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Direito Penal : resumo

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Conceito de Direito Penal.
 Aspecto Formal: conjunto de normas; que qualifica certos comportamentos.
Aspecto Sociológica: Instrumento de Controle Social. (visa desencorajar determinadas condutas).
Caracteres do Direito Penal. 
- Regula a relação dos indivíduos entre si e c om a sociedade; (é por isso que se bate muito na tecla da Educação). Pesquisa diz que grande parte dos presidiários não chegaram a concluir o ensino médio. Durkein fala que a Escola ensina a conviver em sociedade. Quando falta na base que é a família, então a escola tenta suprir esta falta.
 - Direito de Punir – ius puniendi. É o Direito de Punir, este direito é do Estado. (só o Estado pode exercer esse direito, de punir, estabelecer penas, sansões...). Este direito é limitado. Mas tem uma excessão, onde as pessoas podem exercer esse Direito: Tribos Indigenas, no Lei 6001/73 Art. 57. As Tribos Indigenas podem aplicar determinadas sansões, desde que não firam os princípios da dignidade da pessoa humana. 
 - Escala de Valores: Estabelece-se valores em uma determinada Sociedade, por exemplo, o Direito a Vida.
 - A Sansão. Falando a questão preventiva, o Estado aplica a sansão. Magalhães Neto diz que o Direito Penal é ciência cultura, normativa, valorativa e finalista.
 - Pena: A Pena no Direito Penal é considerada um instrumento de Coerção. De Punição. 
- Utiliza-se Critério Político Para Seleção dos Bens a serem tutelados pelo Direito Penal. 
- Movimento: A lei muda constantemente. (ex. Adulterio) Conforme Gunther Jakobs diz que o Direito Penal visa proteger a Norma e todo o Sistema Jurídico.
 5 – Funcionalismo. Ele visa apresentar o Direito Penal como uma função social. E esta função social, qual Seria? - Funcionalismo Racional ou Teleológico: (Claus Roxin) O Direito Penal exerce função social, mas a missão dele é assegurar bens que são jurídicamente relevantes para a Sociedade. Ele admite princípios que não estejam escritos, positivados. Dentre eles, o principio da Insignificância. Roxin diz que a função primordial do direito penal é possibilitar o adequado funcionamento da sociedade. Isso é mais importante do que seguir à risca a letra da lei. 
 - Funcionalismo Sistêmico: (Jakobs). Para ele o que importa é a proteção da Norma. A função do Direito Penal, é resguardar o Sistema. Ele não admite aplicação de princípios não escritos. 
6 – Direito Penal comum e Direito Penal Especial.
 Direito Penal Parte Especial – Esta se referindo aos crimes tipificados no ordenamento. A partir do Art 121.
Legislação Penal Especial – São as extravagantes, não se encontram no corpo do código. (drogas, etc.). 
Conforme Bitencourt:
 Direito Especial: Direito Penal Militar e Direito Penal Eleitoral. É aquele praticada por um cidadão diferenciado, por estar incluso em uma classe diferente. A competência para julgar é de um tribunal especial. Ex: Roubo praticado por policial militar, competência do tribunal militar. 
Direito Comum: É o restante... É aquele dirigido a todos os cidadãos, a competência para julgar é da justiça comum. Ex: Roubo praticado por cidadão comum. Mas alguns autores não admitem que o Direito Penal Eleitoral, não pertenceria ao Direito Penal Especial. Mas isso é Minoritario. 
7 – Direito Penal Objetivo e Direito Penal Subjetivo. 
Eles são pressupostos um do outro (complementam) . Direito Penal Objetivo é conjunto de normas vigentes impostas pelo Estado. Direito Penal Subjetivo é o Direito de Punir do Estado, este direito não é ilimitado, é o caso das prescrições, territorialidade, pela dignidade da pessoa humana e pela humanização das penas. 
Direito Penal Objetivo é um conjunto de normas penais positivadas pelo Estado, da qual impõe normas de conduta para uma sociedade, sob pena de sanções ou medidas d e segurança caso contrarie estas normas. Direito Penal Subjetivo é o poder que o Estado tem de aplicar e punir sobre o agente do fato típico. Denominado comumente de ius puniendi, da qual não se limita apenas, a aplicação d as normas mas também, a criação das mesmas. Somente o Estado tem o poder executar as normas penais, cabend o ao cidadão apenas o ius accusati onis (pedir punição do agressor das normas).
PRINCIPIOS DO Direito Penal. 
1. PRINCIPIO DA LEGALIDADE: 
Qual a diferença entre o principio da legalidade e o principio da reserva legal? Legalidade é Geral. Todos os nossos atos são regidos por lei. Reserva Legal: Algumas matérias que a Constituição Federal prevê só podem ser reguladas em Lei Ordinária ou Lei Complementar. Ex. Criar um crime. Aqui esta a garantia da intervenção do Parlamento. Nenhuma outra lei. 
Medida Provisória pode criar crime, medida de segurança ou pena? NÃO. Constituição Federal Art. 62. 
Princípio da Insignificância: Conforme BITENCOURT, a insignificância de determinada conduta deve ser aferida não apenas em relação a importância do bem jurídico atingido , mas especialmente em relação ao grau de sua intensidade. Para aplica o principio da Insignificância faz-se necessário observar certos vetores:
- Mínima Ofensividade da Conduta do Agente; - Nenhuma periculosidade social da ação; - O Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; - A Inexpressividade da lesão jurídica provocada.
Principio da Intervenção Mínima: 
- Principio da Fragmentariedade: Somente os bens jurídicos mais importantes devem ser protegidos. Somente os ataques intoleráveis devem ser punidos. O Direito Penal intervém no caso concreto quando houver relevante lesão ao bem jurídico tutelado. Deste princípio decorrem o Princípio da Insignificância. 
- Principio da Subsidiariedade: O Direito Penal é o último instrumento que deve ser utilizado para proteger os bens jurídicos. É a última ratio. Se outros ramos são suficientes deve se evitar o Direito Penal. O Direito Penal não deve punir ataques socialmente adequados. (Principio da Adequação Social. Ex. Perfurar a orelha de uma criança). 
Principio da Culpabilidade: Só pode punir uma pessoa se ela agiu com culpa ou com dolo. Trata-se de postulado limitador do direito de punir. O Estado só pode punir o agente imputável (capaz), com potencial consciência da ilicitude e quando dele era exigível conduta diversa. O Principio da Culpabilidade diz que o agente do fato só pode ser responsabilizado penalmente quando:
 a) Tinha capacidade de entender e de se motivar de acordo com a norma; b) Quando poderia agir de maneira diversa e não agiu; 
Conforme GRECO diz respeito ao Juízo de censura, ao juízo da reprovabilidade que se faz sobre a conduta típica e ilícita praticada pelo agente.
Principio da Humanidade: Diz Respeito à integridade física e moral do ser humano. Deve respeitar a dignidade da pessoa humana. Por este princípio proíbe -se penas cruéis, tortura, maus tratos e penas degradantes, tais como amputação, castração, morte e esterilização. Também chamado de Principio da Humanização das Penas.
Princípio da Irretroatividade da Lei Penal: Desde que uma lei entra em vigor até que cesse a sua vigência ela rege todos os atos abrangidos pela sua destinação. Regra do “Tempus Regit Actum”. 
Principio da Adequação Social: (Welzel) – O Direito Penal tipifica somente condutas que tenham uma certa relevância social, caso co ntrário não poderiam ser delitos. Ex. perfurar a orelha de uma criança. São condutas admitidas pela sociedade em determinados momentos, como em um jogo de futebol os acidentes, são condutas socialmente adequadas. Racismo no campo já não o é. 
Principio da Ofensividade ou da Lesividade: Deve haver pelo menosalgum perigo concreto, real e efetivo de dano a um bem jurídico penalmente protegido. Alguns crimes não exigem resultado: Ex. Ameaça. 
Principio da Proporcionalidade: É o principio da vedação do excesso. (excesso deve ser proibido). Este princípio esta relacionado à Pena.
CONFLITO APARENTE DE NORMAS :
Duas ou mais leis vigentes são aparentemente aplicáveis à mesma infração penal. Há um confronto normativo em tese. 
Princípios norteadores para Resolver Conflitos: 
Princípio da Especialidade: Lex specialis derogat generali. Lei especial afasta a lei Geral. Esse principio pressupões a aplicação/existência de duas leis vigentes: Se uma Lei Posterior revogou a anterior, não este princípio mas sim o princípio da posterioridade.Uma lei é especial quando contém todos o s requisitos da Lei Geral mais alguns requisitos especializantes. O Pressuposto lógico é a existência de duas leis Vigentes. 
Princípio da Subsidiariedade: Lex primaria derrogat legi subsidiariae. Trata de graus de proteção diferentes ao mesmo bem jurídico. Determinados tipos penais só podem ser usados quando um tipo mais grave não insidir. Art. 238. Atribuir‑se falsamente autoridade para celebração de casamento: Pena – detenção, de um a três anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Uma Norma que prevê uma ofensa maior a um b em jurídico afasta a aplicação de outra norma que prevê uma ofensa menor a esse mesmo bem jurídico. Pode ser: 
Expressa: por exemplo Art. 132, 238 e 239 do Código Penal – A própria lei formalmente já declara que só tem incidência se o fato não constitui crime mais grave.
Tácita: ocorre quando um fato menos grave está contido na descrição típica de um fato mais grave. Exemplo, o furto é subsidiário em frente ao roubo. A lesão corporal é subsidiária frente ao homicídio.
Princípio da Consunção ou Absorção: O Crime fim absorve o crime meio; o crime maior absorve o crime menor. Fato s mais amplos e mais graves absorvem fatos menos amplos e menos graves. Exemplo: A Coautoria absorve a participação.
Princípio da Alternatividade: Aplica-se aos crimes de conteúdo múltiplo ou variado (crimes com vários verbos, exemplo: Art. 33 da Lei de Drogas) – Tipos mistos alternativos. Várias condutas praticadas em um mesmo contexto fático constitui crime único. Por que? Porque os verbos são alternativos. Entre os verbos coloca-se “OU” (alternatividade). Assim, se entre os comportamentos que caracterizam diferentes ações nucleares (núcleo de tipo) houver relação causalidade no mesmo contexto fático (no mesmo momento), haverá um crime punido mais severamente.

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