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Fichamento Metodologia da Pesquisa Ana Carolina

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS – FACULDADE DE DIREITO
METODOLOGIA DA PESQUISA
PROF. MÁRCIA BERTOLDI
FICHAMENTO
ANA CAROLINA PRESTES MARON / Pelotas, 2017
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo Civil Comentado. 3 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p.345-362, 2017.
OBJETO:
Citação no novo Código de Processo de Civil (Lei 13.105/2015).
OBJETIVO: 
Discutem a forma de realização da citação e as principais mudanças no novo código de processo civil quanto a esta, manuseando artigo por artigo como forma de explicação e didática.
PROBLEMA:
A mudança de perspectiva quanto a citação do réu.
As possibilidades de atitudes tomadas dada a citação.
Os efeitos produzidos pela citação.
HIPÓTESES:
Entende-se que a mudança concepção do novo Código de Processo Civil tem uma preferência de que o litígio seja resolvido por autocomposição das partes, visto que a vê como forma de trazer o réu ao processo, e não mais como: “ato que integra o réu ao processo a fim de se defender” (pag. 346)
Dessa forma, vir a fazer parte do processo tem base no direito de ter participar e influir efetivamente sobre o convencimento do juiz. 
A alternatividade de atitudes são: comparecer na audiência de conciliação/mediação; apresentar contestação e/ou reconvenção; alegar impedimento ou suspeição do juiz por petição específica; reconhecer o pedido total ou parcial, provocar a intervenção coacta de um terceiro; ou nada fazer, e assim será declarado revel. 
“A citação vália produz três efeitos típicos: mesmo que ordenada por juiz incompetente (material ou relativamente), induz litispendência, faz litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvadas as hipóteses em que o direito material dispõe de forma diversa (por exemplo, arts. 397 e 398, CC). Além desses, outros efeitos lhe seguem como a vedação à adição ou alteração do pedido e da causa de pedir sem o consentimento do réu (art. 329, I, CPC), a vedação à sucessão das partes, salvo nos casos permitidos em lei (art. 108, CPC) e a fixação do estado da lide, cuja mudança pode dar lugar à caracterização do ato atentatório à dignidade da jurisdição(artigo 77, VI, e 7° CPC)”. (p. 347/348)
Fonte Primária
Vade Mecum Saraiva / Obra Coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Livia Céspedes e Fabiana Dias da Rocha – 23. Ed. atual e ampl – São Paulo: Saraiva, artigos 7°, 9°, 10 e 11, 77, 108, 126, 131, 146, 329, 334, 335, 343, 344, 397, 398 487, III, a, do CPC, 2017
CONCEITOS:
Litispendência: marco a partir do qual pende a lide.
Litigiosidade da coisa: categoria que nasce com o processo e termina com ele e verifica-se sempre que se controverte em juízo a propósito de sua titularidade.
Constituição em Mora: considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Validade do processo: a citação é indispensável para a validade do processo e representa uma condição para concessão da tutela jurisdicionais, ressalvadas as hipóteses em que o processo é extinto sem afetação negativa da esfera jurídica do demandado.
Invalidade: a citação será invalida se, realizada em desacordo com as prescrições legais, não cumprir com a sua finalidade e causar prejuízo à parte. 
Inexistência: a inexistência de citação só pode ser suprida pelo comparecimento espontâneo do demandado
Comparecimento espontâneo: aquele que nele toma parte independentemente de citação.
Conclusões dos autores:
Na citação por oficial de Justiça tem de procurar, encontrar e citar o demandado. São deveres do oficial de justiça. O endereço apontado pelo demandante na petição inicial é meramente indicativo, podendo o oficial procurar o demandante em qualquer outro logradouro que tenha ciência. Suas atribuições estende-se por toda comarca ou subseção judiciária, alcançado ainda as comarcas e subseções contíguas, de fácil comunicação, e aquelas que se situam dentro da mesma região metropolitana (art. 255, CPC). O ato de citação consubstancia-se na leitura do mandado e na entrega da contrafé. Tem o Oficial posteriormente de certificar se o demandado recebeu ou recusou-se a receber a contrafé. Tem ainda de colher a nora de ciente do réu; havendo recusa desse, tem de certificar que o demandado não a apôs no mandado. Os atos do oficial de justiça tem fé pública, vinculada a sua existência ao atendimento das exigências de forma do artigo em comento (STJ, 4° Turma, REsp178.020/Sp, rel. Min. Aldir Passarinho Júnior, j.12.03.2002, Dj03.06.2002, p2009). É desnecessária, para existência, validade e eficácia do ato, a realização da diligência na presença de duas testemunhas. Nesse sentido, já se decidiu que “a ausência das testemunhas presentes ao ato, sem a indicação de outras circunstâncias que afastem a veracidade da certidão do oficial de justiça, não inquina de nulidade a citação nem desconstitui a presunção juris tantum que reveste a fé pública desses serventuários” (STJ,4°. Turma, REsp 345.658/AM, rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, j.19.02.2002, DJ15.02.2002, p.227). 
Considerações Pessoais:
Os autores mencionam a importância da citação, tendo em vista a mudança do novo código de processo civil que muda a visão, considerando-a como invocação do réu para tomar conhecimento da ação, e tentar resolvê-lo por meio de autocomposição, por meio da conciliação ou mediação. 
As possibilidades de reação do réu frente a citação no processo, são diversas, desde a aceitação da audiência de conciliação e mediação, até pelo pedido suspeição ou impedimento do juiz, entre tantas outras já comentadas. 
A litispendência, a litigiosa da coisa e constituir em mora o devedor são os principais efeitos da citação. Que quando efetuada por oficial de justiça deve ser certificada do recebimento ou não da contrafé. 
PALAVRAS-CHAVE:
Processo Civil; citação; efeitos da citação

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