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ÉTICA NP1

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�TICA 2005 - I.doc
ÉTICA
DEFINIÇÃO: disciplina filosófica que tem por objeto de estudo os julgamentos de valor na medida em que estes se relacionam com a distinção entre o bem e o mal. A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.
BEM E O MAL
BEM: tudo o que é bom, justo, agradável e conforme a moral.
MAL: aquilo que prejudica ou se opõe ao bem.
O bem é a finalidade da ética. 
Ética, e a valorização e utilização no dia-a-dia, da moral. 
Moral é o conjunto de normas e regras, baseado nos costume e nas tradições de cada sociedade, em um determinado tempo.
“Se imaginais que, matando homens, evitareis que alguém vos repreenda a má vida, estais enganados; essa não é uma forma de libertação, nem é inteiramente eficaz, nem honrosa; esta outra, sim, é mais honrosa e mais fácil: em vez de tampar a boca dos outros, preparar-se para ser o melhor possível.”
				Platão, Apologia de Sócrates.
“Sócrates, como se sabe, foi um filósofo pacífico cuja vocação era fazer as pessoas pensarem. Pois a elite ateniense resolveu livrar-se dele, legalmente. Uma pessoa que faz os cidadãos pensar é, na melhor das hipóteses, um tropeço para o interesse dos poderosos. Pois bem: Sócrates foi julgado e legalmente condenado à morte. A pena que lhe foi imposta pelo magistrado foi: Sócrates deveria matar-se, bebendo cicuta, um veneno. E foi o que aconteceu. Os últimos momentos de Sócrates, a cena do filósofo tranqüilo bebendo cicuta, em obediência à lei, recusando a possibilidade de fugir, é comovente. Suas últimas palavras têm um tom quase cômico. Disse a um dos seus discípulos: "Devemos um galo a Esculápio.." - referência a um ato sacrificial que deveria ser feito, em homenagem ao deus médico. Sócrates morreu. Morreu legalmente. Morte, resultado de um julgamento e de uma sentença.”
						Momento da morte de Sócrates.
A ÉTICA É O GRANDE CAMINHO PARA O ENCONTRO COM A FELICIDADE. E NINGUÉM É FELIZ SE NÃO FAZ FELIZ O OUTRO.
“É possível errar de várias maneiras [...], ao passo que só é possível acertar de uma maneira (também por esta razão é fácil errar e difícil acertar – fácil errar o alvo, e difícil acertar nele); também é por isso que o excesso e a falta são características da deficiência moral, e o meio-termo é uma característica da excelência moral.”
							
							Aristóteles, Ética a Nicômaco, livro 2.
Perguntas Duvidosas:
Devo cumprir a promessa X que fiz ontem ao meu amigo Y, embora hoje perceba que o cumprimento me causará certos prejuízos?
Se alguém se aproxima, à noite, de maneira suspeita e receio que me possa agredir, devo atirar nele, aproveitando que ninguém pode ver, a fim de não correr o risco de ser agredido?
Com respeito aos crimes cometidos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, os soldados que os executaram, cumprindo ordens militares, podem ser moralmente condenados?
Devo sempre dizer sempre a verdade ou há ocasiões em que devo mentir?
Quem, numa Guerra de invasão, sabe que o seu amigo Z está colaborando com o inimigo, deve calar, por causa da amizade, ou deve denunciá-lo como traidor?
�TICA 2005 - II.doc
ÉTICA – REFLEXÃO
“CADA HOMEM JULGA CORRETAMENTE OS ASSUNTOS QUE CONHECE, E É UM BOM JUIZ DE TAIS ASSUNTOS. ASSIM, O HOMEM INSTRUÍDO A RESPEITO DE UM ASSUNTO É UM BOM JUIZ EM RELAÇÃO AO MESMO, E O HOMEM QUE RECEBEU UMA INSTRUÇÃO GLOBAL É UM BOM JUIZ EM GERAL.”
ARISTÓTELES, ÉTICA A NICÔMACO
“AINDA QUE EU FALASSE LÍNGUAS,
AS DOS HOMENS E DOS ANJOS,
SE EU NÃO TIVESSE O AMOR,
SERIA COMO SINO RUIDOSO
OU COMO CÍMBALO ESTRIDENTE.
AINDA QUE EU TIVESSE O DOM DA PROFECIA,
O CONHECIMENTO DE TODOS OS MISTÉRIOS
E DE TODA A CIÊNCIA;
AINDA QUE EU TIVESSE TODA A FÉ,
A PONTO DE TRANSPORTAR MONTANHAS,
SE NÃO TIVESSE O AMOR,
EU NÃO SERIA NADA.
AINDA QUE EU DISTRIBUÍSSE 
TODOS OS MEUS BENS AOS FAMINTOS,
AINDA QUE ENTREGASSE
O MEU CORPO ÀS CHAMAS,
SE NÃO TIVESSE O AMOR,
NADA DISSO ME ADIANTARIA.
[...] O AMOR JAMAIS PASSARÁ.
AS PROFECIAS DESAPARECERÃO,
AS LÍNGUAS CESSARÃO,
A CIÊNCIA TAMBÉM DESAPARECERÁ.
POIS O NOSSO CONHECIMENTO É LIMITADO;
LIMITADA É TAMBÉM A NOSSA PROFECIA.”
PRIMEIRA CARTA AOS CORÍNTIOS
“AS COISAS QUE TEMOS DE APRENDER ANTES DE FAZER, NÓS AS APRENDEMOS FAZENDO-AS ─ POR EXEMPLO, OS HOMENS SE TORNAM CONSTRUTORES CONSTRUINDO, E SE TORNAM CITARISTAS TOCANDO CÍTARA; DA MESMA FORMA, TORNAMO-NOS JUSTOS PRATICANDO ATOS JUSTOS, MODERADOS AGINDO MODERADAMENTE, E CORAJOSOS AGINDO CORAJOSAMENTE.”
ARISTÓTELES, ÉTICA A NICÔMACO
�TICA 2005 - III.doc
Sócrates é um perguntador, disposto a arrancar as pessoas da vã certeza vaidosa na qual se encontram para fazê-las mergulhar mais profundamente em suas consciências em busca de respostas. 
A elas ele não oferece nenhuma resposta, apenas a esperança que ao fim haverá respostas definitivas, mas que estas não podem ser compreendidas sem provocar uma mudança do próprio homem. A mais profunda garantia da sua ética é justamente este potencial auto-reconstrutivo da verdade quando vista sem os véus das aparências e vaidades, um conhecimento capaz de por si só, tornar o homem mais sábio e melhor.
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Usos, Costumes e Leis.
Em toda sociedade, podemos verificar a existência destes três princípios que servem como diretrizes de toda sociedade.
Usos
Os usos, padrões não obrigatórios de comportamento social, constituem modos coletivos de conduta, convencionais ou espontâneos, reconhecidos e aceitos pela sociedade. Regem a maior parte da nossa vida, sem serem impostos. Indicam o que é adequado.
A pessoa que infringe, pode ser chamada de excêntrica, distraída, mas não há uma ameaça ao grupo por sua distração. As sanções geralmente são despercebidas, como o riso, o ridículo.
Ex.: convenções, formas de etiqueta, rituais, rotinas de trabalho e lazer, maneiras de cortejar, de vestir, etc.
Obs.: Os usos não são superficiais e tampouco transitórios, mas mudam com o tempo.
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Costumes
São as normas moralmente sancionadas com vigor.
Comportamento→imperativo→tido como desejável→que restringe e limita a conduta.
Tem caráter ativo, consciente ou inconsciente, sancionados pela tradição e sustentados pelas pressões da opinião de grupos: mexerico, castigos, não-aceitação. Suas normas de conduta regulam o comportamento social, restringindo, moldando e reprimindo certas tendências.
A não-conformidade provoca desaprovação moral, tendo uma reação violenta por parte do grupo. Quem obedece aos costumes recebe o respeito, a aprovação a estima pública. Quem os viola, é considerado traidor, desertor; são repudiados pela sociedade, e as sanções a eles aplicadas servem mais como exemplo para outros do que propriamente corrigenda para eles.
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Leis
São regras de comportamento formuladas deliberadamente e impostas por uma autoridade especial. São decretadas com a finalidade de suprir os costumes que começam a desintegrar-se, a perder seu controle sobre os indivíduos.
As leis servem a diferentes propósitos:
Impõem os costumes aceitos pelo grupo cultural;
Regulam novas situações, fora dos costumes;
Substituem costumes antigos e ineficazes;
Congregam os padrões reais com os ideais e os valores imperantes.
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A infelicidade do individualismo
A ética de corresponder à realidade humana, cheia de paixões e de regras, de renovações criativas e de condutas que se repetem, de desejos e de proibições.
Não é difícil admitir que vivemos situações contraditórias quase todos os dias.
O capitalismo atual nos leva ao individualismo, que nos leva à desconfiança, e a conseqüente falta de ética.
Anedota:
“Uma mulher, dirigindo por
uma estrada de terra, entediada pela demora em chegar, aborrecida com a poeira, mal-humorada por causa do calor, depara, no sentido contrário, com um velho jipe dirigido por um homem de aparência modesta. O jipe vinha meio desgovernado, saindo de uma curva. O homem diminui um pouco a velocidade ao passar pelo carro da mulher, e, ao passar por ela, gritou: “Vaca!”. Atônita com a surpresa, irritou-se grandemente, e respondeu sem precisar pensar muito: “Porco!”. E seguiu a curva, trombando com uma vaca que estava muito sossegada no meio da estada.”
Situações como esta, imprevistas exigem de nós flexibilidade e capacidade de adaptação. Exigem ainda mais: equilíbrio.
O outro não necessariamente esta contra mim quando tem um tipo de comportamento que me desagrada. Acerta aquele que demonstra excelência suficiente para não se deixar abater por paixões ou agressões momentâneas.
 Em uma conferência, o ouvinte que mexe a cabeça pode estar apenas com um tique nervoso e não estar discordando de mim.
�TICA 2005 - V.doc
ÉTICA
PRATICAR AS VIRTUDES
Liberalidade e Magnificência são as virtudes que nos mantêm livres das coisas materiais, ou que nos mostram que as coisas materiais devem estar a serviço da gente, e não o contrário.
Prodigalidade		← LIBERALIDADE → 		Avareza 
 (Extremos)			(Generosidade)			 (Extremos)
 MEIO TERMO
CONDUTAS => EXTREMOS = DEFICIÊNCIA MORAL
CONDUTAS => MEIO TERMO = EXCELÊNCIA MORAL
A prodigalidade, é o extremo da liberdade, é o gasto irresponsável e repetido que alguém faz sem considerar a real grandeza de suas riquezas.
A avareza, que é o outro extremo, se caracteriza pelo acúmulo sem sentido de riquezas, sempre pequenas, e pela recusa de distribuir esses valores, assim como de gastar em qualquer grau.
“Certa vez, um velho chamado Ebenezer Scrooge, era muito rico e sovina, pagava mal seus funcionários e ainda os obrigava a trabalhar muito mais do que o razoável, ameaçando-os sempre com a demissão. Ele fazia isso apenas para acumular mais e mais dinheiro. Na véspera de Natal, no entanto, Scrooge é visitado por três fantasmas, um de cada vez, que o levam a observar, de uma dimensão diferente, a sua própria vida. O primeiro era o fantasma dos Natais passados, o segundo, do Natal presente, e o terceiro era o fantasma dos Natais futuros. Visitando o passado, viu a si mesmo, então jovem, vivendo num sótão e enfrentando as privações da pobreza, mas ainda estava alimentado pelos sonhos e era movido por sentimentos delicados e corretos. O fantasma do presente, por sua vez, mostrou-lhe o quão solitário, egoísta, misantropo e sem esperança ele era, tendo como único projeto de vida juntar e juntar dinheiro. O susto final foi dado pelo fantasma dos Natais futuros, que lhe fez ver como a morte o encontraria, mais sozinho ainda, sem que houvesse uma só pessoa a bendizer o que quer que fosse dele.”
“A pessoa magnificente é como um artista, pois ela pode ter uma visão do que é conveniente e gasta grandes somas com bom gosto.”
Aristóteles, Ética a Nicômaco.
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Pusilanimidade	← Magnanimidade →	Pretensão
 (Extremos)			 Meio Termo		 (Extremos)
“A magnanimidade pressupõe grandeza, da mesma forma que a beleza pressupõe um corpo bem-proporcional, e poucas pessoas podem ser graciosas e bem-proporcionadas sem ser belas.”
Aristóteles, Ética a Nicômaco.
Magnânimo é aquela pessoa que aspira, nem mais nem menos, a realizar tudo aquilo que está à sua altura. Pusilanimidade, seria a característica daquela pessoa com alma pequena, espírito fraco.Aspira menos do que aquilo que pode. O pretensioso, aspira coisas além de suas forças, de suas capacidades.
A Verdade, Doa a Quem Doer?
“As pessoas jactanciosas inclinam-se a pretender as coisas que trazem glória, quando ainda não as têm, ou a pretender mais quando já as têm; o falso modesto, por outro lado, tende a negar ou a minimizar o que tem, enquanto as pessoas que ocupam o meio-termo são as que dão às coisas os seus nomes certos, sendo sinceras quer em sua conduta, quer em suas palavras, confirmando que têm o que realmente lhes pertence, nem mais, nem menos.”
 Aristóteles, Ética a Nicômaco.
O Bom Humor e a Ética
Estas reflexões podem dar a entender, numa leitura superficial, que a ética exige rosto sisudo, grave, contido. É verdade que se trata de assunto sério, mas isso não quer dizer que o bom humor, uma boa anedota ou a ironia diante das coisas da vida não façam parte do conjunto de virtudes que a excelência moral assume.
“As pessoas, porém, que gracejam com bom gosto são chamadas espirituosas, ou seja, dotadas de presença de espírito, que traduz em repentes pertinentes; tais repentes são considerados movimentos do caráter, e da mesma forma que o corpo é apreciado por seus movimentos, o caráter também o é.”
Aristóteles, Ética a Nicômaco.
A CONSCI�NCIA MORAL.doc
A CONSCIÊNCIA MORAL
-         Consciência ( dicionário)= sentimento ou percepção do que se passa em nós, voz secreta da alma que aprova ou reprova nossas ações.
Consciência = ato de julgar ( ato do entendimento, da razão) que julga a bondade ou malícia das nossas ações, ou seja é um ato concreto de avaliação que o entendimento formula como conclusão de um raciocínio acerca de um problema moral prático, o que significa que não é um sensor que capta automaticamente a luz do certo e do errado. É um raciocínio que pode acertar ou errar e para isso, o entendimento precisa conhecer o bem para poder julgar. ( um ignorante em eletrônica não pode dizer com certeza porque o computador não funciona, e se arrisca pode fundir o aparelho...) Só conhecendo os princípios e as normas morais é que poderemos julgar bem sobre a qualidade moral das nossas ações.
-         A consciência moral (= juízo da razão ) presente no íntimo da pessoa, impõe ao homem fazer o bem e evitar o mal. ( ou seja, dentro do íntimo da pessoa há uma lei que leva a fazer o bem, e quando não se busca ou faz o bem, a consciência acusa e faz ter um mal estar : famoso peso da consciência; é algo da natureza humana a busca do bem)
- A lei moral, presente no íntimo da pessoa é a estrada que orienta o homem, e como toda estrada tem umas margens, está traçada dentro de uns limites, se os ultrapassamos ou os burlamos, enganamo-nos a nós mesmos e acabamos com a viagem ( não é limitador, mas encaminhador : se resolve ir para Rondônia saindo de Curitiba e pensa “ Vou a Rondônia, mas não quero imposições, estas faixas brancas, placas, sinalizações me abafam, quero independência! E nisso acelera em direção à margem direita da estrada,só vai conseguir se espatifar.
-         Graças a este juízo da razão a pessoa humana percebe a qualidade moral de um ato já realizado ou a ser realizado permitindo-lhe assumir a sua responsabilidade ( o homem é de acordo com sua consciência capaz de julgar os atos próprios e alheios e perceber se agiu mal ou não, assumindo assim a responsabilidade )
-         A dignidade da pessoa humana ( respeitabilidade ou autoridade moral ou nobreza) implica e exige a retidão da consciência moral.
-         A consciência moral ( juízo da razão) compreende:
1.    a percepção dos princípios da moralidade;
2.    sua aplicação a circunstâncias determinadas;
3.    o juízo feito sobre atos concretos a praticar ou já praticados
( A razão percebe os princípios da moralidade, consegue discernir o bem e o mal , aplicar a circunstâncias concretas e faz um juízo desses atos)
-         Por motivo da mesma dignidade pessoal, o homem não deve ser obrigado a agir contra a consciência e não se deve impedí-lo (dentro dos limites do bem comum) de operar em conformidade com ela, sobretudo no campo religioso.
-         Chamamos de prudente o homem que faz suas opções de acordo com o
juízo de sua consciência moral.
-         A consciência moral pode emitir juízos errôneos, por causas nem sempre isentas de culpa pessoal ( acostumar-se a agir mal, deformando a consciência; ou por má formação da consciência pelos pais na educação) . Cuidado com a ignorância que é um álibi: “ Eu não tenho culpa, não sabia que estava agindo errado!”( Há certos princípios básicos que é impossível ignorar , sabe e sente estar errado: trair, maltratar, roubar, matar...
-         Como se forma a consciência moral? Com a educação, leitura, conselho de pessoas sábias e retas, exame de consciência e meditação. ( hoje em dia: tempo para parar e ouvir o que diz a consciência). Mas não basta só seguir a consciência “ Agi em consciência, era o que a minha consciência me dizia” ; se a consciência estava errada, agiu errado, com mais ou menos culpa. Por isso a importância de formar bem a consciência: para julgar bem é preciso conhecer bem os princípios e normas morais.) ( obs : nesse campo muitos chutam de olhos fechados como amadores de time de várzea, se acham sábios, ficar atento!)
-         Normas que a consciência deve sempre seguir:
1.    Jamais fazer o mal para que dele provenha um bem 
2.    Fazer aos outros o que quer que faça a si mesmo
3.    Respeito ao outro e à sua consciência ( o que não significa aceitar como um bem o que é um mal).
-         É importante esforçar-se para corrigir a consciência moral dos seus erros. A educação da consciência é uma tarefa de toda a vida e garante a liberdade e paz para si próprio.
-         Juízo moral: reto e verídico de si ( juízo particular) e dos outros.
�TICA 2006.doc
VIRTUDES
A VIRTUDE É UMA DISPOSIÇÃO HABITUAL DE FAZER O BEM.. A PESSOA VIRTUOSA É AQUELA QUE LIVREMENTE PRATICA O BEM.
SE ADQUIRE AS VIRTUDES MORAIS PELA REPETIÇÃO DE ATOS BONS.
AS VIRTUDES : REGULAM OS NOSSOS ATOS, PAIXÕES E ORIENTAM NOSSA CONDUTA PARA SEGUIR A RAZÃO.
É DIFÍCIL DETERMINAR QUAL É A PRINCIPAL VIRTUDE HUMANA, MAS O IMPORTANTE É QUE SE PROCURE ADQUIRIR E PRATICAR TODAS POIS ELAS SE ENTRELAÇAM UMA COM AS OUTRAS. ASSIM, O ESFORÇO POR SER MAIS SINCERO, NOS TORNA MAIS JUSTOS, E POR CONSEQUENCIA MAIS ALEGRES E ASSIM POR DIANTE.
A VIRTUDE É AO MESMO TEMPO PESSOAL E SOCIAL, PORQUE NÃO HÁ VIRTUDE QUE FOMENTE O EGOÍSMO.
CADA VIRTUDE PRODUZ UM BEM PESSOAL, POIS AO SERMOS VIRTUOSOS NOS APROXIMAMOS DO BEM E ASSIM NOS REALIZAMOS E PRODUZ O BEM DAS PESSOAS QUE NOS RODEIAM JÁ QUE NOS TORNAMOS JUSTOS, AMÁVEIS, ALEGRES...E TORNAMOS MELHOR O CONVÍVIO COM OS OUTROS.
AINDA QUE AS VIRTUDES SEJAM PESSOAIS E SOCIAIS AO MESMO TEMPO, PRECISAMOS CONSIDERAR QUE A LUTA POR ADQUIRÍ-LAS É RADICALMENTE PESSOAL, POIS É PRECISO UMA DECISÃO E UMA RESPONSABILIDADE QUE ESTÁ NA LIBERDADE PESSOAL DE CADA UM. SÓ EU POSSO RESOLVER SER ALEGRE E LUTAR POR SER... 
OUTRO ASPECTO IMPORTANTE DA VIRTUDE É QUE NÃO É POSSÍVEL ADQUIRÍ-LA SEM PROVAS E LUTAS E SEM BATALHAS E DERROTAS. E ALÉM DISSO É PRECISO TEMPO, PARA QUE ELAS AMADUREÇAM : 
“ DE TODAS AS DIFICULDADES, DO TEU ESFORÇO CONFIANTE E PROLONGADO NO TEMPO E DA TUA PACIÊNCIA SERENA, NASCEM E SE FORTALECEM AS VERDADEIRAS VIRTUDES”.
NÃO É SUFICIENTE O DESEJO DE POSSUIR AS VIRTUDES, É PRECISO APRENDER A PRATICÁ-LAS EXERCITANDO-NOS HABITUALMENTE NOS ATOS CORRESPONDENTES.
A MELHOR MANEIRA DE FAZÊ- LO É PROCURAR EM CADA MÊS PRESTAR ATENÇÃO EM UMA DETERMINADA VIRTUDE BUSCANDO TODOS OS SEUS ASPECTOS, E PENSAR PESSOALMENTE COMO POSSO ADQUIRÍ-LA. 
PODE SER NAQUELE ASPECTO QUE TENHO MAIOR DIFICULDADE : EX : SOU DISTRAÍDO, BAGUNCEIRO NÃO CONSIGO PEGAR ALGO E DEVOLVÊ-LO NO MESMO LUGAR - VOU LUTAR NA VIRTUDE DA ORDEM ( COMEÇO POR TER MAIS ORDEM NO HORÁRIO (AGENDA...) DEPOIS ORDEM NO ARMÁRIO, NO CARRO ... OU NA HONESTIDADE: COMEÇO POR DEVOLVER OS 0,10 CENTAVOS DE TROCO QUE VEIO À MAIS , E DEPOIS...
AS VERDADEIRAS VIRTUDES SE AFIRMAM NO MEIO DAS DIFICULDADES E DÃO UNIDADE À VIDA DAS PESSOAS, JÁ AS FALSAS FORMAM COMPARTIMENTOS ESTANQUES NA CONDUTA DIÁRIA, OU SEJA , SÃO BOAS EM ALGUMAS CIRCUNSTÃNCIAS POR HÁBITO, POR COMODIDADE OU POR FRAQUEZA , MAS NÃO É UMA CONSTANTE.
			
QUATRO VIRTUDES TÊM PAPEL DE “DOBRADIÇA” ( EM LATIM : “ CARDO, CARDINIS” ), OU SEJA SÃO DENOMINADAS CARDEAIS, POIS TODAS AS OUTRAS SE AGRUPAM EM TORNO DELAS.
VIRTUDES CARDEAIS: PRUDÊNCIA
				 JUSTIÇA
				 FORTALEZA
				 TEMPERANÇA
PRUDÊNCIA:
É A VIRTUDE QUE LEVA A DISCERNIR, EM CADA CIRCUNSTÂNCIA O BEM E A ESCOLHER OS MEIOS ADEQUADOS PARA REALIZÁ-LO. 
A PRUDÊNCIA É A “REGRA CERTA DA AÇÃO”, ESCREVE SÃO TOMÁS DE AQUINO CITANDO ARISTÓTELES.
OBS : A PRUDÊNCIA NÃO SE CONFUNDE COM A TIMIDEZ, MEDO DUPLICIDADE OU DISSIMULAÇÃO. A VIRTUDE ESTÁ EM ORDENAR A CONDUTA SEGUINDO O JUÍZO DA CONSCIÊNCIA, PORTANTO TERÁ QUE AGIR MUITAS VEZES CHOCANDO COM O QUE PENSA OS OUTROS, VAI CONTAR COM O DESGOSTO ALHEIO PARA CUMPRIR COM SUA OBRIGAÇÃO.
TRÊS ATOS IMPORTANTES DA PRUDÊNCIA: PEDIR CONSELHO ( reconhecer nossas limitações , não sabemos sobre tudo);
								 JULGAR RETAMENTE ( `as vezes o prudente é adiar, outras é pôr em prática quanto antes)
								 DECIDIR			
JUSTIÇA:
CONSISTE NA VONTADE CONSTANTE E FIRME DE DAR AOS OUTROS O QUE LHE É DEVIDO. 
PORTANTO JUSTIÇA NÃO SIGNIFICA DAR A TODOS O MESMO COMO PRETENDEM ALGUMAS IDÉIAS (COMUNISMO), MAS DAR A CADA UM O DEVIDO, MESMO PORQUÊ CADA PESSOA É ÚNICA, NÃO SERIA O JUSTO DAR O MESMO PARA DUAS PESSOAS QUE SE ESFORÇAM OU TÊM CAPACIDADES DIFERENTES.( EXEMPLO)
SE FORMOS VERAZES, SEREMOS JUSTOS, SE NÃO TEMOS MEDO DE ENXERGAR A VERDADE E RETIFICAR QUANDO ERRAMOS.
É PRECISO DAR A CADA UM O QUE É SEU, MAS ISSO NÃO BASTA, É PRECISO MUITAS VEZES EXCEDER-SE NA JUSTIÇA E SER GENEROSO.( ENXERGAR MAIS , DAR UM POUCO MAIS DE SI, JUSTIFICAR, COMPREENDER , AJUDAR : OS ERROS... E MATERIALMENTE) – SÓ COM A JUSTIÇA À SECO , NÃO SE RESOLVERÁ NUNCA OS GRANDES PROBLEMAS DA HUMANIDADE.
FORTALEZA:
VIRTUDE QUE DÁ SEGURANÇA NAS DIFICULDADES, FIRMEZA E CONSTÂNCIA NA PROCURA DO BEM.
É FORTE AQUELE QUE PERSEVERA NO CUMPRIMENTO DO QUE ENTENDE DEVER FAZER, SEGUNDO A SUA CONSCIÊNCIA.
DIFERENÇA ENTRE O BARRO E A ROCHA. BARRO: QUALQUER CHUVA O DILUI O TRANSFORMA EM CHARCO, A ROCHA MANTÉM-SE FIRME NAS TEMPESTADES.
DOIS ASPECTOS DA FORTALEZA : EMPREENDER ( FILÓSOFO: “SE TENHO UM PORQUÊ AGUENTO QUALQUER COMO” , TER IDÉIAS CLARAS, SENTIMENTOS ARDENTES QUE AQUEÇAM O FRIO RACIOCÍNIO E BRAÇOS DE FERRO QUE IMPULSIONEM A REALIZAÇÃO DELAS)
SUPORTAR : SABER PADECER COM SERENIDADE É SINAL DE FIRMEZA DE CARÁTER
TEMPERANÇA:
A TEMPERANÇA MODERA A SEDUÇÃO DOS PRAZERES(nem tudo que pode deve ser feito), GARANTE O DOMÍNIO DA VONTADE (a inteligência manda eu levantar o corpo pede mais um pouquinho...) E DÁ CAPACIDADE DE EQUILÍBRIO NO USO DOS BENS MATERIAIS (está sempre precisando de tudo e nunca feliz com nada, ou está apegado: se acontecer algo com meu carro novo eu morro!).
A TEMPERANÇA FAZ SER SENHOR DE SI MESMO ou seja, IMPERA A INTELIGÊNCIA SOBRE A VONTADE, e isso NÃO É LIMITAÇÃO, MAS GRANDEZA, POIS NA INTEMPERANÇA HÁ MAIOR PRIVAÇÃO POR NÃO SABER DOMINAR-SE A SI MESMO E FICA-SE COMO ESCRAVO DO GOSTO, ALÉM DAS CONSEQUENCIAS DESAGRADÁVEIS ( GORDO, PREGUIÇOSO: PERDE A HORA PARA TUDO, SEMPRE ATRASADO,...)

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