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Fisioterapia Aplicada a Pediatria/Quebra de Padroes.pdf 06/11/2012 1 Aula Prática Manuseios Fisioterapia Aplicada a Pediatria Manuseio Correto 06/11/2012 2 Manuseio Incorreto Manuseio Correto 06/11/2012 3 Manuseio Correto Manuseio Correto 06/11/2012 4 Manuseio Incorreto Manuseio Correto Manuseio Incorreto 06/11/2012 5 Manuseio Correto Manuseio Incorreto Manuseio Correto 06/11/2012 6 Manuseio Incorreto Manuseio Correto Manuseios Corretos 06/11/2012 7 Manuseios Corretos Manuseios Corretos Manuseios Corretos 06/11/2012 8 Manuseio Correto Carregar Incorreto Carregar Correto 06/11/2012 9 Carregar Incorreto Carregar Correto Carregar Incorreto – Criança pesada Carregar Correto – Criança pesada 06/11/2012 10 Carregar Correto Carregar Incorreto – Tônus baixo Carregar Correto – Tônus baixo Carregar Correto 06/11/2012 11 Carregador de bebês Wilkinet Disposição do quarto - ???? Comprometimento do lado Esquerdo Comprometimento do lado Esquerdo Disposição do quarto - ???? Disposição do quarto - ???? Comprometimento do lado Esquerdo 06/11/2012 12 Dormir – Crianças Espásticas Dormir – Crianças Hipotônicas Dormir –Crianças Com Espasticidade Severa Fisioterapia Aplicada a Pediatria/Manuseios.pdf 06/11/2012 1 Fisioterapia Aplicada em Pediatria Postura e Movimento Normal O movimento normal requer sempre uma postura inicial adequada e este movimento ocorre numa seqüência determinada com pequenas variações. Postura e movimento primitivo É definido como aquele que pertence a estágios muito precoces do desenvolvimento normal de crianças que vão do nascimento aos 3 ou 4 meses de idade. Postura e movimento anormal ou patológico O movimento anormal pode ser definido como aquele não visto em nenhum estágio do desenvolvimento de um bebê normal. Posicionamento das mãos Não existem pontos-chave específicos Movimentos constantes das mãos: feedback desorganizado (a criança tem que sentir, saber para onde vão as mãos) Pressão De moderada a profunda Deve ser previsível Propriocepção Tomada de peso e transferência Velocidade do movimento Lento: inibitório/calmante Veloz: excitatório Ritmo do movimento Movimentos previsíveis repetitivos promovem organização Corpo do terapeuta Coordenação com movimentos da criança Ajustes posturais 06/11/2012 2 É o processo em que as mãos e o corpo do terapeuta promovem alinhamento e direção do movimento do paciente. São técnicas usadas para ajudar o paciente a se mover com menor esforço possível. Ela requer do terapeuta, um bom conhecimento de movimento normal e do desenvolvimento sensório-motor normal. O aprendizado ocorre através da sensação – receptores na pele e grandes articulações. Controle cervical Extensão de tronco Rolamento em bloco Rolamento dissociado Sentar (long sitting, side sitting) Arrasta 4 apoios Engatinha Ajoelhado Semi- ajoelhado De pé Marcha Lateral Marcha para frente São pontos através dos quais se podem influenciar o tônus e a postura do corpo ou segmento corporal Através deles realizamos os manuseios para ajudar a criança a conseguir movimentos normais. Pontos-chaves Cabeça, pescoço e a coluna Cinturas escapular e pélvica Cabeça Extensão (facilita a extensão do corpo) Flexão (inibe espasticidade extensora e facilita o controle da cabeça) Lateralização (em casos de hemiplegia, facilita a extensão do lado acometido) Membros superiores Rotação Interna (inibe extensão e facilita flexão) Rotação Externa (inibe flexão e facilita extensão) Abdução horizontal (inibe espasticidade extensora dos flexores do pescoço e músculos peitorais) Elevação combinada (inibe espasticidade flexora) Extensão em diagonal (inibe espasticidade flexora e facilita abdução horizontal) Abdução do polegar com antebraço em supinação (inibe a pronação e flexão do punho e mão) Dissociação de cinturas (facilita o rolamento) Membros inferiores Flexão do quadril (facilita abdução, rotação lateral e DF) Rotação lateral com extensão (facilita abdução e DF) DF dos 3º e 4º dedos (inibe espasticidade em extensão) 06/11/2012 3 Quando a criança está sob nossas mãos, devemos ter a sensibilidade para percebermos as variadas mudanças de tônus muscular sob nossas mãos. Devemos usar nossas mãos efetivamente e economicamente. Além dos pontos-chaves, a ênfase é na simetria. Bebê normal: O controle da cabeça é a base para todos os movimentos e atividades. Qualquer que seja o movimento, a posição da cabeça é ajustada, mantendo-a firme na linha média do corpo. Bebê com alteração: O controle da cabeça está atrasado e inadequado. Os padrões anormais do corpo provêm da cabeça, do pescoço e da coluna. Bebê com alteração: Em razão da presença de tônus postural anormal, seus movimentos são iniciados de uma postura assimétrica, instável, que perturba o alinhamento da cabeça, do pescoço e do tronco, resultando em distribuição do peso irregular. Reações posturais automáticas, tais como equilíbrio, podem ser ausentes, retardadas ou exageradas. Objetivo: cessar qualquer atividade indesejada e estabelecer tônus postural mais normal, facilitar reações posturais mais normais e movimentos voluntários guiados, levando à participação ativa da própria criança. O manuseio de uma criança nesses “pontos- chaves” será baseado na avaliação do tônus postural, padrões posturais e de movimento e habilidades funcionais em relação à idade. Hipertonia Inibir as reações anormais a partir dos “pontos- chaves”, ajudando a criança a ajustar as mudanças na postura. Facilitar os padrões de movimento mais normais e reações posturais automáticas. Hipotonia Estabilizaremos os pontos-chaves, dando à criança um ponto de estabilidade (fixação), permitindo que ela mantenha sua postura contra a gravidade e organize, gradue e melhore a qualidade de seus movimentos Conhecer as razões das dificuldades da criança p/ mover-se e como elas variam Verificar como seus padrões de postura e de mov. Anormais afetam todo o corpo e quais técnicas de manuseios podem minimizar ou mudar essas reações Ser sensível às mudanças no tônus Permitir à criança que pratique qualquer habilidade nova adquirida Lembrar-se de que habilidades físicas, de comunicação e intelectuais não podem ser consideradas isoladamente. 06/11/2012 4 Neuromotor • Tratar dinamicamente a criança como um todo • Usar grandes amplitudes de movimento e aumentar a mobilidade geral • Trabalhar com estabilidade para o controle gradual nas tomadas de peso. • Guiar o movimento inicial para reduzir o esforço inicial • Ajudar a criança a ter controle sobre seus movimentos • Utilizar a rotação de tronco para reduzir o tônus Estrutura/alinhamento/ amplitude • Trabalhar para simetria • Atividades para alongar e fortalecer músculos Tônus muscular • Usar o manuseio para inibir ou diminuir o tônus e simultaneamente facilitar o controle ativo • Usar técnicas de propriocepção com balanceio, vibração e tração para reduzir tônus Sensorial • Dar oportunidade à criança para fazer transições de movimento dentro de seu ambiente Neuromotor • Tratar a criança como um todo • Trabalhar atividades de jogos funcionais para desenvolver controle em rotação • Ênfase em melhorar controle de tronco para desenvolver reações posturais e aumentar a dissociação das diferentes partes do corpo • Acentuar as tomadas de peso lateral e diagonal e componentes de movimento nas transições funcionais Tônus muscular • Mesmo das quadriplegias Neuromotor • Tratar a criança como um todo: propriocepção e tátil, compressão, pressão profunda, aproximação articular • Ensinar a criança a se manter na linha média e graduar os movimentos fora dela, primeiramente em planos sem rotação e depois introduzindo rotação • Use fixações distais, apoiando numa mesa, segurando um objeto, etc, para ajudar na sustentação da atividade muscular • Usar posturas altas: sentada ou em pé. Tônus Muscular • Compressão , pressão profunda e manuseio firme • Dar estímulo proprioceptivo e tátil para ajudar o bebê a manter a atividade muscular e estabilidade postural Biomecânica/ Muscular/ Esqueleto • Desenvolver controle na linha média • Acrescentar a rotação depois de obter o controle na linha média • Melhorar o alinhamento biomecânico • Estabilidade da cintura escapular e pélvica 06/11/2012 5 Sensorial • Graduar o input sensorial e observar os resultados • Não mudar mãos constantemente, manter uma pressão firme e profunda • Movimento inicialmente deverá ser fora dos seus padrões conhecidos de movimento. Neuromotor • Tratar a criança como um todo • Melhorar habilidades na linha média • Trabalhar para controle do lado mais envolvido. Ênfase para melhorar base de apoio e descarga de peso • Trabalhar com atividades de tomada de peso com o corpo sobre os membros para melhorar controle proximal e função distal. • Há risco de desenvolver escoliose secundária aos movimentos assimétricos Sensorial • Trabalhar estímulos proprioceptivos e táteis variados O tratamento precisa ser realizado com bastante suporte emocional, para ajudar a criança a perder o medo de se movimentar. Saber esperar a criança responder ao input recebido, se adaptar e dar resposta Ajudar a criança a desenvolver sequência de movimento através da repetição Fazer atividades para aumentar a consciência corporal Input de sustentação ajuda a criança a sentir a base de suporte e reduz a flutuação corporal. Pressão profunda ajuda a criança a definir a propriocepção corporal Sustentar a compressão articular, através de tomada de peso na base de apoio Trabalhar em superfícies móveis,ajuda a ampliar as reações de balanço Movimentos em grandes arcos de movimento Fisioterapia Aplicada a Pediatria/Shantala.pdf 1 Shantala FOTOGRAFOU E PEDIU QUE O ENSINASSE PRÁTICA COMUM NO PAÍS MULHER MASSAGEANDO SEU FILHO VIAGEM À íNDIA Fréderick Leboier SHANTALA Aspectos Importantes • Serve de estímulo • Observar o horário da alimentação • Ritmo lento: deslizamento, bracelete • Duração: em média 20 minutos • É evitada qdo: febre, resfriado, disenteria, infecções, doenças de pele que impeçam o toque, nas crises, com frio, fome ou dormindo Preparativos • Produto emoliente – Infantil e dermatologicamente testado – Não deve ser aplicado no rosto e nas mãos • Toalha para apoiar o bebê • Fralda para remover o excesso de óleo • Bebê despido • Quarto aquecido • Silêncio ou música suave • Posição confortável • Aquecer as mãos Benefícios • Protege contra infecções, reduzindo a qdade de cortisol • Ajuda na absorção alimentar • Elimina e evita a formação de gases • Desenvolve a coordenação motora • Elimina tensões • Facilita o sono tranqüilo 2 Técnica • Tocando o rosto (3 passos) – estimula a musculatura, preparando o bebê para expressar melhor seus sentimentos. – O rosto é uma das áreas mais sensíveis do bebê, por isso o toque tem que ser especialmente suave. • Relaxando o peito (2 passos) – ajudam a eliminar a tensão na caixa torácica e a ampliar a respiração. • Trabalhando braços/mãos e pernas/pés (3 passos) – fortalece os músculos e articulações – ativa a circulação e o SNC, preparando o bebê para engatinhar e andar 3 • Ativando a barriga (3 passos) – facilitam o funcionamento dos intestinos e a eliminação dos gases, trazendo alívio para as cólicas. – A direção da massagem é sempre do peito para baixo – nos movimentos circulares, o sentido é horário, acompanhando o caminho das fezes e gases no intestino • Tocando as costas (3 passos) – A massagem nas costas e na coluna traz equilíbrio, eixo e sentido de harmonia para o bebê. – Vire o bebê de costas (sobre suas pernas ou sobre o colchão à sua frente) posicionando o corpinho dele perpendicularmente ao seu tronco e com a cabeça virada para o seu lado esquerdo. • Exercícios Finais (3 passos) – Esses exercícios completam o relaxamento e podem ser feitos no final, antes ou independente da massagem. – São importantes para aliviar a tensão nas articulações. Banho Fisioterapia Aplicada a Pediatria/Desenvolvimento Motor.pdf 06/11/2012 1 DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR Fisioterapia Aplicada a Pediatria Neonato - 0 a 10 dias • Flexão Fisiológica em supino e prono • Prono Flexão do quadril transferência de peso para frente sobre a face do bebê virada para a E ou D esimulação proprioceptiva Capaz de levantar a cabeça (extensão contra gravidade) e virar lado oposto (rotação) A elevação da cabeça desenvolvimento da extensão contra gravidade A transferência de peso alonga flexores antes da flexão contra gravidade Neonato - 0 a 10 dias • Supino Demonstra flexão fisiológica das extremidades Ausência do controle da flexão do pescoço não mantém a cabeça na linha média – rodada p/ o lado mão a boca Puxado para sentado a cabeça cai para trás • Sentado Ausência de controle de tronco (cifose) Às vezes consegue levantar a cabeça / desaba • De pé Marcha automática Primeiro mês • Posição dorsal (supino) Postura em flexão, cabeça fora da linha média, não possue flexão de cabeça contra a gravidade Primeiro mês anormal Primeiro mês • Posição ventral (prono) Levanta a cabeça e roda (reflexos e espasticidade) 06/11/2012 2 Primeiro mês anormal Primeiro mês • Puxado para sentar Cotovelos em flexão, cabeça cai Braços em flexão Cabeça pende para trás Vertical – cabeça cai p/ diante e oscila de uma lado p/ outro Primeiro mês anormal Primeiro mês • De pé Se mantém erguida por alguns segundos Depois cai, fletindo os joelhos Primeiro mês anormal Primeiro mês Tônus muscular Predomínio do tônus flexor Resistência clara contra a extensão As extremidades voltam, quando se larga Reações posturais Escassa capacidade de colocar a cabeça no espaço Reações de equilíbrio Ausentes – horizontal e vertical Simetria Deficiente – cabeça voltada para um lado predileto Reflexos e Reações Todos os reflexos e reações são fáceis de se produzirem nesta idade RTCA 06/11/2012 3 Primeiro mês anormal Primeiro mês • Motricidade fina Objetos que se movem na linha visual são percebidos e fixados – pouco tempo Olhos acompanham junto com a cabeça Reage efeitos luminosos ou acústicos com enrugamento da testa, choro, reação de Moro, atividade Segundo mês Posição dorsal Predomínio da flexão, porém já mostra sinais de extensão / bebê mais estendido Esperneia alternadamente Cabeça para o lado – predileto Braços formam um ângulo junto ao corpo e às vezes são levantados (não chegam na linha média) Segundo mês anormal Segundo mês Posição ventral Predomínio do tônus flexor, porém já mostra sinais de extensão Quadril + estendido que no primeiro mês Cabeça levanta-se por curtos intervalos, ainda oscilando cabeça não se mantém na linha média durante a extensão Ombros retraídos Segundo mês anormal 06/11/2012 4 Segundo mês Puxado para sentar Cabeça começa a acompanhar (tenta ajudar c/ cabeça, mas não consegue Vertical – cabeça cai e oscila Tronco ainda instável Segundo mês anormal Segundo mês • De pé Ergue-se por alguns segundos mais estável Flete os joelhos suavemente • Tônus Muscular Tônus flexor diminuiu Já não existe grande resistência Extremidade estendida quando largada volta à posição inicial Segundo mês anormal Segundo mês • Reações Posturais Cabeça coloca-se no espaço, ainda oscilante DV a cabeça é elevada pelo RPL • Reações de Equilíbrio Mais estável em DD e DV • Simetria Começa a ganhar simetria Pode ser visto assimetria – dominância cerebral, tônus postural, padrões tônicos posturais Segundo mês Reflexos e Reações Têm menor intensidade RTCA RTL RTCS Motricidade Fina Objetos que se movem são percebidos e fixados na linha visual Olhar alcança linha média Preensão Mãos predominantemente fechadas Frequente: mão inteira ou polegar na boca Reflexo de preensão palmar 06/11/2012 5 Segundo mês anormal Terceiro mês Posição dorsal Caracterizado pelo começo da simetria e maior ganho de extensão Vira-se para os lados Atitudes assimétricas – influência do RTCA Mãos trazidas à linha média Brinca com as mãos Segura um chocalho e tenta trazé-lo à boca Não o larga – Reflexo de preensão palmar Terceiro mês anormal Terceiro mês • Posição Ventral Ganho de simetria Cabeça ergue até 45º Extensão da cabeça é acompanhada pela extensão do tronco superior (puppy baixo) Terceiro mês anormal Terceiro mês Sentado Já colabora p/ a mudança postural Controle da cabeça ainda instável cabeça já não cai descontrolada Pernas já vão para frente – joelhos fletidos Se inclinar a criança p/ o lado cabeça já se coloca de novo no espaço Posição ereta Maior estabilidade de tronco 06/11/2012 6 Terceiro mês anormal Terceiro mês • De pé Se apóia por curto tempo, porém mais estável Pernas mostram contração Melhor controle de cabeça • Tônus muscular Tônus flexor já não predomina Padrão Extensor Ao exame passivo tônus normal ou flácido extremidades passivamente estendidas já não se voltam Terceiro mês NORMAL ANORMAL Terceiro mês • Reações Posturais Cabeça já se coloca bastante bem em todas as posições • Reações de Equilíbrio Torna-se mais estável em todas as posições Posição dorsal Posição ventral Posição ereta Na perda de equilíbrio tentativa de adaptação, com resultado não satisfatório Terceiro mês • Simetria Ganho notável de simetria • Refexos e Reações Nitidez RTCA RTL RTCS Preensão plantar Diminuição Preensão palmar Terceiro mês Motricidade fina Percebem-se objetos na linha média e mesmo além dela para ambos os lados Acompanha objeto a mais de 180º Movimentos simultâneos e coordenados dos olhos e cabeça Polegar é colocado na boca Preensão Segura o chocalho descoordenadamente Ainda há muita preensão palmar O chocalho é agarrado e movido Chocalho é largado sem intenção Observa e repete movimentos Trazer mãos na linha média 06/11/2012 7 3 meses – Indicação de possíveis distúrbios • Forte assimetria • Inabilidade de assumir e manter a cabeça na linha média (observar torcicolo) • Incapacidade de trazer as mãos na linha média • Pobre controle visual (podem desencadear mal desenvolvimento do controle de cabeça) • Dificuldade de suporte de peso nos antebraços Quarto mês • Posição dorsal Posição simétrica Capaz de virar para os dois lados Escassas influências do RTCA Traz mãos à linha média Maior coordenação: mãos, cabeça e corpo Brinca c/ as mãos Capaz de segurar objetos Traz o objeto à boca Larga o objeto casualmente Quarto mês NORMAL ANORMAL Quarto mês • Posição ventral Cabeça é erguida a quase 90º Extensão do tronco e quadril já progrediu Movimentos de rastejamento Boa capacidade de extensão Quarto mês anormal Quarto mês • Puxada para sentar Colabora com bom controle da cabeça Cabeça mantém-se na linha média ao tronco Sentada tronco ainda instável Inclinar para o lado cabeça no espaço 06/11/2012 8 Quarto mês anormal Quarto mês • De pé Estende as pernas Controle de cabeça estável Inclinação p/ o lado: cabeça coloca-se no espaço Quarto mês anormal Quinto mês • Posição dorsal Vira de um lado p/ outro atinge o DV Pés agarrados e levados à boca Cabeça é erguida Objetos são levados à boca Tronco alinhado com a cabeça Movimentos mais coordenados Quinto mês Posição ventral Posição simétrica Cabeça ergue-se bem até 90º Bom apoio de antebraço (puppy alto) Deslocamento de peso para libertar um braço e estendê-lo para diante Cabeça gira D e E Olhos fixam objetos Quinto mês • Puxado para sentado Boa colaboração bom controle de cabeça Gira p/ D e E 06/11/2012 9 Quinto mês • Sentar Pequena estabilidade do tronco (braços para frente para apoiar-se) Dorso curvado Boa colocação da cabeça no espaço Quinto mês • De pé Estende as pernas contra a base Maior flexibilidade no joelho Começa a balançar Quinto mês • Tônus muscular Normal Já possue capacidade de regular o tônus p/ determinadas atividades motoras • Reações posturais Cabeça coloca-se bem no espaço Reação de Landau Disposição para o salto Quinto mês • Reações de equilíbrio Mais estável em DD e DV Sentada há instabilidade do tronco Bom apoio com sustentação de peso Braços ainda não podem ser trazidos p/ diante de forma suficientemente boa Quinto mês • Motricidade fina Pega objetos com as 2 mãos Brinquedo é levado de uma mão p/ a outra Brinca com seus artelhos, apalpa seu corpo e leva os pés na boca Procura pegar objetos que estão fora do seu alcance Resista a retirada de brinquedos Brinca de esconder Come sozinha um biscoito que lhe dá na mão Sexto mês • Posição dorsal Estende os braços p/ diante e arqueia a cabeça Pode fazer uma ponte Tronco na linha média Movimentos coordenados DD: não é preferido 06/11/2012 10 Sexto mês Posição Ventral Cabeça eleva-se muito bem Tronco estendido Bom apoio sobre os antebraços (puppy alto) Deslocamento do peso p/ um braço a fim de pegar um objeto Sexto mês • Puxado para sentar Boa colaboração Quer ficar na posição ortostática Difícil da posição sentada, fazê- la voltar ao DD Bom controle de cabeça Sexto mês • Sentar-se Controle moderado de tronco Reação de proteção para a frente Pode-se tirar as mãos por curto período Dorso curvo Apoio p/ o lado insuficiente Sexto mês • Levantar p/ pôr-se em pé Boa simetria da postura ao ser puxada p/ cima Ainda não se mantém em pé independentemente Joelhos não estão firmemente estendidos Criança oscila Bom controle de cabeça Tronco estendido Inclinação mov. compensatórios Cabeça coloca-se no espaço Sexto mês • Tônus muscular Normal Manutenção da atitude torna-se mais estável • Reações Posturais Boa colocação da cabeça no espaço Reação postural da cabeça sobre o corpo Reação postural do corpo sobre a cabeça Perde o equilíbrio: recupera Sexto mês • Reações de equilíbrio Bom nos DD e DV Deficiente: posição ortostática Sentada: ainda há instabilidade do tronco Reação de proteção p/ frente • Preensão Predileção por uma das mãos 06/11/2012 11 Sexto mês • Motricidade fina Transferem brinquedos de uma mão p/ outra Ainda levam objetos à boca Segue c/ os olhos objetos que caem Apanha objetos com as 2 mãos Pega objetos c/ dedos em pinça Come biscoitos, brinca de esconder e resiste à tomada de brinquedos Sétimo mês • Posição dorsal Já não fica nesta posição Pode estender os dois braços, erguendo a cabeça Se alguém a pega: ela se ergue quase sozinha Sétimo mês • Posição ventral Cabeça é bem levantada Vira ao redor do seu eixo Estende um braço a fim de pegar um objeto Sétimo mês • Sentar-se Tornou-se estável Bom equilíbrio p/ frente Inclinada p/ o lado: braços e mãos estendem-se, sem que haja uma rotação muito boa Dorso é curvado, com possibilidade de extensão Pernas em abdução, fletidas Sétimo mês • Rolar, rastejar, engatinhar Posição quadrúpede ainda instável – Arrasta Pode ser vista muita extensão Pernas embaixo do abdômen Sétimo mês • Levantar segurando pelas axilas Tenta equilibrar Oscila p/ cima e p/ baixo 06/11/2012 12 Sétimo mês • Tônus muscular Normal Manutenção da atitude: + estável • Reações posturais Perda do equilíbrio: boas reações posturais Sétimo mês Simetria Lentamente desenvolve –se uma mão dominante Motricidade fina Agarra objetos Objetos agarrados com a palma da mão Ainda existe preensão em garra Apanhar objetos c/ as 2 mãos Identifica 2 objetos diferentes Objetos são passados de uma mão p/ outra Objetos + finos são apanhados c/ o polegar e indicador 8 meses • Posição dorsal Não permanece nesta posição 8 meses anormal 8 meses • Posição ventral Passa para posição de engatinhar Vira-se em círculo em torno do próprio eixo Passa de DV p/ sentado, virando-se de lado Ainda arrasta com freqüência 8 meses anormal 06/11/2012 13 8 meses • Sentar Reação de proteção p/ frente e para os lados Dorso reto Vira-se em torno do seu próprio eixo Todos os movimentos já se mostram coordenados 8 meses anormal 8 meses anormal 8 meses • Engatinhar Coloca-se na posição Engatinha, com rotação ainda deficiente Adora se mover nesta posição 8 meses • Posição de pé Fica em pé somente c/ alguém segurando-a Qdo apoiada, caminha c/ passos vacilantes Qdo largada: senta-se e tenta erguer-se novamente 8 meses • Tônus muscular Normal - fisiológico Não demora a alcançar a estabilidade para ficar de pé • Reações Posturais Boas reações posturais na perda do equilíbrio 06/11/2012 14 8 meses Simetria Predileção clara por uma das mãos Trabalha c/ as 2 mãos Motricidade fina Pega c/ uma mão em 2 cubos Pega em todos os brinquedos que estão a sua volta Bate c/ as mãos Qdo estimulada, faz tchau Larga propositalmente objetos e já os pega c/ o polegar e indicador Tenta descobrir o que acontece qdo desloca ou joga p/ baixo alguma coisa 9 meses • Posição dorsal e ventral Quase não assume estas posturas Vira para a lateral e senta-se Às vezes: ventral 4 apoios vira de lado sentada 9 meses • Sentar-se Reage ao desequilíbrio com contramovimentos do corpo Apoia-se para frente e para os lados Boa rotação de tronco Gira em torno do eixo Desliza p/ frente 9 meses • Levantar-se p/ ficar em pé Levanta-se segurando em objetos Fica em pé c/ bastante estabilidade Dá os primeiros passos com apoio Prefere o engatinhar: rapidez de locomoção 9 meses • Engatinhar Pode locomover-se com rapidez Necessidade de cuidados especiais 9 meses • Tônus muscular Normal Articulações móveis e preparadas p/ a posição ereta • Reações posturais Boa posição da cabeça no espaço Bom esquema corporal Perde o equilíbrio, coloca-se no espaço (instável) 06/11/2012 15 9 meses • Motricidade fina Pode atirar o brinquedo Realiza a “preensão em pinça” Bate palmas Interesse por estímulos mais finos (tique-taque do relógio, o ruído telefônico) Indica figuras c/ o dedo Tenta segurar uma xícara c/ as 2 mãos • Posição dorsal e ventral Utiliza estas posturas p/ dormir Passa p/ sentada Passa p/ 4 apoios 10 meses Levantar-se p/ sentar Atinge esta postura mesmo sem ajuda 10 meses • Sentar-se Realiza sozinha, com bom equilíbrio Apoia-se para frente, para os lados e para trás Boa rotação 10 meses • Levantar-se p/ ficar em pé Ergue-se segurando em objetos ou até mesmo sozinha Segurada: fica em pé com bastante estabilidade Anda ao longo de objetos 10 meses • Engatinhar Rapidez e boa rotação Passa de sentada e em pé para a posição de 4 apoios 10 meses • Reações posturais Boas • Reações de equilíbrio Ainda não há na posição em pé Boas reações qdo se perde o equilíbrio 06/11/2012 16 10 meses • Motricidade fina Já alcança um brinquedo mais distante Atira um brinquedo p/ baixo e espera que o adulto o levante p/ recomeçar a brincadeira Tira os objetos de uma caixa e torna a colocá-los Brinca c/ o telefone Bebe c/ xícara e pega-a qdo lhe é apresentada 12 meses • Posições dorsal e ventral Mantidas durante o sono • Levantar-se p/ sentar-se Levanta-se sem ajuda Faz meia-volta p/ sentar • Sentar-se Bom equilíbrio Apoio para todos os lados 12 meses Levantar-se para ficar em pé Pode ficar em pé sem que a segurem Às vezes passa pela posição de urso Pode mover-se p/ diante (poucos passos) Andam ao longo dos móveis (rapidez) Passa p/ a posição de engatinhar (maior facilidade) Posição de Urso 12 meses • Engatinhar Rotação e equilíbrio Preferência por esta locomoção Desta postura sentar em pé 12 meses • Ficar em pé e andar Fica em pé livremente (sem equilíbrio) Às vezes, dá alguns passos inseguros 06/11/2012 17 12 meses • Reações de equilíbrio DD DV Bons Sentada Engatinhamento Em pé Insegurança Boas reações qdo se perde o equilíbrio Bom apoio 12 meses • Motricidade fina Tira e guarda brinquedos em uma caixa Pega brinquedos que estão longe Acha brinquedos escondidos Pega uma moeda em “preensão em pinça” Décimo quinto mês • Posição Dorsal e Ventral Já não gosta de permanecer nestas Vira para os 2 lados Passa para sentado (inclinando-se p/ o lado) e para 4 apoios Décimo quinto mês • Sentar-se Bom equilíbrio Atitudes simétricas Apoia-se para todos os lados Permanece na posição por longos períodos Quadril fletido Dorso estendido Boa rotação sobre seu eixo Décimo quinto mês • Engatinhar Já não é o recurso mais usado para locomover Porém pode ainda ser utilizado Movimentos bem coordenados Décimo quinto mês • Posição em pé Fica em pé independente Passa para outras posições Desloca seu peso Adapta-se bem a modificação da sua posição no espaço 06/11/2012 18 Décimo quinto mês • Marcha Pode caminhar livremente, porém com equilíbrio ainda deficitário Seguram um objeto na mão (ou nas 2 mãos) Estendem os braços p/ agarrar alguma coisa Às vezes, ainda caminham com pernas abertas e em RI Décimo quinto mês • Tônus muscular Normal • Reações posturais Boa em todas as posições • Reações de equilíbrio Deitada, sentada e em pé: bom Caminhar: ainda instável Décimo quinto mês • Motricidade fina Aproxima-se dos objetos e os pega (caminhar) Come sozinho com a colher, mas derruba o alimento Despe algumas peças de vestuário Rabisca quando lhe dão o lápis Constrói torre com 2 cubos Põe brinquedos na caixa e tira-os Bom desenvolvimento da preensão em pinça Bebe na xícara Décimo oitavo mês Equilíbrio bastante adequado em todas as posições DD: vira-se para os 2 lados e p/ DV Fica na posição de 4 apoios e volta a sentar Bom controle de cabeça e tronco Boa rotação Sentada: boa flexão de quadril De pé: boa extensão de quadril Marcha: pé-plano-valgo (fisiológico) Pernas em RI devido a rotação deficiente do quadril Décimo oitavo mês • Boa motilidade das articulações • Caminhar: pode segurar um objeto em cada mão • Pode ficar na posição de cócoras e erguer do chão um objeto • Pode caminhar para trás e jogar futebol • Em pé, atira uma bola com firmeza • Consegue subir escada com ajuda • Quando caminha, consegue frear bem Décimo oitavo mês • Reações de equilíbrio Bastante estável em todas as posições Deficiente posição em pé no salto sob uma perna na marcha Está sempre se colocando em situações que promovem adaptação 06/11/2012 19 Décimo oitavo mês Motricidade fina Agarra objetos e transporta-os Imita trabalhos domésticos Come sozinha c/ a colher, mas ainda a segura em pronação Despe peças de roupas Bebe sozinha da xícara Rabisca Constróis torre com 4 cubos Põe brinquedos na caixa e torna a tirá-los Organiza objetos em ordem Desembrulha Atira objetos para longe Usa o indicador isoladamente Brinca concentrada e fantasiosamente 2 anos • Sobe nos móveis • Puxa brinquedos de rodas por uma corda • Sobe e desce escadas apoiando-se, 2 pés por degrau • Marcha: base mais estreita, braços em posição de proteção média ou baixa • Anda, corre e pára sozinho • Evita obstáculos enquanto corre ou anda • Arremessa bola sem boa pontaria e c/ esforço excessivo 2 anos Quando solicitada a pegar uma bola, os braços se abrem Caminha em direção à uma bola para tentar chutar Inicia o andar na ponta dos pés Inicia o saltar com os dois pés juntos Inicia o pedalar triciclo De pé: tenta manter num pé só Joga bola para os outros Alterna os pés ao subir e descer escadas 2 anos • Inicia a marcha calcanhar-dedos • Salta com os pés juntos • Agarra bola com ambos os braços • Caminha lateralmente • Caminha para trás • Vira folhas uma a uma • Compreende instruções simples • É capaz de vestir roupas simples 3 anos Corre com bom equilíbrio Sobe e desce escada facilmente Caminha sobre uma linha reta Arremessa bola com boa direção Pedala triciclo sem dificuldade Agarra bola com a mão em concha Caminha sobre um círculo Caminha em linhas curvas Fica de pé sobre uma perna Caminha com dissociação de cinturas 4 anos • Salta para frente • Salta para os lados • Salta para trás • Caminha sobre uma plataforma • Salta em um pé só com dificuldade • Agarra bola pequena com as mãos separadas 06/11/2012 20 5 anos Pula corda Salta agilmente Salta em um pé só Agarra bola grande e pequena corretamente Chuta bola com direção determinada Pula obstáculos com facilidade Pula de uma altura de 30 cm e cai na ponta dos pés Arremessa bola (avançado) Salta em um pé só, alternadamente, de olhos fechados Fisioterapia Aplicada a Pediatria/Bobath.pdf 06/11/2012 1 Método Bobath Fisioterapia Aplicada a Pediatria Definição do Conceito Bobath • É uma técnica de reabilitação neuromuscular que utiliza os reflexos e os estímulos sensitivos para inibir ou provocar uma resposta motora. • Propõe levar o paciente à experiência sensório-motora normal dos movimentos de base, solicitando uma resposta ativa do paciente para que o mesmo possa aprender a sensação do movimento. Definição do Conceito Bobath • Ensina ao paciente: – A sensação do movimento tornando-o independente – Reações automáticas de proteção – Reações automáticas de endireitamento – Reações automáticas de equilíbrio • Inibe padrões anormais para que normais se estabeleçam O termo Tratamento Neuroevolutivo (NDT) pode ser usado como sinônimo de Conceito Bobath História do Método • Karel Bobath Neurologista • Berta Bobath Fisioterapeuta Anos 70: desenvolveram uma filosofia inovadora direcionada a reduzir a espasticidade • Berta Bobath: trabalhava com crianças com lesões neurológicas desenvolvendo protocolos e técnicas • Karel Bobath: estudava a literatura para estabelecer bases teóricas dos resultados de sua esposa História do Método • Iniciaram um trabalho, tendo como base o controle motor e os modelos de neurociências disponíveis na época • Propulseram: Alterações musculares reflexos posturais Tratamento precoce Conceito de Vida Conceito Bobath • O conceito Neuroevolutivo Bobath é uma abordagem terapêutica de solução de problemas para a avaliação e tratamento de indivíduos com distúrbios de função, do movimento e tônus muscular causados por uma lesão do S.N.C.. • O tratamento é caracterizado por procurar soluções para aspectos motores, que interferem na execução de uma atividade. Para isso há a necessidade da participação ativa do indivíduo. 06/11/2012 2 Afirmações Teóricas Chaves • Organização do Comportamento Motor Comportamento motor humano Indivíduo Meio ambiente Tarefas a serem executadas • Focalizar mais o objetivo principal do que os componentes de movimento usados para realizar a tarefa. – Exemplo: Marcha • O aprendizado e a adaptação das habilidades motoras envolvem um processo associado à prática e experiência. Afirmações Teóricas Chaves • Disfunção do movimento Indivíduos com problemas de controle motor resultantes de patologia do S.N.C. diferentes mudanças na estrutura e função corporal, podendo limitar a habilidade funcional. A inabilidade da função e a adoção de estratégias de adaptação incorretas ou comportamento impróprios Mudanças secundárias Diminuição da função Afirmações Teóricas Chaves • Intervenção Inicia com a avaliação da performance funcional do indivíduo O envolvimento ativo do indivíduo é essencial para determinar suas necessidades e expectativas. Ao assistir o indivíduo a readquirir suas habilidades motoras funcionais, os terapeutas que seguem o Conceito Bobath focalizam os componentes de movimento para realizar a tarefa e a atividade funcional em si, de maneira a atingir seus objetivos. Objetivos do Conceito Bobath • Edificar reações posturais normais e tônus postural normal para manter a posição ereta contra a gravidade e permitir o controle dos movimentos. • Opor-se ao desenvolvimento de reações posturais erradas e de tônus postural anormal. • Dar à criança o sentimento de manipulação e jogo e ajustar os padrões funcionais de que ela precisa para alimentar-se, lavar-se, vestir-se, etc, a fim de tornar-se independente. • Impedir contraturas e deformidades Conceito Bobath Espasticidade alta o suficiente para: Não tão alta que: Suportar o peso Mover contra a gravidade Impeça o movimento Indicações do Método • Variar posturas • Aumentar o controle sobre determinadas posturas • Simetria do corpo • Alongamento • Propriocepção • Aumentar ou diminuir tônus muscular • Estimular reação de proteção e equilíbrio • Estimular extensão/flexão de cabeça, tronco e quadril • Suporte de peso para as mãos • Trabalhar as rotações do tronco • Trabalhar transferências de peso adequada • Trabalhar a dissociação de cintura pélvica e escapular, facilitando a marcha 06/11/2012 3 Tratamento • Anamnese Controle motor do indivíduo Qualidade do tônus muscular Funcionalidade de seus músculos • Tratamento baseia-se no conhecimento do movimento normal e a anatomia humana, utilizando todos os recursos possíveis para facilitar os movimentos e as posturas corretas que venham a aumentar a qualidade da função Tratamento Caso o terapeuta tenha um conhecimento bem formado de quais padrões de movimento deveriam ser facilitados Novos padrões anormais se formariam Sra Bobath, percebeu: Se os padrões anormais de movimento não fossem interrompidos Era possível atingir um padrão normal Tratamento • O paciente é deslocado e mantido por pontos precisos de modo a reagir ativamente como se deseja. • É um método ativo e requer participação ativa do paciente Só o movimento ativo proporcionará sensações essenciais para a aprendizagem dos movimentos voluntários. • O terapeuta deve usar um manuseio específico e graduá-lo de acordo com a resposta do paciente, tendo como objetivo sua independência. Fisioterapia Aplicada a Pediatria/(Artigo) Avaliaçao Respiratoria do Neonato.pdf AAAAAvaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediato Evaluación de la función respiratória del recien-nacido en el periodo neonatal inmediato Assessment of the newborn respiratory function in the immediate neonatal period Amélia FAmélia FAmélia FAmélia FAmélia Fumikumikumikumikumiko Kimurao Kimurao Kimurao Kimurao KimuraIIIII, Ana Paula Moracci Y, Ana Paula Moracci Y, Ana Paula Moracci Y, Ana Paula Moracci Y, Ana Paula Moracci YoshitakoshitakoshitakoshitakoshitakeeeeeIIIIIIIIII, Mariana Bueno, Mariana Bueno, Mariana Bueno, Mariana Bueno, Mariana BuenoIIIII, Maria Aparecida de Jesus Belli, Maria Aparecida de Jesus Belli, Maria Aparecida de Jesus Belli, Maria Aparecida de Jesus Belli, Maria Aparecida de Jesus BelliIIIIIIIIIIIIIII RESUMORESUMORESUMORESUMORESUMO O objetivo do estudo foi Identificar os fatores preditivos e os sinais de taquipnéia transitória neonatal valorizados por enfermeiras de unidade neonatal e alojamento conjunto ao avaliar a função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediato. Estudo transversal realizado em duas instituições hospitalares públicas da cidade de São Paulo. Participaram do estudo 28 enfermeiras que responderam um questionário estruturado relacionado às práticas de avaliar a função respiratória do neonato. As enfermeiras consideram relevantes conhecer a evolução do trabalho de parto, parto e o Apgar ao avaliar a função respiratória do neonato. Com relação aos sinais clínicos valorizam o monitoramento da freqüência respiratória, ausculta pulmonar, avaliação do nível de desconforto respiratório utilizando o Índice de Silverman- Andersen, além desses, as enfermeiras de unidade neonatal valorizaram o monitoramento da saturação de oxigênio. DescritoresDescritoresDescritoresDescritoresDescritores: Enfermagem neonatal; Exame físico; Medição de risco. ABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACT The aim of the study was to identify the predictive factors and the signals of transient tachypnea of the newborn valued by the nurses who work at neonatal ward and rooming-in when they assess the newborn respiratory function during the immediate neonatal period in the first six hours after birth. A cross sectional study carried out at two public hospitals of São Paulo city. The sample consisted of 28 nurses who replied a structured questionnaire about the newborn respiratory function assessment practices. Data showed they valuated to know the evaluation of labor, delivery and Apgar score when they evaluate the newborn respiratory function. About the signals of respiratory distress they valued to evaluate the respiratory rate and auscultation, evaluation of the respiratory distress using the Silverman-Andersen Index besides, the neonatal nurses valued to evaluate de oxygen saturation. Descriptors:Descriptors:Descriptors:Descriptors:Descriptors: Neonatal nursing; Physical examination; Risk assessment. RESUMENRESUMENRESUMENRESUMENRESUMEN El objectivo del estudio fue identificar los factores predictivos y los señales de tachypea transitoria del niño valorado por las enfermeras de unidad neonatal y alojamiento conjunto al evaluar la función respiratoria del recién-nascido en el período de neonatal inmediato. Estudio transversal conducido en dos hospitales públicos de la ciudad de São Paulo. Participaran del estúdio 28 enfermeras que responderan un cuestionario estructurado sobre la práctica de evaluar la función respiratorio del niño. Las enfermeras consideran relevante conocer la evolución del trabajo del parto, parto y el escore de Apgar del recién-nacido. Con relación a los señales clinicos, las enfermeras valoraram el monitoramiento de la frecuencia respiratoria, ausculta pulmonar y evaluación de disfunción respiratoria utilizando el Index de Silverman- Andersen. Las enfermeras neonatales también valoraram el monitoramiento de la saturación de oxígeno. Descriptores:Descriptores:Descriptores:Descriptores:Descriptores: Enfermería neonatal; Exame fisico; Medición de riesgo. Submissão: Submissão: Submissão: Submissão: Submissão: 07/08/2008 AprAprAprAprAprovação:ovação:ovação:ovação:ovação: 19/11/2009 PESQUISAPESQUISAPESQUISAPESQUISAPESQUISA Revista Brasileira de Enfermagem REBEn 850850850850850 Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 20099999 nov-deznov-deznov-deznov-deznov-dez; 6; 6; 6; 6; 622222(((((66666): ): ): ): ): 850-5850-5850-5850-5850-5..... IUniversidade de São Paulo. Escola de Enfermagem. Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica. São Paulo, SP IIHospital Municipal Márcia Braido. São Caetano do Sul, SP IIIUniversidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Curso de Obstétrica. São Paulo, SP CorCorCorCorCorrespondência:respondência:respondência:respondência:respondência: Amélia Fumiko Kimura. Escola de Enfermagem da USP – Depto ENP - Av. Dr Enéas Carvalho de Aguiar, 419. Cerqueira César. CEP: 05403-000. São Paulo, SP. AAAAAvaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediato 851851851851851RevRevRevRevRev Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 20099999 nov-dez;nov-dez;nov-dez;nov-dez;nov-dez; 6 6 6 6 622222(((((66666): ): ): ): ): 850-5850-5850-5850-5850-5..... INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO As primeiras 24 horas de vida do recém-nascido (RN) são marcadas por uma série de modificações e adaptações de diversos órgãos e sistemas, necessários para uma adequada transição da vida intra-uterina para a extra-uterina. Na maioria dos neonatos considerados saudáveis ou de baixo risco, tais modificações e adaptações, principalmente dos sistemas respiratório e cardiovas- cular, ocorrem sem intercorrências. No entanto, a taquipnéia transitória neonatal (TTN) é uma dificuldade adaptativa comum em neonatos de termo nas primeiras horas de vida. Trata-se de um distúrbio benigno que acomete de 1% a 2% dos RN vivos(1,2). Caracteriza-se por desconforto respiratório precoce com taquipnéia, gemido expiratório, leve retração subcostal e intercostal, dilatação nasal ou batimento de asa de nariz e cianose(1-3). Embora seja caracterizada como um evento benigno, a TTN prolonga o período de internação do RN e está associada ao desenvolvimento de asma durante a infância(3,4), o que acentua a importância da prevenção, detecção precoce e tratamento adequado. Atualmente, dois modelos de atendimento ao RN são adotados pelas maternidades públicas no Brasil, a primeira é a internação do neonato em unidade neonatal no qual mãe e filho permanecem separados e se encontram apenas nos períodos das mamadas e o outro, denominado Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), no qual ambos permanecem juntos durante o período de internação na maternidade. Em ambos os modelos, os neonatos devem ser monitorados em suas condições clínicas, cabendo à equipe de enfermagem esta atribuição. Um número crescente de hospitais e maternidades do Brasil vem adotando a IHAC hegemonicamente quando se trata de RN a termo que nascem em boas condições clínicas, uma vez que este modelo foi instituído pelo Ministério da Saúde do Brasil em 1992, visando humanizar a assistência e incentivar o aleitamento materno(5): A finalidade de se adotar este modelo de atendimento como uma política pública do Programa de Saúde da Criança do Ministério da Saúde era a redução das taxas de morbidade e mortalidade infantil, em especial da morbidade e mortalidade neonatal por meio do incentivo ao aleitamento materno. Ambos os modelos apresentam vantagens e limitações. Entretanto, a atribuição de avaliar e monitorar as condições clínicas do RN cabe à equipe de enfermagem devendo assim, estar capacitada para detectar e intervir adequadamente frente as intercorrências que acometem os neonatos no período neonatal precoce. O fato de a maioria dos RN a terno nascerem em boas condições de vitalidade e serem considerados saudáveis clinicamente, não dispensa os profissionais de avaliá-los e acompanhá-los no período imediato ao parto. Considerando que a IHAC é uma proposta do Ministério da Saúde que vem sendo paulatinamente adotada pela maioria das as maternidades públicas do Brasil e este modelo recomenda a permanência dos RN a termo permanecerem em alojamento conjunto contínuo, é necessário analisar o conhecimento e a capacitação dos profissionais de enfermagem no que diz respeito à avaliação e condutas adotadas frente às intercorrências mais comuns que acometem os neonatos no período de transição neonatal, visto que é atribuição da equipe de enfermagem monitorar e favorecer a rápida adaptação do neonato nas primeiras horas de vida. Levantamento realizado nas bases bibliográficas eletrônicas Medline e SciELO constatou-se escassez de publicações acerca de estudos relacionados aos fatores preditivos e abordagem assistencial na detecção e intervenção com neonatos que apresentam dificuldade na adaptação da função respiratória quando utilizado o descritor taquipnéia transitória neonatal (TTN). Assim, este estudo visa obter subsídios para contribuir na capacitação de enfermeiros no que diz respeito à avaliação da função respiratória de recém-nascidos a termo no período transitivo neonatal. O objetivo do presente estudo foi o de identificar os fatores preditivos e os sinais de TTN valorizados por enfermeiras na avaliação da função respiratória de RN no período neonatal imediato. MÉTODOMÉTODOMÉTODOMÉTODOMÉTODO Tratou-se de um estudo transversal. O estudo foi realizado em duas instituições hospitalares públicas, uma delas (H1), trata-se de um hospital de ensino, de atendimento secundário, situado na região oeste da cidade de São Paulo que atende a uma média de 370 partos mensais, em fase de implantação do Programa IHAC e conta com unidade de Alojamento Conjunto (AC), Berçário e Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal. A outra instituição (H2), é uma maternidade filantrópica, com média de atendimento mensal de 900 partos, campo de capacitação de profissionais de saúde em atendimento ao parto normal, localizada na zona sudeste da cidade de São Paulo, conta com leitos de AC para puérperas e RN em condições clínicas estáveis e berçário para internação de neonatos com intercorrências clínicas. Participaram do estudo os enfermeiros das unidades de AC e berçário (UN) com tempo de experiência profissional em atendimento neonatal por no mínimo três meses que consentiram sua participação no estudo. Não foram convidados a participar do estudo os enfermeiros que estavam de férias ou afastados por licença médica no período da coleta de dados. O período da coleta de dados se deu no período de julho a novembro de 2006. Elaborou-se um questionário composto por duas partes, a primeira destinada ao registro de dados de caracterização dos sujeitos da pesquisa como idade, tempo de atuação e formação profissional. A segunda parte constitui-se de enunciados relacionados a fatores de risco obstétricos e perinatais preditivos de ocorrência de TTN e indicadores utilizados para avaliar a função respiratória do RN nas primeiras seis horas de vida. Abaixo de cada enunciado declarativo cinco atributos, a saber: Totalmente relevante, Relevante, Indiferente, Parcialmente relevante e Não relevante. Anexo ao questionário foi distribuído um lembrete contendo instruções de preenchimento do questionário orientando as participantes a assinalarem somente uma alternativa por enunciado, aquela que estivesse em acordo com a sua conduta assistencial ao avaliar a função respiratória do RN no período transitivo neonatal (primeiras seis horas de vida do RN). Os enunciados declarativos foram elaborados com base nos fatores preditivos de ocorrência de TTN e nos sinais clínicos descritos na literatura(6-8). O prazo concedido para o preenchimento do questionário foi de duas semanas e os questionários respondidos foram 852852852852852 Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 20099999 nov-deznov-deznov-deznov-deznov-dez; 6; 6; 6; 6; 622222(((((66666): ): ): ): ): 850-5850-5850-5850-5850-5..... Kimura AFKimura AFKimura AFKimura AFKimura AF, et al., et al., et al., et al., et al. acondicionados separadamente dos Termos de consentimento Livre e Esclarecido, a fim de se preservar o anonimato da identidade dos participantes. Os dados obtidos com os questionários foram armazenados e tabulados eletronicamente e, em seguida, realizou-se análise estatística descritiva. O projeto de pesquisa obteve autorização da diretoria clínica das instituições envolvidas, foi analisado e aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (Processo 550/2006/CEP-EEUSP) e do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (Processo 665/06 CEP- HUUSP). A coleta de dados teve início após a emissão da carta de aprovação nas duas instituições envolvidas..... RESULRESULRESULRESULRESULTTTTTADOSADOSADOSADOSADOS Considerando a totalidade de enfermeiras que atuavam nas unidades AC e UN das duas instituições hospitalares, 28 enfermeiras constituíram a população do estudo, das quais 22 eram enfermeiras do H1 e seis do H2. Participaram do estudo 24 (85,7%) enfermeiras, 21 (87,5%) profissionais do H1 e três (12,5%) do H2. Das 21 enfermeiras do H1, 12 (57,1%) atuavam no AC e nove (42,8%) na UN. Das três enfermeiras do H2 que participaram do estudo, uma (33,3%) atuava no AC e duas (66,7%) na UN. Das 13 enfermeiras que trabalham nas unidades de AC, oito (61,5%) atuavam há pelo menos 15 anos na área e das 11 enfermeiras de UN, oito (72,7%) trabalhavam na área há, no mínimo há 10 anos. A Tabela 1 apresenta dos dados referentes ao valor atribuído por enfermeiras de AC e UN aos fatores preditores de ocorrência da TTN, relacionados à saúde materna e ao nascimento, ao avaliar a função respiratória do RN no período neonatal imediato. Conforme mostram os dados da Tabela 1, diferente da maioria das enfermeiras de UN que consideram a condição clínica materna como totalmente relevante e relevante (n=5), a maioria das Tabela 1. Fatores maternos e perinatais valorizados por enfermeiras de AC e UN na avaliação respiratória do RN. São Paulo, 2006. Tabela 2. Sinais de desconforto respiratório valorizados por enfermeiras de AC e UN na avaliação da função respiratória do RN. São Paulo, 2006. Atributo Batimento de aletas nasais Retração esternal Retração intercostal Gemido expiratório Cianose external Cianose central Enfermeiras de AC (n=13) n n n n n n Totalmente relevante 9 9 9 9 6 8 Relevante 4 4 4 4 6 5 Indiferente - - - - - - Parcialmente relevante - - - - 1 - Não relevante - - - - - - Enfermeiras de UN (n=11) Totalmente relevante 9 9 9 9 6 10 Relevante 1 2 2 1 5 1 Indiferente - - - - - - Parcialmente relevante - - - - - - Não relevante 1 - - 1 - - Atributo Condição clínica Materna Evolução do TP e tipo de parto Drogas usadas no TP e parto APGAR Enfermeiras de AC (n= 13) n n n n Totalmente relevante 2 4 6 5 Relevante 3 8 7 7 Indiferente 4 - - - Parcialmente relevante 3 1 - 1 Não relevante 1 - - - Enfermeiras de UN (n=11) Totalmente relevante 3 6 7 7 Relevante 5 4 3 3 Indiferente - - - - Parcialmente relevante 2 - - 1 Não relevante 1 1 1 - 853853853853853RevRevRevRevRev Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 20099999 nov-dez;nov-dez;nov-dez;nov-dez;nov-dez; 6 6 6 6 622222(((((66666): ): ): ): ): 850-5850-5850-5850-5850-5..... AAAAAvaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediato Tabela 3. Métodos de aferição de sinais vitais e uso de instrumentos de avaliação de disfunção respiratória, (BSA), valorizados por enfermeiras na avaliação da função respiratória do RN. São Paulo, 2006. Atributo FR FR em intervalosregulares Monitorar SatO2 FR, FC e SatO2 Ausculta BSA Enfermeiras de AC (n=13) n n n n n n Totalmente relevante 7 4 - 1 4 3 Relevante 3 3 3 5 6 6 Indiferente - - 2 1 - 1 Parcialmente relevante 1 4 5 5 2 2 Não relevante 2 2 3 1 1 1 Enfermeiras de UN (n= 11) Totalmente relevante 5 2 3 4 5 6 Relevante 4 7 4 6 4 4 Indiferente - - 1 1 - 1 Parcialmente relevante 2 2 2 - - - Não relevante - - 1 - 1 - Sem resposta - - - - 1 - Siglas: (FR) - freqüência respiratória, (FC) - freqüência cardíaca, (SatO2) - saturação de oxigênio, (BSA) - Boletim de Silverman-Andersen. enfermeiras de AC considera essa variável como relevante, indiferente e parcialmente relevante (n=3). No que se refere à evolução do trabalho de parto e o tipo de parto, o uso de drogas durante o trabalho de parto e o índice de Apgar, as respostas foram concordantes entre os dois grupos de enfermeiras. Com relação aos sinais clínicos a serem observados no RN durante o período neonatal precoce, os dados obtidos a partir dos questionários estão apresentados na Tabela 2. Para a maioria das profissionais entrevistadas, tanto atuantes em AC quanto em UN, a observação da ocorrência de batimento de asa de nariz, retração de esterno e intercostal, gemido expiratório e cianose periférica e central é considerada como relevante ou totalmente relevante. Na Tabela 3 os dados apresentados demonstram a relevância apontada pelos enfermeiros de AC e UN, respectivamente, para diversos métodos de avaliação da adaptação da função respiratória do RN nas primeiras horas de vida. A maioria das enfermeiras considera a verificação de freqüência respiratória, a avaliação do parâmetro em intervalos regulares, a verificação de saturação de oxigênio, freqüência respiratória e cardíaca, ausculta pulmonar e uso do BSA como relevantes ou totalmente relevantes na avaliação da função respiratória neonatal, durante as primeiras seis horas de vida. DISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃO A TTN é um distúrbio pulmonar autolimitado resultado do retardo da reabsorção e clearence do fluido fetal pulmonar cuja resolução do quadro ocorre nas primeiras 24 a 72 horas de vida(9). Caracteriza-se por taquipnéia leve ou moderada de início precoce (até as primeiras seis horas após o nascimento) e involução rápida, entre o segundo e quinto dia de vida(3) e é uma das dificuldades adaptativas mais comumente observadas no período de transição(10). Durante a vida intra-uterina, os pulmões do feto são preenchidos por líquido, secretado pelo próprio epitélio pulmonar, rico em cloreto e pobre em bicarbonato e proteínas. No decorrer do trabalho de parto e nascimento, parte do líquido é expelida (durante as compressões torácicas que ocorrem, principalmente, na passagem do feto pelo canal vaginal, durante o parto normal) e parte é reabsorvida, uma vez que ocorre dilatação dos vasos linfáticos pulmonares (por ação de prostaglandinas específicas), bem como o aumento da circulação sangüínea pulmonar ao nascimento(10,11). Ademais, o início da respiração depende da estimulação do centro respiratório, que ocorre como resultado de uma combinação de estímulos químicos, térmicos e sensoriais, além de estimulação mecânica dos pulmões(10). Somente após o nascimento, portanto, os pulmões passam a ser preenchidos por ar e a desempenhar sua função de trocas gasosas. Na vigência da TTN, a eliminação e a reabsorção do líquido pulmonar são lentificadas ou incompletas, causando aumento da resistência de vias aéreas e redução na complacência pulmonar, com conseqüente aumento do trabalho respiratório(1,3). O acúmulo de fluido ocasiona dificuldade ventilatória e prejudica as trocas gasosas. Não há causa estabelecida para a TTN. Contudo, diversos são os fatores favorecem sua ocorrência: tais fatores podem estar associados a causas maternas, ao trabalho de parto e à condição clínica do neonato ao nascimento. Asma, diabete materno, parto cesárea eletiva e parto pélvico, trabalho de parto prolongado, retardo na ligadura do cordão umbilical, uso de drogas durante a gestação e uso de sedativos de modo excessivo na mãe durante o trabalho de parto, asfixia perinatal, macrossomia fetal e baixo peso ao nascer podem ser considerados como condições associadas à TTN(3,6,11). A ocorrência desses eventos durante a gestação, o trabalho de parto e nascimento pode acarretar atraso ou dificuldade na absorção e excreção do fluido pulmonar durante o parto e ao nascimento (o que ocorre, por exemplo, na realização de cesárea eletiva), ou ainda dificultam o início das incursões respiratórias pelo neonato, prejudicando o estabelecimento da função ventilatória, necessária à vida extra-uterina, 854854854854854 Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 200Rev Bras Enferm, Brasília 20099999 nov-deznov-deznov-deznov-deznov-dez; 6; 6; 6; 6; 622222(((((66666): ): ): ): ): 850-5850-5850-5850-5850-5..... Kimura AFKimura AFKimura AFKimura AFKimura AF, et al., et al., et al., et al., et al. que pode ser observado mediante o uso de sedativos em excesso durante o trabalho de parto e também na asfixia perinatal. A maioria das profissionais entrevistadas considerou as variáveis relacionadas à mãe, ao trabalho de parto e nascimento como totalmente relevantes ou relevantes, exceto pelas enfermeiras de AC, já que a maioria considerou a condição clínica materna como relevante, indiferente ou parcialmente relevante. Conhecer esses fatores parece ser medida necessária, uma vez que possibilita o estabelecimento plano de cuidados de enfermagem adequado e individualizado ao neonato susceptível ao desenvolvimento da TTN, favorecendo, por esse motivo, a detecção e a intervenção precoces. Revisão de literatura realizada com nove estudos analisou a relação entre o parto cesárea eletiva e a morbidade respiratória em RN de termo e pré-termos limítrofes, conclui haver um aumento no risco de morbidade respiratória em todos os estudos analisados e a magnitude desta relação parece apresentar dependência com a idade gestacional, havendo uma diminuição da morbidade com idade gestacional maior que 37 semanas(12). Estudo de caso controle com 67 (casos) neonatos com TTN e 167 (controles) neonatos que não tiveram diagnóstico de TTN apresentou conclusão semelhante. Análise multivariada revelou que apenas a idade gestacional (menor que 38 semanas e maior ou igual a 38 semanas) e o tipo de parto, independentemente e significantemente mostraram associação com risco para desenvolver TTN(9). Sexo do RN (masculino), prematuridade e parto cesárea sem ter tido trabalho de parto foram os maiores fatores de risco apontados em estudo retrospectivo realizado em um hospital da Turquia com 95 RNs com diagnóstico de TTN. Embora os sintomas usualmente regridam nas primeiras 48 horas, em alguns neonatos, a TTN pode se prolongar até o quinto dia de vida. Os autores recomendam a avaliação da freqüência respiratória nas primeiras 36 horas por se tratar de uma medida útil para predizer a evolução da TTN, uma vez que pode evoluir para um quadro de maior severidade requerendo suporte ventilatório visto que o diagnóstico da TTN pode se confundir com a pneumonia congênita(12). No exame físico do neonato com distúrbio ventilatório os sinais que caracterizam este quadro são a apnéia, taquipnéia e cianose(11) sendo fundamental na identificação da TTN. Embora essa patologia apresente, na maioria das vezes, uma evolução benigna, sua ocorrência não deve ser subestimada, visto que neonatos podem evoluir para um quadro de hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca(2). Além da taquipnéia, que é sua principal manifestação(13), são considerados como sinais característicos da TTN: batimento de asa de nariz ou dilatação nasal, retrações esternais, retrações intercostais, presença de gemido expiratório e cianose(2,3,11,14). Corroborando com os sinais clínicos descritos na literatura, a maioria das profissionais entrevistadas considerou como relevante e totalmente relevante a avaliação da presença desses eventos no RN, durante o período neonatal precoce. Assim, tanto as profissionais de AC quanto de UN parecem conhecer os sinais clínicos da patologia, além de considerar importante sua observação. Somente uma profissional, atuante em AC, considerou como parcialmente relevante a observação de cianose de extremidades. Isso se explica, possivelmente, porque no período neonatal precoce esse achado está também relacionado à vasoconstrição periférica resultante de hipotermia, não sendo, portanto, específico para caracterização da TTN. No entanto, a despeito de ser considerado como sinal específico de distúrbios respiratórios no RN(3), a presença de gemido expiratório foi considerada não relevante por uma enfermeira de UN. Pelo exposto, pode-se inferir que a maioria das enfermeiras entrevistadas considera importante a avaliação física na abordagem ao neonato portador de TTN. Essa avaliação permite detectar precocemente a ocorrência de TTN e deve ser preocupação da equipe de enfermagem no que tange os cuidados prestados ao neonato durante o período transitivo neonatal precoce. Monitorizar parâmetros vitais torna-se medida relevante e deve ser prescrita no plano assistencial de enfermagem. Essa monitorização pode ser realizada periodicamente, a cada 30 ou 60 minutos, de acordo com a apresentação clínica do RN, objetivando acompanhar a evolução da patologia. A maioria das profissionais que participaram do estudo considerou relevante ou totalmente relevante a verificação de freqüência respiratória e sua aferição a intervalos regulares. Já a monitorização de saturação de oxigênio também foi considerada como relevante e totalmente relevante pela maior parte das enfermeiras de UN. A necessidade de oferta de oxigênio suplementar ao neonato portador de TTN baseia-se no grau de desconforto respiratório, mensurado por intermédio do BSA(2). A aplicação deste escore, por sua vez, requer avaliação clínica acurada de parâmetros já discutidos anteriormente: retração intercostal (superior e inferior), retração esternal, batimento de asa de nariz e gemido expiratório (audível com ou sem estetoscópio). Assim, além da avaliação clínica, a monitorização de parâmetros vitais, a ausculta pulmonar e a aplicação do BSA foram pontos considerados importantes pelas enfermeiras que participaram do estudo. A maioria das enfermeiras considerou o uso do BSA e a ausculta pulmonar como medidas importantes na avaliação do neonato nas primeiras horas de vida. A assistência ao RN no período de transição requer equipe adequadamente treinada e apta a identificar quaisquer sinais de desconforto respiratório, destacando-se, nesse estudo, os relacionados à TTN. As enfermeiras devem empregar critérios sistematizados para avaliar as necessidades do neonato que apresenta distúrbio ventilatório e desenvolver diagnósticos de enfermagem de acordo com as demandas das necessidades identificadas(15). Ao se considerar a assistência ao RN com quadro de desconforto respiratório, os diagnósticos de enfermagem mais apropriados parecem ser “Padrão respiratório ineficaz” e “Troca de gases prejudicada”(15). Para ambos, destacam-se as seguintes intervenções de enfermagem, que podem ser implementadas a neonatos: identificação de fatores de risco ou fatores associados, ausculta pulmonar, avaliação do padrão ventilatório, monitorização de sinais vitais, avaliação de resultados laboratoriais e radiológicos, oferta de oxigênio suplementar, adequação de posicionamento no leito. Os resultados esperados incluem o restabelecimento de ventilação pulmonar eficaz, melhora na oxigenação, com oferta adequada aos tecidos, além de ausência de sintomas de sofrimento respiratório(16). Com relação aos problemas colaborativos associados ao diagnóstico médico da TTN esses não estão incluídos no diagnóstico de enfermagem(16), entretanto, na prática clínica, a assistência ventilatória e a monitoração contínua da função respiratória constituem-se em intervenções de enfermagem(17). Assim, a atuação do enfermeiro deve permear a elaboração de 855855855855855RevRevRevRevRev Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 200Bras Enferm, Brasília 20099999 nov-dez;nov-dez;nov-dez;nov-dez;nov-dez; 6 6 6 6 622222(((((66666): ): ): ): ): 850-5850-5850-5850-5850-5..... AAAAAvaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediatovaliação da função respiratória do recém-nascido no período neonatal imediato plano de cuidados individualizado, apropriado para a condição clínica do neonato, capaz de direcionar a assistência. A identificação de neonatos com risco para desenvolvimento da TTN, bem como a identificação precoce da condição é uma medida relevante que pode favorecer a assistência neonatal durante o período adaptativo. A elaboração de protocolos de avaliação e monitoração da função respiratória do RN nas primeiras horas de vida é de suma importância, tendo em vista que é freqüente a ocorrência distúrbios respiratórios durante o período adaptativo neonatal, em especial a TTN. Protocolos de atendimento podem atuar como um instrumento definidor e unificador das ações dos profissionais da equipe enfermagem e contribuir para a sistematização da assistência, repercutindo na melhora qualidade do atendimento prestado e na redução tempo de internação dos RN. CONCLCONCLCONCLCONCLCONCLUSÃOUSÃOUSÃOUSÃOUSÃO A maioria das enfermeiras atuantes em AC considera como relevante e totalmente relevante a evolução do trabalho de parto, tipo de parto, uso de drogas durante o trabalho de parto, índice de APGAR, observação de sinais clínicos, verificação de FR (inclusive em intervalos regulares), ausculta pulmonar e aplicação do Boletim de Silverman-Andersen. Já as enfermeiras de UN, além dos dados considerados como relevantes e totalmente relevantes pelas enfermeiras atuantes em AC, consideram ainda a condição clínica materna e a verificação não somente de FR, mas também de saturação de O2 e FC. CONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAIS As publicações de enfermagem referentes ao tema são escassas, embora esses profissionais sejam responsáveis por grande parte da assistência ao neonato que apresenta TTN. Entretanto, os profissionais conhecem os fatores associados à ocorrência da patologia, bem como os sinais clínicos e as formas de avaliação do RN, conforme descrito no presente estudo. O desenvolvimento de protocolos de atenção, com base não somente em dados consagrados da literatura, mas também considerando aspectos observados na prática clínica podem favorecer a prática de enfermagem, no que se refere à identificação precoce da patologia, na monitorização e no acompanhamento clínico adequados. Dessa forma, a equipe de enfermagem ofereceria melhor atendimento ao RN que desenvolve TTN durante suas primeiras horas de vida. REFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIAS 1. Lawson ME. Taquipnéia transitória do recém-nascido. In: Cloherty JP, Stark AR. Manual de neonatologia. São Paulo (SP): Msdsi; 2000. p. 388-90. 2. Miyoshi MH, Yada M. Síndrome do pulmão úmido. In: Kopelman BI, Santos AMN, Goulart AL, Almeida MFB, Myioshi MH, Guinsburg R. Diagnóstico e tratamento em neonatologia. São Paulo: Atheneu; 2004. p. 79-84. 3. Asenjo M. Transient tachypnea of the newborn. 2003. [cited 2008 Feb 8]. Available from: http://www.emedicine.com/radio/ topic710.htm 4. Birnkrant DJ, Picone C, Markowitz W, El Khwad M, Shen WH, Tafari N. Association of transient tachypnea of the newborn and childhood asthma. Pediatric Pulmonology 2006; 41(10): 978-84. 5. Ministério da Saúde (BR). [citado 2008 Fev 29]. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saudevisualizar_texto. cfm?idtxt=24229 6. Gomella TL, organizador. Neonatologia: manejo, procedi- mentos, problemas no plantão, doenças e farmcologia neonatal. Porto Alegre: Artmed; 2006. 7. Melson K A, Jaffe MS, Kenner C, Amlung S. Enfermagem materno-infantil: planos de cuidados. Rio de Janeiro:
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