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Aula 5 Constitucional

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Profª. Áurea Bezerra de Medeiros
DIREITO CONSTITUCIONAL II
Aula 5
INTERVENÇÃO FEDERAL 
ARTIGO 84 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL e 34 ao 36. 
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INSTITUTO DA INTERVENÇÃO
O instituto da intervenção federal está previsto no inciso X do artigo 84 da Constituição Federal. Segundo este dispositivo, compete privativamente ao presidente da República decretar e executar a intervenção federal. O artigo 34 também da Constituição, elenca as exceções hipóteses em que a União pode intervir nos estados. Já a Lei 8.038/90 em seu artigo 19, cria os procedimentos para o julgamento de processos perante o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, entre eles, o de intervenção federal.
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INTERVENÇÃO
A regra da intervenção é a não intervenção.
O rol é taxativo 
A intervenção ocorre da seguinte forma:
A) Intervenção federal ocorre quando a União intervém nos Estados, Distrito Federal (art. 34, caput) e nos Municipios localizados em Território Federal (art.35, caput.) 
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INTERVENÇÃO
B) Intervenção Estadual acontece quando o Estado Membro intervém nos Municípios localizados em seu espaço territorial. ( art. 35, caput).
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INTERVENÇÃO
PRESSUPOSTOS MATERIAIS PARA INTERVENÇÃO FEDERAL.
O artigo 34 elenca um rol taxativo das hipórteses que provocarão a intervenção da União nos Estados ou Distrito Federal.
Ver artigo 34 CF c/c artigo 212 CF.
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INTERVENÇÃO
PRESSUPOSTOS FORMAIS PARA INTERVENÇÃO.
Elencados no artigo 36.
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INTERVENÇÃO
	A intervenção consiste no afastamento, pela União, das prerrogativas dos Estados (autoridades de seu cargo), prevalecendo à vontade do interventor. 
O artigo 34 (incisos I a VII) contempla os pressupostos materiais, ou seja, a materialidade da intervenção, e o artigo 36 (incisos I a III e §§ de 1o a 4o) contemplam os pressupostos formais (efetivação, limitação e requisitos). 
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INTERVENÇÃO
Princípios Sensíveis, Apontados ou Enumerados
São as matérias constantes no art. 34, VII, a a e. São sensíveis por dois motivos, um porque estão expressos e dois porque ao serem violados podem sujeitar o Ente à intervenção federal.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: (...)
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INTERVENÇÃO
De decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho da República art. 90, I e Conselho de defesa (art. 91, § 1,II) apreciado pelo Congresso Nacional, em 24 horas, nos casos previstos nos incisos I, II, III e V do artigo 34 da Constituição Federal; também chamada de intervenção espontânea.
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	Espécies de intervenção
a) Espontânea: 
Por intervenção espontânea entende-se aquela a ser iniciada pelo Presidente da República sem que haja necessidade de provocação.
Na intervenção espontânea o Presidente deve ouvir os Conselhos da República e o de Defesa Nacional e, após, poderá discricionariamente decretar a intervenção. ( art. 34, I,II,III e V)
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Espécies de intervenção
b) Provocada por solicitação:
O presidente da República pode ser levado à expedição do decreto interventivo, quer porque houve solicitação dos poderes coactos no âmbito estadual, quer em virtude de requisição por parte do Supremo Tribunal Federal ou de outro Tribunal Superior. ( observar o procedimento da intervenção espontânea) 
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Espécies de intervenção
C) Provocada por requisição: nessa modalidade, também denominada de intervenção vinculada, o Presidente da República deverá atender à determinação de intervenção. Em tal situação o Poder Judiciário verificou a necessidade de se intervir em uma unidade da Federação por se encontrar desatendido a norma constitucional. ( não é necessário a oitiva do conselho da Republica ou da defesa).
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Espécies de intervenção
I) Provocada por requisição: em caso de ofensa ao livre exercício do poder judiciário ( art.34, IV, c/c o art. 36, I, 2 ª parte) ou para prover a execução de ordem ou decisão judicial ( art. 34, VI, 2 ª parte, c/c art. 36, II). 
Primeira hipótese: requisição do STF.
Segunda hipótese: requisição STF, STJ ou TSE. 
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Espécies de intervenção
II) Provocada por requisição: No caso de recusa à execução de lei federal (art.34, VI, 1 ª parte, c/c o art. 36, III) ou violação dos princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII, c/c o art. 36, III ).
As duas hipóteses dependerão de ação judicial, cuja legitimidade é exclusiva do Procurador Geral da Republica).
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INTERVENÇÃO
EXECUTIVO
A) Por meio de ato discricionário, editanto decreto interventivo em que deverá constar: a) a amplitude; b) o prazo; c) as condições da execução; d) nome do interventor .
Apreciação em 24 horas do Congresso Nacional , quorum para aprovar a intervenção é de maioria simples. Caso negado os efeitos são ex nunc devendo cessar de imediato, artigo 85 II. 
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INTERVENÇÃO
De solicitação do Poder Legislativo ou Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal (quando contra Poder Judiciário), no caso previsto no inciso IV do artigo 34 da Constituição Federal, texto da Emenda Constitucional nº 45 de 2004; 
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INTERVENÇÃO
De requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral, no caso de desobediência a ordem ou decisão judicial;
 De provimento do Supremo Tribunal Federal ou de representação do Procurador-Geral da República, nos casos de assegurar os princípios constitucionais arrolados no inciso VII do artigo 34 e no caso de recusa a execução de lei federal. 
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INTERVENÇÃO
De provimento do Superior Tribunal de Justiça ou de representação do Procurador-Geral da República, no caso de recusa à execução de Lei Federal. 
OBSERVAÇÃO: 
A intervenção passará a ser inconstitucional se o decreto for rejeitado pelo Congresso Nacional. 
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INTERVENÇÃO
 Ler (com muita atenção) os artigos: 21, inciso V; 49, inciso IV; 57 § 6º, inciso I; 84, inciso X; 90, inciso I e 91 § 1o, inciso II, todos da Constituição Federal e a Emenda Constitucional nº 45 de 2004, artigo 36 da Constituição Federal. 
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JURISPRUDÊNCIA STF
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; “ICMS. Repartição de rendas tributárias. PRODEC. Programa de Incentivo Fiscal de Santa Catarina. Retenção, pelo Estado, de parte da parcela pertencente aos Municípios. Inconstitucionalidade. RE desprovido. 
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JURISPRUDÊNCIA STF
A parcela do imposto estadual sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, a que se refere o art. 158, IV, da Carta Magna pertence de pleno direito aos Municípios. O repasse da quota constitucionalmente devida aos Municípios não pode sujeitar-se à condição prevista em programa de benefício fiscal de âmbito estadual. Limitação que configura indevida interferência do Estado no sistema constitucional de repartição de receitas tributárias. ” (RE 572.762, rel. min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 18-6-2008, Plenário, DJE de 5-9-2008, com repercussão geral.) No mesmo sentido: AI 645.282-ED, rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 1º-2-2011, Primeira Turma, DJE de 18-2-2011.
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JURISPRUDÊNCIA STF
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; "Representação do procurador-geral da República. Distrito Federal. Alegação da existência de largo esquema de corrupção. Envolvimento do ex-governador, deputados distritais e suplentes. Comprometimento das funções governamentais no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo. Fatos graves objeto de inquérito em curso no STJ. Ofensa aos princípios inscritos no art. 34, VII, a, da CF. (...) Enquanto medida extrema e excepcional, tendente a repor estado de coisas desestruturado por atos atentatórios à ordem definida por princípios constitucionais de extrema relevância, não se decreta intervenção federal quando tal ordem já
tenha sido restabelecida por providências eficazes das autoridades competentes." (IF 5.179, rel. min. Cezar Peluso, julgamento em 30-6-2010, Plenário, DJE de 8-10-2010.)
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BIBLIOGRAFIA
DA SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros Editores Ltda., 2009.
DE MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
Lammêgo Bulos, Uadi. Curso de Direto Constitucional. São Paulo: Editora Saraiva. 2011.
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