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4701 cooperativa habitacao apresentacao

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Cooperativas Habitacionais
Acadêmicos: Déverson Berger
			 Fernando Foabris
Prof.: Marcelino Colla
Três de Maio, Março 2012.
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 SURGIMENTO DAS COOPERATIVAS DE HABITAÇÃO 
Desde a segunda metade do século XIX, para melhorar sua situação de vida e seus recursos de forma sustentável, as pessoas formaram as cooperativas habitacionais. 
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Os primeiros projetos de habitação cooperativos surgiram nos Estados Unidos no século XIX na cidade de Nova York. A primeira Cooperativa foi Randolph surgida na West Street em 1876, ao longo dos próximos anos foi seguido por vários empreendimentos semelhantes. Estes primeiros projetos foram chamados de “Clubes de Casas”, a palavra cooperativa não foi aplicada a estes projetos de habitação neste país até depois da virada do século. 
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 SURGIMENTO DAS COOPERATIVAS DE HABITAÇÃO NO BRASIL
O déficit habitacional em nosso país vem desde 1900, originado pela vinda de imigrantes estrangeiros e pelo êxodo rural, concentrando-se nas áreas urbanas gerando moradias precárias nas periferias, bem como surgimento de cortiços em condições sobre humanas de ocupação, caracterizado por uma parcela da população sem nenhum recurso financeiro. 
 
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No dia 21 de agosto de 1964 o Estado cria o Sistema Financeiro de Habitação cujo objetivo foi facilitar acesso a aquisição de moradia própria. A função do BNH (Banco Nacional de Habitação) era coordenar a ação dos órgãos públicos e orientar a iniciativa privada estimulando a construção de habitação de interesse social e financiando a aquisição da casa própria, principalmente para população de media e baixa renda. Com o desvio de finalidade e fragilidade do sistema fez com que o Governo Federal extinguisse em 21 de novembro de 1986 o BNH transferindo para a Caixa Econômica Federal a responsabilidade pela gestão do Sistema Financeiro de Habitação do país.
 
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Com a extinção do BNH as cooperativas ficaram órfãs e com a administração realizadas pela Caixa Econômica Federal condicionou a participação das cooperativas devido a varias exigências impostas. 
Foi Criado o INOCOOP- Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais com objetivo de assessorar essas cooperativas quase totalmente isolados dos demais segmentos. 
 
Em vinte anos (1964-1984), o BNH financiou 487.471 unidades de cooperativas, o que representa 11,2% do total de 4,5 milhões de unidades habitacionais financiadas durante esse mesmo período (ARRETCHE, 1990). 
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O setor habitacional no ano de 2003 representava somente 4,3% (314 cooperativas habitacionais) do número total de cooperativas. Entretanto, em número de cooperados, a participação do setor habitacional aumenta para 18,2% do total, com 104.908 membros.
 
O maior complexo do ramo Habitacional fica em Águas Claras no distrito federal.
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COOPERATIVAS HABITACIONAIS NO 
RIO GRANDE DO SUL
 As cooperativas habitacionais surgidas em Porto Alegre a partir de 1990, ao contrário das experiências de São Paulo e Natal, eram formadas principalmente por famílias de baixa renda, estavam inseridas em uma política mais ampla de regularização fundiária, mas não tinham acesso à discrepância. Em 1999, a Secretaria Especial de Habitação do Estado do Rio Grande do Sul contabilizava 200 cooperativas habitacionais em seu cadastro (60 eram de Porto Alegre), e a OCB (1999) registrava um total de 216 cooperativas habitacionais em todo o país 
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 A renda familiar dos integrantes das cooperativas habitacionais em Porto Alegre varia de 1 a 10 salários mínimos. As cooperativas habitacionais do Rio Grande do Sul têm três origens distintas: de ocupação, comunitária e sindical. As maiores diferenças entre as cooperativas comunitárias e de ocupação, já que ambas têm suas origens nos movimentos sociais urbanos, são o tipo de adesão e a base geográfica. Em cooperativas originadas por ocupação de terras, seus membros já haviam invadido uma área anteriormente à sua formação. A forma cooperativa constituiu-se em um meio para regularização da posse da terra. 
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 A necessidade (e talvez a influência do próprio governo) convenceu essas pessoas a se integrar à cooperativa. Não houve uma livre adesão ao projeto comum, consequentemente esse tipo de cooperativa tem mais dificuldade de se desenvolver. Em geral, elas agregam os segmentos mais pobres da população urbana (renda média de 1 a 3 salários mínimos), com inserção no mercado informal de trabalho, baixa escolaridade e, em alguns casos, um passado de relações tumultuadas com o poder público. 
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 As cooperativas de origem comunitária, em muitos casos, foram formadas pela associação de moradores de uma certa área da cidade. A maioria de seus membros mora no mesmo bairro, muitos vivem em diferentes áreas invadidas, alguns pagam aluguel e outros ocupam o fundo de um lote de algum parente. Eles se organizam em função de objetivos comuns e poupam de maneira coletiva para aquisição de uma área onde todos possam construir suas moradias de forma cooperativa. O nível salarial das cooperativas de origem comunitária gira em torno de 1 a 5 salários mínimos (SM).
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 As cooperativas de origem sindical têm características bem distintas das outras. O nível salarial é um pouco mais alto, com uma variação bastante grande (3,5 a 10 SM). Devido à sua origem, geralmente seus membros já tiveram alguma experiência de organização anterior, e as cooperativas são mais independentes em relação ao apoio oferecido pelo Estado. Muitas delas têm condições de pagar por assistência técnica, ao contrário da maioria das cooperativas de ocupação e comunitárias.
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CONCLUSÃO
 As cooperativas habitacionais foram introduzidas na política habitacional brasileira em 1966, fundamentando-se no tripé: a ideologia da casa própria; o combate ao déficit habitacional; e a garantia da estabilidade social para legitimar o Estado ditador e repressor, instalado no Brasil. Sobre as características e funcionamento das cooperativas habitacionais, independente da diversidade de situações encontradas, algumas questões merecem ser pontuadas. Quanto a legislação, as cooperativas têm direito (Constituição Federal de 1988) a tratamento especial quanto a incidência de tributos sobre suas atividades, mas a falta de regulamentação faz com que a lei maior não seja aplicada, prejudicando a ação cooperada.

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