História da Psicologia

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EDNEI SOARES
História da Psicologia
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Comummente as pessoas têm um domínio pequeno do conhecimento produzido pela Psicologia científica. 
 
Esse conhecimento superficial permite às pessoas explicar ou compreender fenômenos ou problemas na vida cotidiana de um ponto de vista psicológico.
 
O senso comum é esse tipo de conhecimento que se acumula no nosso cotidiano. 
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O senso comum é produzido pelo hábito e transmitido pela tradição. Por isso ele passa de geração para geração.
 
O senso comum é acumulativo, intuitivo, espontâneo, feito de tentativas e erros. Sem esse conhecimento a nossa vida no dia-a-dia seria muito complicada.
Quando se faz ciência, também utilizamos a realidade cotidiana e também refletimos sobre ela. 
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Rubem Alves faz a seguinte citação: “A investigação científica não termina com os seus dados; ela se inicia com eles. O produto final da ciência é uma teoria ou hipótese de trabalho e não os assim chamados fatos” (G. H. Mead. The Philosophy of the Act. p. 93).
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Mas, quando se faz ciência, nós tomamos distância da realidade cotidiana. Nós nos afastamos da realidade cotidiana para refletir e conhecê-la além de suas aparências. 
 
Por isso a ciência abstrai a realidade para compreendê-la melhor, isto é, a ciência se afasta da realidade cotidiana e a transforma em objeto de investigação. 
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Segundo Rubem Alves, “Esta é a razão por que a ciência, desde os seus primórdios, tratou de inventar métodos para impedir que os desejos corrompessem o conhecimento objetivo da realidade”. (1981, p.29)
 
Isso permite a construção do conhecimento científico sobre o real.
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O conhecimento científico se tornou cada vez mais especializando até atingir o seu nível de sofisticação como em nossos dias.
 
A ciência se organiza através de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de estudo).
 
Ela organiza, categoriza e produz seus conhecimentos através de uma linguagem precisa e rigorosa. 
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A ciência produz seus conhecimentos por meio de métodos, ou seja, por um modo programado, sistematizado e controlado. Assim é possível uma verificação mais consistente da validade do conhecimento produzido. 
 
“A procura da maneira de evitar o erro faz surgir a principal característica do pensamento moderno: a questão do método”. (p.165).
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Filosoficamente, a filosofia se ampara no Racionalismo e no Empirismo.
O Racionalismo enfatiza a busca da verdade colocando em dúvida as afirmações do senso comum.
O Empirismo enfatiza o papel da experiência na produção do conhecimento.
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Por isso a ciência ambiciona ter objetividade. Suas conclusões devem ser acessíveis de modo que se possa verificá-las. Assim, o conhecimento científico se torna válido para todos.
Segundo Rubem Alves, o objetivo da ciência “é descobrir uma ordem invisível que transforme os fatos de enigma em conhecimento”. (1981, p.29).
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“Objeto específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento, objetividade fazem da ciência uma forma de conhecimento que supera em muito o conhecimento espontâneo do senso comum. Esse conjunto de características é o que permite que denominemos científico a um conjunto de conhecimentos”. (BOCK et al, 2001, p.25).