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Desenvolvimento do Pensamento Científico e Teorias Sociológicas

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Resumo - TGS
1)Desenvolvimento do pensamento científico
	1.1História da Ciência
	Surgiu na Grécia Antiga, século VI a.C., com pensadores pré-socráticos "Filósofos da Natureza". Sociedade ocidental saiu do pensamento baseado em mitos e dogmas para entrar no pensamento científico baseado no ceticismo (quem duvida de tudo, descrente, não admite existência de dogmas, religião etc.).
	O pensamento dogmático coloca as ideias como sendo superiores ao que se observa e o pensamento cético coloca o que é observado como sendo superior as ideias. Para a ciência: teoria = ideia, se observarmos os fatos que comprovam a falsidade da ideia, o cientista deve destruir ou modificar a teoria.
	O pensamento científico se consolidou na época de Sócrates, surge o conceito "prova científica". Quando esse processo de modificação no pensamento grego terminou, 90% dos gregos haviam se tornado ateus (abandonaram dogmas).
	Religião e Ciencia tentam explicar a origem do universo, a diferença é que para o cientista é necessário provas observadas e o que se observa sempre destroi as ideias.
	1.2 Ciência Moderna
	Galileu Galilei é o fundador da ciência moderna e o teórico do método científico. Física por Galileu: é entendida quantitativamente que pode ser mensurável e traduzida em leis matemáticas.
	A partir de Galileu a ciência não busca mais a essência ou a substância das coisas, mas sim a função "Como é?".
	1.3 Ciências Naturais e Humanas
	Ciência = objetividade do conhecimento.
	As ciencias naturais (Fís, Quim, Bio e Geo) 
	As ciencias humanas (Socio, Hist, Psico, Linguist) separa e distingue a filosofia da ciencia.
	1.4 Interdisciplinaridade
	Ciencias Naturais: fisica possui papel importante na astrofisica e biofisica. Quimica representada por bioquimica. Ciencia ambiental estuda as interações dos componentes físicos, quimicos e biologicos ( impacto na biodiversidade e sustentabilidade). Oceanografia = biologia marinha (ecossistema marinho larco e diverso)
	1.5 Fenomenologia
	Husserl: é uma descrição da estrutura específica do fenômeno(vivencias) e como a estrutura da consciencia(como condição de possibilidade do conhecimento.
2 - Teorias Correlatas
1) Teoria Funcionalista
	Funcionalismo (desempenhar) procura explicar aspectos da sociedade em termos de funções realizadas por instituições e suas consequencias para a sociedade. 
	Para Émule Durkheim cada instituição exerce uma função específica na sociedade e se uma dessas funções falhar disseminará uma falha global na própria sociedade.
	A interpretação de "sociedade" para Durkheim tem características de exterioridade e coercividade. O fato social é exterior (na medida em que existe antes do próprio indivíduo) e o coercivo porque a sociedade se impõe ao indivíduo, mesmo sem seu consentimento.
	Na sociologia, o funcionalismo tenta explicar as instituições sociais como meios coletivos de satisfazer necessidades biológicas individuais (como as inst. sociais satisfazem necessidades sociais - solidariedade social).
Segundo Talcott Parsons, a sociedade e a cultura formam mais um sistema integrado de funções.
	Função Social (não é o mesmo que obrigação, trabalho, responsabilidade) exprime a ideia de uma sociedade vista como um organismo vivo, na qual cada parte tem uma função (biologia). Parte importante = órgão vital, manutenção ou extinção daqueles menos importantes (partes descartáveis da sociedade).
	Analogia orgânica: instituições sociais são funcionalmente integradas para formar um sistema estável e que uma mudança em uma inst. irá acarretar uma mudança em outra inst.
	Críticas: nos anos 60 era criticado por prover modelos ineficazes para mudanças sociais, contradições estruturais e conflitos.
2) Interacionismo simbólico
	É uma abordagem sociológica das relações humanas que considera de suma importância a influência, na interação social, dos significados bem particulares trazidos pelo indivíduo à interação, assim como os significados bastante particulares que ele obtém a partir dessa interação sob sua interpretação social.
	O mundo simbólico não é resultado de interação do sujeito consigo ou com objeto, para Hegel o simbolismo só se constrói por meio da interação entre 2 ou + pessoas.
	Segundo Blumer, as pessoas interagem umas com as outras por meio de interpretação mutua das ações e definição um do outro. Suas respostas não são dadas diretamente às ações um do outro, mas baseadas no significado que eles atribuem a tais ações. Assim, a interação humana é mediada pelo uso de simbolos e significados, através de interpretação.
	Ex: comércio e fast-food, o que eles tem em comum é o uso das cores nos anúncios. Vermelho e amarelo se associam à fome, representam catchup e mostarda.
3) Teorias do conflito
	Desde o Darwinismo Social criou-se a ideia de que as sociedades mais avançadas são aquelas que tiveram, de fato, condições para se adaptarem, o que lhes permitiu o alcance de tal condição, sendo que muitas outras se extinguiram pela incapacidade de se adaptarem.
	Por meio do Materialismo Histórico de Marx, criou-se a ideia de que a história das sociedades se repete num constante conflito entre classes. Para ele, detentores dos meios de produção eram também os detentores do poder político e com tal poder conduziriam o processo evolutivo em favor de si mesmos.
	O conflito apenas desemboca num processo diferente quando as classes trabalhadoras impusessem uma ditadura e alcançassem o poder, coletivizando os meios de produção e abolindo a propriedade privada.
3 - Sistemismo
	Karl Bertalanffy foi o fundador da Teoria Geral de Sistemas, seus estudos foram apoiados na concepção organimística da biologia( o organismo é um todo maior que a soma das suas partes). Na educação criticou a estratégia de divisão da Ciência em áreas (física, química,etc). Ao contrário, sugeria o estudo global (sistêmico). 
	
	Princípios da Biologia aplicados à TGS
	Homeostase
	Retroalimentação
	Entropia/Entropia Negativa
	Sistemas abertos e relacionados
	Estrutura, função, != e integração
	Sistemas relacionados = autosustentação
	Requisito da Variedade
	Sist Relacionados necessitam possuir uma diversidade de mecanismos.
	Equifinalidade
	Sist. estado final igual com origem em condições distintas (formas e desenvolviment)
	Evolução do Sistema
	Readaptação às mudanças, por meio de processos ciclicos de variaç, seleç e retenç.
Teoria dos Sistemas Abertos: organismos são sistemas abertos, pois interagem com o ambiente que os transforma. Cada parte, vista isoladamente, terá um valor diferente do que todas interagindo.
Reducionismo, sistemismo e teoria da complexidade
	O sistemismo também foi interpretado como uma resposta ao reducionismo científico que refere-se a diferentes teorias que afirmam que objetos ou fenômenos(significados) podem ser reduzidos às suas partes constituintes mais simples com o objetivo de serem explicados
	
A redução de A em pequenas partes de B possibilita sua interpretação.
	Sistemas Complexos: necessidade de interpretação dos conjuntos de elementos buscando explicar relações entre componentes, que produzem a estrutura complexa global.É possível distinguir complexos de acordo com o seu número, espécie ou de acordo com suas relações.
Nas situações 1 e 2 a interpretação do todo é definida como a soma dos elementos considerados de forma isolada. No caso 3, a espécie ou o númer de elementos pode ser considerada como menos relevante do que o relacionamento existente entre eles.
Dinâmica dos Sistemas
	Um sistema complexo possui uma característica de assimetria que faz com que sua estrutura e seus resultados variem de maneira imprevisível.
	Os sistemas oscilam entre estabilidade e instabilidade e isso provoca alterações. Um sistema retroalimentado possuirá uma imensa troca de estado entre seus elementos, mas nunca ocorrerão ao mesmo tempo.
Feedback +(reforço) ou - (balanceamento), representam as reações do sistema acerca dos fenômenos emergentes. Uma relação balanceada não depende outransfere energia, ao passo que uma relação de reforço transfere ou despende energia.
	Observa-se no ciclo superior a natureza de reforço que se traduz em um ciclo virtuoso que aumenta a população a partir dos nascimentos. Os nascimentos reforçam a população e, consequentemente, ao longo do tempo, ocorrerão mais nascimentos e mais população.
	No ciclo inferior, observa-se a natureza de balanceamento, causada pela ocorrência de óbitos: quanto mais população, mais óbitos e consequentemente menos população. o padrão das mudanças ocorridas em um ciclo influencia o outro ciclo, mas, não totalmente, o que define que as partes não podem ser vistas e estudadas sem a compreensão e aceitação do todo em que figuram e que existem mudanças, provocadas pelas interações ao longo do tempo, conferindo-lhes diferentes estados. 
	Dessa maneira, o estado de um sistema dinâmico no instante T é determinado pelo seu estado em T0 e as entradas em T>=T0. Essas entradas são compostas por um número mínimo de variáveis, denominadas variáveis de estado, que são responsáveis pelas mudanças no sistema. 
	Ser variável é uma característica de inúmeros eventos, fenômenos, pessoas ou processos. À variação é atribuída uma escala, que é definida obedecendo às necessidades específicas de análise e que pode ser expressa por números (quantitativas) ou outro elemento semântico (qualitativas), sendo essas segundas normalmente associadas a outros conceitos que auxiliam a determinar seu valor (peso relativo, idade relativa, etc.). 
	Assim, um estado específico em determinado instante, fixa, no mínimo os estados futuros desse fenômeno. Tais estados podem ser expressos por equações diferenciais (uma expressão que relaciona s variações de quantidades (x) em diferentes instantes no tempo (t).
	Qualquer instante T0 representa toda a informação passada e futura de uma variável componente desse fenômeno, ou, o estado da variável em T0 determina todos os estados futuros e representa todos os estados passados.
	Subsistemas instáveis = atraso de tempo entre ação e reação nas relações desses complexos = incapacidade de previsão de toda a dinâmica.
Imprevisibilidade do comportamento dos sistemas: incerteza e risco
	Princípio da Incerteza por Heisenberg: o atacante coloca força no seu chute e tenta calcular a trajetória que a bola cumprirá, em tempo suficiente para vencer o esforço do goleiro. Se ele pudesse calcular com precisão a velocidade e a posição da bola durante a trajetória, saberia, antes do desfecho da jogada, se a bola chegaria ao ponto no momento planejado. Entretanto, haveria, entre outras, mais uma dificuldade: calcular a velocidade e a trajetória do goleiro, que se interpõe ao objetivo predeterminado pelo atacante.
	O fato é que inúmeras variáveis ocorrentes influenciam a trajetória da bola, como o vento, o terreno (imprevisibilidade à ação). O sistema responde a ação com reações que lhe conferem dinâmica, as trocas desequilibram os componentes.
	Lewin e Gell-Mann entendem que mesmo um sistema complexo pode gerar padrões esperados em situações específicas, advindos de aprendizado por interação com o ambiente -> Sistemas Complexos Adaptativos, pois se adaptam a padrões previsíveis quando expostos a determinadas condições do ambiente em determinado momento. (Ex: areia desliza topo-base por meio de vibrações). Homeostase: função de regular o ambiente interno do sistema para manter uma condição estável, mediante ajustes de equilibrio dinamico.
	Teoria do Caos(efeito borboleta): ideia de que uma pequena variação nas condições em um determinado ponto do sistema pode ter consequencias de proporções inimagináveis. Bater de asas da borboleta num determinado lugar poderia gerar uma movimentação de ar que, intensificada por motivos aleatórios (não previstos), desencadearia a alteração da atmosfera da Terra.
	Incerteza = ausência de probabilidade e Risco = probabilidade do evento ocorrer(Processo Ergódico = pêndulo - não aponta para baixo com velocidade zero, pois mesmo em estado inercial ele possui flutuações mínimas).
Região de contorno dos sistemas complexos
	
	Um sistema complexo não pode ser descrito sem suas partes, porém o entendimento de cada parte não garante o entendimento do sistema. O comportamento das partes não revela o comportamento do contexto, porém se o comportamento das partes for estudado no contexto em que se desenvolvem, é possível entender o todo.
4 - Classificação de Sistemas e Modelos
	Um sistema pode ser descrito como um conjunto de componentes que apresentam certas relações de causa e efeito, que buscam um objetivo comum.
	Sistema estático: é aquele cujas propriedades descritivas não variam no tempo, mas variam espacialmente.
	Sistema dinâmico: varia tanto no tempo quanto no espaço. Sistemas Humanos: comportamento presente depende do passado essa interdependência pode ser: dinâmica linear e não linear.
Linear: duas entradas leva o sistema a apresenta uma saída.
Não Linear: relações entre componentes são aleatórias e não previsíveis, comportamento ocasionado pelas retroalimentações que ocorrem enquanto o sistema avança no tempo, buscando equilibrio a partir de uma condição de desequilíbrio.
4.2 Estados dos sistemas dinâmicos
	Dinâmica contínua: evolução se dá pelo passar do tempo (tempo discretizado, dividido em amostras). Um sistema natural ou humano é contínuo, pois o tempo é contínuo, mas para que se possa interpretar é necessário imaginar a evolução do estado das variáveis entre dois instantes temporais.
	A cada momento T a variação no interesso do investidor faz com que ele deseje adquirir, vender ou nao participar da transação.
Ciclo de retroalimentação de reforço (+) onde a variável Transações de compra e venda evolui transferindo valor para a variável Preço da ação, provocando uma desestabilização, positiva ou negativa, dependente do estado de transações. Por sua vez, Preço da ação influencia novas Transações de compra e venda, desestabilizando-as positiva ou negativamente, dependendo do seu estado. O vínculo existente entre Interesse do investidor e Transações de compra e venda é de balanceamento (-) o que significa que o nível de transações obedecerá ao interesse do investidor. Isso significa que a cada momento t ocorrerá um reposicionamento do nível de transações e essa movimentação em um espaço de tempo contínuo geraria uma curva aleatória.
4.3. Modelos de análise
	Modelo = representação de algo real para reproduzir ou avaliar o objeto reproduzido. Um modelo contém condições de comparabilidade com o objetivo ou fenômeno real, que deve ser interpretada por um grupo de pessoas/indivíduo.
	A abordagem sistêmica define modelo com um conjunto de variáveis de entrada e saída cujo comportamento se assemelha ao comportamento do sistema real e sua interação com o universo.
	Modelos dirigidos pelo tempo: sistemas dinâmicos não linear, logo, retroalimentados. A mudança de estado está associada ao tempo discretizado, permitindo sua representação.
Um estado específico em determinado instate, fixa, no mínimo os estados futuros desse fenômeno.
	Sistemas dirigidos por eventos: caracterizados por apresentarem variáveis de estado discretas. Evento = acontecimento sem duração temporal que altera o estado do sistema. Ex: fila de atendimento bancário se estabelece com quatro condições:
		Chegada de clientes 
		Capacidade de clientes na fila 
		Serviço do atendente 
		Quantidade de atendentes 
A fila se movimenta (muda estado) pela chegada ou atendimento de um cliente. Esse evento está dissociado ao tempo, mas, o que provoca a mudança de estado no sistema é especificamente o evento. Supondo que o atendente deve dar preferência para uma filade aposentados e, na inexistência de clientes dessa natureza nessa fila possa atender aos clientes comuns de outra fila. Define-se dessa maneira, um conceito típico de sistemas dirigidos por eventos, que é a concorrência. 
	Outro conceito importante, presente em sistemas dirigidos por eventos, é o sincronismo.Partindo do mesmo exemplo de fila, supondo que um atendente necessita, para prestar o seu serviço, que os clientes sejam provenientes de outros atendentes anteriores, essa dependência prévia de outro processo denota o sincronismo.
	Determinístico: um conjunto de entrada, resultará em um conjunto de saídas. Podem ser modelos de causa e efeito, lineares e não lineares, discretos ou contínuos.

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