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CLÍNICA MÉDICA
Nutrição, hidratação e eliminações
DOCENTE: AMANDA LUANA
 NUTRIÇÃO
Nutrição é o processo de fornecimento aos organismos animais e vegetais dos nutrientes necessários para a vida.
Além do modo natural de ingerir os alimentos (via oral), a nutrição também pode ser feita de modo enteral (o alimento é colocado diretamente no tubo digestivo) ou parenteral (o alimento é administrado diretamente na veia), em pacientes com necessidades nutricionais especiais.
São candidatos a terapia nutricional os pacientes que não podem ou não devem se alimentar ou que não ingerem quantidade adequada de nutrientes. Em geral estes doentes apresentam sinais evidentes de desnutrição ou estão ou ficarão sem ingestão oral por mais de cinco dias.
PAPEL DA ENFERMAGEM
	Pacientes hospitalizado estão mais sujeitos à desnutrição por isso ela deve ser prevenida e tratada, pois o estado nutricional prejudicado aumenta o risco de complicações e piora a evolução clínica dos pacientes. Por isso a equipe de enfermagem deve:
Ficar atendo a perda involuntária de peso
Pesquisar, ao realizar o exame físico, sinais indicativos de desnutrição e carência de nutrientes;
Observar os fatores de risco nutricional: padrão de ingestão de alimentos e nutrientes; fatores psicológicos e nutricionais; condições físicas e doenças; controles laboratoriais alterados e medicações;
Monitorar rigorosamente a ingestão alimentar uma vez identificado o paciente internado com risco nutricional;
Verificar com os médicos a real necessidade do jejum para exames ou procedimentos por dias consecutivos e a liberação da dieta logo que possível;
Orientar os acompanhantes sobre como e quando oferecer os alimentos. A enfermagem deve anotar a aceitação das dietas;
Solicitar avaliação nutricional do paciente e discutir os casos com a nutricionista responsável pela unidade de internação.
Nutrição : VIA ORAL 
Situação em que é visualizada a capacidade do cliente de se alimentar sem o auxílio de sondas. 
NUTRIÇÃO PARENTERAL
A NP é uma “solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril, apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas” (portaria nº 272/98 parágrafos 03 e 04).
 As indicações absolutas para nutrição parenteral são:
É classicamente indicada quando há contraindicação absoluta para o uso do trato gastrointestinal, mas é também utilizada como complemento para pacientes que não podem receber todo o aporte nutricional necessário pela via enteral.
Impossibilidade de absorver nutrientes pelo trato GI devido a ressecção intestinal maciça (> 70% delgado), síndrome do intestino curto por doença prévia e doença inflamatória intestinal ativa com necessidade de repouso intestinal por pelo menos 5-7 dias (enterite actínica, enterite isquêmica, doença de Crohn);
Fístula entero-cutânea com indicação de repouso por mais de 5-7 dias, com débito elevado (> 500 ml) e com fístula colo-cutânea necessitando repouso trato GI por mais de 5-7 dias;
Impossibilidade de acesso enteral por obstrução intestinal ou íleo prolongado.
Pré-operatório de cirurgias do trato GI, na impossibilidade de utilização de nutrição via oral ou enteral.
Acesso venoso periférico:
Verificar no rótulo da NP a osmolaridade da solução que deve ser menor que 800 Osm/l, caso contrário, a solução deverá ser administrada em via central;
Utilizar cateter venoso periférico de poliuretano ou teflon;
Puncionar uma veia calibrosa localizada no braço ou antebraço;
Trocar diariamente a fixação de gaze do cateter observando o local de inserção;
Trocar o cateter em caso de sinais de flebite e no mínimo a cada 72 horas;
O cateter deve ser exclusivo para a NP. Conectar o equipo diretamente no cateter. Dispositivos para conexão em Y (torneirinhas ou polifix) são inadequados.
Acesso venoso central:
O cateter deve ser usado exclusivamente para a infusão da NP, se cateter multilumen, designar o lúmen distal exclusivamente para a NP;
Realizar assepsia das conexões do catéter, com álcool a 70%, antes da manipulação;
Assistência de enfermagem ao paciente em NP: 
Orientar o paciente e sua família quanto à terapia mantendo-os informados sobre sua evolução;
Observar sinais e sintomas de complicações, anotar as intercorrências e comunicar ao médico responsável pelo paciente;
NUTRIÇÃO ENTERAL
A Nutrição Enteral (NE) é a ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou completar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. Comparada com a nutrição parenteral, a NE é mais econômica, mais fisiológica e está associada com taxas menores de complicações infecciosas e metabólicas.
As condições na qual a nutrição enteral é comumente empregada é a sepse, cirurgias de cabeça e pescoço, politrauma, desnutrição grave, queimaduras extensas, doença inflamatória intestinal, coma prolongado.
Cuidados de enfermagem na NE:
Lavar as mãos com água e sabão líquido para manipular a NE;
Utilizar luvas de procedimento para manipular a sonda;
Verificar a via de administração e formulação na prescrição médica;
O paciente acamado deverá ser mantido em decúbito elevado (Fowler 30-450) durante toda infusão da NE e 30 minutos após;
Administrar água para hidratação do paciente conforme prescrição médica, no intervalo entre os frascos de NE. O volume administrado deve ser anotado na folha de controles do paciente, em “Ganhos”;
Administração da NE:
Horários de administração
A aceitação do paciente deve ser observada e anotada pela equipe de enfermagem, o horário anotado e checado na prescrição.
Os horários de administração devem ser anotados na prescrição, pelo enfermeiro, da mesma forma que os horários de medicação.
O paciente e a família devem ser orientados quanto à terapia, seus riscos e benefícios. A equipe de enfermagem desenvolve um papel importante fornecendo suporte emocional direcionado a minimizar receios e apreensões, bem como favorecer a participação do paciente e da família.
Vias de Administração para Alimentação Enteral 
HIDRATAÇÃO 
A terapia de hidratação venosa tem como objetivo manter ou restaurar o volume e a composição normal dos líquidos corporais.
Tem três tipos de propostas terapêuticas, de acordo com a situação clínica do paciente:
1) A terapia de manutenção repõe as perdas fisiológicas normais;
2) A terapia de reposição repõe as perdas anormais e excessivas;
3) A terapia dos déficits é indicada para o tratamento do paciente hipovolêmico.
Líquidos de Manutenção
Os líquidos de manutenção repõem as perdas de água, sódio e potássio que ocorrem pela urina e fezes e a perda de água pela pele e pulmões. A sua composição consiste em solução com água, glicose, sódio, potássio e cloro.
Líquidos de Reposição
A reposição do fluido perdido é independente e simultânea ao líquido de manutenção. Esta estratégia visa conceder autonomia para alterar a solução de reposição conforme a evolução desta perda. O volume, a composição e a velocidade da perda devem ser observados, de forma a manter o equilíbrio hidreletrolítico.
Perdas Gastrointestinais
O trato gastrointestinal é fonte potencial de perdas consideráveis de água e eletrólitos e, deste modo, podem determinar desequilíbrios no volume intravascular e nas concentrações de eletrólitos.
As perdas excessivas devem ser repostas à medida que ocorrem, usando uma solução com o mesmo volume e aproximadamente a mesma concentração de eletrólitos. A composição eletrolítica da solução de reposição é sempre mais
bem determinada pela dosagem do conteúdo de eletrólitos.
Terapia de déficit
A terapia de reidratação venosa está indicada para pacientes desidratados que tenham contraindicação para terapia de reidratação oral (TRO). Estes casos são a minoria. Dentre as causas que indicam precisamente a THV: falha na TRO, vômitos incoercíveis, distensão abdominal, coma e desidratação grave.
Tipos de soro :
Soro Fisiológico (é uma solução salina, cloreto de sódio 0,9%, é destinado ao restabelecimento de fluído e eletrólitos, carência de sódio ou diluente)
Soro Ringer Simples (Indicado para reidratação e restabelecimento do equilíbrio hidroeletrolítico, quando há perda de líquidos e dos íons cloreto, sódio, potássio e cálcio)
Soro Ringer Lactado (Composta de cloreto de sódio, cloreto de cálcio, cloreto de potássio e lactato de sódio. Destinado a reidratação e restabelecimento do equilíbrio hidroeletrolítico, quando há perda de líquidos e de íons cloreto, sódio, potássio e cálcio)
Soro Glicosado (em casos de desidratação, reposição calórica, nas hipoglicemias e como veículo para diluição de medicamentos compatíveis)
Eliminações fisiológicas 
As eliminações realizadas pelo organismo (gás carbônico, urina, suor, fezes, entre outros) são processos naturais e rotineiros para o descarte do resíduo tóxico deixado pelo processo normal de metabolização das diversas substâncias ingeridas nos alimentos, aspiradas na respiração ou mesmo injetadas por aplicações diversas (como medicamentos, vacinas, complementos alimentares, adesivos medicinais, cremes para a pele, etc.).
Elas podem ser espontâneas, ou podem necessitar do auxilio de materiais em decorrência de alguma patologia, mobilidade prejudicada, pós-operatório ou inconsciência. Podendo acontecer também por meio de fraldas em pacientes acamados.
Eliminações por sonda vesical 
A Sondagem Vesical serve para o esvaziamento da bexiga proporcionando conforto imediato para pacientes com disfunção na eliminação da urina. 
A sondagem vesical pode ser usada para duas finalidades: a Sondagem Vesical de Alívio, utilizada para esvaziamento imediato da bexiga sem a permanência da sonda, que após o procedimento é retirada; e a Sondagem Vesical de Demora, que é instalada e deixada pelo tempo estipulado pela equipe médica conforme a abordagem terapêutica adotada.
Só deve ser utilizada quando houver indicação absoluta do seu uso:
- Pacientes que requerem acurado controle do débito urinário;
- Pacientes com problemas neurológicos, como lesões medulares ou bexiga neurogênica (quadro clínico que lesione ou interfira nos nervos que controlam a bexiga );
- Pacientes com manifestações crônicas de déficits cognitivos, incontinência ou deficiência física;
- Pacientes que necessitam de cirurgia de bexiga ou com obstrução urinária
Quando a cateterização se fizer desnecessária, o cateter deverá ser retirado o mais precocemente possível.
Observar e anotar o volume urinário, cor e o aspecto.
Realizar higiene perineal com água e sabão, e do meato uretral, pelo menos 2X ao dia.
 Não abrir o sistema de drenagem, para realizar coleta de exames.
Tipos de urina
Urina amarela escura - A cor natural da urina varia de amarelo bem claro até amarelo escuro; 
Urina roxa - Uma urina arroxeada pode ser causada por colonização do trato urinário por bactérias que alcalinizam a urina. Mais comuns em pacientes com cateter vesical prolongado;
Urina laranja - Um estado de desidratação, que provoca uma urina muito concentrada;
Urina verde. Eventualmente, a origem de uma urina esverdeada é uma infecção urinária;
Urina vermelha e rosa - em geral, é sinal de sangramento nas vias urinárias;
Urina azul - Normalmente a urina azulada é causada por medicamentos ou ingestão de corantes, como azul de metileno;
Urina preta - Uma urina preta pode ser causada por uma doença genética rara, ou que também contenha sangue.
Uma urina com excesso de espuma sugere a presença de proteínas, que é um sinal de doença renal. Uma urina “leitosa” pode significar a presença de pus. Uma urina com odor forte indica que a mesma está muito concentrada,  favorecendo a formação de cálculo renal.
Uma urina saudável tem cor amarelo clara, quase transparente, sem cheiro, com uma quantidade pequena de espuma e não causa dor ou desconforto ao urinar.
Evacuações
Espontânea – acontece naturalmente, em pacientes acamados geralmente acontece em fraldas. 
Enema: 
É o procedimento utilizado para auxiliar na remoção de fezes para pacientes que estão muitos dias sem evacuar, inclusive com uso de laxantes e também para lavagem intestinal em pacientes que irão realizar algum tipo de procedimento que necessite estar com o intestino limpo.
O Enema é preparado em um equipo com uma solução glicerinada morna, logo é introduzido um cateter no ânus “injetado” esta solução glicerinada. Se o paciente estiver acamado aconselha-se colocar fralda descartável para que o enema faça efeito com mais conforto para o paciente. Após algumas horas realiza-se a higiene perianal, sendo avaliada a efetividade do procedimento. Qualquer tipo de ocorrência deve ser informada ao médico e/ou equipe de saúde responsável.
 
Aspectos das fezes
Fezes Normais - Geralmente têm aspecto castanho-parda e pastoso homogêneo, possui odor característico. As fezes normais são sólidas e apresentam 75% de água na sua composição. A forma das vezes normais varia em sua consistencia, moldada pelo esfincter anal em cilindros, geralmente uniformes, com estreitamento terminal (provocado pelo espasmo do reto).
Fezes Esteatorreicas é a formação de fezes volumosas, acinzentadas ou claras, que geralmente são mal cheirosas, flutuam na água e têm aparência oleosa, ou são acompanhadas de gordura que flutua no vaso sanitário. Ocorre por aumento na quantidade de gordura nas fezes, geralmente definida acima de 6 gramas por dia, causada por má absorção 
Fezes Disentéricas Diarreia, sempre acompanhada de muco e sangue, após estágio inicial de diarreia aquosa. Se não for tratada, a disenteria pode ser fatal. A disenteria resulta de infecções virais, bacterianas, protozoárias ou parasíticas. Estes agentes patogénicos chegam ao intestino grosso após ingestão de comida ou água contaminada, ou contato oral com objetos contaminados. Cada agente patogénico tem o seu próprio mecanismo de patogenicidade, mas em geral a infecção provoca danos no revestimento intestinal, resultando em inflamação.
Fezes constipadas/obstipadas, duras e pequenas resultantes de obstipação intestinal, resultante dos seguintes fatores: Falta de ingestão de líquidos. Alimentação com pouca fibra e/ou baseada em lanches, massas e alimentos industrializados. Sedentarismo. Uso prolongado de laxantes. Uso de determinados medicamentos. Evitar evacuar quando sentir vontade. Stress, ansiedade, e depressão. Doenças especificas ou alterações anatômicas do cólon e reto
Melena se refere a fezes pastosas de cor escura e cheiro fétido, sinal de hemorragia digestiva alta. A cor escura se refere as modificações bioquímicas sofridas pelo sangue na luz intestinal colonizada por bactérias. 
Fecaloma, também chamado de fecalito, é um endurecimento das fezes em pedras de tamanho variado no interior do cólon, que podem aparecer quando há obstrução do trânsito intestinal, como ocorre no megacólon ou na constipação crônica. 
OBERSERVAR:
Coloração
Aspecto
Quantidade de vezes que o paciente evacua ao dia 
Se o paciente não é dependente:
Perguntar se esta evacuando
Quantas vezes ao dia
Se tem dificuldade
Qual a cor das fezes
 FIM! 
 BOM DIA!

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