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FUNDAÇÃO CECIERJ – CONSÓRCIO CEDERJ PÓLO UNIVERSITÁRIO DE PARACAMBI BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DISCIPLINA: GESTÃO DE MARKETING Atividade AD2 Níveis do produto De acordo com FROEMMING, podemos considerar que os clientes não buscam produtos no mercado apenas por suas características físicas. A autora considera que existem outras motivações que influenciam na decisão final, como por exemplo: os benefícios que determinado produto ou serviço pode oferecer, versatilidade, satisfação, qualidade entre outras características. Ou seja, tanto no serviço público quanto no serviço privado, o produto deve atender aos anseios do seu consumidor e oferecer um conjunto de benefícios que proporcione maior satisfação. Existem três níveis de produto, segundo Kotler e Lee (2008, p. 64, apud FROEMMING, 2009, p. 30), “produto central, o produto real e o produto ampliado”. Entende-se por produto Central o serviço ou produto ofertado e seu respectivo benefício proporcionado por ele. Podemos citar como exemplo a mudança da transmissão do sinal da TV Analógica para Digital, já em andamento em diversas cidades do país. Já que o espectro com as frequências de transmissão é público, regulado pela ANATEL, ligada ao Ministério das Comunicações do Governo Federal, podemos dizer que o produto central oferecido pelo governo, é o sinal da TV Digital. Já a melhor qualidade de imagem proporcionada por este novo tipo de sinal podemos incluir no rol do produto Real. Enquanto a melhora das redes 4G (para telefonia móvel), campanha para compreensão e migração da população, e, até, distribuição de kits com conversores e antenas digitais para milhares de famílias cadastradas nos programas assistência social do governo federal, são parte do produto ampliado. Estratégias de adequação de preço O preço é, indiscutivelmente, um dos grandes elementos que compõem o processo decisório dos consumidores, portanto, é também uma das ferramentas de marketing, que pode ser utilizada para motivar ou desmotivar o público. No tópico anterior, sobre os níveis de produtos, fica claro a existência de outros fatores que influenciam a decisão, como a qualidade do produto. Mas o produto escolhido, neste caso, não permite uma boa exploração deste tópico por ser um serviço ofertado gratuitamente. Entre tanto, podemos abordar outros pontos, como o fato do marketing precisar trabalhar com foco na necessidade, satisfação e possibilidade do cliente. A mudança para o sinal digital, certamente influenciou um parcela dos cidadão a adquirir um novo aparelho de televisão, por exemplo. O preço muito elevado de uma TV pode desestimular a compra do produto mesmo que ele seja de alta qualidade e pronto para receber o novo sinal. Por outro lado, também foi ofertado um aparelho capaz de fazer a conversão do sinal do sinal digital para as TVs analógicas. Quanto ao governo, a estratégia de preço pode estar relacionada à necessidades de aumento ou redução de terminado produto. Neste caso, foi adotada por alguns anos a política de redução, ou até mesmo, isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI, para estes dispositivos. É importante destacar que este não foi o único fator que influenciou para adoção desta política, e, provavelmente não foi o principal. Em outras situação, o governo também pode adotar políticas com o objetivo de frear o consumo. À titulo de exemplo, podemos citar a campanha para redução do consumo de cigarros. Com o objetivo de reduzir o consumo de um produto altamente prejudicial à saúde, o governo, além de elevar a carga tributária para 330% segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), também estabeleceu um preço mínimo para a comercialização do produto e proibiu a veiculação de propagandas de TV. Ainda de acordo com o IBPT, a média de tributação dos medicamentos no país é de 33%, inclusive alguns tipos chegam a ser isentos. O que significa dizer que, em média, a cada 10 reais gastos com cigarro, mais de 8 reais são tributos e se os mesmos 10 reais forem gastos com remédios, pouco mais de 3 reais irá para os cofres públicos. Canal de Distribuição/Acesso Os canais de distribuição são àqueles que a organização utiliza para entregar seus produtos/serviços ao público alvo no momento certo, no local certo, com melhor custo ou que ofereça os melhores meios para o consumidor acessá-los. O canal de distribuição é uma escolha muito importante no Marketing, tanto no setor público quanto no setor privado, eficácia da estrutura de distribuição de uma organização e/ou localização é fundamental para atingir seu público-alvo. Uma organização pode não ter sucesso mesmo oferecendo um ótimo serviço ou produto, se não planejar “onde, como e quando as ofertas serão entregues e acessadas.” FROEMMING, (2009 p. 38.). Novamente o produto escolhido não permite uma grande exploração do tema porque, neste caso, a transmissão ocorre remotamente. Ao consumidor final resta apenas ter o equipamento necessário para captação do sinal, com total conveniência. Segundo Kotler; Lee, 2008, (p. 110. apud FROEMMING, 2009, p. 30) “Cada tipo de agência de serviço público, dependendo do serviço oferecido, terá suas metas e objetivos. O que é líquido e certo é que a conveniência de acesso realmente influencia comportamentos, e decisões relacionadas a isso exigem uma análise rigorosa de ganhos previstos em comparação a custos de ampliar a conveniência”. A escolha dos canais afeta profundamente a resposta dos cidadãos, no que concerne: a) à Participação em programas – por exemplo quando e onde os treinamentos de primeiros socorros são oferecidos. b) à Utilização de serviço – o ambiente de um centro comunitário (Centro de Atendimento Psicossocial – CAPs por exemplo). c) ao Cumprimento de regras e regulamentos – onde as latas de lixo são colocadas no parque ou nas ruas. d) à Adesão a campanhas – onde poderão ser vacinados contra gripe. e) à Satisfação – com que antecedência é necessário chegar ao aeroporto para passar pelas filas de segurança. Por fim, os autores ainda salientam que, “a conveniência de acesso realmente influencia o comportamento e a adesão a campanhas. Decisões relacionadas a isso exigem uma análise rigorosa dos ganhos previstos confrontando com os custos de propiciar tal conveniência (p. 106).” Estratégias de Comunicação Na estratégia de comunicação o texto deixa claro a necessidade de conhecer o público-alvo, perceber seus hábitos, necessidades e canais mais utilizados. Por exemplo, investir em propaganda de TV, já que tudo o seu público-alvo estará assistindo. É válido destacar que, o fato se tratar de uma mudança na transmissão dos sinais de TV, não elimina a possibilidade de investir em outros recursos, como aplicativos para smartphones e propagandas na internet, jornais ou revistas. Segundo FROEMMING “A recomendação de Kotler e Lee (2008) é de que a mensagem seja simples, centrada nos benefícios para o cliente, composta de palavras e/ou imagens fortes, que seja fácil de ser lembrada e repasse a confiança e seriedade requeridas”. Ou seja, tão importante quanto formular um bom conteúdo para a mensagem, é saber fazer uso dos canais de mídia corretos, com maior capacidade de alcance do público-alvo, considerando seus hábitos, poder aquisitivo entre outras características. REFERENCIAS SITE OFICIAL DA TV DIGITAL BRASILEIRA http://dtv.org.br/index.php/tv-digital/o-que-e-tv-digital ANATEL AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES http://www.anatel.gov.br/institucional/component/content/article?id=1777 Lurdes Marlene Seide Froemming UNIDADE 3 - O COMPOSTO DE MARKETING NO SETOR PÚBLICO, TV deverá ser apenas digital até o fim de 2018
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