercer com a finalidade de registro, através de requerimento. 
Atos do Registro – Art. 167 e seguintes da LRP – Lei 6.015/73:
Matrícula – é feita somente por ocasião do primeiro registro do título, após a vigência da atual LRP. Destina-se a individualizar os imóveis. O número de matrícula sempre os acompanhará. As alienações posteriores serão registradas na mesma matrícula.
Registro – sucede à matrícula. È o ato que efetivamente acarreta a transferência da propriedade. O número inicial da matrícula é mantido, mas os subsequentes registros receberão numerações diferentes, em ordem cronológica, vinculados ao número da matrícula base – Transcrição – Art. 1.245 e Art. 1.226 do CC.
Averbação – é qualquer anotação feita à margem de um registro, para indicar as alterações ocorridas no imóvel. 
OBS: Livros Obrigatórios: Livro 1 ( Protocolo); Livro 2 ( Registro Geral) ; Livro 3 (Registro Auxiliar) ; Livro 4 ( Indicador Real); Livro 5 ( Indicador Pessoal).
OBS: é obrigatória a escritura pública para imóveis acima de 30 SM – Art. 108 do CC.
Retificação do Registro – Art. 1.247 do CC e Art. 212 da LRP – é admissível a retificação do registro quando há inexatidão nos lançamentos, isto é, se o teor do registro de imóveis não exprimir a verdade.
OBS : A retificação pode ser feita extraordinariamente quando não afeta o direito de terceiros e administrativamente. 
Da Acessão – modo originário de Aquisição da Propriedade.
Conceito – é o modo originário de aquisição da propriedade imóvel, criado por lei, em virtude do qual tudo o que se encontra a um bem imóvel fica pertencendo ao seu proprietário.
Espécies de Acessões :
Acessões Físicas ou Naturais – Art. 1.248 e Art. 1.252 do CC – são constituídas por fenômenos naturais ou acessões de imóvel à imóvel. OBS: não tem a intervenção do homem, nos casos em que há modificação (desvio de curso da água e represas) que afetem terceiros é crime de usurpação – Art. 161, § 1° do CP.
Espécies de Acessões Físicas :
Formação de Ilhas – Art. 1.249 do CC – a formação de ilhas pelo acúmulo natural de areias e materiais levados pela correnteza (sedimentos) e ocorre de acordo com sua situação ou posição no leito dos rios. Nestes casos as ilhas formadas pelos sedimentos em córregos particulares pertencerão aos proprietários dos limítrofes ao córrego de acordo com suas testadas.
Aluvião – Art. 1.250 do CC – Várzeas são constituídas pelas várzeas que margeiam os córregos dos rios, é o aumento insensível que o rio anexa às terras, tão vagarosamente que seria impossível em dado momento, apreciar a quantidade acrescida. Esses acréscimos pertencem aos donos dos terrenos marginais, conforme suas testadas e segundo a regra de que o acessório segue o principal.
Avulsão – quando a força súbita da correnteza arranca uma parte considerável de um imóvel, arranjando-a sobre outro imóvel, adicionando ao imóvel alheio. Esta acessão poderá ser requerida na prazo de 1 ano pelo propriedade subtraída ao da propriedade agregada pela acessão – parágrafo único do Art. 1.251 do CC.
Abandono de Álveo – Art. 1.252 do CC – é a parte alagada (lâmina d’água) , ou seja, é a superfície que as águas cobrem sem transbordar para o solo natural e ordinariamente enxuto. O álveo Abandonado de rio público ou particular pertence aos proprietários ribeirinhos das suas margens, até a linha mediana daquele (antigo canal do rio) de acordo com suas testadas. 
Das Acessões Industriais – são as edificações (casas, armazéns, silos, galpões, etc.) e as plantações (perenes), as pastagens e as terras lavradias para culturas temporárias. São as construções, ou acessões realizadas pelas ações do homem em benefício de sua propriedade.
As construções e plantações são chamadas de acessões Industriais ou Artificiais, porque derivam de um comportamento ativo do homem.
A regra básica está consubstanciada na presunção de que toda construção ou plantação existente em um terreno foi feito pelo proprietário e a sua custa. Trata-se, no entanto, de presunção vencível, admitindo prova em contrário – Art. 1.253 do CC – tais acessões devem constar na transcrição de imóveis – Art. 1.245 do CC.
Da Aquisição da Propriedade Móvel – Art. 1.260 e Art. 1.274 do CC
Modos de Aquisição da Propriedade Móvel:
11.1) Usucapião – é o modo originário de aquisição (prescrição aquisitiva) como prazo como o pressuposto essencial e emanado da lei. 
Espécies de usucapião:
Originária – características – Art. 1.260 do CC: * 03 anos; *contínua e incontestadamente; * justo título e de boa-fé.
Extraordinária – características – Art. 1.261 e Art. 1.262 c/c Art. 1.243 e Art. 1.244 do CC (regra geral) : * 5 anos; * independente de título; * e de boa-fé.
11.2) Da Ocupação – Art. 1.263 do CC – é o modo originário de aquisição de bem móvel que consiste na tomada de posse de coisa sem dono com a intenção de se tornar proprietário. Ex: jegues do Nordeste em beira de rodovia.
11.3) Da Tradição – Nos negócios jurídicos sobre bens móveis a propriedade só se transfere pela tradição – Art. 1.226 e Art. 1.267 do CC. A tradição é o momento da transferência da posse direta do bem, onde passa a exercer o domínio e seus efeitos.
11.4) Do Achado de Tesouro – Art. 1.264 do CC – tesouro é o depósito antigo de coisas preciosas (metais preciosos como ouro, cobre, prata, níquel ou pedras preciosas como o diamante, rubi, esmeralda e ametista) oculto e de cujo dono não haja memória ( no caso de tesouros naturais não guardados pelo homem, segue o código de mineração).
OBS: se alguém o encontrar em prédio alheio, dividir-se-á por igual entre o proprietário deste prédio e o que achou casualmente, ou seja, 50% para cada um – Art. 1.264 do CC.
11.5) Da Especificação – Art. 1.269 do CC – dar-se à especificação quando uma pessoa, trabalhando em matéria prima obtém espécie nova. Ex: o escultor que trabalhando pedra sabão e transforma em escultura, o ourives que trabalha o ouro e transforma em joia.
A espécie nova será do especificador, se a matéria prima era sua, ainda que só em parte, e não se puder restituir a forma anterior, caso contrário, o proprietário da matéria, poderá executar o especificador judicialmente arrestando a peça nova e levada à praça.
11.6) Da Confusão, da Comissão e da Adjunção: Art. 1.272 e Art. 1.273 do CC:
* Da Confusão – é a mistura de coisas líquidas. Ex: gasolina combustível que contém 25% de álcool.
* Da Comissão – é a mistura de coisas sólidas e secas. Ex; argamassa (mistura de cimento, cal e areia especial).
* Da Adjunção – é a justaposição de uma coisa sobre outra. Ex: anel de ouro sobre o brilhante.
Das Espécies de Tradição :
Real – é o momento da transferência do bem móvel em espécie. Ex: contrato de compra e venda de veículo.
Simbólica – é a entrega mediante representação do bem móvel. Ex; entrega de chave do automóvel sorteado.
Ficta – é a tradição em que o alienante vende o bem ao adquirente, mas através de instituto jurídico permanece com a posse direta do mesmo. Ex: venda de propriedade e mantém contrato de locação após a venda.
Da Perda da Propriedade – Art. 1.275 e Art. 1.276 do CC:
Modos de Perda da Propriedade:
 Modos Voluntários:quando depende da própria vontade e do consentimento do proprietário. Se subdivide em:
Alienação – dar-se a alienação por meios de negócios jurídicos bilaterais tais como o contrato de compra e venda, usufruto, testamento, doação através de transcrição, solene e para imóveis acima de 30 salários mínimos – Art. 108 do CC.
Renúncia – este instituto também denominado ato unilateral perfeito em que o proprietário desiste de seu direito sobre o bem imóvel. OBS: Nestes dois institutos a perda da propriedade se efetiva através da transcrição – Art. 1.227 e Art. 1.245 do CC e Art. 167 da LRP.
Abandono – também ato unilateral pelo qual o titular abre mão dos seus direitos sobre a coisa – Art. 1.276 do CC.
Modos Involuntários- são aqueles que independem da vontade e do consentimento do proprietário. Subdividem em :
Perecimento – é a perda da coisa, ou seja, o objeto (imóvel) perde a sua finalidade e poderá ocorrer através de determinadas acessões. Ex: avulsão e aluvião. 
Desapropriação – perde-se a propriedade pela desapropriação de acordo com os institutos expressos na CF/88 através de 3 institutos que são a Necessidade Pública, da Utilidade Pública e do Interesse Social, através de lei específica do ato.
Do Direito de Vizinhança – Art. 1.277 e Art. 1.313 do CC:
Introdução – as regras que constituem o direito de vizinhança destinam-se a evitar e a compor eventuais conflitos de interesses entre proprietários de prédios contidos ( confrontantes, lindeiros). São obrigações “ propter rem” (ex: condomínio necessário) que acompanham a coisa vinculando quem quer que se encontre na posição de vizinho, transmitindo-se aos seu sucessores à título singular ( contrato de compra e venda , testamento).
Do Uso Anormal da Propriedade – espécies de atos nocivos – são aqueles contrários ou perturbam a harmonia entre vizinhos e se subdividem em :
Ilegais – são aqueles atos contrários às normas expressas em lei. Ex: construir sobre vias públicas, construir sobre linha divisória com janela para o vizinho.
Atos Abusivos – construir beiral ou calhas que jogam água para o terreno vizinho.
Atos Lesivos – dar destinação contrária do imóvel que perturba a habitação e a convivência com o vizinho. Ex: construção de chaminés, churrasqueiras.
Critérios para aferir a normalidade:
Verificar se o incômodo causado se contém no limite do tolerável;
Examinar a zona onde ocorre o conflito como o uso e conflitos locais – Art. 4° LINDB.
Considerar a anterioridade da posse- pré-ocupação. Ex: mais de ano e dia não cabe ação de nunciação de obra nova.
Solução para Composição de Conflitos:
Se o incômodo é tolerável não deve ser reprimido;
Se o dano for intolerável, deve o juiz, primeiramente, determinar que seja reduzido à proporções normais. Ex: poluição sonora acima do limite – Art. 1.279 do CC;
Se não for possível a redução, então determinará o juiz, a cessação da atividade, se for de interesse particular.
Art. 1.278 do CC – se a atividade danosa for de interesse social, não se determinará a sua cessação, mas se imporá ao seu responsável a obrigação de indenizar o vizinho. Ex: passagem de água de clube recreativo.
Das Árvores Limítrofes – Art. 1.282 e Art. 1.284 do CC
Caberá Ação de Dano Infecto – a árvore cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios confinantes (condomínio necessário). Art. 1.282 – admite-se prova em contrário. No caso do tronco estar em um terreno, mas seus galhos e raízes adentram no terreno vizinho, este poderá cortá-los sob a linha divisória – Art. 1.283 do CC. No caso dos frutos, especificamente, não segue a regra geral do Direito Civil de que os acessórios seguem o principal, neste caso os frutos que caírem, perpendicularmente sobre terreno vizinho a este pertencem – Art. 1.284 do CC.
No caso das árvores que possam causar danos iminentes, mesmo estando situada no terreno alheio, o vizinho poderá judicialmente pedir a sua poda, a ação pertinente neste caso será de Dano Infecto.
Da Passagem Forçada – Art. 1.285 do CC.
Passagem forçada não é mesma coisa que Servidão de Passagem. A passagem forçada é direito de vizinhança e a servidão de passagem é direito real sobre coisa alheia – Art. 1.225, inciso III do CC.
No caso de se tratar de imóvel urbano segue a Lei de Parcelamento Urbano e o Código de Postura e Plano Diretor. Já no caso de imóvel rural segue o estatuto da Terra e/Decreto 59.418/67.
O Código Civil assegura ao proprietário de prédio (terreno) que se acha encravado de forma natural e absoluta sem acesso à via pública, nascente ou corpo, o direito de mediante pagamento de indenização, cujo rumo será judicialmente fixado se necessário. Sempre se observando a forma menos gravosa para o proprietário cedente. OBS: não se considera encravado o imóvel que tenha outra saída, ainda que de difícil e penosa.
Da Passagem de Cabos e Tubulações – Art. 1.286 do CC – o proprietário ainda é obrigado a tolerar mediante indenização a passagem pelo seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública (energia, água, esgoto, cabo de fibra ótica) em provento de proprietários vizinhos quando de outro modo for impossível ou excessivamente oneroso. 
Das Águas – Art. 1.288 e Art. 1.293 do CC – o Código Civil disciplina a utilização de arqueduto ou canalização das águas, permitindo a todos a canalizar pelo prédio de outrem as águas a que tenha direito mediante prévia indenização ao proprietário, não só para as primeiras necessidades de vida, como também para os serviços da agricultura e da indústria, escoamento de águas supérfluas ou acumuladas ou a drenagem de terrenos. Neste caso o direito de vizinhança se assemelha à servidão, esta pertencente aos direitos reais sobre coisas alheias. 
Dos Limites entre Prédios – Art. 1.297 – caberá Ação Demarcatória ( Art. 946 do CPC):
Estabelece o CC regras para a demarcação dos limites entre os terrenos dispondo que o proprietário pode constranger a seu confrontante ou lindeiro, a proceder com ele à demarcação entre dois terrenos, aviventar rumos ( abrir picadas) e a renovar marcos destruídos e arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas ( agrimensor, funcionários braçais) conforme preceitua o Art. 1.297 do CC.
Do Direito de Tapagem (Tapumes) – Art. 1.297 do CC – forma-se um condomínio necessário, legal, obrigação propter rem. A lei concede ao proprietário o direito de cercar, murar, tapar, valar de qualquer modo seu prédio, quer seja urbano, quer seja rural. Tem-se entendido que a divisão das despesas deve ser previamente convencionada. Quanto aos tapumes especiais, destinados à vedação de animais de pequeno porte ou a pecuária em geral ou o adorno da propriedade, ou sua preservação, entende-se que a sua construção e conservação, cabem unicamente ao interessado, que provocou a construção deles.
Do Direito de Construir:
Limitações e Responsabilidades – Art. 1.299 e Art. 1.280 e Art. 1.312 do CC – pode o proprietário levantar em seu terreno as construções que lhe convier, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos ( Art. 1.299 do CC). A ação mais comum entre vizinhos é a de indenização. A responsabilidade pelos danos causados à vizinhança em virtude de construção é objetiva (Art. 937 c/c Art. 1.227, parágrafo único).
Pode ainda ser utilizada a ação demolitória – Art. 1.280 e Art. 1.312 ou ação cominatória, ação de nunciação de obra nova, ação preventiva de caução de dano infecto, ação possessória, etc. 
Devassamento da propriedade vizinha – Ação de Nunciação de Obra Nova – Art. 934 do CPC- é defeso abrir janelas, ou fazer eirados, terraços ou varandas a metro e meio do terreno vizinho – Art. 1.301 do CC. Nesse caso o lesado pode embargar a construção mediante o embargo de Obra Nova ( Art. 934 do CPC – Ação de Nunciação de Obra Nova ). OBS: conta-se a distância de metro e meio da linha divisória e não da edificação vizinha. 
Menos de ano e dia – ação de Nunciação de ObraNova a partir do conhecimento do vizinho.
Mais de ano e dia – ação demolitória.
Das Águas e Beirais – Art. 1.300 do CC – a questão das águas e beirais construídos em obras novas não poderão atingir o prédio vizinho ou o muro divisório, quando construído a menos de metro e meio. As águas devem ser despejadas no solo o próprio dono da obra e não no do vizinho se, porém o proprietário colocar calhas que recolham as goteiras impedindo que caiam na propriedade vizinha, poderá encostar o telhado na linha divisória. 
Das Paredes Divisórias – Art. 1.305 do CC – o legislador civilista em seu art. 1.395 do CC estabeleceu as regras sobre as paredes divisórias (condomínio necessário ou legal). As paredes divisórias (parede e meia) são as que integram a estrutura da prédio/ terreno, na linha divisória, abre ao proprietário que primeiro edificar:
1º Hipótese : assentar a parede somente no seu terreno ou 2ª Hipótese) assentá-la até meia espessura no terreno vizinho. Na primeira hipótese , a parede pertencerá inteiramente ao construtor da mesma, na 2ª hipótese (parede e meia) pertencerá a ambos. Na segunda hipóteses os vizinhos poderão usá-los livremente, e as obrigações pecuniárias deverão ser repartidas meio a meio. 
Do Uso do Prédio Vizinho – comunicação prévia para autorizar a entrada – Art. 1.313 do CC – o proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado a tolerar que o vizinho entre no prédio, mediante aviso prévio (e autorização do proprietário) para que dele temporariamente possa usar quando indispensável à reparação, construção ou limpeza de sua casa ou do muro divisório e ou apoderar-se de coisa sua, inclusive animais que aí se encontrem casualmente.

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