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Tratamento de Resíduos Industriais - TRI Aline Marques Ferreira Linhares alinemarquesrj@hotmail.com Setembro 2016 Processos biológicos aeróbios Tratamento secundário: Processos biológicos Classificação dos processos biológicos: Predominam os mecanismos biológicos Objetivo: remoção da matéria orgânica solúvel (eventualmente, remoção de nutrientes – Nitrogênio e Fósforo) Consórcios microbianos heterogêneos – predomínio de bactérias Quanto à biomassa: Lodos ativados Lagoas UASB Filtros biológicos Biodiscos (discos rotatórios) Reatores de leito submerso Reatores de leito fluidizado Reatores de leito móvel Biomassa suspensa Biomassa fixa Quanto à presença de O2: Lodos ativados Lagoas aeradas Filtro biológico Biodisco UASB Filtros anaeróbios Aeróbios Anaeróbios Processos biológicos aeróbios Catabolismo: Autólise – respiração endógena: Anabolismo: Degradação de glicose - aeróbia: Degradação de glicose - anaeróbia: Microbiologia Componente biológico: bactérias, fungos, protozoários, rotíferos Componente não biológico: partículas orgânicas e inorgânicas, polímeros microbianos extracelulares (polissacarídeos e glicoproteínas) Os componentes biológicos dependem das condições ambientais, das características do efluente, do projeto e do modo de operação da planta Bactérias: isoladas ou em agregados predomínio de bactérias heterotróficas bactérias autotróficas bactérias nitrificantes responsáveis pela degradação da matéria orgânica formadoras de flocos e filamentosas bactérias filamentosas dentro do floco – esqueleto para a formação do floco bactérias formadoras de flocos: Bacillus, Pseudomonas, Micrococcos alcaligenes, Flavobacterium Microbiologia Bactérias: Microbiologia Protozoários: consomem bactérias isoladas e material particulado auxílio na clarificação polimento degradam matéria orgânica Produzem polissacarídeos e mucoproteínas floculação do material suspenso indicadores de estabilidade da operação mais sensíveis à toxicidade do que as bactérias aeróbios restritos Microbiologia Rotíferos: nematóides e outros organismos multicelulares baixa velocidade de crescimento altos tempos de retenção celular Rotífero Vídeo Microbiologia Teoria do “esqueleto filamentoso”: flocos divididos em dois níveis estruturais: • macroestrutura: bactérias filamentosas, agregadas por seus polímeros extracelulares com função de matriz estrutural compondo o “esqueleto” interno dos flocos • microestrutura: base para qualquer floco, sendo composta de organismos não filamentos formadores de flocos Dezzoti, 2008 Bassin, 2008 Lodos ativados Primeira unidade em escala real – Manchester em 1914 Um dos processos mais aplicados – locais de grande concentração urbana Grande potencial de degradação e custo relativamente baixo Elevada qualidade do efluente tratado e baixos requisitos de área Maior complexidade operacional, nível de mecanização e consumo energético Oxigênio fornecido por aeração: aeração mecânica, por ar comprimido ou introdução de oxigênio puro – faixa de 1,5 a 2,0 mg/L Bactérias oxidação da matéria orgânica em tanques de aeração Lodos ativados convencional Aeração prolongada Idade do lodo Fluxo contínuo Fluxo intermitente (reatores sequenciais por batelada e variantes) Fluxo Remoção de carbono Remoção de carbono e nutrientes (N e/ou P) Objetivo do tratamento Lodos ativados convencional Reações de metabolização de compostos biodegradáveis Requer boas condições de mistura e reação – desenvolvimento de comunidade microbiana Revista TAE, 2014 Tanque de aeração: Separar o lodo proveniente do tanque de aeração Decantador secundário: Retorno do lodo para o tanque de aeração Objetivo de manter a concentração microbiana elevada no tanque de aeração Sistema de reciclo: Lodos ativados convencional Condições típicas: 10 vezes maior do que em lagoas aeradas de mistura completa Concentração de sólidos no tanque de aeração 6 a 8 horas TRH 4 a 10 dias TRC – idade do lodo Tanque de aeração: Lodos ativados convencional Aeração mecânica: Aeração: Von Sperling, 1997 Ar difuso: Von Sperling, 1997 Lodos ativados convencional Decantador secundário: Von Sperling, 1997 Lodos ativados convencional Carga orgânica aplicada ou relação A/M ou F/M – kg DBO5 ou DQO/kg SSV.dia: Parâmetros operacionais: 𝐴/𝑀 = 𝑄. 𝑆𝑎 𝑉. 𝑋𝑒 Q = vazão do efluente Sa = concentração de matéria orgânica do afluente Xe = concentração de biomassa no tanque de aeração (expressa como SSV) V = volume do tanque de aeração Carga volumétrica aplicada – kg DBO5 ou DQO/m 3.dia: 𝐶𝑣 = 𝑄. 𝑆𝑎 𝑉 Dezzoti, 2008 Lodos ativados convencional Idade do lodo ou tempo médio de retenção celular (TRC) – dias: Parâmetros operacionais: 𝜃𝑐 = 𝑉. 𝑋𝑒 𝑤. 𝑋𝑢 Xe = concentração de biomassa no tanque de aeração (expressa como SSV) Xu = concentração de biomassa na saída do fundo do decantador (expressa como SSV) V = volume do tanque de aeração w = vazão de descarte do lodo Q = volume de líquido retirado do sistema na unidade de tempo Tempo de retenção hidráulica (TRH) – horas: 𝑇𝑅𝐻 = 𝑉 𝑄 Dezzoti, 2008 Lodos ativados convencional Velocidade de sedimentação zonal (VSZ): Parâmetros operacionais: (1) Fase de velocidade de sedimentação constante: tangente à curva no instante inicial = VSZ VSZ = boa sedimentabilidade (2) Velocidade de sedimentação decresce com o tempo (3) Velocidade de sedimentação muito pequena = lodo adensado ou compactado (1) (2) (3) (2) Dezzoti, 2008 Lodos ativados convencional Índice volumétrico do lodo (IVL): Parâmetros operacionais: 𝐼𝑉𝐿 = 𝑉30 𝑋𝑒 . 𝑉𝑝 𝐼𝑉𝐿 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑐𝑎𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑒𝑚 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 V30 = volume ocupado pelo lodo após 30 minutos de sedimentação Xe = sólidos suspensos totais (SST) ou sólidos suspensos voláteis (SSV) Vp = volume de líquido contido na proveta Dezzoti, 2008 Lodos ativados convencional Índice volumétrico do lodo (IVL): Parâmetros operacionais: Sedimentabilidade IVL (mL/g) Ótima 0-50 Boa 50-100 Média 100-200 Ruim 200-300 Péssima >300 Von Sperling, 1997 IVL fornece resultados mais consistentes por ser realizado ao final do processo de sedimentação VSZ representa a tendência da primeira sedimentação – o lodo pode sedimentar bem no início, mas decair a velocidade de sedimentação após algum tempo IVL x VSZ: Lodos ativados convencional Parâmetros operacionais: Estudo de Roques, 1980 indica θc = 4-9 dias para baixo IVL IVL x θc: Lodos ativados convencional Parâmetros operacionais: Floculação não ocorre em fase logarítmica de crescimento e sim na fase endógena Alta taxa A/M crescimento microbiano aumenta, alta atividade metabólica, muita energia, atividades locomotoras dificulta a formação do floco Baixa taxa A/M inativas flocos dispersos A/M intermediária lodo floculante (0,3-0,6) IVL x A/M: Lodos ativados convencional Problemas vinculados à formação dos flocos em lodos ativados: Lodos ativadosconvencional Oxigênio dissolvido (OD) Sólidos suspensos totais (SST) Sedimentabilidade – IVL Microscopia pH Temperatura DQO DBO A/M Controle do processo: Lodos ativados convencional Bulking do lodo: Problemas operacionais: Flocos não compactados sedimentabilidade Predominância de micro-organismos filamentosos no lodo Causas: OD, A/M, nutrientes e flutuações no pH Consequências: Efluente não clarificado Lodos ativados convencional Baixa remoção de matéria orgânica biodegradável: Problemas operacionais: Causas: TRC muito baixo, nutrientes, flutuações no pH, OD e mistura inadequada Odores: Causas: condições anaeróbias no decantador e aeração insuficiente Variantes de lodos ativados Definido como processo de oxidação total TRC maior (18 a 30 dias) – reator com maiores dimensões – menor concentração de matéria orgânica por unidade de volume e menor disponibilidade de alimento Mais utilizado para vazões e cargas baixas Lodo biológico estabilizado micro-organismos na fase endógena Maior consumo de energia no tanque de aeração e maior eficiência em comparação aos outros processos de lodos ativados Aeração prolongada: Estabilização por contato: Relacionado à capacidade de adsorção dos aglomerados microbianos Adsorção da matéria orgânica em suspensão, material coloidal e macromoléculas em solução – 0,2 a 2,0 h 1 a 3 gSSV/L Finaliza a assimilação e biodegradação dos poluentes e lodo aclimatado – 3,0 a 6,0 h 4 a 9 gSSV/L Variantes de lodos ativados Regime de bateladas sequenciais Todas as unidades, processos e operações de lodos ativados em um único tanque Ciclos de operação com tempos de duração definidos Reator Batelada Sequencial - RBS: Entrada do efluente bruto e do substrato para a atividade microbiana Enchimento estático: sem mistura ou reação – remoção de nutrientes – mínimo de energia gasta e alta concentração de sólidos Enchimento com reação: ocorre mistura e reação Fase de enchimento Completar as reações iniciadas no enchimento e pode ter aeração e/ou mistura além de ciclos alternados de aeração Fase de reação Ocorre a sedimentação e a separação dos sólidos em suspensão do efluente tratado – pode ter maior eficiência do que um sedimentador secundário pelo maior tempo de repouso do líquido Fase de sedimentação Esvaziamento do reator Descarte do efluente tratado Utilizada apenas em aplicações com vários tanques – ajuste de ciclos e remoção do lodo excedente Fase de repouso ou de ajustes Variantes de lodos ativados Vantagens: Fluxograma simplificado – eliminação de diversas unidades Construção simplificada Flexibilidade em relação a variação de cargas e vazões Boa sedimentabilidade do lodo Flexibilidade operacional – ajuste dos tempos Reator Batelada Sequencial - RBS: Desvantagens: Descarte do efluente tratado de forma pontual – grandes choques de carga no corpo receptor Variantes de lodos ativados Processo híbrido: reator biológico + tecnologia de membranas Pode gerar efluentes tratados que atendem aos padrões de qualidade de lançamento e exigências para reúso de água Membranas atuam como decantador secundário Possibilita a construção de estações de tratamento mais compactas Aumento da idade do lodo (30 a 60 dias) e baixa relação A/M – fase endógena (menor geração de lodo) Biorreator com membranas (BRM): Silva, 2009. Variantes de lodos ativados Pode utilizar membranas de micro ou ultrafiltração Pode utilizar membranas planas ou fibras ocas Biorreator com membranas (BRM): Melhor qualidade do efluente tratado Operação com maior concentração de sólidos suspensos (10.000 mg/L) Menor área requerida Menor geração de lodo Significativa capacidade de desinfecção Incrustações das membranas Lagoas Lagoas: bacias de grande volume querer grandes áreas profundidade de 2 a 5 m tempo de retenção elevado e menor carga orgânica Bactérias respiração: consumo de oxigênio e produção de gás carbônico Algas fotossíntese: produção de oxigênio e consumo de gás carbônico Lagoas de estabilização x lagoas aeradas: Aeróbias Anaeróbias Facultativas Maturação Estabilização – aeração natural Facultativas Mistura Completa Aeradas – aeração artificial Lagoas Lagoas de estabilização: Aeróbias: condições aeróbias garantidas pelo equilíbrio entre a oxidação e a fotossíntese – Eficiência de até 95% Anaeróbia: fermentação anaeróbia imediatamente abaixo da superfície Facultativas: ocorre fermentação anaeróbia, oxidação aeróbia e fotossíntese – requer altos TRH (> 20 dias) e grandes áreas Maturação: polimento no efluente de qualquer uma das outras lagoas de estabilização ou outros processos biológicos– remoção de organismos patogênicos Lagoas Lagoas aeradas: aeração mecânica (aeradores de superfície) ou de ar difuso fornecimento de oxigênio e manutenção de sólidos em suspensão (potência menor do que no processo de lodos ativados) dois regimes de mistura: mistura completa e facultativa maior mecanização, maior complexidade de manutenção e operação e maior consumo de energia menor TRH = menor área requerida Lagoas aeradas Lagoas de mistura completa x lagoas facultativas: Agitação suficiente para manter os sólidos em suspensão Tempo de residência = 3-6 dias Potência de agitação = 3,0-6,0 W/m3 Agitação insuficiente para manter os sólidos em suspensão Decomposição anaeróbia Necessidade de remoção de sólidos (entre 1 e 6 anos) TRH= 5-10 dias (6 dias) Potência de agitação = 0,8-1,0 W/m3 http://www.saec.sp.gov.br/site/index.php/estacao-de-tratamento-de-esgoto- de-catanduva/ Von Sperling, 2005 Biodiscos Biodiscos ou Rotanting Biological Contactors – RBC: Sistema composto por um conjunto de discos Estruturas cilíndricas corrugadas de material plástico como o poliestireno de alta densidade – suporte para a adesão microbiana Discos de 2 a 3,5 m de diâmetro e 1,5 a 2,0 cm de espessura girando em torno de um eixo horizontal em velocidade de rotação de 1 a 2 rpm Biofilme formado na superfície dos discos e entra em contato com a matéria orgânica e com o oxigênio do ar alternadamente – requer decantador secundário Utilizado principalmente em tratamento de esgoto de pequenas comunidades Dezzoti, 2008 Biodiscos Metcalf & Eddy, 2003 (a) Biodisco convencional (b) Biodisco convencional em reator fechado (c) Biodisco submerso (d) Biodisco submerso com dispositivo de captura de ar Biodiscos (a) Um estágio transformado em dois com um anteparo (b) Dois estágios em um único eixo (c) Dois estágios transformados em um removendo o anteparo (d) Dois eixos em um único estágio Dezzoti, 2008 Biodiscos Parâmetros: Segmentação das unidades – induzem o desenvolvimento de diferentes micro-organismos em cada estágio – pode atingir a nitrificação Carga orgânica e hidráulica Características do efluente a ser tratado Necessidade ou não de clarificador 𝐶𝑠 = 𝑄𝑎𝑆𝑎 𝐴𝑠 𝐶ℎ𝑠 = 𝑄𝑎 𝐴𝑠 Carga orgânica superficial – kg DBO5/m 2.dia: Carga hidráulica superficial – m3/m2.dia: Qa = vazão de alimentação Sa = concentração de matéria orgânica do afluente As = área de suporte disponível para fixação microbiana Filtro biológico Reatorque utiliza a biomassa aderida a algum tipo de suporte Efluente percola de forma descendente e é coletado no fundo – geralmente, distribuidores rotativos Contato direto com o ar Micro-organismos se desenvolvem aderidos à superfície do meio poroso Biossorção + metabolização dos compostos biodegradáveis Biofilme mais espesso pode ter uma subcamada anaeróbia (bactérias autotróficas nitrificantes) e uma subcamada aeróbia (bactérias heterotróficas) Espessura do biofilme varia de 0,1 a 2,0 mm Antigamente, utilizavam pedras, cascalhos e coque obtendo porosidades de 40 a 60% Atualmente, recheios e suportes de material plástico – 10 e 20 vezes mais leves permitem filtros com maior altura Filtro biológico Possibilidade de filtros em série e com mais estágios, além de formas de recirculação Filtros que utilizam pedra como suporte variam de 0,9 a 2,5 m de altura e filtros com material plástico variam de 4,0 a 12,0 m. Presença de bactérias, algas e em menor proporção, protozoários, fungos e até mesmo vermes, larvas e insetos Bactérias tipicamente encontradas: Achromobacter, Flavobacterium, Pseudomonas e Alcaligenes Fungos: Fusazium, Mucor, Penicillium, Geotrichum, Sporatichum Algas não participam da degradação – fornecem oxigênio na presença de luz: Phormidiun, Chlorella e Ulothrix Protozoários auxiliam na redução da turbidez do efluente – predominantemente do grupo dos ciliados: Vorticella, Opercularia e Epistylis Filtro biológico Dezzoti, 2008 Von Sperling, 2005 𝐶𝑣 = 𝑄𝑎𝑆𝑎 𝑉 𝐶ℎ = 𝑄𝑎 𝐴 Carga orgânica volumétrica– kg DBO5/m 3.dia: Carga hidráulica ou taxa de aplicação hidráulica superficial– m3/m2.dia: Qa = vazão de alimentação Sa = concentração de matéria orgânica do afluente A = área da seção horizontal do filtro V = volume do leito Filtro biológico O material suporte ideal deve possuir alta área superficial, baixo custo, alta durabilidade e alta porosidade (menos entupimento e boa circulação de ar) Metcalf & Eddy, 2003 Filtro biológico Metcalf & Eddy, 2003 Nitrificação Importância: remoção de nutrientes (N) que propiciam o crescimento exagerado de bactérias e algas nos corpos receptores – eutrofização Nitritação: oxidação da amônia a nitrito – bactérias do gênero Nitrosomonas Nitratação: conversão do nitrito em nitrato – bactérias do gênero Nitrobacter Bactérias autotróficas e utilizam carbono inorgânico (CO2) para a síntese celular Nitrificação pH: atuação dos micro-organismos entre 6,5 e 9,0 Temperatura: pode ocorrer entre 4 e 45ºC, mas Nitrosomonas tem temperatura ótima de 35ºC e Nitrobacter de 35 a 42ºC temperaturas consumo de oxigênio e de alcalinidade necessários à nitrificação temperaturas atividade nitrificante Alcalinidade: alcalinidade consumida durante a nitrificação 7,14 g CaCO3/g NH4 + oxidado Concentração de oxigênio dissolvido: 0,5-2,5 mg/L em biomassa suspensa Relação C/N: taxa de nitrificação com concentração de matéria carbonácea concentração de matéria orgânica desenvolvimento de heterotróficos desenvolvimento de autotróficos Toxicidade: bactérias autotróficas são mais sensíveis do que as heterotróficas Fatores que influenciam: Desnitrificação Bactérias heterotróficas anaeróbias facultativas reduzem o nitrato gerado na nitrificação a nitrogênio molecular Destaque para o gênero Pseudomonas Ambiente anóxico: ausência de oxigênio e presença de nitrato (bactérias desnitrificantes utilizam preferencialmente o oxigênio molecular – competição com o nitrato como receptor de elétrons) Importância: remoção de nitrato – um dos fatores que mais contribuem para a eutrofização – toxicidade do nitrato - síndrome do “bebê azul” – conversão de hemoglobina em metahemoglobina que interrompe o transporte de oxigênio Desnitrificação Temperatura: faixa ampla de 0 a 50ºC, ideal em 35ºC pH: entre 6,5 e 8,0 Concentração de oxigênio dissolvido: inibe a atividade e a síntese das enzimas desnitrificantes Relação C/N: depende da natureza da fonte de carbono e das espécies microbianas atuantes Fatores que influenciam: Desnitrificação Pré-desnitrificação (remoção de N com C de esgoto bruto): Vantagens: menor tempo de retenção na zona anóxica em comparação à pós-desnitrificação redução do consumo de oxigênio estabilização da matéria orgânica que utiliza o nitrato como aceptor de elétrons Possibilidade de redução do volume da região aeróbia estabilização de parte da DBO na zona anóxica Desvantagens: necessidade de razões de recirculação interna elevadas aumento dos custos de operação Possibilidade de recirculação do OD do tanque aeróbio para o anóxico prejuízo da desnitrificação Dezotti, 2008 Desnitrificação Pós-desnitrificação (remoção de N com C da respiração endógena): O reator possui uma zona aeróbia seguida por uma zona anóxica e opcionalmente, uma zona aeróbia final A remoção de carbono e a produção de nitratos ocorrem na zona aeróbia Os nitratos formados são reduzidos a nitrogênio gasosa na zona anóxica não requer recirculação interna Zona aeróbia final baixo tempo de retenção para o desprendimento de bolhas de nitrogênio gasoso e adição de OD antes da sedimentação Desvantagem: menor taxa de desnitrificação já que ocorre em condições endógenas e grande parte do carbono orgânico já foi removido maiores tempos de retenção na zona anóxica adição de metanol como fonte externa de carbono Von Sperling, 1996 Desnitrificação Pós-desnitrificação (remoção de N com C da respiração endógena): Desnitrificação Processo Bardenpho: Etapa de pré e pós-desnitrificação Vantagem: altos níveis de remoção de nitrogênio nitratos removidos em duas fases anóxicas Desvantagem: necessidade de reatores com volume total maior Obrigada!
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