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Resumo do livro: A Imagem da Cidade

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O livro “A Imagem da Cidade” é uma obra escrita por Kevin Lynch. Nela, o autor aborda como perceber os ambientes urbanos e como analisar e melhorar as formas visuais de uma cidade. O autor também realiza um estudo em três cidades norte-americanas, no qual os moradores eram questionados sobre sua compreensão da cidade, como as pessoas idealizavam a imagem que tinham dela e como se localizavam.
Em um primeiro momento o autor descreve a percepção de cidade, uma vez que ela acontece aos poucos, pois os moradores não conseguem aprender tudo de uma só vez, sendo assim o tempo se torna um dos elementos importantes. Além disso, as experiências vivenciadas pelas pessoas tem uma relação forte com seu entorno. São elementos iguais, em locais diferentes que adquirem significados diferentes. 
Todo morador possui relações com alguma parte de sua cidade, e a imagem que ele elabora delas, possui memorias e significados. Mas nem todas são iguais apesar da universalidade dos elementos identificados pelo autor. 
O autor no primeiro momento analisa a fisionomia da cidade a partir de três características, responsáveis pela formação de imagens. 
A primeira característica é a legibilidade, a capacidade de se entender e reconhecer com clareza os aspectos visuais da cidade. O autor não considerava esquemas não visuais, apenas os que estavam ligados á imagem da cidade.
A segunda característica envolve a estrutura, a identidade e o significado das imagens. A estrutura diz respeito à relação entre o objeto, seu entorno e o observador, a identidade diz respeito à individualidade e o significado é uma característica bastante subjetiva, que diz respeito ao significado, seja ele prático ou emocional, que determinado objeto tem para cada indivíduo. Por esta última ser uma característica subjetiva e, por isso, complexa, Lynch acaba por analisar apenas a estrutura e a identidade dos objetos.
A terceira e última característica é a imaginabilidade, que é a capacidade de um objeto e elemento de memorar uma forte impressão em qualquer observador, impondo-se na percepção e memória do observador. O conceito de imaginabilidade está ligado à definição de legibilidade, uma vez que fortes imagens aumentam a probabilidade de construir uma visão clara e estruturada da cidade.
Após apresentar essas características, Lynch analisa determinados locais em três cidades norte-americanas. Nesta análise, o autor contou com entrevistas com trabalhadores das regiões analisadas, o resultado é uma imagem pública das cidades, no entanto o próprio autor assume a pequena abrangência da análise, com poucas entrevistas, argumentando que o ideal seria que mais pessoas fossem entrevistadas e que as características do público entrevistado fossem mais condizentes com a realidade, mas que a imagem obtida a partir desta análise está bastante próxima da realidade. 
Lynch também fala sobre a imagem da cidade e seus elementos. Dividindo a imagem da cidade em vias, marcos, limites, pontos nodais e bairros. 
Sendo assim, o autor mostra cada um dos elementos que compõem a cidade. Suas vias são canais de circulação ao longo dos quais o observador se locomove constituindo os elementos predominantes. Para Ele, o trajeto habitual é umas das influências mais intensas, de tal modo que as principais vias de acesso são todas imagens de importância vital. A constituição de uma via, as atividades realizadas ao longo de seu percurso ou as fachadas dos edifícios pode torná-la importante aos olhos dos observadores.
Para o autor, os marcos são elementos pontuais nos quais o observador não entra, ou seja, são externos. Geralmente são objetos físicos que podem ou não estar distantes do observador, mas que servem como marco urbano de referência, por se destacar do conjunto. Tendo como principal característica a particularidade, sendo um aspecto único ou notável no contexto. Isso pode ser alcançado de duas maneiras: sendo visto a partir de muitos lugares, ou estabelecendo um contraste local com os elementos mais próximos. São mais usados pelas pessoas mais acostumadas à cidade, especialmente aqueles marcos mais tradicionais. À medida que as pessoas se tornam mais conhecedoras da cidade, estas passam a se basear em elementos diferenciados, ao invés de se guiar pelas semelhanças, utilizando-se de pequenos elementos referenciais. 
Já os limites consistem em elementos lineares não utilizados como percursos e que quase sempre demarcam o limite de uma determinada área ou zona conhecida pelo observador. Além disso, representa uma interrupção da continuidade da imagem urbana. Outra característica dos limites é que eles podem ter um efeito de separação nas cidades. Limites numerosos e que atuam mais como barreiras do que como elementos de ligação, acabam separando excessivamente as partes da cidade, e prejudicando uma visão do todo.
Os pontos nodais são pontos estratégicos na cidade, onde o observador pode entrar, e são importantes focos para onde se vai e de onde se vem. Variam em função da escala em que se está analisando a imagem da cidade. 
Na concepção de Lynch, bairros são “partes razoavelmente grandes da cidade na qual o observador “entra”, e que são percebidas como possuindo alguma característica comum, identificadora”. (LYNCH, 1960, p. 66).
O conceito de Lynch refere-se a uma área percebida como relativamente homogênea em relação ao resto da cidade ou, ao menos, como possuindo certa característica em comum que permite diferenciá-la do resto do tecido urbano. É, portanto, um critério visual, perceptivo, ao contrário do critério administrativo que define o conceito tradicional de bairro no Brasil. 
Os bairros desempenham papel importante na legibilidade da cidade, não apenas em termos de orientação, mas também como partes importantes do viver na cidade, e podem apresentar diferentes tipos de limites. Alguns são precisos, bem definidos. 
De fato, todos os elementos atuam em conjunto num determinado momento e a maioria dos observadores parece agrupar seus elementos em organizações chamadas complexos. Os complexos são percebidos como um todo cujas partes são interdependentes e relativamente estáveis em relação umas às outras.

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