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FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Fisioterapia Cardiológica I Funções pulmonares Troca gasosa (O2 e CO2) mínimo gasto de energia Equilíbrio térmico e hídrico ( ventilação perda de calor e água) Equilíbrio do pH (homeostasia) Filtro de êmbolos pela circulação pulmonar Atividades bioquímicas (enzimas...) Reservatório de sangue Função imunológica (M alveolares) Fonação Ventilação X Respiração Ventilação: Processo mecânico Automático e rítmico Regulado pelo SNC Movimento de ar para dentro e para fora dos pulmões Respiração: Processo de oxidação de metabólitos Produção de energia Ocorre dentro das células (mitocôndrias) Ventilação X Respiração Sistema Respiratório: troca de gases (O2 e CO2) Sistema Cardiovascular: nutrientes e metabólitos Manutenção das atividades celulares (tecidos, órgãos e sistemas) Nasofaringe Orofaringe Laringofaringe VAs inferiores Traquéia Brônquios: Principais Lobares Segmentares Bronquíolos: Terminais Respiratórios Sacos alveolares Ductos alveolares Alvéolos VAs inferiores Gerações das VAs: Condução Transição Respiração (difusão de gás) Músculos respiratórios Constituição: 55% fibras estriadas tipo I vermelhas (resistentes a fadiga) 45% fibras estriadas tipo II brancas (fatigáveis) Vencer cargas elásticas (forças de retração dos pulmões e caixa torácica e cargas resistivas das VAs) Contração rítmica, intermitente e durante toda a vida Controle voluntário e involuntário Músculos inspiratórios Diafragma: Principal músculo inspiratório Forma de cúpula Separa a cavidade abdominal da cavidade torácica Se origina nas costelas inferiores e coluna lombar e se insere no tendão central Nervo frênico (C3, C4, C5) Inspiração em repouso: responsável por 70% do volume inspirado Músculos inspiratórios Diafragma: ¾ fibras aeróbias (1/3 contração rápida e 2/3 contração lenta) sustentação de esforços ventilatórios prolongados ¼ fibras de contração rápida anaeróbia fala, tosse e esforços posturais Deslocamento do diafragma: Em repouso: 1 cm Inspiração forçada: até 10 cm Área de aposição: fibras costais do diafragma justapõem- se ao gradil costal Músculos inspiratórios Diafragma: Contração diafragmática conteúdo abdominal é deslocado para baixo e para frente diâmetro céfalo- caudal do tórax e movimentação das costelas (elevação e rotação) Músculos inspiratórios Músculos expiratórios Músculos inspiratórios Intercostais externos: Tracionam costelas para cima e para a frente Localizados entre as costelas Nervos intercostais (T1 a T12) Escalenos: Elevam as 2 primeiras costelas Expandem a CT superior Músculos inspiratórios Paraesternais: Elevam a região médio-superior do tórax Previne o deslocamento do tórax para baixo e para dentro após a contração do diafragma Músculos acessórios da inspiração: Peitoral maior: eleva as 7 primeiras costelas Peitoral menor: eleva as costelas no esforço (3as, 4as, 5as) Trapézio, serrátil anterior, rombóides: estabilização da CT e escápulas ECOM: elevação das 1as costelas e esterno Músculos expiratórios Repouso: passiva Abdominais: Reto abdominal: traciona o tórax para baixo Oblíquos internos e externos: abaixam 4 últimas costelas Transverso do abdômen: sustentação visceral Contração: parede abdominal empurrada para dentro e costelas são tracionadas para baixo pressão abdominal diafragma se desloca para cima pressão pleural saída de ar Grande importância na expiração forçada e na tosse Músculos expiratórios Abdominais: Facilitam a ação do diafragma contração abdominal: Diafragma mais alongado no início da inspiração Vísceras abdominais fixadas diafragma pode apoiar seu centro tendíneo e atuar na elevação das costelas Intercostais internos: tracionam costelas e esterno para baixo e para dentro Músculos intercostais Estabilizam os espaços intercostais Ventilação pulmonar Movimentos respiratórios: Ventilação pulmonar Pressões durante o ciclo respiratório: Ppleural Palveolar Ventilação pulmonar Pressões durante o ciclo respiratório: Figure 42.24 Negative pressure breathing Volume de reserva expiratório Volume de reserva inspiratório Nem todo o ar mobilizado na ventilação pelos músculos respiratórios será utilizado para a troca gasosa = espaço morto Ventilação - Ventilação Minuto / Volume Minuto VE = Vc x f Ex: VM = 500 x 16 = 8.000 mL/min ou 8L/min - Ventilação Alveolar VA = (Vc - EMA) x f Quantidade de ar disponível para troca gasosa VA = (Vc - EMA) x f VA = (500 – 150) x 16 VA = 350 x 16 VA = 5.600 mL VA = (Vc - EMA) x f VA = (250 – 150) x 32 VA = 100 x 32 VA = 3.200 mL Hematose Trocas gasosas entre sistema respiratório (alvéolos) e sangue (capilares pulmonares) Unidade Funcional Respiratória Representação esquemática da Unidade Funcional Respiratória Como ar e sangue se encontram ? Relação Ventilação-Perfusão V Ventilação Alveolar (4,0 L) Q Fluxo Sangüíneo Pulmonar (5,0 L) Portanto, seu valor normal é = 0,8 É inútil ventilar alvéolos sem os perfundir (efeito espaço morto) ou perfundí-los sem os ventilar (efeito shunt) Vamos começar pela Ventilação! Para onde o ar (ventilação) vai ? a distribuição da ventilação depende do gradiente de pressão intra-pleural Ápice Base Gradiente de pressão pleural (Ppl) no nível expiratório de repouso (CRF) Essa diferença ocorre porque: No ápice, o peso dos pulmões e a sua força retrátil agem na mesma direção, o que torna a Ppl mais negativa. Na base, o peso dos pulmões e a sua força retrátil agem em direções opostas, o que torna a Ppl maior, ou seja, menos negativa. Base Ápice B a s e Á p ic e Final da expiração Final da inspiração Os alvéolos da base são menores, mas ventilam melhor Vamos para perfusão! Como é a distribuição do sangue nos capilares pulmonares ao longo do pulmão ? Circulação Pulmonar Assim como ocorre na ventilação, o fluxo sanguíneo varia do ápice para base, sendo que nas regiões superiores dos pulmões é menor do que na base, quando estamos na posição sentada ou ereta. Ápice Base A lt u ra d o p u lm ã o Alvéolo Alvéolo capilar Os alvéolos do ápice, por terem um maior volume de repouso, comprimem os capilares pulmonares nessa região, não havendo fluxo sanguíneo. Obs: 1 mm Hg = 1,36 cmH2O PA = Pressão alveolar Pa = Pressão arterial Pv = Pressão venosa B a s e Á p ic e Final da expiração Final da inspiração As bases ventilam e perfundem melhor Resumindo Mínimo Máximo Baixa Alta Alta Baixa Desequilíbrio V/Q É o termo usado para descrever o grau na qual a ventilação e o fluxo sanguíneo não são similarmente distribuídos para o mesmo alvéolo. Efeito Espaço Morto Áreas ventiladas e não perfundidas alta V/Q Efeito Shunt Áreas não ventiladas, mas perfundidas Baixa V/Q Pertubações da troca gasosa HIPOXEMIA 1) HIPOVENTILAÇÃO VA PO2A / PCO2A Causas: drogas lesão da parede torácica paralisia mm respiratórios2) SHUNT Anormais: shunt cardíaco shunt pulmonarres Até aqui vimos: Ventilação Perfusão e a DIFUSÃO ? Difusão de um gás de uma região para outra através de uma barreira. A lei de Fick da difusão descreve os fatores que influenciam o ritmo de difusão do gás de uma região com pressão parcial alta para uma região com pressão mais baixa. Leff & Schumacker – Fisiologia Respiratória: Fundamentos e Aplicações, 1996 DIFUSÃO • Será mais rápida quanto mais ampla a área de contato alvéolo-capilar • menor a espessura da barreira da barreira tissular- plasmática • mais rápida a taxa de reação com a Hb • maior o volume de sangue capilar circulante Taxa de difusão Pressão parcial de um gás Pressão = força / área Numa mistura gasosa, cada componente da mistura exerce uma determinada pressão parcial sobre as superfícies em contato com a mistura, a qual é proporcional à concentração desse gás na mistura. Pressões parciais do ar atmosférico SOLUBILIDADE DOS GASES RESPIRATÓRIOS NO PLASMA Dióxido de Carbono (CO2): 2,5 ml % Oxigênio (O2) : 0,3 ml % Isto faz com que o transporte do oxigênio exija um mecanismo diferente, através da ligação reversível (frouxa) com a HEMOGLOBINA. BIOSSÍNTESE DA HEMOGLOBINA 1. Ácido 2 cetoglutarato + glicina = pirrol 2. Ligação de 4 pirrol = protoporfirina III 3. Protoporfirina III + Fe = heme 4. Globina + 4 heme = hemoglobina 1 g. hemoglobina carreira 1,34 ml de oxigênio 100 ml de sangue contém 15 g de hemoglobina (14 a 16 g%) 100 ml de sangue carreia cerca de 20,1 ml de oxigênio. TRANSPORTE DO DIÓXIDO DE CARBONO 7 % como CO2 dissolvido no plasma 23 % como carbamino-hemoglobina 70 % como bicarbonato, no plasma TRANSPORTE DO MONÓXIDO DE CARBONO (CO) O monóxido de carbono (CO) tem uma afinidade para com o grupo heme da hemoglobina de 200 a 300 vezes maior que o próprio oxigênio, formando uma ligação estável; é chamado de composto carboxi- hemoglobina. “ Geração e regulação da respiração pelo centro respiratório e sua modificação pelas informações provenientes dos centros cerebrais superiores e dos receptores sistêmicos.” Schumacker PT,1996. CONTROLE RESPIRATÓRIO Aferente Eferente Mecanorreceptores Contração da musculatura respiratória Ventilação Difusão Quimiorreceptores Centrais e Periféricos Centro Respiratório Onde está localizado o centro respiratório ? Centro Respiratório Grupo Dorsal: ritmo resp e inspiração (em rampa) Centro Pneumotáxico: limita inspiração. Grupo Ventral: sinal expiratório. Centro Apnêustico GRUPO RESPIRATÓRIO DORSAL Está em todo o comprimento do bulbo É o estímulo que dá início à inspiração O ritmo básico é gerado pelo GRD Emite um sinal elétrico em forma de rampa com duração de 3 segundos GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL* Localização anterior e lateral ao GRD • Quando há necessidade de a ventilação pulmonar, neurônios respiratórios ventrais são ativados (ins e exp.) • Permanecem inativos durante a respiração normal • Contribuem tanto para a inspiração quanto para a expiração (principalmente) CENTRO PNEUMOTÁXICO* • Localiza-se na parte superior da ponte • Desliga e inibe a inspiração, regulando o volume da insp. e freqüência respiratória • Envia impulsos para a área inspiratória • Controla o desligamento da rampa inspiratória, limitando a inspiração • Quando seus sinais são fortes, a inspiração dura 0,5s, produzindo taquipnéia • Quando são fracos, pode produzir uma inspiração profunda CENTRO APNÊUSTICO Localiza-se na parte inferior da ponte • Envia impulsos para o GRD a fim de impedir o desligamento do sinal e gerar inspirações muito profundas • Pode ser limitado pelo centro pneumotáxico e pelos reflexos de estiramento • Se o tronco cerebral for transectado acima do bulbo, a respiração espontânea continua, embora em um ritmo irregular Controle químico da respiração Corresponde aos receptores que respondem a alterações na composição química do sangue: - Central - Periférico Localizado bilateral e ventralmente no bulbo. Zona quimiossensorial do centro respiratório Controle químico central Controle químico da respiração O2 não exerce efeito direto significativo no CR para controlar a respiração atua em quimiorreceptores periféricos localizados nos corpúsculos carotídeos e aórticos Transmitem impulsos neuronais adequados para o CR para controlar a respiração A. aorta Corpo carotídeo A. Carótida comum Corpúsculo aórtico Seio carotídeo Papel do O2 no controle respiratório Ineficiência ventilatória (PaCO2) e/ou Hipoxemia (PaO2 < 60 mmHg) Estímulo dos quimiorreceptores centrais e/ou periféricos informações para o CR 1 - Ventilação Inadequada, abaixa a PaO2 e eleva a PaCO2 →que diminui o pH 2 - PaO2 e pH baixo, estimulam quimiorreceptores aórticos e carotídeos 3 – PaCO2 elevado (pH baixo), estimulam os quimiorreceptores centrais Nervo glossofaríngeo Nervo Vago 5 – Centro respiratório é estimulado pelas vias de nervos vago e glossofaríengeo 6 – Impulsos do centro respiratório mandam eferências via nervo frênico para o diafragma e via nervos intercostais para os intercostais para aumentar a freqüência e a amplitude da respiração 4 –Impulsos aórticos e carotídeos são levados pelas vias do nervo vago e glossofaríengeo para o Centro Respiratório 7- Respiração acelerada, aumenta a ventilação e tende a normalizar a PaO2, PaCO2 e pH no sangue
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