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Infecções Genitais Orientadora: Prof.ª Danielle Dantas Lima Discentes: Paloma Porfírio Taís do Carmo Taís Jéssica Costa Salvador/BA 2017 Introdução As infecções genitais surgem quando o sistema genital é infectado com microrganismos, podendo gerar uma infecção a nível fúngico, bacteriano, viral ou parasitária. A transmissão pode ocorrer por contato sexual de ou desiquilíbrios na microbiota normal. Salvador/BA 2017 Transmissão sexual de microrganismos patogênicos Desiquilíbrios na microbiota normal Parasita:Trichomonas vaginalis Notrato genital feminino fazem parte Lactobacilos,Difteróides,Gardnerellavaginalis, estafilococoscoagulase-negativos,Staphylococcusaureus,Steptococcusagalactiae,Enterococcus spp., Estreptococos alfa e beta hemolíticos, Escherichia colie leveduras. Bactérias:Treponema pallidum, Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, Haemophilus ducreyi. No trato genital masculino encontram-se poucos microrganismos, tais como: estafilococos, micrococos, corynebacterias e estreptococos alfa hemolíticos Vírus: Herpes simplex vírus, HPV, HIV. Infecções genitais causadas pelo fungo ou por membros da flora bacteriana endógena não são consideradas sexualmente transmissíveis.Ex:Candidaalbicans Salvador/BA 2017 Candidíase Vulvo- Vaginal É a segunda causa mais frequente (20 a 25% das vulvovaginites); É uma infecção causada por um fungo comensal da mucosa vaginal e do trato digestório, que cresce quando o meio torna-se favorável para o seu desenvolvimento, dependendo do nível de glicose na vagina; 80 a 90% das infecções são causadas pela Candida albicans e o restante, por outras espécies de candida (C. glabrata, C. krusei, C. tropicalis, entre outras). A candidíase não é uma doença sexualmente transmissível, pois pode ocorrer mesmo sem o contato íntimo. FATORES PREDISPONENTES: Gravidez; Diabetes; Antimicrobianos de amplo aspecto; Contraceptivo oral com alta taxas de estrogênios; Obesidade; Vestimenta íntima sintética e apertada; Imunodepressão. QUADRO CLÍNICO: Corrimento branco, espesso, grumoso, inodoro, com aspecto de “ leite coalhado” ou “ nata de leite”, aderido a parede vaginal e colo uterino; Prurido vulvovaginal, que pode ser intenso; Hiperemia vulvar e vaginal; Edema, fissuras e escoriações dos lábios e vulvar; Irritação e queimação vulvar; Dispareunia de penetração; Ardência miccional ( “ disúria externa” ) DIAGNÓSTICO LABORATOTIAL: Exame à fresco com KOH á 10% (pseudo –hifas, micélios, esporos); Exame à fresco com solução salina (pode haver aumento de leucócitos, visualização de hifas e esporos); PH vaginal =3,5 a 4,5 Bacterioscopia de secreção vaginal ( método de Gram); Testes das aminas negativas; Exame colpocitológico pelo Papanicolau; Isolamentos de meios de cultura comuns ( Ágar Sangue, Ágar Sabouraud); Antifungigrama com drogas específicas; Pesquisa de Candida albinicas por metodologia de sondas de DNA. COLHEITA DO EXSUDADO VAGINAL: Introduzir o espéculo sem lubrificante ou humedecido com soro fisiológico estéril. Colher o exsudado do fundo de saco posterior e/ou paredes vaginais com zaragatoa de alginato de cálcio ou dacron. Repetir a operação com uma 2ª zaragatoa e efetuar esfregaço após a ato da colheita. Crescimento da cândida albicans Tricomoníase É causada pelo protozoário flagelado Trichomonas vaginalis, de transmissão sexual, podendo ocorrer por fomites raramente; Incidência: 10 a 15% das infecções vaginais, dependendo da população estudada; É considerada doença sexualmente transmissível (DST) com período de incubação de 2 a 8 dias.; Pode facilitar a ascensão de outros germes, entre eles o gonococo, e facilitar a transmissão do HIV e pode ocorrer associação com vaginose bacteriana; A maioria dos homens são assintomáticos. QUADRO CLÍNICO: Varia desde assintomático até severo; Corrimento amarelo-esverdeado, bolhoso ou espumoso, profuso, com odor fétido, podendo ser acompanhado de prurido vulvar; Podem ocorrer: irritação, desconforto vulvar, dispareunia e disúria; Pode provocar eritema vaginal e colpite macular (“colo em framboesa”); Dor em baixo ventre (ocasionalmente), ficar atento para doença inflamatória pélvica; Os sintomas se exacerbam no final ou logo após a menstruação; Na gravidez pode causar: ruptura prematura das membranas e prematuridade; e infecção puerperal.. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Exame direto a fresco e/ou após coloração pelo Gram; Exame colpocitológico pelo Papanicolau; Isolamento em meios de cultura específicos (Roiron, Kupferberg, Diamond); Pesquisa de metodologia de sondas de DNA. Trichomonas Vaginalis Vaginose Bacteriana É a mais frequente das infecções genitais baixas: 40 a 50% dos casos; 50% das mulheres são assintomáticas; É uma infecção polimicrobiana, que resulta de um desequilíbrio da microbiota vaginal normal, com mudança da sua população bacteriana predominantemente aeróbica (Lactobacillus sp), para anaeróbica (Gardnerella vaginalis, Prevotella sp, Bacteróides sp e fragilis, Mobiluncus sp, Peptoestreptococus sp, Mycoplasma). As razões para esse desequilíbrio são desconhecidas. QUADRO CLÍNICO: Secreção vaginal branca-acinzentada, fina, homogênea, com pequenas bolhas, que revestem finamente as paredes vaginais; Ausência de irritação e hiperemia; Secreção com odor desagradável, tipo “peixe podre”, que piora após o coito e no final da menstruação. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: pH vaginal > 4,5; odor desagradável após adição de KOH 10% á secreção; Bacterioscópico pelo Gram: ausência ou diminuição de leucócitos e de lactobacilo, presença de “ clue-cells”, grande quantidade de bacilos Gram- variáveis (lábeis); Cultura: isolamento em meio seletivo (ágar vaginalis) Pesquisa pelo uso de metodologia de DNA. Infecção Gonocócica Gonorreia Agente: Neisseria gonorrhoeae Mulher : Uretrite, cervicite e/ou a Doença Inflamatória Pélvica (DIP); Homem: Uretrite Aguda; > da incidência da gonorreia : a bactéria, o hospedeiro e as características clínicas da doença; Diplococo Gram negativo; Agrupa-se aos pares no interior de leucócitos polimornucleares; São assintomáticas em 90-100%, dos casos. A falta de diagnóstico e tratamento favorecem a evolução para quadros de DIP, que trará riscos ao futuro fértil da mulher, principalmente das mais jovens. FATORES QUE ENVOLVE A BACTÉRIA: Resistência aos antibióticos e variação antigênica Reinfeção, o que sugere que a infecção não proporciona uma resposta protetora do hospedeiro NOS HOMENS Sintomas: Disúria exsudado uretral purulento- 2 a 5 dias de incubação Complicações: epididimite, prostatite, abscesso periuretral. NAS MULHERES: Infecção do colo do útero Sintomas: exsudado vaginal, disúria e dor abdominal Complicações: Doença inflamatória pélvica (DIP) DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O gonococo é uma bactéria frágil; A cultura devem ser semeadas imediatamente, pois a bactéria se auto-lisa com muita facilidade e é sensível a variação de temperatura; Exsudato cervical Exsudado uretral Detecção de antígenos por enzima – imunoensaio; Isolamento em meios de cultura específicos ( Thayer- martin ou similar). Identificação das colônias através de provas bioquímicas manuais ou automatizadas, imunofluorescência direta ou co- aglutinação; Técnicas moleculares como pesquisa metodológica de sondas de DNA ou por técnicas de amplificação (PCR) Pesquisa de beta- lactamase; Chlamydia Trachomatis Bacilos gram -, pequenos, sem camada de peptidoglicano na parede celular. Bactéria intra celular obrigatória; É a mais frequente DST do mundo; A coleta é crítica para um bom diagnóstico; Os sintomas são discretos; As Clamydiaceas são parasitas energéticos porque usam o ATP do hospedeiro DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: A infecção pode ser diagnosticada com base em : Achados citológicos, serológicos e culturais; Detecção direta de antígenos nas amostras clínicas; Através de provas de Bio Molecular. Exsudação uretral; Exsudação endocervical; As amostras adequadas não são as secreções vaginais, mas sim os raspados, já que a Chlamydia trachomatis afeta as células do epitélio cilíndrico. Não são adequadas amostras vaginais. Isolamento em cultura de células MacCoy e identificação por técnica de Imunofluorescência. Pesquisa por metodologia molecular: Hibridização ou captura híbrica; PCR com detecção por hibridização; Testes sorológicos. RFC, IF-IgG, IF- IgM. Monocamada de células MacCoy com Chlamydia trachomatis intracelular corpos de inclusão em 50x de ampliação. Imunofluorescência direita (IFD) Mycoplasma SSP. Agente: Mycoplasma Genitalium; A presença do micoplasma no trato genital está diretamente relacionada com o número de pacientes sexuais; O M. hominis está fortemente associado á infecção das trompas ovarianas e a abscessos tubo- ovarinos; DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Teste sorológicos não são utilizados na rotina, para infecções micoplasmas. Cultura quantitativa de materiais, tais como: secreção vaginal, uretral, cervical, urina de 1º. jato, esperma e líquido prostático em meios U-9, M-42 e A-7. Títulos iguais ou maiores que 103 UTC (unidades trocadoras de cor) são clinicamente significativos; Testes sorológicos: utilizados somente para infecções pulmonares ou articulares; Antibiograma: tetraciclina, eritromicina, roxitromicina, ofloxacina e tianfenicol são testados rotineiramente. Outras infecções genitais fim Salvador/BA 2017
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