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Disciplina: Direito Ambiental AULA 8– SISNAMA E LICENCIAMENTO Prof. Me. João Paulo Rocha de Miranda Professor Assistente I do Curso de Direito do ICHS/CUA /UFMT Advogado (UFMT) e Zootecnista (UFSM) Mestre em Direito Agroambiental (UFMT) Especialista em Sociedade e Desenvolvimento Regional (UFMT) Especialista em Direito Ambiental e desenvolvimento Sustentável (FESPMP-MT/UNIC) Membro da Comissão Nacional de Meio Ambiente do CFMVZ Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Animais Selvagens do CRMV-MT CONTATOS: E-mail: professormiranda@ufmt.br Blog: http://professormiranda.blogspot.com/ 1 2 SISNAMA Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado: I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; SISNAMA [...] II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; [...] III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente (MMA); IV - órgão executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, ICMBio e SFB, com a finalidade de executar e fazer executar, como órgão federal, a política e diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; [...] V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental; VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições. (Lei 6938/81 – Dispõem sobre a política nacional de meio ambiente) PRINCIPAIS FUNÇÕES SISNAMA: Implementar a Política Nacional do Meio Ambiente; Estabelecer um conjunto articulado de órgãos, entidades, regras e práticas responsáveis pela proteção e pela melhoria da qualidade ambiental; e Garantir a descentralização da gestão ambiental, através do compartilhamento entre os entes federados (União, Estados e Municípios). “PODER DE POLICIA AMBIENTAL” É UM PODER-DEVER (art. 225 CF/88); COMPETÊNCIAS COMUNS ADMINISTRATIVAS (ART. 23 CF/88); TRÊS ESFERAS GOVERNAMENTAIS EXPRESSAS EM NORMAS DE LEI FORMAL (PARLAMENTAR) “PODER DE POLICIA AMBIENTAL” PODER POLÍCIA = execução das respectivas normas legais mediante fiscalização, lavra de multas e outras medidas de controle. CONCEITO TRADICIONAL : art. 78 CTN é definição relativa em matéria ambiental. Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (CTN) CONCEITO DE PODER DE POLICIA Nessa sentido, poder de policia ambiental é a atividade da Administração Pública que limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato em razão de interesse público concernente à saúde da população, à conservação dos ecossistemas, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício da atividade econômica ou de outras atividades dependentes de concessão, autorização/permissão ou licença do Poder Público de cujas atividades possam decorrer poluição ou agressão à natureza. (Paulo Afonso Leme Machado) CONCEITO DE PODER DE POLICIA 12 LICENCIAMENTO AMBIENTAL Conceito É um procedimento administrativo voltado para a compatibilização do desenvolvimento de atividades econômicas necessárias ao homem e a conservação do meio ambiente, cujo objetivo primordial é a promoção do bem-estar social. Princípio da Prevenção Natureza Jurídica: Instrumento preventivo QUANDO É NECESSÁRIO? Art. 10 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis. (Lei 6938/81) ETAPAS DO LICENCIAMENTO ETAPAS DO LICENCIAMENTO Licença Prévia (LP): Concedida na fase preliminar do planejamento de atividade, contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo; ETAPAS DO LICENCIAMENTO Licença de Instalação (LI): autoriza o início da implantação, de acordo com as especificações constantes do Projeto Executivo aprovado; ETAPAS DO LICENCIAMENTO Licença de Operação (LO): autoriza o início da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição, de acordo com o previsto nas Licenças Prévia e de Instalação. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; CONCEITO O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um importante instrumento de orientação e fundamentação da decisão administrativa que licencia um empreendimento, sendo que seus resultados são resumidos no chamado Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). DIPLOMAS NORMATIVOS EIA/RIMA RESOLUÇÃO 01/86 CONAMA: Art. 2° - Limita a grandes projetos e atividades públicas e privadas. (exemplificativo) RESOLUÇÃO 237/97 CONAMA: O art. 1º, III, introduziu outros tipos de Avaliação de Impacto ambiental, os chamados Estudos Ambientais, que são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental; plano e projeto de controle ambiental; relatório ambiental preliminar; diagnóstico ambiental; plano de manejo; plano de recuperação de área degradada; análise preliminar de risco. AUDIÊNCIA PÚBLICA FINALIDADE: Serve para que o público interessado tome conhecimento do conteúdo do EIA/RIMA, formulando sugestões e críticas. CONVOCAÇÃO: Ela pode ser marcada de ofício, a requerimento do MP ou por convocação de, no mínimo, 50 cidadãos (Res. 09/87 do CONAMA). BOA TARDE! 24