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aula 9 CONST II P legislativo finalizacao e PODER EXECUTIVO.ppt

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PODER LEGISLATIVO
 TRIBUNAL DE CONTAS (art. 71 a 75) 
O TCU é o órgão de controle externo do governo federal e auxilia o Congresso Nacional na missão de acompanhar a execução orçamentária e financeira do país e contribuir com o aperfeiçoamento da Administração Pública em benefício da sociedade. Para isso, tem como meta ser referência na promoção de uma Administração Pública efetiva, ética, ágil e responsável.
O Tribunal é responsável pela fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e entidades públicas do país quanto à legalidade, legitimidade e economicidade.  
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PODER LEGISLATIVO
Além das competências constitucionais e privativas do TCU que estão estabelecidas nos artigos 33, §2º, 70, 71, 72, §1º, 74, §2º e 161, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988, outras leis específicas trazem em seu texto atribuições conferidas ao Tribunal. Entre essas estão a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2001), a Lei de Licitações e Contratos (8666/93) e, anualmente, a Lei de Diretrizes Orçamentárias.  
Competências
Apreciar as contas anuais do presidente da República
Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos.
Apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadorias, reformas e pensões civis e militares.
Realizar inspeções e auditorias por iniciativa própria ou por solicitação do Congresso Nacional. 
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PODER LEGISLATIVO
Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais.
Fiscalizar a aplicação de recursos da União repassados a estados, ao Distrito Federal e a municípios.
Prestar informações ao Congresso Nacional sobre fiscalizações realizadas.
Aplicar sanções e determinar a correção de ilegalidades e irregularidades em atos e contratos.
Sustar, se não atendido, a execução de ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.
Emitir pronunciamento conclusivo, por solicitação da Comissão Mista Permanente de Senadores e Deputados, sobre despesas realizadas sem autorização.
Apurar denúncias apresentadas por qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato sobre irregularidades ou ilegalidades na aplicação de recursos federais.
Fixar os coeficientes dos fundos de participação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e fiscalizar a entrega dos recursos aos governos estaduais e às prefeituras municipais.
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PODER LEGISLATIVO
 TRIBUNAL DE CONTAS (art. 71 a 75)
Além da função típica de legislar, o Poder Legislativo tem também a função típica de fiscalizar.
Temos que a fiscalização pode ser interna de cada poder (Art. 74) e externa, quando exercida pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas.
Esse sistema de atuação conjunta é reforçado pelo art. 74, §1 que diz:
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.(grifo nosso)
O controle externo será realizado pelo CN, auxiliado pelo Tribunal de Contas, com as competências fixadas no art. 71.
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PODER LEGISLATIVO
JURISDIÇÃO
Encontram-se submetidas ao controle externo exercido pelo TCU pessoas físicas e jurídicas, entidades públicas e privadas que:
Utilizam, arrecadam, guardam, gerenciam, aplicam ou administram dinheiros, bens e valores públicos federais ou pelos quais a União responde;
Assumem, em nome da União, obrigações de natureza pecuniária;
Ocasionam perda, extravio ou outra irregularidade que resulte em dano ao erário;
Recebem contribuições para-fiscais e prestam serviço de interesse público ou social;
Devem, por força da lei, prestar contas ao TCU;
Praticam atos que estão sujeitos à fiscalização do TCU por expressa disposição legal;
Aplicam quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo ajuste ou outros instrumentos semelhantes.
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CONTROLE
PODER LEGISLATIVO
JURISDIÇÃO
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PODER LEGISLATIVO
Tribunal de Contas da União:
Art. 73:
Composição – 9 Ministros
Sede – DF
Possui quadro próprio de pessoal 
“jurisdição” em todo o território nacional
Exerce, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.
ATENÇÃO: Quando o art. 73 fala em “jurisdição” em todo o território nacional, comete um equívoco, porque o Tribunal de Contas é órgão técnico que emite pareceres, exerce função fiscalizadora e por vezes julga. Mas não exerce jurisdição em sentido próprio.
No caso de controle externo, seus atos são de natureza meramente administrativa, podendo ser ou não acatados pelo Poder Legislativo.
Os Tribunais de contas não estão subordinados ao Legislativo nem ao Poder Judiciário. Sua competência institucional deriva da CF (ADI 4190, j. 10.3.2010)
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PODER LEGISLATIVO
O Tribunal de Contas é portanto, instituição autônoma, auxilia o Poder Legislativo em determinadas atribuições.
Atribuições do TCU: art. 71 
Ministros do TCU:
Requisitos: 
Brasileiro com mais de 35 anos e menos de 65
Idoneidade moral e reputação ilibada
Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos, financeiros ou de administração pública e
Mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos especificados.
Escolha:
3 são nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal por sua maioria simples “sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento” (art. 73, §2º, I);
6 pelo Congresso Nacional
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PODER LEGISLATIVO
O Tribunal de Contas da União é um órgão colegiado e suas decisões são tomadas pelo Plenário da corte ou por uma de suas Câmaras. Ele é composto por nove Ministros.
 Seis Ministros do Tribunal de Contas da União são escolhidos pelo Congresso Nacional.
 Dois Ministros são escolhidos pelo Presidente da República entre os Ministros-substitutos** e membros do Ministério Público junto ao TCU.
O nono ministro é escolhido pelo Presidente da República, escolha essa que deve ser aprovada pelo Senado Federal.
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PODER LEGISLATIVO
Compõem esta Corte de Contas quatro ministros-substitutos, selecionados por meio de concurso de provas e títulos e serão nomeados pelo Presidente da República, entre cidadãos que satisfaçam os requisitos exigidos para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União.
O ministro-substituto, quando em substituição a ministro, terá as mesmas garantias, impedimentos e subsídio do titular, e gozará, no Plenário e na câmara em que estiver atuando, dos direitos e prerrogativas a este assegurados, nos termos e hipóteses previstos no Regimento Interno do TCU.
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PODER LEGISLATIVO
Garantias dos Ministros do TCU – mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do STJ, conforme ADI 4190.
TRIBUNAL DE CONTAS DOS ESTADOS E DO DF
As normas estabelecidas para o TCU, aplicam-se a esses Tribunais e deverão estar previstas na constituição estadual.
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.
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PODER LEGISLATIVO
SÚMULA DO STF Nº 653 
NO TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL, COMPOSTO POR SETE CONSELHEIROS, QUATRO DEVEM SER ESCOLHIDOS PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA E TRÊS PELO CHEFE DO PODER EXECUTIVO ESTADUAL, CABENDO A ESTE INDICAR UM DENTRE AUDITORES E OUTRO DENTRE MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO, E UM TERCEIRO A SUA LIVRE ESCOLHA.
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PODER LEGISLATIVO
Quinta-feira, 21 de agosto de 2014Anulada decisão que determinava nomeação de
membro do MP em vaga no TCE-AL
Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), que determinou a nomeação de membro do Ministério Público no Tribunal de Contas de Alagoas (TCE-AL) em vaga destinada à nomeação por parte da Assembleia Legislativa.
O julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 717424, que havia sido suspenso na sessão do dia 14 de agosto, continuou nesta quinta-feira (21), com o voto de desempate proferido pelo ministro Gilmar Mendes.
O julgamento foi interrompido com quatro votos para cada uma das duas teses apresentadas. O ministro Gilmar Mendes, que estava justificadamente ausente na sessão anterior, acompanhou o posicionamento do relator, ministro Marco Aurélio, para considerar inconstitucional a decisão do TJ-AL de nomear para o TCE um membro do Ministério Público, na vaga destinada ao Legislativo.
Também acompanharam o relator os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia e o presidente eleito, ministro Ricardo Lewandowski. Ficaram vencidos os ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux e Celso de Mello. O ministro Luís Roberto Barroso, impedido, não votou.
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PODER LEGISLATIVO
Quinta-feira, 14 de agosto de 2014Suspenso julgamento sobre preenchimento de vaga no TCE por membro do MP
Foi suspenso no Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 717424, com repercussão geral, que discute o preenchimento de vaga no Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE-AL) por membro do Ministério Público (MP). Até o momento, foram proferidos oito votos, com empate de quatro votos para cada uma das duas teses apresentadas.
A primeira tese é do relator do caso, ministro Marco Aurélio, que votou no sentido de dar provimento ao RE de autoria da Assembleia Legislativa de Alagoas para anular decisão do Tribunal de Justiça daquele estado (TJ-AL), que determinou a nomeação de membro do Ministério Público em vaga destinada à nomeação por parte da Assembleia Legislativa.
O relator explicou que a Constituição Federal de 1988 passou a determinar que os membros do Tribunal de Contas não fossem mais de livre nomeação pelo Poder Executivo, mas ocorresse de forma mista. De acordo com o artigo 73, parágrafo 2º, dois terços devem ser indicados pelo Congresso Nacional e um terço pelo presidente da República, sendo que um dos indicados pelo Executivo deve ser auditor ou membro do Ministério Público (alternadamente).
Esse dispositivo constitucional é norma de simetria, devendo ser respeitado pelos Estados. Ocorre que em Alagoas ainda há um membro que foi nomeado com base na Constituição anterior, de 1967. Para corrigir tal situação, o TJ-AL determinou a nomeação de um membro do MP para vaga ocupada anteriormente por pessoa indicada pela Assembleia Legislativa.
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PODER LEGISLATIVO
No entanto, para o ministro Marco Aurélio, deve ser respeitado o tempo de transição para que o membro do MP fosse nomeado em uma das três vagas destinadas à nomeação por parte do governador, e não na vaga que a Assembleia Legislativa teria direito a indicar um membro, sob o risco de haver uma “inversão na proporção de vagas”. Isso porque a Constituição prevê que quatro vagas devem ser preenchidas por indicados pela Assembleia e três pelo governador.
Para o relator, o atendimento à norma referente à distribuição de cadeiras “somente pode ocorrer quando surgida vaga pertencente ao Executivo, não se mostrando legitimo sacrificar ao momento e ao espaço a escolha do Legislativo”.
Acompanharam essa tese os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia e o presidente, ministro Ricardo Lewandowski.
O presidente destacou que “o Constituinte de 1988 quis dar ao Poder Legislativo uma preeminência maior no que tange ao controle externo das contas dos demais poderes e é por isso que há essa desproporção com a indicação de um número maior de indicados por parte do Legislativo”. Para ele, esse valor é que deve prevalecer.
Divergência
Quem abriu a divergência foi o ministro Teori Zavascki, para quem a solução dada pelo TJ-AL é adequada porque, apesar de postergar a indicação da Assembleia Legislativa, por outro lado vai sanar um vício que perdura há mais de 20 anos, que é a ausência de membro do MP no Tribunal de Contas.
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PODER LEGISLATIVO
“Não há dúvida nenhuma de que a solução dada pelo Tribunal de Justiça de Alagoas vai comprometer em boa medida uma determinação constitucional, mas o inverso também é verdadeiro”, afirmou ele ao destacar que se a decisão do TJ não for chancelada pelo STF pode significar a perpetuação da situação de ausência de membro do MP, que já deveria ter sido corrigida há anos.
Esse mesmo entendimento foi adotado pela ministra Rosa Weber e pelos ministros Luiz Fux e Celso de Mello.
O ministro Celso de Mello, por sua vez, destacou que a presença do membro do MP no Tribunal de Contas é “necessária e insuprimível” e que deve ser corrigida essa situação de “evidente inconstitucionalidade” que se prolonga no tempo e configura “contínua transgressão ao texto da Constituição”.
“A solução preconizada pelo acórdão emanado do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas busca, na verdade, superar uma situação absolutamente anômala”, destacou ele ao definir a situação como “pura patologia constitucional”.
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PODER LEGISLATIVO
TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais
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PODER LEGISLATIVO
O advogado e professor de Direito Jorge Ulisses Jacoby Fernandes explica que, no entanto, a Constituição Federal vedou, no seu art. 31, § 4º, a criação de tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais.  
“Os tribunais que já existiam antes da edição da Constituição de 1988, como o do município de São Paulo e o do Rio de Janeiro, puderam permanecer em funcionamento. Após a promulgação da Constituição de 1988, no entanto, não foi mais possível criar cortes de contas municipais”, observa. 
O Supremo Tribunal Federal – STF já decidiu, por meio da Ação direta de inconstitucionalidade – ADI nº 687, que a Constituição impede que os municípios criem os seus próprios tribunais, conselhos ou órgãos de contas. É permitido, contudo, que os Estados-membros, mediante autônoma deliberação, instituam órgão estadual denominado conselho ou tribunal de contas dos municípios, incumbido de auxiliar as Câmaras Municipais no exercício de seu poder de controle externo.  
Esses conselhos ou tribunais de contas– embora qualificados como órgãos estaduais – atuam, onde tenham sido instituídos, como órgãos auxiliares e de cooperação técnica das Câmaras de Vereadores. A prestação de contas desses Tribunais, que são órgãos estaduais, há de se fazer perante o Tribunal de Contas do Estado e não perante a Assembleia Legislativa. 
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PODER LEGISLATIVO
 
Diante disso, o professor Jacoby esclarece que a vedação constitucional é compreensível, pois, diante do número crescente de municípios, haveria um número enorme de tribunais de contas, o que aumentaria significativamente as despesas públicas e alavancaria a incidência de despesas com pessoal.  
“A propósito, os tribunais de contas estaduais que analisarão as contas dos municípios
deverão seguir e respeitar as características do modelo federal de controle externo, previsto nos arts. 70 e seguintes da Constituição Federal”, conclui Jacoby Fernandes. 
 
 
http://www.n3w5.com.br/politica/2016/02/municipios-nao-podem-criar-proprios-tribunais-contas  
 
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PODER LEGISLATIVO
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MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL
O MP QUE ATUA NO TRIBUNAL DE CONTAS É ESPECIAL PORQUE NÃO PODEM SER APROVEITADOS OS MEMBROS DA INSTITUIÇÃO ESTADUAL PARA SUA COMPOSIÇÃO.
OU SEJA, HÁ UMA CARREIRA ESPECÍFICA DO MP ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DEVENDO SER APROVADOS EM CONCURSO PRÓPRIO.
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PODER EXECUTIVO
FUNÇÃO TÍPICA – atos de chefia de Estado, chefia de governo, atos de administração.
FUNÇÃO ATÍPICA – legisla (medida provisória) e julga (contencioso administrativo)
Segundo Maurice Duverger, o poder executivo pode ser:
Executivo monocrático – Rei, Imperador, Ditador, Presidente
Executivo colegial – exercido por dois homens com iguais poderes, como os cônsules romanos
Executivo diretorial – grupos de homens em comitê. Ex: ex-URSS e ainda hoje a Suíça
Executivo dual – próprio do parlamentarismo, havendo um Chefe de Estado e um Conselho de Ministros.
O art. 76 da CF/88 consagra o executivo monocrático- já que as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo são exercidos por uma única pessoa, no caso o Presidente da República, auxiliado pelos Ministros.
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PODER EXECUTIVO
EXECUTIVO FEDERAL:
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
EXECUTIVO ESTADUAL
Exercido pelo Governador de Estado , auxiliado pelos Secretários de Estado, sendo substituído (em caso de impedimento) ou sucedido (em caso de vaga), pelo Vice-Governador.
Eleição do Governador e do Vice-Governador: 1º domingo de outubro (em 1º turno) e no último domingo de outubro em 2º turno, se houver, do ano anterior ao término do mandato dos seus antecessores, com posse no dia 1º de janeiro do ano seguinte. (Art. 28)
Mandato – 4 anos com direito a uma reeleição, conforme art. 14, §5º.
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PODER EXECUTIVO
Perda do mandato – perderá se assumir outro cargo ou função na Administração Pública direta ou indireta, salvo em caso de posse em concurso público, observando o Art. 38, I, IV e V::
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. ervando o art. 38, I, IV e V
Subsídio do Governador, Vice-Governador e dos Secretários de Estado – fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observando ainda os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I (Art. 28, §2°)
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PODER EXECUTIVO
ÂMBITO DISTRITAL
Eleição – art. 32, §2º:
§ 2º - A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.
Mandato – 4 anos, permitida uma única reeleição.
ÂMBITO MUNICIPAL
Eleição – mandato de 4 anos e nos termos do art. 77 apenas para municípios com mais de 200 mil eleitores.
Posse – 1º de janeiro do ano seguinte
Perda do Mandato – mesmo caso do governador.
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PODER EXECUTIVO
ÂMBITO DOS TERRITÓRIOS FEDERAIS
Governador será nomeado pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal. (Arts. 33, §3º, 52, III e 84, XIV)
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
ARTIGO 84 – regras gerais:
Competências privativas ao Chefe de Estado como ao Chefe de Governo (leitura atenta e detalhada do artigo 84).
Todas as competências do PR estão no art. 84?
Não, o rol é meramente exemplificativo, por força do inciso XXVII: “exercer outras atribuições previstas nessa Constituição”.
Essas competências do art. 84 podem ser delegadas?
Podem, nos termos do Parágrafo único:
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PODER EXECUTIVO
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
O Art. 84 fala, no seu inciso IV em “sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;”. 
Aqui estamos diante do chamado Poder Regulamentar, feito mediante decretos regulamentares.
Decreto é o instrumento por meio do qual o PR se manifesta. Quando as leis não são auto executáveis, necessitam de regulamentação que pode ser concretizada via decreto presidencial para dar fiel cumprimento aos seus preceitos.
Mas e os chamados DECRETOS AUTÔNOMOS?
Os contornos de todo decreto deve estar definido em lei. Quando o regulamento for para além dos limites da lei, padecerá do vício da ilegalidade.
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PODER EXECUTIVO
Se o regulamento for para além dos limites fixados pela lei, o Congresso Nacional poderá sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (art. 49, V).
A doutrina ensina que:
Lei é fonte primária do direito;
Regulamento é fonte secundária do direito.
Não fosse assim, teríamos a ofensa:
ao P da Legalidade, 
ao P da Separação dos Poderes enquanto cláusula pétrea já que a expedição de normas de caráter genérico e abstrato seria competência típica do Poder Legislativo e não do Poder Executivo.
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PODER EXECUTIVO
Grande parte da doutrina manifesta-se pela inexistência constitucional dos regulamentos autônomos.
No entanto, o STF não desconhece que eles são uma realidade e reconhece o seu controle por ADI genérica, quando o decreto autônomo for revestido de indiscutível caráter normativo. (ADI 2439, ADI 2155, ADI 3673, etc).
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO:
Ser brasileiro nato
Estar em pleno exercício dos direitos políticos
Alistamento eleitoral
Domicílio eleitoral na circunscrição
Filiação partidária
Idade mínima
Não ser inalistável nem analfabeto
Não estar inelegível
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PODER EXECUTIVO
PROCESSO ELEITORAL
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
Osb: HÁ UM CONFLITO ENTRE O CAPUT E O PARÁGRAFO 3º:
§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
NESSE CASO PREVALECERÁ A REGRA DO CAPUT POR SER A MAIS RECENTE, EM DECORRÊNCIA DA ALTERAÇÃO EFETIVADA PELA EC N. 16/97.
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PODER EXECUTIVO
PROCESSO ELEITORAL
§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
POSSE E MANDATO
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência
do Brasil.
Mandato – 4 anos, permitida a reeleição para um único período subsequente, nos termos do art. 14, §5º.
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PODER EXECUTIVO
IMPEDIMENTO E VACÂNCIA
Substituição = caráter temporário – férias, doença
Sucessão – caráter definitivo – morte, renúncia, cassação.
O Vice-Presidente – é o sucessor e substituto natural do Presidente da República, nos termos do art. 79.
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
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PODER EXECUTIVO
E em caso de vacância no âmbito dos Estados?
Aplica-se o Princípio da Simetria e serão chamados para governar, quando também o Vice-Governador:
1 – Presidente da Assembléia Legislativa;
2 – Presidente do TJ local.
E no DF?
Idem
E no caso dos Municípios?
1 – Presidente da Câmara Municipal;
2 – em muitos casos, há a previsão da inclusão, na linha sucessória, do Vice-Presidente da Câmara (RJ, SP, Belém, Curitiba,...)
E em caso de vacância ou impedimento da governadoria no âmbito dos Territórios?
Como não há lei regulamentando o caso, seria possível que o Presidente da República nomeasse outro Governador, após aprovação do Senado Federal.
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PODER EXECUTIVO
MANDATO TAMPÃO:
VACÂNCIA NOS 2 PRIMEIROS ANOS DO MANDATO – eleição em 90 dias depois de aberta a última vaga. No caso eleição direta, por sufrágio universal, voto direto e secreto com igual valor para todos.
VACÂNCIA NOS 2 ÚLTIMOS ANOS DO MANDATO – nessa hipótese haverá eleição indireta, feita pelo Congresso Nacional após 30 dias da última vaga. É uma exceção à regra do art. 14 caput.
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores (MANDATO TAMPÃO).
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PODER EXECUTIVO
Os Estados podem legislar sobre mandato tampão, embora não haja lei federal sobre o assunto?
O STF já admitiu eleição indireta em sede de Assembleia Legislativa no caso do Estado do Tocantins, quando então Governador e Vice foram cassados.
Para o STF, o modelo federal não seria de observância compulsória e, havendo previsão na CE, poderia a Assembleia Legislativa local disciplinar a matéria, mesmo havendo a previsão de competência privativa da União para legislar sobre matéria eleitoral (art. 22, I). Nesse ponto, o STF entendeu que não se tratava de lei materialmente eleitoral já que apenas regula a sucessão “extravagante” do Chefe do Poder Executivo
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PODER EXECUTIVO
ADI 2709:
EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Emenda Constitucional n° 28, que alterou o § 2º do art. 79 da Constituição do Estado de Sergipe, estabelecendo que, no caso de vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador do Estado, no último ano do período governamental, serão sucessivamente chamados o Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça, para exercer o cargo de Governador. 3. A norma impugnada suprimiu a eleição indireta para Governador e Vice-Governador do Estado, realizada pela Assembleia Legislativa em caso de dupla vacância desses cargos no último biênio do período de governo. 4. Afronta aos parâmetros constitucionais que determinam o preenchimento desses cargos mediante eleição. 5. Ação julgada procedente. 
A CF ainda dispõe que o Estado brasileiro não pode ficar acéfalo, ou seja, sem comando no Poder Executivo e determina:
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PODER EXECUTIVO
Segundo o art. 83, que o PR e o vice não podem se ausentar do país por mais de 15 dias (prazo superior) sem autorização (licença) do Congresso Nacional, SOB PENA DE PERDA DO CARGO.
Nesse período, o mandato será exercido pelo substituto eventual ou legal.
Para o STF, essas normas de substituição e licença para o afastamento são de observância obrigatória pelos Estados, Municípios, DF e Território, já que seriam consideradas “normas de reprodução obrigatória”, devendo ser reproduzidas na integralidade pelos demais entes federativos.
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PODER EXECUTIVO
MINISTROS DE ESTADO
São meros auxiliares do PR no exercício do executivo e na direção da administração federal (art. 76, 84, II e 87)
São escolhidos pelo PR que os nomeia e os demitem a qualquer tempo (ad nutum), não tendo qualquer estabilidade (art. 84, I).
Requisitos para o cargo de Ministro de Estado – cargo de provimento em comissão (art. 87):
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.
OBS: apenas em relação ao Ministro de Estado da Defesa há exigência de ser brasileiro nato.
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PODER EXECUTIVO
As atribuições dos Ministros de Estado estão elencadas no parágrafo único do art. 87.
A Lei n. 9649/98, alterada pela Lei n. 10.683/2011, regulamenta o art. 88 e regulamenta a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública. 
O Ministro que cometer crime de responsabilidade será processado e julgado:
Se não tiver conexão com crimes de responsabilidade praticado pelo Presidente d a República, serão julgados pelo STF;
Se tiver conexão com crimes de responsabilidade praticado pelo Presidente d a República, serão julgados pelo Senado Federal (art. 52, I e parágrafo único
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PODER EXECUTIVO
Cometem crimes de responsabilidade o Ministro que:
Uma vez convocado e ausente sem justificação adequada pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, para prestar pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado (art. 50, caput e art. 58, III);
Recusa, ou não atende, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas, pedidos escritos de informações solicitadas pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (art. 50, §2º);
Praticarem crime de responsabilidade conexos e da mesma natureza com os crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente da República (ARt. 52, I cc Art. 85).
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PODER EXECUTIVO
CONSELHO DA REPÚBLICA
É órgão superior de consulta do Presidente da República;
Suas manifestações não vinculam o Presidente da República;
Composto por (art. 89):
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI - o Ministro da Justiça;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução. 
A Lei 8041/90 regula a organização e funcionamento do Conselho e segundo o art. 2º § 4º “A participação no Conselho da República é considerada atividade relevante e não remunerada”.
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PODER EXECUTIVO
CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
É também órgão de consulta do Presidente da República em assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático e dele participam:
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - o Ministro da Justiça;
V - o Ministro de Estado da Defesa;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
VI - o Ministro das Relações Exteriores;
VII - o Ministro do Planejamento.
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
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PODER EXECUTIVO
A Lei 8183/91 regula a organização e funcionamento do Conselho e nos termos do art. 7º, Art.
7° “A participação, efetiva ou eventual, no Conselho de Defesa Nacional, constitui serviço público relevante e seus membros não poderão receber remuneração sob qualquer título ou pretexto”.
Compete ao Conselho de Defesa:
opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, bem como sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;
propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático. 
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PODER EXECUTIVO
CRIMES DE RESPONSABILIDADE
Crimes de responsabilidades são infrações político-administrativas (crimes de natureza política, portanto) que podem ser praticados por detentores de altos cargos públicos, que podem culminar com o processo de impeachment.
Além dos casos previstos no artigo 85, são também definidos em lei especial, a Lei 1079/50, alterada pela Lei 10.028/00, estabelece as normas de processo e julgamento e o rol das infrações político-administrativas.
Poderão ser destituídos de seus cargos, além do Presidente da República, e responsabilizados politicamente através do processo de impeachment:
O Vice-Presidente
Ministros de Estado, em caso de crime de responsabilidade conexo ao do Presidente
Ministros do STF
Membros do CNJ e do CNMP
PGR
AGU
Governadores
Prefeitos
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PODER EXECUTIVO
O processo de impeachment:
É bifásico:
1º há um juízo de admissibilidade do processo pela Câmara dos Deputados (Tribunal de Pronúncia – art. 80 da Lei 1079/50)
Depois passa-se à fase final em que há o processo e o julgamento perante o Senado Federal (Tribunal de Julgamento).
Na Câmara dos Deputados:
O processo (acusação) pode ser iniciado (formalizado) por qualquer cidadão em pleno gozo dos seus direitos políticos.
Autorizada a instauração do processo por 2/3 dos membros da Câmara (342), o Presidente da República já passa a figurar como acusado, sendo-lhe garantido o direito do contraditório e ampla defesa. (Art. 86, caput, CF)
No Senado Federal:
Já autorizado a processar e julgar o PR pela Câmara dos Deputados, o Senado deverá instaurar o processo sob a presidência do Presidente do STF.
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PODER EXECUTIVO
Instaurado o processo, o PR ficará suspenso de suas funções pelo prazo de 180 dias.
Não concluído o processo nesse prazo, cessa o afastamento do PR, prosseguindo o processo (art. 86, §1º, II e §2º).
A sentença condenatória será materializada em uma Resolução do Senado Federal que será proferida por 2/3 dos votos (54) limitando-se a condenação a :
Perda do mandato e
Inabilitação para o exercício de qualquer função pública (concurso, confiança ou mandato eletivo) por 8 anos
Sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
OBS 1: a denúncia somente poderá ser recebida se o denunciado estiver no exercício do cargo (Art. 15, Lei 1079/50)
Caso Collor – diante da renúncia, pretendia obstar o processo de impeachment. Mas o STF, no MS 21.689-1 decidiu que a renúncia ao cargo não extingue o processo quando já iniciado.
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PODER EXECUTIVO
OBS 2: O STF não poderá alterar a decisão proferida pelo Senado Federal, uma vez que o Poder Legislativo realiza julgamento de natureza política, levando em consideração critérios de conveniência e oportunidade.
CRIME COMUM (todas infrações penais, inclusive delitos eleitorais)
Nos casos de crimes comuns, é a Lei 8038/90 e os Arts. 230 a 246 do Regimento Interno do STF que disciplinam as regras procedimentais para processar e julgar o Presidente da República.
Nesse caso também haverá um controle político de admissibilidade onde a Câmara dos Deputados deverá autorizar ou não o recebimento da denúncia ou queixa-crime pelo STF pelo voto de 2/3 de seus membros (342) – (Art. 86, caput)
A denúncia será ofertada pelo PGR – caso não seja queixa-crime, quando então proposta pelo ofendido.
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PODER EXECUTIVO
Recebida a denúncia /queixa, ficará o PR suspenso por 180 dias das suas funções. Ultrapassado esse prazo, retorna às suas funções e o processo continua até a decisão final.
O PR somente poderá ser preso depois que sobrevier sentença penal condenatória:
Art. 86, § 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.
IMUNIDADE PRESIDENCIAL 
irresponsabilidade penal relativa
Art. § 4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
Isso significa dizer que o PR somente poderá ser responsabilizado por infração penal comum por atos praticados em razão do exercício de suas funções.
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PODER EXECUTIVO
As infrações cometidas antes do início do seu mandato ou durante sua vigência, mas sem qualquer relação com a função presidencial, não poderão ser objeto de persecução criminal, que ficará, provisoriamente obstada, acarretando a suspensão do curso da prescrição.
Trata-se de irresponsabilidade penal relativa, posto que a imunidade só alcança ilícitos penais praticados antes do mandato ou durante em relação funcional.
Quanto as infrações de natureza civil, política (crime de responsabilidade), adm, tributária, fiscal, poderá o PR ser responsabilizado, já que a imunidade refere-se apenas à perssecução de infrações penais.
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PODER EXECUTIVO
Julgada a ação penal proposta pelo PGR em face do PR procedente pelo STF, será a ele aplicada a pena prevista no tipo penal e a perda do mandato se dará em razão da condenação, já que os direitos políticos ficarão suspensos pelo período que durar a pena.
PRISÃO DO PRESIDENTE
Só haverá prisão após sentença penal condenatória, nas infrações penais comuns. (art. 86, §3º - imunidade relativa à prisão)
OBS 3 – a imunidade relativa à irresponsabilidade penal do PR e a imunidade relativa à prisão não se estendem aos demais chefes do executivo por ato normativo próprio, já que as regras referem-se a matéria de direito processual cuja competência é privativa da União para legislar (art. 22, I).
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PODER EXECUTIVO
E a investigação dos demais chefes do executivo: precisa de prévia autorização do legislativo respectivo? E como fica a instauração do processo criminal? Noutras palavras: o art. 51, I aplica-se por simetria, aos demais entes federativos?
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
Essa matéria foi discutida no HC 102732, impetrado pelo ex-Governador do DF, José Roberto Arruda, contra a prisão preventiva decretada pelo STJ por suposta tentativa de suborno. 
A prisão foi fundamentada no CPP (art. 312)
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PODER EXECUTIVO
A votação foi encerrada com 9 votos denegando a ordem contra o voto do Ministro Tóffoli que entendia:
 ser necessária a autorização parlamentar por força do art. 51, I da CF;
Que a EC 35/01, que aboliu a necessidade de prévia licença para a instauração do processo, alcançaria apenas os membros do CN e assim, por simetria, os Deputados Estaduais ou Distritais e não os Governadores.
Os ministros do STF, por maioria entendeu que a exigência de prévia autorização legislativa para a prisão cautelar ou a instauração de inquérito seria o mesmo que blindar essas autoridades, até mesmo por conta da pressão política que eles exercem sobre o legislativo.
Logo, a regra do art. 51, I só serve para o Presidente da República.

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