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Processo Civil I - Matéria nº 4 (Andre Melo)

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DDIIRREEIITTOO PPRROOCCEESSSSUUAALL CCIIVVIILL IIVV –– 22001177//22ºº SSEEMM 
PPRROOFF.. EESSPP.. AANNDDRRÉÉ LLUUIISS CCAAMMAARRGGOO MMEELLLLOO 
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SUJEITOS DO PROCESSO 
 
 Para que o processo se desenvolva regularmente é necessária a conjugação da 
atividade de no mínimo três pessoas (um autor que pede, um réu que se defende e um juiz 
que julga). Cada uma dessas pessoas tem um papel que lhe é reservado pela Constituição e 
pela legislação no processo. Eventualmente, esse esquema mínimo de participação no 
processo é ampliado, nele se admitindo a participação de terceiros que demonstrem interesse 
jurídico na sua solução. Além do juiz, das partes e dos terceiros que eventualmente podem 
intervir no processo, dele participam também os auxiliares do juiz (escrivão ou diretor da 
secretaria, oficial de justiça, mediadores, conciliadores, assessores, peritos, intérpretes e 
tradutores, arts. 149 e ss.), cuja função central é a de coadjuvar o juiz na condução do 
processo civil a fim de que chegue a uma decisão justa em um prazo razoável (arts. 5º, 
LXXVIII, da CF, e 4º e 6º do NCPC). (MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. 
MITIDIERO, Daniel). 
 
 O CPC/2015 arrola como um dos seus princípios fundamentais a colaboração entre os 
participantes do processo (art. 6º), a ser observado por cada um dos participantes do 
processo no exercício deste complexo de direitos, poderes, faculdades, ônus e deveres ao 
longo do procedimento, o que no processo civil pode ser encarado como uma comunidade de 
trabalho cujo objetivo é o diálogo efetivo com vistas a uma decisão justa. 
 
 O processo não é encarado nem como coisa exclusivamente das partes, nem como 
coisa exclusivamente do juiz, mas sim uma coisa comum. 
 
DO JUIZ 
 
 O juiz no novo processo civil brasileiro é um juiz paritário no diálogo e assimétrico na 
decisão da causa. É um juiz que vela pelo contraditório e dele também participa. O juiz é 
coadjuvado na sua tarefa de conduzir o processo (art. 149) pelos auxiliares da justiça, com 
destaque aos conciliadores e mediadores (art. 165 e ss.). 
 
• Juiz natural é juiz imparcial e competente (arts. 108 e 125 da CF e art. 21 e ss. do 
CPC). 
• O juiz parcial na condução do processo pode ser afastado por motivos de impedimento 
ou suspeição (art. 144 e ss., CPC). 
• Desde que observado o contraditório e a ampla defesa, o juiz tem o dever de decidir 
conforme o direito (art. 140 e parágrafo único). 
• Princípio da vinculação do juiz ao pedido - art. 141, CPC. O magistrado decide em 
consonância e de acordo com os limites do pedido. 
• Possibilidade do magistrado obstar o uso do processo para fim ilícito. Art. 142, CPC. 
• Responsabilidade pessoal do magistrado – art. 143, CPC. 
• Extensão dos casos de impedimento e suspeição ao membro do MP, aos auxiliares da 
justiça e demais sujeitos imparciais do processo – art. 148, NCPC 
 
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DAS PARTES E DOS PROCURADORES 
 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 
 
 Assim como o reconhecimento da relação jurídica deduzida ( a cujo respeito discutem 
os litigantes) pressupõe a verificação de certos fatos, também o surgimento da relação jurídica 
processual, analogamente, depende da presença de determinados elementos, que 
condicionam, em termos globais, a existência. 
 
 Pressupostos processuais são todos os elementos de existência, os requisitos de 
validade e as condições de eficácia do procedimento, que é ato-complexo de formação 
sucessiva. (art. 485, IV, CPC). A doutrina tradicionalmente classifica os pressupostos 
processuais em pressupostos de existência e de validade do processo, 
 
1. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE EXISTÊNCIA DA RELAÇÃO JURÍDICA 
PROCESSUAL 
 
a) Investidura do destinatário: que se trate de órgão estatal investido de 
jurisdição (princípio do juiz constitucional ou natural). 
 
b) Propositura de uma demanda: proposta a demanda perante um órgão 
jurisdicional, a relação processual existe, independentemente de ser regular ou irregular, 
ou de estar a parte bem representada. 
 
2. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE VALIDADE OU VIABILIDADE DA RELAÇÃO 
JURÍDICA PROCESSUAL: 
 
a) Regularidade da demanda proposta: demanda corporificada em petição inicial 
apta a produzir os seus regulares efeitos, viabilizando a defesa e a prolação da 
sentença. 
 
b) Competência originária ou adquirida e imparcialidade do juiz: só não é 
atendido no caso de incompetência absoluta e o pressuposto de imparcialidade apenas 
não está presente no caso de impedimento (art. 144, NCPC). 
 
c) Plena capacidade do sujeito que a propõe 
 
✓ Capacidade de ser parte - exercício de direitos segundo a lei civil: 
(maioridade etc: arts. 3º e 4º, CC). Capacidade de direito. 
 
✓ Capacidade de estar em juízo: pessoa física ou jurídica. Art. 70 ss. NCPC). 
Capacidade de fato. 
 
✓ Capacidade de postulatória: direito de postular (ius postulandi). Direito de agir 
e de falar em nome das partes no processo. No sistema brasileiro, o ius postulandi é 
privilégio do Ministério Público e advogados públicos e privados. Segue-se que a 
 
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capacidade postulatória da parte se expressa e se exterioriza pela representação 
atribuída a advogado para agir e falar em seu nome no processo. A lei admite que a 
parte possa postular em juízo sem a necessidade de advogado se for advogado, 
nos juizados especiais (Ex. para as causas de até 20 salários mínimos - Lei n. 
9.099/95).; 
 
d) Personalidade Jurídica da pessoa que na demanda figura como 
demandado: Ex. morto ou Secretaria de Estado não possuem personalidade jurídica. 
 
e) Inexistência de fatos extintivos da relação jurídica processual ou 
pressupostos processuais negativos: impedem a eficácia e a validade da relação 
processual. São eles a perempção, a litispendência, a coisa julgada ou convenção 
de arbitragem. 
 
f) Respeito ao formalismo processual: os atos processuais devem ser 
praticados em consonância com os requisitos previstos em lei, sob pena de nulidade. 
 
Classificação proposta por Fredie Didier Júnior: 
 
1. Pressupostos de existência: 
 
a) Subjetivos: 
• Juiz: órgão investido de jurisdição. 
• Parte: capacidade de ser parte. 
 
b) Objetivos: existência de demanda. 
 
2. Pressupostos de validade: 
 
a) Subjetivos: 
• Juiz: competência e imparcialidade. 
• Partes: capacidade processual, capacidade postulatória e legitimidade ad causam. 
 
b) Objetivos: 
• Intrínsecos: respeito ao formalismo processual. 
• Extrínsecos: 
o Negativos: inexistência de perempção, a litispendência, a coisa julgada ou convenção de 
arbitragem. 
o Positivos: interesse de agir. 
 
DAS PARTES 
 
Será parte no processo aquele que demandar em seu nome (ou em nome de quem for 
a demanda) a atuação de um pedido e aquele outro contra quem esse deve ser atuado. 
Aquele que formula o pedido em juízo, aquele em cujo nome se formula e aquele em face de 
quem se pede a tutela jurisdicional. 
 
Atos processuais das partes: 
 
Postulatórios: aqueles mediante os quais a parte pleiteia dado provimento jurisdicional 
(petição inicial, contestação, recurso). 
 
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Dispositivos: aqueles através dos quais se abre mão, em prejuízo próprio, de 
determinada posição jurídica processual ativa, ou mesmo da própria tutelajurisdicional. 
Ex. desistência da demanda, renúncia à faculdade de recorrer etc. 
 
Instrutórios: destinados a instruir o juiz. Alegações (exposições, demonstrações de 
fatos) e atos probatórios (consistentes no oferecimento e produção de provas dos 
fatos). 
 
Reais: condutas materiais das partes no processo, pagando custas, comparecendo 
fisicamente às audiências, exibindo documentos, submetendo-se à exames, etc. 
 
Capacidade processual (ou capacidade para estar em juízo): todos que se encontram 
no exercício do direito possuem capacidade processual. Correlação entre capacidade nos 
planos material e processual (art. 3º a 5º, CC e 70, CPC). Porém, não basta a capacidade de 
ser parte (capacidade de direito) uma vez ser indispensável a capacidade processual 
(capacidade de estar em juízo formulando pedido ou oferecendo defesa), faz-se mister ter a 
parte capacidade de fato ou de exercício. 
 
✓ Pressuposto processual positivo de validade. 
 
✓ Legitimidade ad causam, ad processum e capacidade. 
 
✓ Representação (integração da capacidade) e Assistência (complementação da 
capacidade). Incapazes: arts. 71 e 72, I. 
 
✓ Pessoas jurídicas (CC, art. 45 e 985) e entes despersonalizados: art. 75, CPC. 
O § 4º do art. 75 do CPC inova ao permitir que os Estados e o Distrito Federal 
ajustem compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores 
em favor de outro ente federado. Contudo, a regra pressupõe lei específica de cada 
ente federado e dos correspondentes atos administrativos. 
 
✓ Nascituro: arts. 2º, 130, 542, CC. 
 
✓ Tutelados e curatelados: necessidade de autorização judicial para a prática de 
atos processuais (CC, 1.748, III e 1.774). 
 
✓ Ausência de capacidade processual: cognoscível ex officio ou em contestação 
(CPC, art. 485, IV e § 3º; art. 337, IX) ou a requerimento das partes. Suspensão do 
processo: prática de atos urgentes. 
 
o Consequências: incisos I, II e III do § 1º do art. 76. Ressalva quanto ao incapaz. 
 
o Exclusão do terceiro: incisos III do § 1º do art. 76. 
 
o Ausência de mandato: art. 104, CPC. 
 
 
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DO CURADOR ESPECIAL 
 
✓ Função: reequilibrar o processo no qual uma das partes encontra-se em posição 
desvantajosa (princípio da isonomia). Também denominada “curatela especial”. 
 
✓ Incapazes: art. 72, I. Absoluta e relativamente incapaz (representante legal e 
assistente). 
 
✓ Réu preso. Regime fechado ou semi-aberto. Contratação de advogado para 
defesa técnica. 
 
✓ Réu revel citado por edital ou por hora certa. 
 
✓ Defesa. Prazo impróprio. Processo de conhecimento: Possibilidade de negação 
geral (art. 341, parágrafo único, CPC). Processo de Execução (Súmula 196 do 
STJ): embargos somente no caso de existência de elementos de defesa. 
Possibilidade de opor exceções rituais, requerer provas e denunciar a lide. 
 
✓ Exercício da função de curador especial. Função institucional da defensoria 
pública (LC 80/94, art. 4º, XVI; art. 185/187 do CPC). Na falta da DP, será 
exercida pela PGE e entidades a ela conveniadas. Falta de nomeação de 
curador: nulidade do processo se dela advier algum prejuízo. Dever específico 
de defender os interesses da parte em determinado processo. Necessária 
intervenção do MP (CPC, 178, I); 
 
 
CAPACIDADE PROCESSUAL DOS CÔNJUGES 
 
✓ Homem e mulher: capacidade plena. Limitação: art. 73 - consentimento para propor 
demandas que versem sobre direitos reais imobiliários (art. 1.225, CC). Outorga uxória 
e autorização marital. 
 
✓ Exceção: quando o regime de casamento for da separação absoluta de bens (art. 
1.647, II, CC; art. 73, parte final e § 1º, I) na data do ajuizamento da ação. 
 
✓ Bens pertencentes a um dos cônjuges e Comuns (art. 1.314, CC). 
 
✓ Polo passivo: art. 73, § 1º - Litisconsórcio passivo necessário. 
 
✓ União estável (§ 3º do art. 73). 
 
✓ Suprimento judicial do consentimento: art. 74, caput. Recusa injustificada (CC, arts. 
1.647, I e II, 1648, 1565, § único). Processo de Jurisdição Contenciosa. 
 
✓ Desaparecimento ou incapacidade. Processo de jurisdição voluntária (art. 1.103 e ss.). 
 
 
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✓ Falta de consentimento: art. 74, § único. Falta de pressuposto processual de validade 
do processo. Nulidade arguível a qualquer tempo podendo ser reconhecida de ofício. 
Vício sanável. 
 
Direito Pessoal: estabelece vínculo entre pessoas determinadas, conferindo ao titular o poder de exigir certo 
comportamento de outrem, que assumiu a obrigação de dar, fazer ou não fazer. 
 
Direito Real: aquele cujo objeto está diretamente vinculado ao titular, que tem o poder de exigi-lo de quem quer que 
seja. 
 
DOS PROCURADORES 
 
✓ Capacidade postulatória: MP e advogados públicos e privados (art. 103, CPC). 
 
✓ Possibilidade de postulação sem advogado: Juizados Especiais (art. 9º, § 1º, da Lei 
9.099/95 e art. 10 da Lei 10.259/2001). 
 
✓ Falta de capacidade postulatória: inexistência do ato processual. 
 
✓ Instrumento de Mandato (Procuração): Para o foro geral (ad juditia). Específica: público 
ou particular (art. 105). 
 
✓ Desnecessidade de reconhecimento de firma (CC, art. 1.289, § 2º). 
 
✓ Falta procuração: prática de atos urgentes (art. 104). Sanção: § 2º. 
 
✓ Postulação em causa própria: art. 106. 
 
✓ Prerrogativas e deveres dos advogados (art. 107) – não excluem as constantes da Lei 
8.906/94. 
 
✓ Amplitude da exigência de endereço. 
 
 
DA SUCESSÃO PROCESSUAL 
 
DAS PARTES 
 
✓ Modificação de um dos polos da demanda: um dos litigantes sai do processo e outro 
entra em seu lugar. 
 
✓ Não se confunde com substituição processual (art. 18). Trata-se de sucessão 
processual. 
 
✓ Possibilidade: casos expressos em lei (art. 108). Estabilidade processual. 
 
✓ Sucessão por ato inter vivos: Alienação da coisa ou do objeto litigioso: art. 109. 
 
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o Alienação: pressupõe que já tenha havido citação. 
o Não alteração da legitimidade entre as partes originárias. 
o Legitimação extraordinária: substituto processual. 
o Efeitos da sentença: art. 109, § 3º. 
o Assistência: art. 109, § 2º. 
o Alienação ineficaz perante o adversário. Fraude à execução (art. 792, § 1º). 
 
✓ Sucessão causa mortis e sucessão processual: 
 
o Coincidência nos planos material e processual. 
 
o Falecimento de parte no curso do processo (art. 110). 
 
o Por analogia aplica-se às pessoas jurídicas. 
 
o Ações patrimoniais: sucessão pelo espólio. Findo este, pelos herdeiros. 
 
o Ações com cunho não patrimoniais: sucessão pelos herdeiros. Ex. Investigação de 
Paternidade. 
 
o Ações personalíssimas: extinção do processo sem julgamento de mérito. 
 
o Dúvida acerca dos sucessores: procedimento de habilitação (art. 687). 
 
DOS PROCURADORES 
 
✓ Revogação: art. 111. 
 
✓ Renúncia: art. 112. 
 
✓ Substabelecimento. 
 
 
DOS DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES 
 
✓ Garantia do contraditório e boa-fé processual (art. 5º, 6º e 77). 
 
✓ Todos que participam do processo: o MP, Advogados públicos e privados, todos os 
intervenientes, os auxiliares da Justiça de todo gênero, as testemunhas etc. 
 
✓ Dano processual (art. 79). 
 
✓ Ato atentatório ao exercício da jurisdição – contempt of Court. Multa revertida em prolda União ou do Estado (art. 77, § 1º e seguintes). 
 
 
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✓ Litigância de má-fé das partes (art. 80). Rol taxativo. Condenação de ofício ou a 
requerimento da parte. Necessidade de motivação da decisão, explicando o juiz as 
razões porque considera um dos tipos legais. Se não resulta prejuízo: multa. Se resulta 
prejuízo: multa mais devida reparação (art. 81, § 2º). Litisconsortes: responsabilidade 
individual e proporcional. Responsabilidade solidária. 
 
o Processo de execução: atos atentatórios à dignidade da justiça (art. 774). 
 
o Multa revertida em prol da parte contrária. 
 
o Possibilidade de cumulação de sanções. 
 
✓ Vedação do emprego de expressões injuriosas (art. 78). 
 
 
DOS DEVERES DAS PARTES QUANTO ÀS DESPESAS E MULTAS 
 
✓ Ônus econômico (art. 82). Processo conhecimento e execução. 
 
✓ Antecipação de pagamento pelos atos que demandem despesas. 
 
✓ Despesas: compreende todos os gastos necessários ao desenvolvimento da relação 
processual, incluindo custas, salários de perito e assistente técnico. 
 
✓ Justiça gratuita (art. 98). 
 
✓ Atos de ofício do Juiz, de ambas partes ou do MP quando atua como fiscal da ordem 
jurídica - caberá ao autor o pagamento. 
 
✓ Ônus de sucumbência (art. 82, § 2º; art. 85). Sucumbência recíproca (art. 86). 
 
✓ Jurisdição voluntária: rateio de despesas entre os interessados (art. 88). 
 
✓ Regras punitivas: art. 93. 
 
✓ Honorários advocatícios: pertencem ao advogado: art. 85. 
 
✓ Critérios de fixação: art. 85 e seguintes. 
 
✓ Caução (art. 83).

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