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CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
Disciplina: Análise de Custos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª: Clailde Vanzella, MSc. 
E-mail: claildev@yahoo.com.br 
2007/2 
 
 
 
ÍNDICE 
 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO ...................................................................................................... 2 
 
2 OBJETIVOS, TERMINOLOGIAS E CLASSIFICAÇÕES................................................... 6 
2.1 Objetivos ................................................... ...................................................................... 6 
2.2 Terminologia básica em custos......................................................................................... 6 
2.3 Classificação dos custos e despesas............................................................................... 7 
Exercícios - parte 2................................................................................................................. 9 
 
3 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO ................................................................................... 16 
3.1 Análise Custo/Volume/Lucro .......................................................................................... 19 
3.2 Margem de Contribuição ................................................................................................ 19 
3.3 Limitação na produção - Restrições ............................................................................... 21 
3.4 Ponto de equilíbrio .......................................................................................................... 21 
Exercícios – parte 3 .............................................................................................................. 24 
 
4 CUSTO-PADRÃO .............................................................................................................. 32 
Exercícios – parte 4 .............................................................................................................. 33 
 
5 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES (ABC) ................................................................ 34 
Exercícios – parte 5 .............................................................................................................. 38 
 
6 PREÇO DE VENDA ........................................................................................................... 42 
Exercícios – parte 6 .............................................................................................................. 47 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 50 
 
CV 
2
1 CONTEXTUALIZAÇÃO 
A primeira parte desta apostila contém textos com o objetivo de introduzir o assunto 
“custos” e evidenciar a necessidade de discussão e gestão dos mesmos nas organizações. 
 
“O QUE NÃO É MEDIDO NÃO É GERENCIADO” 
(Robert S. Kaplan) 
 
Quanto custa para um fabricante produzir e vender um carro? 
Quanto custa para fabricar uma garrafa de Coca-cola? 
Quanto custa uma para uma faculdade oferecer ensino a uma turma de alunos de Ciências 
Contábeis? 
Quanto custa ...????? 
 
Por que muitos times de futebol estão com problemas financeiros? 
Por que a mensalidade de uma faculdade de Medicina é mais cara do que a de Direito? 
Por que ... ???? 
 
É possível reduzir custos e aumentar o lucro? 
 
Não se mexe em time que está ganhando? 
 
 PREÇO 
 
 
 
 
 CUSTO VALOR 
 
Reflita: 
- As empresas lucrativas têm maior ou menor facilidade em tratar a gestão de custos? 
- É necessário conhecer e gerenciar o custo da cadeia econômica inteira, ou basta conhecer 
os custos somente da sua empresa? 
 
Exemplo: Toyota 
 
 
 
Textos para leitura e reflexão 
 
GESTÃO DE CUSTOS E ESTRATÉGIA COMPETITIVA 
Fontes: PORTER (1989); SHANK E GOVINDARAJAN (1997) 
A gestão estratégica de custos (GEC) surge do posicionamento estratégico da 
empresa, da análise dos fatores que geram os custos e da análise da cadeia de valor. Deve-
se passar da concepção do que fazer para por que fazer. (SHANK E GOVINDARAJAN, 
1997). 
 Para melhor entender os conceitos inerentes à cadeia de valor, primeiramente 
veremos os conceitos de estratégia competitiva, divulgados por Porter. 
 
CV 
3
Estratégia competitiva é o conjunto de planos, políticas, programas e ações 
desenvolvidos por uma empresa ou unidade de negócios para ampliar ou manter, de modo 
sustentável, suas vantagens competitivas frente aos concorrentes. 
As empresas em geral podem adotar três tipos de estratégia competitiva, segundo 
Porter: estratégia de liderança em custos, estratégia de diferenciação e estratégia de foco. 
 
Liderança em custos: visa obter vantagens competitivas pela oferta de produtos e serviços 
(em geral padronizados) a custos mais baixos do que os concorrentes. Exemplo: redução 
das despesas de publicidade, controle rígido dos custos, controles rígidos dos custos e 
despesas, minimização dos gastos com P&D etc. O custo baixo em relação aos 
concorrentes torna-se o tema central de toda a estratégia, embora qualidade, assistência e 
outras áreas não devam ser ignoradas. 
Recursos e habilidades: 
- Elevados investimentos de capital; 
- Boa capacidade de engenharia de processo; 
- Supervisão intensa da mão-de-obra; 
- Produtos projetados para facilitar a fabricação; 
- Sistema de distribuição de baixo custo. 
 
Diferenciação: introdução de um ou mais elementos de diferenciação nos produtos e 
serviços, que justifiquem preços mais elevados. Tem como característica conquistar a 
lealdade do consumidor. Contudo, nem sempre é possível atingir parcela ampla de 
mercado. Formas de atrair o consumidor: imagem da marca (Mercedes em automóveis), 
tecnologia, peculiaridades, serviços sob encomenda, rede de fornecedores, ou outras 
dimensões. Em termos ideais a empresa se diferencia em várias dimensões. 
Recursos e habilidades: 
- Marketing 
- Engenharia do produto 
- Criatividade 
- Pesquisa (produto) 
Foco: obter vantagens competitivas ou pela oferta de produtos e serviços com menores 
custos, ou pela diferenciação dos mesmos, mas em um segmento de mercado mais 
localizado ou restrito. 
A estratégia competitiva de uma empresa é desdobrada em geral em estratégias 
funcionais como as estratégias de marketing, de produção, financeira e tecnológica, 
buscando-se compor um todo coeso e harmônico de planos e ações que propiciem a 
aquisição de vantagens competitivas pela melhoria dos processos de negócios ou de 
elementos na “cadeia de valor” da empresa. 
A cadeia de valor é o conjunto interligado de atividades que aumentam a utilidade – o 
valor – dos produtos e serviços de uma empresa. As atividades que adicionam valor são 
as que, na percepção dos clientes, adicionam utilidade aos produtos e serviços que eles 
adquirem. Segundo Porter (1989, p.44), “Tudo aquilo que uma empresa faz deveria ser 
classificado em uma atividade primária ou de apoio”, ou seja, atividade que adiciona valor 
aos clientes ou atividade de apoio. 
 
CV 
4
 
Cadeia de valores genérica 
Fonte: PORTER (1989, p.35) 
 Por meio da análise da cadeia de valores as empresas podem identificar a 
possibilidade de eliminar atividades que não adicionam valor, e reduzir custos sem reduzir o 
valor do produto para os clientes. Reduzindo custos, a empresa pode, por exemplo, diminuir 
o preço que cobra dos clientes, e ter vantagem sobre seus concorrentes. Ou então pode 
utilizar os recursos economizados pela eliminação de atividades que não adicionam valor 
para prestar melhor serviço pós-venda etc. 
 
 
A EMPRESA MODERNA 
Fonte: BORNIA (2002) 
 
O ambiente em que as empresasestão inseridas está modificando-se 
continuamente. Ao acompanhar no tempo a direção das mudanças, verifica-se claramente 
que a competição tende a ficar cada vez mais acirrada. A redução de barreiras 
alfandegárias e a criação de grandes mercados de livre comércio, como o NAFTA, o 
Mercosul e o Mercado Comum Europeu, indicam que a concorrência tende a ocorrer em 
nível mundial e que as reservas de mercado caminham para a extinção. 
No Brasil, país em que a industrialização foi alavancada em grande parte pela 
criação de reservas de mercado, aliada à abundância de matérias-primas e ao baixo custo 
da mão-de-obra, este fenômeno também pode ser observado. A participação no Mercosul e 
a redução de Barreiras à entrada de vários produtos importados no mercado interno está 
tornando a competição cada vez mais intensa. 
O aumento da concorrência vem provocando profundas transformações nos 
sistemas produtivos das empresas. A tendência destas modificações pode ser percebida 
procedendo-se a uma comparação entre o sistema produtivo de uma empresa moderna e o 
de uma empresa tradicional. 
A produção típica da empresa tradicional era composta por poucos artigos, feitos em 
grandes lotes, com alto volume de produção. Na empresa moderna há necessidade de 
grande flexibilização na produção (produtos com muitos modelos, feitos em prazos mais 
curtos, com menor vida útil e com menor prazo de entrega ao cliente). Essas exigências 
fazem com que a produção deva ser efetuada em lotes pequenos, com alta qualidade. 
Enquanto a empresa tradicional não necessitava do aprimoramento contínuo da 
eficiência, pois o mercado, menos competitivo, absorvia as ineficiências e suportava preços 
razoavelmente altos, uma das principais preocupações da empresa moderna é a busca 
incessante pela melhoria da eficiência e da produtividade. 
INFRA-ESTRUTURA DA EM PRESA
GERÊNCIA DE RECURSOS HUM ANOS
DESENVOLVIM ENTO DE TECNOLOGIA
AQUISIÇÃO
LOGÍSTICA 
INTERNA
OPERAÇÕES LOGÍSTICA 
EXTERNA
M ARKETING 
& VENDAS
SERVIÇO
M
A
R
G
E
M
M
A
R
G
E
M
 
CV 
5
A produção da empresa moderna deve evitar ao máximo a ineficiência decorrente da 
má qualidade e o trabalho improdutivo. As atividades que não colaboram efetivamente para 
a agregação de valor ao produto devem ser reduzidas continuamente, da mesma maneira 
que não se pode tolerar qualquer tipo de desperdício no processo produtivo. 
 
 
Exemplo em Serviços Públicos (Maher, 2001, p. 7): 
Um prefeito estava determinado a tornar mais eficiente o serviço de manutenção da frota de 
veículos da cidade. Eliminando atividades que não adicionavam valor, conseguiu aumentar 
eficiência e reduzir custos. Uma atividade que não adicionava valor era a ociosidade de 
motoristas de caminhões de coleta de lixo durante horas normais de coleta. Motoristas de 
caminhões de lixo adicionam valor quando se encontram coletando lixo, não quando estão 
ociosos porque seus caminhões estão fora de serviço ou em conserto. A análise mostrou 
que a fonte dos problemas era a falta de inspeção dos caminhões ao final do turno de 
trabalho. Se pequenos reparos fossem feitos à noite, os caminhões estariam prontos na 
manhã seguinte. No entanto, para conseguir com que os motoristas inspecionassem os 
caminhões, o prefeito ameaçou privatizar o serviço. Como resultado, os motoristas 
passaram a inspecionar os veículos e a taxa de ociosidade caíu de 30% para 18%. 
 
 
Prá que utilizar as informações de custos? 
Fonte: Maher, 2001. 
 
� Tomada de decisão: suponha que a administração de uma loja de departamentos 
esteja considerando expandi-la, para vender novas linhas de produtos. Outra opção 
seria abrir uma nova loja, em local diferente. Qual é a melhor alternativa? 
� Planejamento e avaliação de desempenho: um pequeno empresário montou uma 
Casa de Massas, e, inicialmente, administrava sozinho. Com o sucesso, a 
companhia cresceu e ele precisou contratar dois gerentes: um para a fabricação e 
outro para as vendas. Cada gerente responsabilizava-se pelos custos e receitas, e 
os seus salários eram parte fixa e parte dependente do resultado da Casa. Como 
identificar o resultado de cada área? 
� Elaboração de orçamento: cada centro de responsabilidade em uma organização 
geralmente tem seu orçamento. A elaboração ajuda a decidir se os seus objetivos 
podem ser atingidos ou quais modificações são necessárias; 
� Criação de valor: utiliza o conceito de cadeia de valor. Considera atividades que 
adicionam valor, na percepção dos clientes, e atividades que não acidionam valor. 
As companhias procuram identificar e eliminar atividades que não adicionam valor. 
 
CV 
6
2 OBJETIVOS, TERMINOLOGIAS E CLASSIFICAÇÕES 
2.1 Objetivos 
Necessidades diferentes muitas vezes exigem informações diferentes. Assim, os 
objetivos podem ser: 
� avaliação de estoques; 
� atendimento das exigências fiscais; 
� determinação do resultado; 
� planejamento; 
� formação do preço de venda; 
� controle gerencial; 
� avaliação de desempenho; 
� controle operacional; 
� análise de alternativas; 
� estabelecimento de parâmetros; 
� obtenção de dados para orçamentos; 
� tomada de decisão. 
 
Os objetos são muitos e os mais conhecidos são: a entidade, como um todo, seus 
componentes organizacionais (unidades administrativos e operacionais, como 
departamentos, divisões etc), os produtos e bens que fabrica para si própria e para venda e 
os serviços, faturáveis ou não, que realiza. Os estoques, as campanhas, as promoções, os 
estudos e as atividades especiais, os segmentos de distribuição, as atividades, as 
operações e os planos e alternativas operacionais também são considerados. 
 
2.2 Terminologia básica em custos 
A área de custos possui terminologia própria. Os conceitos a seguir são baseados 
em Martins (2003, p. 24 a 26). 
 
Investimento: bens ou insumos adquiridos pela empresa e não utilizados no período, mas 
que poderão ser utilizados em períodos futuros (estocados). Ex: compra de máquina, 
compra de matéria-prima etc. 
 
Desembolso: saída de dinheiro do banco ou caixa. Ocorre devido ao pagamento de uma 
compra efetuada à vista ou de uma obrigação assumida no passado. Exemplos: compra de 
material de escritório, se for à vista o desembolso é no momento da compra, se for a prazo, 
o desembolso é no momento do pagamento da duplicata ao fornecedor; pagamento de 
salários aos empregados etc. 
 
Gasto: valor dos insumos adquiridos pela empresa independente de terem sido utilizados 
ou não. Exemplos: compra de material de escritório é um gasto, independente de ser à vista 
ou a prazo; gasto com compra de um equipamento Industrial; energia elétrica consumida na 
área industrial etc. 
O gasto pode ser: custo, despesa, perda ou desperdício, ou, ainda, Investimento. 
 
 
CV 
7
Custo: gasto relativo a bem ou serviço consumido na produção de outros bens e serviços. 
Exemplos: matéria-prima e mão-de-obra usados na fabricação de produtos; mão-de-obra da 
gerência e supervisão da fábrica; custos gerais como energia elétrica, água e depreciação 
de máquinas; material de escritório usado pela área de produção da empresa etc. 
 
Despesa: bem ou serviço consumido para a obtenção de receitas e manutenção dos 
negócios da empresa. Exemplo: material de escritório usado pelas áreas que não sejam de 
produção; impostos sobre as vendas; comissões sobre as vendas; energia elétrica do prédio 
da administração; o microcomputador do diretor financeiro, registrado como investimento, 
gera depreciação e essa é uma despesa; propaganda e publicidade, encargos financeiros 
(Lei 9.249/95) etc. 
Todas as despesas são ou foram gastos. Alguns gastos, contudo, não se 
transformam em despesas. Exemplo: terrenos são investimentos e não geram depreciação, 
por isso não há despesa. 
No Brasil, geralmente gastos com Pesquisa e Desenvolvimento– P&D são 
considerados despesas. Raramente são considerados como Ativo Diferido, pois é preciso 
ter previsão de vendas futuras relacionadas a tais gastos. 
 
Perda: é o consumo de bens ou serviços de forma anormal e involuntária. Esse gasto não 
mantém nenhuma relação com a operação da empresa e geralmente decorre de fato não 
previsto. Exemplos: destruição do estoque causada por incêndio; gastos com mão-de-obra 
durante um período de greve; material com prazo de validade vencido; problemas com 
enchentes, inundações, sinistros etc. 
As perdas normais no processo de produção, como retalhos, aparas, limalhas, etc., 
são consideradas custos, pois as unidades produzidas absorvem essas perdas. 
 
Outras Terminologias 
� Desperdício: gasto incorrido no processo produtivo e que pode ser eliminado sem 
prejuízo da qualidade ou quantidade dos bens, serviços ou receitas geradas. 
Exemplo: retalhos decorrentes de defeitos na fabricação; 
� Receita: produto da multiplicação da quantidade de bens vendidos ou serviços 
prestados pelo preço unitário de cada bem ou serviço; 
� Centro de Custos: é a menor unidade de acumulação de custos, representada por 
pessoas, máquinas e equipamentos que desenvolvem atividades homogêneas 
relacionadas ao processo produtivo; 
� Centro de Despesas: é a menor unidade de acumulação de despesas, 
representada por pessoas, máquinas e equipamentos que desenvolvem atividades 
homogêneas relacionadas às atividades administrativas, financeiras e comerciais. 
Exemplo: Departamento de pessoal, Contabilidade, Tesouraria, Faturamento etc. 
 
Terminologia em organizações não industriais 
A terminologia em organizações não industriais é idêntica à aplicada em 
organizações industriais. 
 
2.3 Classificação dos custos e despesas 
Os custos e despesas são identificados em relação a dois fatores: 
− Quanto à variação no volume das atividades produtivas e das vendas – fixos e variáveis; 
− Quanto à facilidade de alocação – diretos e indiretos. 
 
CV 
8
Classificação dos custos quanto à variação no volume 
��Custos fixos: São aqueles que permanecem constantes dentro de determinada 
capacidade instalada, independente do volume de produção. A alteração no volume de 
produção para mais ou para menos não altera o valor total dos custos ou despesas fixos. 
Exemplos: 
− Salários e encargos sociais das chefias de departamentos e setores produtivos; 
− Aluguel da fábrica e/ou das máquinas produtivas; 
− Depreciação* do prédio da produção e/ou das máquinas; 
− Conta de telefone da fábrica (a variação de um mês a outro independe da produção); 
− Seguro da fábrica etc. 
 
*Por depreciação, entenda-se o registro contábil do desgaste do bem adquirido e colocado à 
disposição da produção. Por exemplo, uma máquina foi adquirida em janeiro de 2006 por R$ 
120.000, para utilização nos próximos 10 anos. Assim, 1/120 são considerados mensalmente 
como custo, ou seja, R$ 1.000 ao mês (120.000 / 120 meses). Esta forma também é aplicada 
para as instalações industriais, veículos utilizados na produção, equipamentos de computação 
da produção, móveis de escritórios administrativos, computadores, etc. O que varia para cada 
bem é o tempo de vida útil. 
 
�� Custos variáveis: São aqueles que mantêm relação direta com o volume de produção 
ou serviços. O total dos custos variáveis aumenta conforme o acréscimo no volume 
produzido. Exemplos: matéria-prima, mão-de-obra direta etc. 
Exemplo: indústria de sapatos 
Produção Consumo de couro por und Consumo total 
1.000 pares 0,5 metros 500 metros 
2.000 pares 0,5 metros 1.000 metros 
5.000 pares 0,5 metros 2.500 metros 
 
 
Alguns custos têm componentes das duas naturezas. A energia elétrica é um 
exemplo, pois possui parte fixa e parte variável. A parte de iluminação da fábrica, por 
exemplo, independe do volume de produção, mas a parte relativa a máquinas produtivas 
depende do consumo efetivo. Custos dessa natureza são chamados, às vezes, 
semivariáveis ou semifixos. (MARTINS, 2003, p. 50). 
 
Classificação dos custos quanto à facilidade de alocação 
��Custos diretos: São aqueles que podem ser facilmente quantificados e identificados 
aos produtos ou serviços, ou seja, não há necessidade de rateios. Em geral, compõem-se 
de materiais e mão-de-obra. Exemplos: 
− Numa indústria: mão-de-obra (salário e encargos sociais) da produção, possível de 
associar a cada produto por meio de medição; matéria-prima; embalagens etc.; 
− Numa empresa de auditoria: salário e encargos dos auditores programados para a 
realização de auditoria em cada cliente; 
− Numa gráfica: papel e tintas utilizadas na produção etc. 
 
CV 
9
��Custos indiretos: São aqueles que não são facilmente identificados aos produtos ou 
serviços. Precisam de rateios. Exemplos: 
− Mão-de-obra (salários e encargos) da supervisão de uma indústria; 
− Graxas e lubrificantes utilizados na manutenção de máquinas de produção; 
− Depreciação das máquinas e dos equipamentos de produção; 
− Seguro contra incêndio da fábrica; 
− Transporte dos trabalhadores da fábrica; 
− Energia elétrica da fábrica etc. 
Classificação das despesas quanto à variação no volume 
��Despesas fixas: São despesas que permanecem constantes, ou seja, independem do 
volume de vendas ou de prestação de serviços. Exemplos: salários e encargos sociais dos 
administradores; salário e encargos sociais do gerente/administração de vendas; aluguel do 
prédio administrativo; energia elétrica do prédio administrativo; água; despesas financeiras; 
propaganda etc. 
��Despesas variáveis: são aquelas que mantêm relação direta com as variações no 
volume de receitas. Exemplos: impostos incidentes sobre o faturamento; comissões dos 
vendedores; gastos com frete para entrega dos produtos etc. 
��Despesas Diretas: são aquelas facilmente quantificadas e apropriadas às receitas de 
vendas e prestação de serviços. 
��Despesas Indiretas: relacionadas às receitas e não podem ser identificados com 
precisão. Ex: despesas com imposto de renda e contribuição social, despesas 
administrativas e financeiras. 
Se desejar conhecer mais sobre o assunto, leia: Martins (2003), capítulo 5. 
 
EXERCÍCIOS – parte 2 
1 (Adaptado de Martins, 2003) Assinale (F), se Falso ou (V), se Verdadeiro: 
 
( ) O custo de um produto é composto pelo custo dos fatores utilizados, consumidos 
ou transformados para a sua obtenção. 
( ) Devido ao crescimento das empresas e mercados, a Contabilidade de Custos 
passou a ser vista como uma importante forma de auxílio em questões gerenciais. 
( ) O conhecimento de custo é vital para se saber, dado o preço, se um produto é 
lucrativo ou não. 
( ) O papel da Contabilidade de Custos, no que tange a decisões, é fazer a 
alimentação do sistema sobre valores relevantes apenas no curto prazo. 
Respostas: V, V, V, F, 
 
2 Assinale a alternativa correta: 
2.1 Como exemplo de decisão gerencial que pode ser subsidiada pelo Sistema de Custos, 
temos: 
a) Distribuição de ações aos sócios; 
b) Pagamento de multas ambientais; 
c) Administração de preços de vendas; 
d) Manutenção de duplicatas a receber; 
e) Controle dos financiamentos. 
Resposta: C 
 
CV 
10
2.2 Os recursos relativos ao processo produtivo são denominados: 
a) Despesas; 
b) Investimentos; 
c) Custos; 
d) Desembolsos; 
e) Perdas. 
Resposta: C 
 
2.3 Os recursos consumidos pela administração geral, vendas e financiamentos são 
denominados: 
a) Despesas; 
b) Investimentos; 
c) Custos; 
d) Desembolsos; 
e) Perdas. 
Resposta: A 
 
 
3 Responda: 
- Qual é a diferença entre gasto e desembolso? 
R: 
 
- Há despesa ao se comprar matéria-prima? 
R: 
 
- O que é perda? Exemplifique! 
R: 
 
- Há perdas que podem ser consideradas custos? Explique! 
R: 
 
- Diferencie custo fixo de custo variável!R: 
 
- Custo fixo é aquele que é fixo por produto? Explique! 
 Esta última é a mais difícil. Não! O custo variável é fixo por produto. Veja: se para fabricar um par de 
chinelos uma empresa gasta R$ 2,00 de matéria-prima, para fabricar dois pares serão R$ 4,00 de matéria-prima, 
e assim sucessivamente. Então custo o custo variável é fixo em R$ 2,00 por produto. 
E o custo fixo, é o que então? O custo fixo é variável por produto. Veja: se uma empresa tem custos 
fixos de R$ 30.000 ao mês e fabrica 20.000 pares de chinelos, o custo será R$ 1,50 por chinelo. Mas se esta 
empresa, com os mesmos R$ 30.000 fabricar 30.000 pares de chinelos, o custo será de R$ 1,00 por chinelo. 
Xiii, mas quando eu analiso variação no volume das atividades produtivas, eu digo que custo fixo é o 
quê? Neste caso, custo fixo é aquele que não varia dentro de determinada capacidade instalada, ou seja, 
independe do volume de produção. Já o custo variável depende do volume de produção. 
 
4 Classifique os itens a seguir em Investimentos (I), Custo (C), Despesa (D) ou Perda (P). 
Para os itens classificados como custos, segregue-os em Custo Direto (CD), Custo Indireto 
(CI) e, em Fixo (F) ou Variável (V). Se mais de uma alternativa for válida, assinale todas ou 
a(s) que considerar predominante(s): 
 
( ) Compra de matéria-prima 
( ) Frete relativo a vendas 
( ) Consumo de matéria-prima 
( ) Consumo de energia elétrica (iluminação da fábrica) 
 
CV 
11
( ) Consumo de combustível (administração e diretoria) 
( ) Gastos com pessoal do faturamento 
( ) Remuneração do tempo do pessoal em greve 
( ) Aquisição de máquinas 
( ) Geração de sucata no processo produtivo 
( ) Estrago acidental e imprevisível de lote de material 
( ) Comissões sobre vendas 
( ) Aquisição de embalagens 
( ) Depreciação das máquinas usadas na fabricação de produtos 
( ) Depreciação de mobiliário de escritório administrativo 
( ) Depreciação do prédio administrativo 
( ) Depreciação do prédio de produção 
( ) Honorários de administração 
( ) Honorários do gerente de produção 
( ) Mão-de-obra da produção 
( ) Gastos com desenvolvimento de novos produtos e processos 
( ) Consumo de impressos e material de escritório 
( ) Consumo de embalagens na produção 
( ) Reconhecimento de duplicata como não-recebível 
 
 
5 Assinale (F), se Falso ou (V), se Verdadeiro (Martins, 2003): 
 
( ) Nas empresas prestadoras de serviços, geralmente os custos transformam-se em 
despesas imediatamente, ou seja, sem passar pelo estoque; 
( ) Os custos de manufatura, assim como os de serviços, resultam sempre em 
estoques tangíveis de produtos acabados; 
( ) O sistema de custos em empresas prestadoras de serviços geralmente não tem 
estoques e os elementos de custos são os mesmos do sistema de custos de 
empresas industriais; 
( ) Gasto é o sacrifício financeiro com que uma entidade arca para a obtenção de bens 
e serviços; 
( ) O custo é incorrido no momento da utilização, consumo ou transformação dos 
fatores de produção; 
( ) Perdas são bens e serviços consumidos de forma anormal e involuntária; 
( ) Cada componente do processo de produção é uma despesa que, no momento da 
venda, transforma-se em perda; 
( ) Só existem custos nas empresas industriais de manufatura; nas demais só há 
perdas; 
( ) Gastos com folha de salários da mão-de-obra, durante um período de greve 
prolongada, são custos de produção do período contábil em questão; 
( ) Perdas são itens debitados diretamente ao resultado do período contábil em que 
ocorrem; 
( ) Ao comprar matéria-prima, há uma despesa. 
 
 
 
V, F, V, F, V, V, F, F, F, V, F 
 
CV 
12
6. (Adaptado de Atkinson et al., 2000). A alfa Ltda. confecciona camisas sob encomenda, 
para vendê-las no comércio varejista. A empresa produziu e vendeu 5.000 camisas no mês 
passado. Os gastos incorridos durante o mês passado, em R$, foram: 
 
Gastos C/D 
− Tecido ...................................................................................... 50.000 ( ) 
− Salário das costureiras .............................................................. 6.000 ( ) 
− Salário dos desenhistas de modelagem ..................................... 4.000 ( ) 
− Salários do pessoal de vendas ................................................ 1.000 ( ) 
− Salários dos reparadores de molde e máquina de costura ..... 1.000 ( ) 
− Salário das secretárias do proprietário ...................................... 1.200 ( ) 
− Gasto com o novo letreiro da frente da loja ................................ 400 ( ) 
− Gasto com energia elétrica do departamento de costura .......... 200 ( ) 
− Depreciação das máquinas de molde e de costura ................. 5.000 ( ) 
− Gasto com publicidade na mídia local ....................................... 800 ( ) 
− Gasto com o banner que sobrevoa a praia num avião . ............ 1.400 ( ) 
− Gasto com o seguro de vida dos funcionários da produção ..... 1.000 ( ) 
− Aluguel do prédio ...................................................................... 6.000 ( ) 
 
O aluguel é apropriado em diferentes categorias com base nos fatos a seguir: metade do 
primeiro andar do prédio é usada como escritório e a outra metade é usada pela loja de 
vendas. O segundo andar é usado para confeccionar vestidos e armazenar a matéria-prima. 
Pede-se: 
a) Classifique os gastos em custos ou despesas; 
Resposta: C, C, C, D, C, D, D, C, C, D, D, C, R$ 3.000 de custo e R$ 3.000 de despesa. 
 
b) Qual foi o total de custos da Alfa? 
Resposta: 50.000 + 6.000 + 4.000 + 1.000 + 200 + 5.000 + 1.000 + 3.000 = 70.200 
 
c) Qual foi o custo unitário de produção? 
Resposta: 70.200 / 5.000 = 14,04 
 
 
7. A Só Café é uma pequena cafeteria no centro da cidade. Seus lucros têm caído 
ultimamente e a administração está planejando expandir as operações, adicionando sorvete 
ao cardápio. A expectativa da empresa é de que a venda de sorvete trará um aumento de 
R$45.000 nas receitas anuais. O custo de adquirir sorvetes do fornecedor é de R$20.000. A 
venda de sorvetes não aumentará a necessidade de supervisão, que continuará sendo feita 
pelo gerente atual. Os custos de mão-de-obra e de água e energia elétrica, contudo, 
aumentarão em 50%. O aluguel e outros custos aumentarão 20%. (Adaptado de Maher, 
2001) 
Demonstração do Resultado Anual Antes da Expansão (em R$) 
 
Receita de Vendas ................................................... 38.000 
Custos e despesas 
 Alimentos ...................................................... 15.000 
 Mão-de-obra ................................................. 12.000 
 Água e energia elétrica ................................... 2.000 
 Aluguel ......................................................... 4.000 
 Outros custos ............................................... 2.000 
 Salário do gerente ........................................ 6.000 
 Total ...................................................... 41.000 
Lucro (prejuízo) operacional ...................... (3.000) 
 
CV 
13
 Pede-se: 
a) Prepare um relatório dos custos e receitas, se a Só Café passar a também vender 
sorvete. 
b) O Só Café deveria vender sorvete? Por quê? 
 
Resposta: 
A melhor forma de analisar esta questão é verificar quanto de custos ou despesas será aumentado se 
a empresa incluir sorvete. 
 
a) Sim, porque passaria a ter lucro. 
 
 
8 A Best Consult oferece serviços de consultoria Organizacional. Recentemente, um de 
seus executivos foi contatadopor um representante de uma empresa que desejava contratar 
os serviços da Best. As receitas e os custos e despesas no mês passado foram as 
seguintes: 
Resultado (em R$) 
Receita de Vendas ............................................. 200.000 
Imposto sobre Serviços (5% da Receita) (10.000) 
Gastos 
 Consultores .......................................... 105.000 
 Arrendamento de equipamentos .......... 6.000 
Aluguel .................................................. 2.000 
Salários de gerentes e auxiliares Adm. 20.000 
 Suprimentos .......................................... 5.000 
 Outros .................................................... 3.000 
Total dos gastos .................................................. (141.000) 
 Lucro Operacional .................................... 49.000 
 
Se a Consult decidir assinar o contrato para ajudar o cliente terá que contratar 2 consultores 
júnior que trabalharão, cada um, 150 horas, a um custo de R$ 60,00 a hora e um consultor 
sênior que trabalhará 100 horas, a um custo de R$ 120,00 a hora. O arrendamento 
aumentará 10% porque haverá necessidade de equipamentos adicionais, enquanto os 
suprimentos aumentarão 5%. Existe espaço suficiente para instalar os novos consultores 
nos escritórios atuais, assim, a empresa não terá de alugar nova sala. Não haverá 
necessidade de contratação de executivos e auxiliares administrativos adicionais. Os outros 
gastos aumentarão 7%. O ISS é sempre calculado sobre a Receita de Vendas à taxa de 5%. 
Pede-se: 
a) Quais os gastos adicionais, em R$, que a empresa incorrerá se aceitar o novo contrato? 
b) Se o contrato pagar R$ 35.000, a Consult deveria aceitá-lo? Para justificar sua resposta, 
calcule e demonstre o lucro ou prejuízo que a empresa obterá. 
Incremento Total
Receita de Vendas 38.000 45.000 83.000 
Custos e despesas
Alimentos 15.000 20.000 35.000 
Mão-de-obra 12.000 6.000 18.000 
Água e energia elétrica 2.000 1.000 3.000 
Aluguel 4.000 800 4.800 
Outros custos 2.000 400 2.400 
Salário do gerente 6.000 - 6.000 
Total (41.000) (28.200) (69.200) 
 (3.000) 16.800 13.800 Lucro (prejuízo) operacional 
Atual
 
CV 
14
Resposta: 
 
 
 
 
9. (AFRF) Uma empresa, para fabricar 1.000 unidades mensais de determinado produto, 
realiza os seguintes gastos: 
Gastos do período $ 
Matéria-prima 400.000 
Mão-de-obra direta 300.000 
Mão-de-obra indireta 100.000 
Custos diversos 200.000 
 
Se a empresa produzir 1.200 unidades desse produto, por mês, com as mesmas instalações 
e com a mesma mão-de-obra, todos os demais custos permaneceriam inalterados em seu 
total, o custo por unidade produzida corresponderá a: 
 a) $ 900,00; 
 b) $ 833,33; 
 c) $ 1.000,00; 
 d) $ 966,00; 
 e) $ 950,00. 
Resposta: alternativa A. 
Cálculo: a primeira coisa a fazer é observar o que diz o texto e separar o que é fixo e o que é variável. Se o texto está dizendo 
“com as mesmas instalações e com a mesma mão-de-obra” é porque só a matéria-prima é variável. Agora você já pode efetuar 
o cálculo. Custo de MP por unidade: R$ 400.000 / 1.000 = R$ 400 por unidade. Demais custos: total de R$ 600.000. 
Cálculo: R$ 600.000 / 1.200 un = R$ 500 por um + R$ 400 relativo à matéria-prima = R$ 900 por unidade. 
 
 
 
 
10. (AFRF) Em relação a custos, é correto afirmar: 
a) Os custos fixos totais mantêm-se estáveis, independentemente do volume da atividade fabril. 
b) Os custos variáveis da produção crescem proporcionalmente à quantidade produzida, em razão 
inversa. 
c) Os custos fixos unitários decrescem na razão direta da quantidade produzida. 
d) Os custos variáveis unitários crescem ou decrescem, de conformidade com a quantidade 
produzida. 
e) O custo industrial unitário, pela diluição dos custos fixos, tende a afastar-se do custo variável 
unitário, à medida que o volume da produção aumenta. 
 
Resposta: alternativa A.(veja que a alternativa A está tratando de capacidade de produção) 
 
 
 
Resultado (em R$) Atual Incremento Total
Receita de Vendas 200.000 35.000,00 235.000,00 
Imposto sobre Serviços (5% da Receita) (10.000) (1.750,00) (11.750,00) 
Gastos - 
Consultores 105.000 30.000,00 135.000,00 
Arrendamento de equipamentos 6.000 600,00 6.600,00 
Aluguel 2.000 - 2.000,00 
Salários de gerentes e aux. Adm. 20.000 - 20.000,00 
Suprimentos 5.000 250,00 5.250,00 
Outros 3.000 210,00 3.210,00 
Total dos gastos (141.000) (31.060,00) (172.060,00) 
Lucro Operacional 49.000 2.190,00 51.190,00 
Respostas: a) gastos adicionais de R$ 31.060
b) sim, porque haverá incremento no lucro em R$ 2.190, conforme cálculo acima
 
CV 
15
11. (Adaptado AFRF) A Indústria Brasília adquiriu em abril matérias-primas para serem utilizadas na 
industrialização de seus produtos. Informações adicionais: 
A. Dados da nota fiscal de aquisição: 
 • valor das matérias-primas: $ 2.200 
 • valor do ICMS destacado na nota: $ 340 
B. A empresa pagou de frete das matérias-primas até o seu estabelecimento: $ 240 
C. No mês de abril, a empresa utilizou 40% dessas matérias-primas na fabricação de seus produtos. 
Assinale a alternativa que contém o valor das matérias-primas adquiridas e utilizadas em abril a ser 
apropriado nesse mesmo mês aos custos da produção: 
 a) $ 664; 
 b) $ 760; 
 c) $ 840; 
 d) $ 976; 
 e) $ 1.112. 
Resposta: alternativa C. 
 
Cálculo: 2.200 – 340 (ICMS é recuperável) + 240 = 2.100 
2.100 x 40% = 840 
 
 
 
12. (AFRF) Uma empresa industrial, que apura seus custos por meio dos departamentos A, B e C, 
apropria o valor dos gastos com o consumo de energia elétrica levando em conta que: 
• O departamento A opera com cinco máquinas. 
• O departamento B opera com o dobro de máquinas, em relação ao departamento A. 
• O departamento C não opera máquinas. 
• As máquinas são iguais entre si e registraram o mesmo consumo no período. 
Sabendo-se que os gastos com energia elétrica, no período, foram de $150.000,00, a contabilidade 
apropriou: 
a) $ 50.000,00 em A, $ 75.000,00 em B e $ 25.000,00 em C; 
b) $ 150.000,00 em A e $ 150.000,00 em B; 
c) $ 50.000,00 em A e $ 150.000,00 em B; 
d) $ 75.000,00 em A e $ 75.000,00 em B; 
e) $ 50.000,00 em A e $ 100.000,00 em B. 
Resposta: alternativa E. 
 
 
Cálculo: a apuração dos custos é com base no consumo de energia elétrica, gerado pelas máquinas. 
A = 5 máquinas 
B = 10 máquinas 
Total = 15 máquinas 
 
Então o custo por máquina é: $ 150.000 / 15 = 10.000 
Para o departamento A = 5 máq x $ 10.000 = 50.000 
Para o departamento B = 10 máq x 10.000 = 100.000 
 
CV 
16
3 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO 
 
O Custeio Variável trata a empresa como se fosse uma máquina. Para essa máquina 
funcionar é necessário “pagar” os custos fixos, independentemente do que for produzido. O 
método também é denominado Custeio Direto. 
Martins (2003, p.198) explica: “[...] no Custeio Variável, só são alocados aos produtos 
os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, 
indo diretamente para o Resultado; para os estoques só vão, como conseqüência, custos 
variáveis.” 
O custeio variável fundamenta-sena separação dos gastos em variáveis e fixos. 
Com base nesse método, somente são alocados aos produtos os custos variáveis, 
ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, ou seja, não 
há rateio dos custos fixos e estes também não integram os estoques. 
De acordo com Dutra (2003), o Custeio Variável tem como características 
fundamentais, dentre outros: 
a) não diferenciar despesa e custo; 
b) segregar os custos e despesas que variam com o volume daqueles que não 
variam dentro de certa capacidade produtiva; 
c) tratar os custos fixos de produção como custos do período; 
d) atribuir aos produtos apenas os custos que se alteram com o volume; 
e) determinar a margem de contribuição; 
f) apresentar lucro final menor do que no Custeio por Absorção quando as vendas 
forem menores do que a produção do período, ou seja, quando há estoques não 
vendidos; 
g) igualar o lucro final ao apurado pelo Custeio por Absorção quando a produção for 
igual às vendas, ou seja, quando não há estoques; 
h) possibilitar a comparação dos custos dos produtos em bases unitárias, 
independentemente do volume de produção; 
i) facilitar a análise da relação custo/volume/lucro; 
j) facilitar a elaboração e o controle de orçamentos; 
k) fornecer mais instrumentos de controle gerencial. 
Na figura a seguir pode ser visualizado o esquema do método de Custeio Variável, 
este evidencia a atribuição aos produtos fabricados somente dos custos variáveis, 
desconsiderando os custos fixos, tratando-os como despesas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CV 
17
 
Representação do Custeio Variável 
Fonte: Dutra (2003, p. 233). 
 
O Custeio Variável não é aceito pelo fisco, mas isso não impede que a empresa o 
utilize para fins internos no que diz respeito às decisões gerenciais. Ele facilita a tomada de 
decisões de curto prazo, nas quais os custos variáveis tornam-se extremamente relevantes. 
Como os demonstrativos operacionais podem ser compreendidos com maior rapidez pelos 
gestores, pela não existência de rateios, a sua utilidade fica mais evidenciada. 
No Custeio Variável é calculada a margem de contribuição, que se caracteriza como 
a diferença entre a receita de venda e os custos e despesas variáveis, ou seja, o valor que a 
empresa obtém para cobrir os custos e despesas fixos (MARTINS, 2003). Outro cálculo 
gerencial que pode ser efetuado a partir da teoria do Custeio Variável é o Ponto de 
Equilíbrio, ou seja, quantas unidades é preciso vender para a empresa não ter lucro nem 
prejuízo. 
 
Exemplo: suponha a empresa ABC, fabricantes de três produtos (L, M e N), com 
unidades e custos unitários e totais conforme demonstrado na tabela a seguir: 
 
CV 
18
 
 
Veja na tabela acima que foi calculado o custo unitário médio de cada produto 
somente com base nos custos variáveis, pois os custos fixos serão lançados diretamente no 
resultado, como se fossem as despesas. 
Agora, suponha que a empresa ABC vendeu 70% de todos os produtos (L, M e N) e 
elabore a DRE com base no Custeio Variável sabendo-se que os preços de venda são: 
Produto L = R$155/un; Produto M = R$ 200/un e Produto N = R$ 170/un. A empresa 
também é tributada pelo ICMS em 17% e registrou despesas administrativas no período de 
R$ 30.000. Além disso, a empresa paga 3% de comissão sobre vendas. 
 
 
Receita Operacional bruta 
 Receita de Vendas 
(-) Deduções 
 IMCS sobre vendas 
= Receita Operacional Líquida 
(-) Custo do produto (variável) 
(-) Despesas variáveis 
= Margem de contribuição 
(-) Custos fixos 
(-) Despesas fixas 
= Lucro (prejuízo) líquido 
 
 
Considere outro exemplo: uma empresa produz um único produto. Observe os dados 
da planilha e calcule o Lucro para os períodos 3 e 4. 
 
 
 
Produto L Produto M Produto N
Matéria-prima 2.000 un * 50,50 2.600 un * 70,00 2.500 un * 47,40 - - 
101.000,00 182.000,00 118.500,00 - 401.500,00 
Mão-de-obra 2.000 un * 18,50 2.600 un * 30,00 2.500 un * 28,40 - - 
37.000,00 78.000,00 71.000,00 140.000,00 326.000,00 
Depreciação - - - 25.500,00 25.500,00 
Seguros - - - 30.000,00 30.000,00 
Materiais diversos - - - 50.000,00 50.000,00 
Total 138.000,00 260.000,00 189.500,00 245.500,00 833.000,00 
138000 / 2000un 260.000 / 2.600un 189.500 / 2.500un
69,00 100,00 75,80
Custo unitário 
médio pelos CV
Custos 
Fixos R$ Total R$
Custos Variáveis R$
1 2.000 120 240.000 50 (100.000) 140.000 (120.000) 20.000
2 3.000 120 360.000 50 (150.000) 210.000 (120.000) 90.000
3 120 50 (120.000)
4 120 50 (120.000)
OBS: aumentando-se as vendas, aumenta-se o lucro. Diminuindo-se as vendas, reduz-se o lucro. 
LucroPeríodo CPV Margem de Contribuição Custo Fixo
Quantidade 
Vendida
Preço 
Unitário
Receita de 
Vendas
Custo Var. 
Unitário
 
CV 
19
5.1 Análise Custo/Volume/Lucro 
É o estudo das inter-relações entre custos e volume, e da forma como eles impactam 
o lucro. É “uma ferramenta gerencial para determinação do impacto do preço de venda, dos 
custos e do volume, sobre o lucro operacional” (MAHER, 2001, p. 454). 
A análise de custo/volume/lucro – CVL leva os administradores a questionarem quais 
custos variam com alteração no volume e quais custos não variam. Sem isto, os 
administradores não poderiam estimar o efeito de alterações no preço, no volume ou nos 
custos sobre o lucro operacional da companhia. Bornia (2002, p. 71) afirma que a análise 
CVL é um conjunto de procedimentos que “determina a influência no lucro provocada por 
alterações nas quantidades vendidas e nos custos”. 
Maher (2001) cita que a análise CVL, por separar os custos fixos dos variáveis, torna 
as informações mais eficazes para o curto prazo. No longo prazo a empresa pode tomar 
decisões que mudam sua estrutura de custos e alteram a margem de contribuição. Outro 
aspecto que evidencia a importância da análise CVL no curto prazo é a variação do preço 
de venda em razão da demanda do mercado. 
A análise CVL possibilita à empresa visualizar os problemas de forma rápida através 
do cálculo do ponto de equilíbrio. Este é afetado pela mudança nos custos e nas receitas. 
Assim, permite simulações com alteração no preço e nos custos para identificar qual é a 
implicação nos resultados da organização. 
 
5.2 Margem de Contribuição 
A margem de contribuição – MC é a diferença entre o preço de venda do produto e a 
soma dos custos variáveis – CV e despesas variáveis – DV. 
 
 
Ou seja: MC unit = PV unit – (CV unit + DV unit) 
Suponha um produto com preço de venda - P de R$ 120, CV de R$ 50 (sendo R$ 35 
de matéria-prima e R$ 15 de mão-de-obra), DV referente comissões pagas a vendedores de 
5% do preço de venda (R$ 6) e impostos de 15% do preço de venda (R$ 18). 
MC
 unit = 120 – (50 + 6 + 18) = 46 
Assim, cada unidade vendida contribui com R$ 46 para cobrir os custos fixos. 
 
Exemplo: Uma indústria automobilística produz dois modelos de veículos: 4 portas e 
2 portas. A margem de contribuição é: 
 Preço de 
venda 
Custos Variáveis + 
Despesas Variáveis 
Margem de 
Contribuição 
2 portas $ 25.800 $ 20.400 $ 5.400 
4 portas $ 26.000 $ 20.500 $ 5.500 
Todas as maçanetas são iguais e são importadas. Cada modelo leva o mesmo 
tempo de produção. Assim, o modelo de 4 portas tem maior margem de contribuição 
unitária, sendo o preferido para vendas. 
 
 
Margem de contribuição unitária = Preço unit– (Custos unit + despesas variáveis unit) 
 
CV 
20
 
 
A margempor produto avalia os produtos de forma individual. Com ela você pode 
mostrar a margem de contribuição e a margem que cada produto oferece. Veja no quadro: 
 
 Fonte: Adaptado do Boletim IOB (2006, p. 26). 
Os exemplos da tabela mostram que as receitas dos produtos A e B cobrem todos os 
custos variáveis de cada produto e os custos fixos diretos. Já o produto C tem Margem de 
Contribuição positiva, pois sua receita cobre todos os custos variáveis. Contudo, se 
atribuídos os custos fixos diretos a sua margem por produto é negativa, o que reduz a 
margem total da empresa. Neste caso, devem ser tomadas decisões gerenciais para tornar 
a margem por produto também positiva, pelo menos a longo prazo (BOLETIM IOB 26, 
2006). 
A Margem de Contribuição deve sempre ser definida de maneira adequada para não 
prejudicar produtos existentes e até mesmo, produtos novos que serão introduzidos no 
mercado. 
 
 
 
Companhia Exemplo 
Análise da Margem de Contribuição – em R$ 
Grupo Produto 
A 
Produto B Produto 
C 
Total 
 
Vendas 
Custos Variáveis 
 Material direto 
 Mão-de-obra direta 
 Custos indiretos de fabricação 
 Subtotal 
Margem de contribuição 
Custos fixos diretos 
 Fabricação 
 Comerciais 
 Administrativos 
 Subtotal 
Margem por produto 
 
 
200 
 
(50) 
(40) 
(20) 
(110) 
90 
 
(20) 
(2) 
(13) 
(35) 
55 
 
100 
 
(20) 
(15) 
(15) 
(50) 
50 
 
(10) 
(3) 
(17) 
(30) 
20 
 
400 
 
(120) 
(180) 
(60) 
(360) 
40 
 
(20) 
(15) 
(15) 
(50) 
(10) 
 
700 
 
(190) 
(235) 
(95) 
(520) 
180 
 
(50) 
(20) 
(45) 
(115) 
65 
(-) Custos fixos indiretos (50) 
(-) Despesas fixas (30) 
= Lucro (prejuízo) do período (15) 
E quando houver, além de custos 
e despesas variáveis, custos 
fixos diretos identificáveis a cada 
produto, o que fazer? Posso 
demonstrá-los? 
 
CV 
21
5.3 Limitação na produção - Restrições 
Pela margem de contribuição poderiam ser tomadas as decisões com relação a 
priorizar a fabricação e venda do produto mais lucrativo. Contudo, na prática isso nem 
sempre é possível, pois há fatores que impedem que a empreza produza ou venda maior 
quantidade de determinado produto. São as restrições (MARTINS, 2003). 
Continuando o exemplo dos veículos: em determinado mês, por problemas de 
importação conseguiu-se apenas 8.000 maçanetas, possibilitando a fabricação de 4.000 
carros de 2P ou 2.000 carros de 4P. Para saber qual produto fabricar, é preciso avaliar a 
margem de contribuição por fator de limitação e optar pela maior margem. 
 
 Margem de 
Contribuição 
MC por maçaneta 
(= MC / n° maçanetas) 
Carros 
possíveis 
MC total 
2 portas $ 5.400 $ 2.700 4.000 216.000 
4 portas $ 5.500 $ 1.375 2.000 110.000 
Responda: Sabendo-se que o mercado compra todos os produtos fabricados, quais 
produtos devem ser priorizados para obter maior MC? .................................................... 
 
Na margem de contribuição, se não houver limitação na capacidade produtiva, interessa 
o produto que produz maior MC por unidade, mas, se existir, interessa o que produz 
maior MC pelo fator limitante da capacidade (MARTINS, 2003). 
 
Teoria das restrições (gargalos) 
 
A teoria apóia-se nos seguintes pressupostos principais (Martins, 2003): 
a) todo sistema possui, no mínimo, um fator de restrição; 
b) o conhecimento do valor da MC por unidade do fator limitante é mais importante que o 
conhecimento da MC por unidade produzida; 
c) o custo da MOD, bem como todos os custos indiretos são considerados como fixos; 
d) capacidade ociosa é desejável nos recursos que não representem restrições ou gargalos; 
e) deve-se administrar o equilíbrio do fluxo do processo, não a capacidade dos recursos. 
Uma das formas de melhorar o ganho da empresa é gerenciar adequadamente as 
restrições. 
 
5.4 Ponto de equilíbrio 
O ponto de equilíblio – PE refere-se ao nível de vendas onde não há lucro nem 
prejuízo, ou seja, onde os gastos totais (custos totais + despesas) são iguais às 
receitas brutas. 
A análise pode ser efetuada pelo: 
� Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC); 
� Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE); 
� Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF). 
 
Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC): 
Um vendedor ambulante deseja vender cocos. Ele avalia tudo o que irá gastar 
(custos e despesas) e as receitas, e procura a ajuda de um amigo administrador para saber 
a quantidade mínima que deve vender, ou seja, o PEC, para cobrir todos os custos e 
despesas. Os dados são (SEBRAE, 2006): 
 
CV 
22
− Preço de venda de cada coco: R$ 2,00 
− custo de compra nitário do coco: R$ 0,50 
− custo mensal do gasto (depreciação) da barraca: R$ 12,00 
− outros custos fixos (limpeza etc): R$ 6,00 
− comissão do ajudante: 15% (R$0,30 por coco) 
 
O PEC é obtido quando as receitas cobrirem todos os custos e despesas, e o 
resultado for igual a zero. 
 
Equação: PEC = __ CF + DF_____ ou CF + DF 
 PV
 unit – (CVunit + DVunit) MC unit 
 
No exemplo: PEC = ______ ___ = ___ unidades (ou R$30 de receitas/mês = 15 x R$2) 
 
Então, o vendedor deve vender 15 cocos por mês para não ter lucro nem prejuízo. 
Observe isto na tabela com o cálculo do lucro. 
 
 
Pela tabela, é possível perceber que, com a venda de 15 cocos o resultado será 
zero. Acima disso o vendedor terá lucro. A representação fica ainda mais evidente em 
gráfico. Observe! 
 
 
 
R$ 
 
90 
 
80 
 
70 
 
 60 
 
 50 
 
40 
 
 30 
 
 20 
 
 10 
 
 0 
 
 
 
 
 0 5 10 15 20 25 30 (Quantidade vendida) 
 
Custo fixo (R$ 18) 
Ponto de 
equilíbrio 
Prejuízo 
Receita de 
vendas 
Lucro 
Custos e 
despesas 
totais 
Custo + 
despesa 
Variável 
Quantidade de 
cocos
Faturamento 
(R$2 x un)
Custo do coco 
(R$ 0,5 x un)
Comissão R$ 
(15% da venda)
Total Custo 
Variável R$
Custo Fixo 
R$
Custo Total 
R$ Lucro R$
0 0 0 0 0 18 18 -18
5 10 2,5 1,5 4 18 22 -12
10 20 5 3 8 18 26 -6
15 30 7,5 4,5 12 18 30 0
20 40 10 6 16 18 34 6
25 50 12,5 7,5 20 18 38 12
30 60 15 9 24 18 42 18
 
CV 
23
Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) 
É o ponto onde o lucro remunera o juro do capital investido. Veja o exemplo. 
Se o vendedor ambulante trabalhar somente com PEC nulo, ou seja, igual a zero, ele 
estará perdendo dinheiro. Isso porque, para comprar a barraca, precisou investir. Então, 
estará perdendo pelo menos os juros incidentes sobre o capital aplicado. 
Supondo que o vendedor investiu R$ 1.440 na compra da barraca (Patrimônio 
Líquido de R$ 1.440) e deseja obter, pelo menos, retorno anual de 10% sobre o seu 
investimento (se aplicasse o dinheiro no banco receberia retorno de 10%), há um lucro anual 
desejado de R$ 144. Então, o retorno mensal desejado é de R$12 (R$ 144/12). Logo, 
haverá um PEE quando o lucro atingir R$ 12. 
Observando a tabela anterior, percebe-se que o lucro de R$ 12 é obtido com a venda 
de 25 cocos. Vamos calcular na fórmula: 
Equação: PEE = _CF + DF + Custo de oportunidade 
 MC
 unit 
 
No exemplo: PEE = _______________ = _____ unidades ou R$ _____de receita/mês. 
 
Assim, enquanto o vendedor estiver vendendo entre 15 a 25 cocos, ele terá lucro, 
porém estaráeconomicamente perdendo, pois não está conseguindo remuneração pelo 
menos equivalente ao juro do capital investido. 
 
 
Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF): 
É o ponto onde o lucro remunera todas as saídas de caixa (desembolsos), inclusive 
as financeiras. Veja o exemplo. 
Nos nossos cálculos acima envolvemos o custo da depreciação (R$ 12 ao mês). 
Este é um custo não desembolsável, ou seja, o vendedor pagou pela barraca no momento 
da compra, e não quando do registro da depreciação. Assim, para sabermos o pondo de 
equilíbrio que representa todas as entradas e saídas de caixa, é preciso excluir os custos 
não desembolsáveis (no exemplo, a depreciação). Além disso, suponha que o vendedor 
está pagando juros mensais sobre empréstimos, no valor de R$ 10,80. 
Equação: PEF = CF + DF – Depreciação + Parcelas de empréstimos 
 MC
 unit 
No exemplo: PEF = ________________ = ____ unidades ou R$ _____ de receita/mês. 
 
Com a venda de R$ 14 unidades o vendedor estará se equilibrando financeiramente, 
mas estará com um prejuízo contábil de R$ 1,2 ao mês. 
 
Se desejar conhecer mais detalhes sobre o assunto, leia: Martins (2003), capítulos 
15, 16, 17 e 22. 
 
 
 
 
CV 
24
 
EXERCÍCIOS – parte 3 
1. Indústria de sabão (Adaptado de Martins, 2003). 
A Indústria Aniel produz sabão em pó e sabão líquido. Em determinado mês, produziu 
15.000 caixas do sabão em pó e 16.000 frascos do líquido, incorrendo nos seguintes custos: 
 Pó Líquido 
Matéria-Prima $2/Kg 12.000 Kg 8.000 Kg 
Mão-de-Obra Variável $5/hora 6.000 h 3.000 h 
 
Sabe-se que a empresa também possui os seguintes custos e despesas fixos – em $: 
Supervisão da fábrica 3.600 
Depreciação de equipamentos de produção 28.000 
Aluguel do galpão industrial 4.500 
Seguros dos equipamentos de produção 1.500 
Energia elétrica consumida na produção 2.400 
Salário dos administradores 5.000 
 
Informações adicionais: 
- O sabão em pó é vendido a R$ 5,00 a caixa, e o líquido a R$ 4,00 por frasco 
- A empresa vendeu 50% de ambos os produtos 
- ICMS sobre as vendas: 17% 
 
Pede-se: 
a) Calcule a margem de contribuição de cada produto e o lucro líquido da empresa. 
b) Se não houver limitação na capacidade produtiva, qual produto a empresa deve priorizar? 
Por quê? 
 
 
2. Indústria de malas – Custeio por Absorção e Custeio Variável 
Uma indústria vende um único produto por R$ 45,00. Sobre esse preço incidem tributos de 
20%. A empresa remunera os vendedores com comissões de 15% sobre as vendas. 
Os gastos da empresa, além dos tributos, são: 
Custo variável de matéria-prima: R$ 15/un. 
Gastos fixos: Mão-de-obra direta R$ 60.000 
 Mão-de-obra indireta R$ 25.000 
 Depreciação dos equipamentos da fábrica R$ 5.000 
 Despesas administrativas R$ 30.000 
No período, a empresa produziu 12.000 unidades e vendeu 9.000. Considerando que não 
havia estoques iniciais, elabore a Demonstração de Resultados pelo Custeio Variável. 
 
 
3. Empresa Couro Forte 
 A empresa Couro Forte fabrica dois modelos de jaquetas de couro: padrão e luxo. Os 
custos diretos e indiretos são: 
Padrão Luxo Fixos Total
Matéria-prima 1.500.000,00 1.100.000,00 - 2.600.000,00 
Mão-de-obra 900.000,00 1.000.000,00 400.000,00 2.300.000,00 
Energia Elétrica - - 50.000,00 50.000,00 
Depreciação - - 50.000,00 50.000,00 
Outros - - 40.000,00 40.000,00 
Total 2.400.000,00 2.100.000,00 540.000,00 5.040.000,00 
Variável - Total
 
CV 
25
A quantidade de produtos fabricada no período é: 
 
Jaqueta Padrão 40.000 unidades 
Jaqueta Luxo 7.500 unidades 
 
Informações adicionais: 
− A empresa vendeu 30.000 unidades da jaqueta Padrão e 5.000 unidades da jaqueta 
Luxo; 
− ICMS: 17% do preço de venda 
− Comissões sobre vendas: 5% do preço de venda 
− Salário do pessoal administrativo e outras despesas: R$ 60.000 
− O preço de venda da jaqueta Padrão é de R$ 200 a unidade, e da jaqueta Luxo de 
R$ 350 a unidade; 
− A empresa paga 15% de Imposto de Renda. 
 
Pede-se: 
 
a) Calcule a margem de contribuição unitária de cada produto; 
b) Se R$ 300.000 da mão-de-obra fixa podem ser identificados diretamente aos produtos 
pelas horas trabalhadas, que são de 40.000 horas para a jaqueta padrão e 10.000 horas 
para a jaqueta luxo, elabore a Demonstração do Resultado pelo Custeio Variável 
evidenciando a margem por produto; 
c) Informe quantas unidades de cada produto restaram em estoque, e qual é o valor do 
estoque (em reais), segundo o Custeio Variável; 
d) Se 100 compradores da jaqueta luxo devolverem as mesmas à Couro Forte, por ter 
encontrado defeito de fabricação, qual será o novo valor do estoque? E qual será o novo 
valor do lucro? 
 
 
 
4. A Cia Veste Tudo orçou a receita de vendas em R$ 900.000, os custos e despesas 
variáveis em R$585.000 e os custos fixos em R$140.000, para o ano de 2006. 
Pede-se: 
a) Qual é margem de contribuição da Cia? 
b) Qual é o percentual da margem de contribuição? 
c) Se a Cia vende um único produto, a R$ 90 cada unidade, qual é o número de produtos 
vendidos? E qual é a margem de contribuição, por produto? 
 
Resposta: a ) R$ 315.000; b) 35%; c) 10.000; R$ 31,50 
 
5. Barracas para camping (adaptado de Martins, 2003). 
Suponha que a empresa Acampe Bem fabrica quatro modelos diferentes de barracas para 
camping: Pequeno, Médio, Médio Especial e Gigante. Os dados de custos e venda são: 
 Matéria-Prima Mão-de-Obra 
Variável 
Outros CV Total 
de CV 
Preço de 
venda 
Pequeno 16 20 4 40 48 
Médio 24 20 6 50 72 
Médio Especial 28 24 8 60 80 
Gigante 80 28 8 116 140 
 
Os custos indiretos fixos são: 
Mão-de-obra $ 64.000/ano 
Aluguéis $ 16.000/ano 
Depreciações $ 12.000/ano 
Outros $ 8.000/ano 
 
CV 
26
Para fins fiscais, a empresa rateia os custos indiretos com base na mão-de-obra direta 
variável. Contudo, para fins gerenciais a gerência quer o uso da Margem de Contribuição. 
Assim, determine a MC de cada produto e indique qual deles a empresa deve priorizar. 
 
 
6. Retomando a questão 5: MC e Restrição 
Com relação ao exercício 5, suponha que a Acampe Bem efetuou uma pesquisa de 
mercado e percebeu que poderá vender as seguintes quantidades de produtos: 
Pequeno – 2.000 und 
Médio – 2.800 und 
Médio Especial – 3.300 und. 
Gigante – 3.600 und 
 
No entanto, ao analisar a capacidade produtiva percebe que suas máquinas possuem uma 
capacidade de produção máxima de 97.000, enquanto a demanda de produtos consumiria 
103.150 horas máquina, conforme abaixo. 
 Horas-máquina 
necessárias 
Demanda 
prevista 
Total horas-
máquina 
Pequeno 3,50 2.000 7.000 
Médio 9,00 2.800 25.200 
Médio Especial 9,50 3.300 31.350 
Gigante 11,00 3.600 39.600 
Total 103.150 
 
O contador depara-se com uma questão: onde efetuar o corte de 6.150 horas (103.150 – 
97.000). Ajude-o! 
Dica: utilize a margem de contribuição por fator limitante. 
 
 
7. Rolamentos – MC e Restrição 
(Adaptado de Martins, 2003) Uma indústria fabrica três produtos, nos quais são utilizados 
rolamentos, com os seguintes preços de venda, custos e n° de rolamentos: 
Em determinada semana a empresa está com falta de rolamentos, existindo apenas 200 
unidades em seu estoque. 
Sabendo-se que a empresa tem despesas fixas de R$10.000,00 por semana e despesas 
variáveis de 10% do Preço de Venda, e que o mercado consome todos os produtos que a 
empresa fabrica, pede-se: 
a) Qual é a margem de contribuição, por produto? 
b) Se o mercado comprar todos os produtos fabricados, qual produto a empresa deve 
priorizar? 
c) Suponha que o mercado consome, no máximo, 20 unidades de cada produto porsemana. Decida quais produtos deverão ser feitos na semana, e em que quantidades, de 
forma a maximizar o lucro nesse período. 
Resposta: a) R$220, R$205 e R$230. b). Produto A (dica: use a MC por fator limitante) 
c) produto A: 20 unidades, produto B: 20 unidades, produto C: 8 unidades 
Explicação: Produto A: 20 unidades = 80 rolamentos; Produto B: 20 unidades = 80 rolamentos; Produto 
C: 8 unidades = 40 rolamentos. Total: 200 rolamentos calculados priorizando a MC por fator limitante. 
 
 
Produto
Preço de 
Venda
Custo 
Variável (un)
No de 
rolamentos
A 800 500 4
B 1000 695 4
C 700 400 5
 
CV 
27
8. Ponto de Equilíbrio Contábil: 
a) Suponha que a Cia Fortaleza, fabricante de um único modelo de panela, tenha gastos 
operacionais fixos de R$ 10.000, preço de venda por unidade de R$ 30 e gastos 
operacionais variáveis de R$ 20 por unidade. Qual será o PEC? Porque é preciso vender 
maior quantidade do que a estipulada pelo PEC? 
 
b) Se dentre os custos fixos R$ 1.000 são referentes a depreciação do período e a empresa 
não está pagando juros ou encargos financeiros sobre empréstimos, qual será o PEF? Qual 
é a limitação desse cálculo? Considerado o resultado com este PEF, a empresa terá lucro 
ou prejuízo? Por quê? 
 
c) Se a empresa tiver um Patrimônio Líquido de R$ 20.000 e desejar retorno de 10% sobre 
este, qual é o PEE? O que ele significa/indica? 
 
 
9. Indústria farmacêutica (adaptado de Martins, 2003). 
A Companhia Pinheiro produz e vende 31.250 pacotes de algodão para uso farmacêutico, 
cujo preço médio de venda, líquido de tributos, é de R$ 3,50 por pacote. 
Os custos e despesas variáveis são de R$ 1,50 por pacote e os custos e despesas fixos de 
R$ 50.000 por mês. A capacidade de produção é de 40.000 unidades por mês. 
Pede-se: 
a. Calcule o PEC, em unidades, e informe o valor da receita no PEC; 
b. Calcule o lucro que a empresa obtém com a venda dos 31.250 pacotes; 
c. Calcule o lucro que a empresa pode obter se fabricar e vender 40.000 pacotes; 
d. Se os custos e as despesas fixas aumentarem 20%, e todos os demais itens 
permanecerem constantes, qual é o PEC? 
e. Se os gastos variáveis aumentarem 20%, e todos os demais itens permanecessem 
constantes, qual é o PEC? 
f. Se o preço de venda aumentar 10% e todos os demais itens permanecessem 
constantes, qual é o PEC? 
 
 
10. A Cia Industrial apresentou os seguintes saldos em seus livros contábeis: 
Custos e despesas fixos durante o período: 
− Despesas com vendas.................................. R$ 25.000,00 
− Mão-de-obra Indireta..................................... R$ 70.000,00 
− Seguros da fábrica......................................... R$ 7.000,00 
− Depreciação dos Equipamentos.................... R$ 18.000,00 
 
Custos e Despesas Variáveis por unidades: 
− Materiais diretos............................................. R$ 500,00 
− Embalagens................................................... R$ 55,00 
− Comissões dos vendedores........................... R$ 30,00 
- Outros ........................................................... R$ 15,00 
 
O preço de venda de cada unidade é de............. R$ 1.000,00 
 
Pede-se: 
a) Quantas unidades devem ser produzidas e vendidas para se atingir o PEC? 
b) Qual é o valor da Receita no PEC? 
c) Supondo que o capital investido pela empresa é de R$ 200.000,00 e a taxa de juros do 
mercado é de 20%, qual o ponto de equilíbrio econômico – PEE, em reais? 
d) Elabore a DRE supondo venda do número de unidades identificadas no PEC. 
 
 
 
 
CV 
28
11. Ponto de equilíbrio. Uma empresa fabricante de ferros de passar fez um levantamento 
de seus custos mensais e apurou os seguintes valores: 
 
Custos e despesas Variáveis R$20,10/unid, exceto ICMS 
Custos e despesas Fixas R$9.500 
 
O preço de venda é de 70,00 por ferro de passar, e sobre esse preço incide ICMS de 17%. 
A empresa paga comissões de vendas de 3% sobre o preço da venda. 
 
Pede-se: 
a) Quantos ferros de passar deverão ser produzidos e vendidos no mês para atingir o 
ponto de equilíbrio? Qual o valor da receita nesse ponto? 
b) Se a empresa pretender um lucro de 20% sobre a receita de vendas, quantas 
unidades deverá produzir e vender no mês? De quanto será esse lucro? 
c) Sabendo-se que a empresa deseja um retorno mínimo de 10% ao ano sobre o 
patrimônio líquido de R$240.000, que ela contraiu um empréstimo a ser amortizado 
(pago) mensalmente no valor de R$700,00 por parcela, e que, dentre os custos fixos 
R$ 500 são referentes à depreciação, determine o ponto de equilíbrio econômico do 
mês, bem como o ponto de equilíbrio financeiro. 
 
 
12. (Adaptado de Bornia, 2002) O gerente da empresa ABC está pensando em fabricar um 
componente de seu produto que, atualmente, está sendo comprado ao custo unitário de R$ 
10,00. Para apoiar sua decisão em números, solicitou informações sobre os equipamentos 
disponíveis e chegou a duas máquinas alternativas: M1 e M2. A M1 aumenta os custos 
fixos mensais da empresa em R$ 5.000,00 e apresenta custos variáveis de R$ 8,00. A M2 
aumenta os custos mensais em 15.000,00 e os custos variáveis ficam em torno de R$ 6,00. 
Com estes dados o gerente quer saber: 
 
a) Que nível de atividades (ou quantas unidades) justifica a aquisição da M1? 
b) Que nível de atividades (ou quantas unidades) justifica a aquisição da M2? 
c) Supondo que a empresa trabalhe com um nível de atividades de 4.000 unidades, qual 
é a melhor alternativa: comprar o produto, fabricar com a M1 ou fabricar com a M2? 
Dica: considere o custo unitário da compra como se fosse o ‘preço de venda’. 
 
 
13. A empresa Beta presta serviços de manutenção predial e possui a seguinte estrutura de 
preços, custos e despesas: 
 
��Preço por hora de manutenção, inclusive tributos R$ 60,00 
Tributos incidentes sobre o preço 20% 
Despesas variáveis por hora de manutenção 25% do preço por hora 
Custo variável por hora de manutenção R$ 10 
Custos fixos mensais: 
 Materiais indiretos e outros R$ 18.500 
 Depreciação R$ 1.500 
 Remuneração do gerente de manutenção R$ 5.000 
Despesas mensais fixas: 
 Salários e encargos do pessoal administrativo R$ 6.346 
 Aluguel R$ 3.000 
 Energia elétrica R$ 500 
 Outros R$ 2.000 
 
No último mês a empresa prestou 3.500 horas de manutenção, embora a capacidade atinja 
4.500 horas/mês. 
 
 
 
CV 
29
Pede-se: 
a) Quantas horas de manutenção a empresa deve prestar para não ter lucro nem prejuízo? 
b) Quantas horas de manutenção a empresa deve prestar para obter lucro de R$ 
87.010,00? Com a capacidade atual, a empresa conseguirá obter esse lucro? Por quê? 
c) A empresa está pagando empréstimos no valor de R$ 5.000,00 ao mês. Qual é o Ponto 
de Equilíbrio Financeiro da empresa, em horas e em reais (Receita)? 
d) O proprietário da empresa está pensando em alterar a remuneração do gerente de 
manutenção, passando a pagar salário fixo mais comissão de R$ 1,00 por hora de 
manutenção contratada pela empresa. A alteração geraria um montante de R$ 2.000 
fixos relativos ao salário e encargos deste gerente. Qual seria o novo PEC? 
e) Os dirigentes acreditam que, se investirem mensalmente R$ 10.000,00 em publicidade, a 
empresa será capaz de vender manutenção em sua capacidade máxima. Qual é o novo 
lucro que a empresa obterá? É vantajoso investir em publicidade? Para o cálculo, não 
considere a alteração da letra “d”. 
 
 
14. A indústria CouroLindo fabrica jaquetas de couro no modelo tradicional e modelo longo 
(sobre-tudo), com a mesma matéria-prima. Seus custos variáveis são os seguintes: 
 
Os custos indiretos fixos são de aproximadamente R$8.000,00 por mês e os preços de 
venda são: Tradicional = R$200,00 e Sobre-Tudo= R$300,00. A empresa paga comissões 
sobre vendas de 5% do preço de venda e ICMS de 17% do preço de venda. 
Pede-se: 
a) Qual é a margem de contribuição, por produto? 
b) Se não há limitação na capacidade produtiva ou no consumo, qual produto deve ser 
priorizado? 
c) Em maio está prevista falta de matéria-prima, só estando a disposição da empresa 
12.000 metros de couro. Além da limitação da matéria-prima, em maio o mercado 
consumirá, no máximo, 3.000 unidades de cada produto. Qual é a quantidade de cada 
produto que a empresa deve fabricar nesse mês para que maximize seu lucro? 
 
 
 
15. (Martins, 2003) A Cia TudoLimpo produz enceradeiras e aspiradores de pó, cujos preços 
de venda, líquidos de tributos, são, em média, $ 190 e $ 260, respectivamente, e o volume 
de produção e de vendas cerca de 2.000 unidades de cada, por período. 
 
Sua estrutura de custos é a seguinte (em $): 
Custos variáveis por unidade Enceradeira Aspiradores 
 Matéria-prima 30 40 
 Material de embalagem 12 18 
 Mão-de-obra direta 35 60 
Custos indiretos fixos por período: 
 Supervisão: 60.000 
 Depreciação: 200.000 
 Outros: 36.250 
Considerando o Custeio Variável, pede-se: 
a) O valor da MC unitária de cada produto; 
b) O valor da MC total de cada produto. 
Produto Matéria-Prima Mão-de-Obra Direta
Outros custos 
variáveis
Jaqueta tradicional 2 m/un a R$ 30/m 2 h/un a R$ 10 / h R$ 10 
Sobre-Tudo 3 m/un a R$ 30/m 3 h/un a R$ 10 / h R$ 15 
 
CV 
30
16. (Martins, 2003) A Escola Immacolata oferece dois cursos técnicos profissionalizantes: 
mecânica de automóveis (60 horas) e eletricidade de automóveis (40 horas); para atender à 
demanda oferece normalmente 25 vagas em cada curso, por período letivo. 
O preço do curso para cada aluno participante é aproximadamente o mesmo das escolas 
concorrentes: $ 750 e $ 600, respectivamente, para os cursos de mecânica e de 
eletricidade, e a Immacolata pretende acompanhá-los; o Imposto Sobre Serviços (ISS) é de 
2% sobre a receita. 
Os custos com material didático, impressos, Xerox, lanches etc. são de $ 30 por aluno, além 
de $ 60 por hora-aula efetivamente ministrada pelos instrutores; já os custos comuns 
(secretaria, laboratório, equipamento, estacionamento etc.) totalizam $ 10.000 por período 
letivo. 
Pede-se: 
a) O custo de cada um dos cursos; 
b) O lucro por curso; 
c) A margem de contribuição de cada curso e a margem de contribuição por aluno. 
 
Agora, suponha que em determinado período a escola disponha de poucos instrutores, 
com disponibilidade para ministrar no máximo 80 horas de treinamento. Nesta situação, 
para obter o lucro máximo que curso deve ser oferecido? (Considerar que todas as 
vagas serão preenchidas, não havendo limitação de mercado): 
I) Os dois II) Mecânica 
II) Eletricidade IV) Nenhum dos dois. 
 
 
 
17. (Martins, 2003) A Cia Amazonense de Veículos tem capacidade prática instalada para 
produzir até 36.000 carros por ano, mas nos últimos anos vem conseguindo colocar no 
mercado apenas 24.000, ao preço médio unitário de $ 10.000. Ela só atua no mercado 
nacional. 
Sua estrutura de gastos é a seguinte: 
Material direto: $ 40.000 por unidade 
MOD: $ 2.500 por unidade 
Custos fixos $ 45.000.000 por ano 
Despesas fixas de adm. e vendas: $ 9.000.000 por ano 
Comissão sobre a receita bruta: 1% 
Impostos sobre a receita bruta: 9% 
Da Venezuela a empresa recebe uma proposta de aquisição de 12.000 carros, ao preço CIF 
(Cost, Insurance and Freight) de $ 7.500 cada. Caso a proposta seja aceita, haverá isenção 
de impostos, mas o percentual de comissão sobre o preço de venda bruto dobra, e ainda 
haverá gastos com frete e seguro, que soma $ 250 cada. 
Pede-se: 
a) O lucro bruto por unidade, atuando só no mercado interno; 
b) O Lucro Operacional da empresa, antes do Imposto de Renda, atuando só no 
mercado interno; 
c) O Lucro Bruto de cada unidade a ser vendida para a Venezuela, caso a proposta 
seja aceita; 
d) O Lucro Operacional da empresa, antes do Imposto de Renda, atuando nos dois 
mercados; 
e) A MC unitária e a MC total dos automóveis vendidos no mercado doméstico; 
f) A MC unitária e a MC total da proposta recebida da Venezuela. 
 
CV 
31
18. (Martins, 2003) Exercício sobre Custeio Variável e Custeio por Absorção. 
A Cia Porto Eucaliptos iniciou suas atividades em 02/01/X1. Em 31/12/X1, seu primeiro 
balancete de verificação era constituído pelas seguintes contas (em $ mil): 
1) Caixa 460 
2) Bancos 1.000 
3) Clientes 6.060 
4) Matéria-prima 5.000 
5) Equipamentos de produção 2.000 
6) Depreciação acumulada de equipamentos 300 
7) Veículos 1.000 
8) Depreciação acumulada de veículos 100 
9) Empréstimos de curto prazo com encargos pré-fixados 3.520 
10) Capital social 15.000 
11) consumo de matéria-prima (MP) 7.000 
12) Mão-de-obra (inclui encargos sociais) no período 6.000 
13) Supervisão geral da fábrica 2.880 
14) Aluguel da fábrica 600 
15) Consumo de lubrificantes nos equipamentos de produção 350 
16) Manutenção preventiva de máquinas comuns de produção 500 
17) Supervisão do almoxarifado de matéria-prima 1.440 
18) Energia elétrica consumida na produção 790 
19) Depreciação de equipamentos de produção 300 
20) Seguro dos equipamentos de fábrica 340 
21) Despesas comerciais no período (fixas) 5.060 
22) Despesas administrativas gerais da empresa (fixas) 3.040 
23) Despesas financeiras no período (fixas) 200 
24) Vendas de produtos acabados (PAC) (valor líquido de tributos) 25.100 
 
 Outros dados relativos ao ano de X1: 
1. Produção e vendas no período: 
 
Produtos Preço médio de 
venda/un 
Volume de 
produção (em un) 
Volume de vendas 
(em um) 
X $ 270 50.000 40.000 
Y $ 350 30.000 18.000 
Z $ 500 20.000 16.000 
 
2. O tempo de produção requerido por unidade de produto é o seguinte: 
 
Produtos Tempo de MOD Tempo de Máquina 
X 1,0 hh 0, 60 hm 
Y 2,0 hh 1,50 hm 
Z 2,5 hh 3,75 hm 
 
3. A matéria-prima é a mesma para todos os produtos e o consumo também se faz na 
mesma proporção: 1 kg de MP para cada unidade de PAC. 
4. O consumo de energia elétrica pelos produtos é o mesmo em termos de kWh, por 
isso seu custo é diretamente proporcional ao tempo de utilização das máquinas; 
5. As habilidades e os salários dos operários são aproximadamente iguais para os três 
produtos, e o custo de MOD é fixo; 
6. O custo de supervisão apresenta correlação com o de MOD; 
7. Os demais custos indiretos são correlacionados ao tempo de uso de máquinas; 
8. O Imposto de Renda é de 30% sobre o lucro. 
Pede-se elaborar a Demonstração de Resultados para o ano X1 pelo Custeio por 
absorção e pelo Variável, e os respectivos balanços, e calcular: 
a) O valor da diferença entre os resultados segundo os dois critérios; 
b) O valor da diferença entre os estoques finais segundo os dois critérios. 
 
CV 
32
4 CUSTO-PADRÃO 
Até o momento vimos cálculos de custos para fins fiscais (custeio por absorção ou 
esquema básico) e cálculos de custos para fins gerenciais com base no custeio variável 
(Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio). 
Os cálculos para fins fiscais apresentam problemas quanto à forma de rateio 
arbitrária, já a Margem de Contribuição está relacionada com decisões de curto prazo. Isso 
porque pressupõe a separação de custos fixos e variáveis e considera que os custos fixos 
terão sempre o mesmo volume, independente da decisão gerencial que se tome. 
No entanto, as decisões gerenciais podem afetar o volume de custos fixos e, até 
mesmo, os valores referentes aos custos variáveis de cada unidade produzida. Assim, para 
a gestão das empresas há outras formas ou métodos para cálculo dos custos, como por 
exemplo, o custo-padrão, com utilidade para a indústria, e o Custeio por Atividades útil para 
a indústria

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