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DIABETES

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DIABETES e OBESIDADE
 O diabetes mellitus (dm)  é uma doença caracterizada pelo excesso de açúcar no sangue. Ela pode ser dividida em dois tipos: a diabetes de caráter hereditário e a diabetes que é adquirida por conta dos maus hábitos alimentares, do sedentarismo e obesidade.
O diabetes pode ser classificada basicamente em Mellitus tipo 1 e tipo 2. O tipo 1 é a diabetes que acomete adolescentes e crianças, fazendo com que o pâncreas não produza insulina ou produza insuficientemente. Já o Diabetes Mellitus tipo 2 ocorre mais em pessoas obesas, em pessoas acima dos trinta anos ou idosos. Nesse tipo de diabetes mellitus, a insulina é produzida, mas não faz efeito no organismo.
Existe ainda outro tipo mais raro conhecido como o diabetes mellitus gestacional que é aquele  aparece durante a gravidez, pois o corpo da mãe não é capaz de produzir uma quantidade suficiente de insulina.
A lista de sintomas da Diabetes Mellitus é grande. Deve-se ficar atento a sinais como: sonolência, infecções que acontecem com facilidade, aumento da quantidade de urina (vontade de urinar perda de peso também é um fator que pode ser associado).
VALORES DE REFERENCIA PARA GLICEMIA
Seria importante fazer alguns comentários sobre o que se conhece como pré – diabetes.
O pré-diabetes não tem qualquer sintoma e esta fase pode durar de 3 a 5 anos. Se durante este período a pessoa não se cuidar é muito provável que desenvolva diabetes, uma doença que não tem cura e que necessita de controle diário.
As únicas formas de saber se a pessoa tem diabetes é através da realização de exames. A glicemia de jejum normal é de até 99 mg/dl, por isso quando o valor está entre 100 e 125, a pessoa já se encontra na pré-diabetes. Outro exame que também serve para o diagnóstico da diabetes é o teste da hemoglobina glicada. Os valores entre 5,7% e 6,4% são indicativos de diabetes.
Estes exames podem ser realizados quando o médico suspeita de diabetes, quando há histórico na família ou num check up anual, por exemplo.
 
Para tratar o pré-diabetes e evitar a progressão da doença deve-se controlar a alimentação, diminuindo a ingestão de gorduras, do açúcar e do sal, atentar para a pressão arterial e fazer alguma atividade física, como caminhar diariamente, por exemplo.
Adicionar à alimentação alimentos como a farinha de maracujá e comer diariamente folhas verde escuras são também ótimas formas de combater o excesso de açúcar no sangue. E somente ao adotar todas estas estratégias será possível evitar o desenvolvimento da diabetes.
Em alguns casos o médico poderá receitar o uso de remédios para controlar a glicemia no sangue como a Metformina, que deve ter a dose ajustada conforme a necessidade. 
As pessoas que seguem todas as orientações médicas e adequam a alimentação e a prática regular de atividade física podem normalizar sua glicemia sanguínea, curando o pré-diabetes. Mas após atingir esse objetivo é importante manter esse novo estilo de vida saudável para que a glicemia não volte a subir.
Tratamento para diabetes tipo 1
Consiste no uso da insulina, de 2 a 3 vezes por dia, ou através do uso de uma bomba de insulina que vai liberando o medicamento na corrente sanguínea aos poucos durante o dia. É importante também seguir uma dieta para diabetes e praticar exercícios regularmente.
Para o controle da diabetes também é importante verificar a taxa de açúcar no sangue diariamente utilizando as tiras reagente e o glicosímetro.
Tratamento para diabetes tipo 2
Pode ser feito com a ingestão de remédios hipoglicemiantes que ajudam a controlar a produção e a secreção de insulina pelo pâncreas. Alguns exemplos destes remédios são sulfonilureias, glinidas e inibidores da alfa-glicosidase.
Geralmente, inicia-se o tratamento utilizando somente 1 destes medicamentos e depois o médico avalia a necessidade da combinação de outros, mas é comum que na 3ª idade o indivíduo tenha que tomar mais de 2 medicamentos para controlar a diabetes tipo 2.
Seguir uma dieta adequada e praticar exercícios também é importante para o controle da diabetes tipo 2.
Tratamento para diabetes gestacional
Pode ser feito com uma dieta com baixo teor de açúcar, gordura e carboidratos, prática regular de exercícios físicos e em alguns casos, o uso de insulina, sendo importante para diminuir o risco da permanência da diabetes após o nascimento do bebê. Veja mais detalhes em: Diabetes gestacional.
Remédios para diabetes tipo 1
	Tipos de insulina
	Nomes genéricos
	Como é utilizada
	Insulina de ação rápida
	Regular, Asparte, Lispro, Glulisina
	Normalmente é usada antes das refeições ou logo após comer para manter os níveis de glicose regulados após a alimentação, impedindo que a glicose se acumule no sangue.
	Insulina lenta
	NPH, Detemir, Glargina
	Geralmente é utilizada apenas de 1 a 2 vezes por dia, pois a sua ação dura de 12 a 24 horas, e algumas chegando a atingir 30 horas, mantendo os níveis de açúcar estáveis durante todo o dia.
Remédios para diabetes tipo 2
	Lista de medicamentos
	Princípio ativo
	Como funciona
	Efeitos colaterais
	Metformina
	Biguanidas
	Diminui a produção de glicose pelo fígado, melhora a a utilização de glicose pelo corpo
	Enjoo e diarréia
	Glibenclamida, Glimepirida, Glipizida, Gliclazida
	Secretores de insulina
	Estimula e aumenta a produção de insulina pelo pâncreas
	Hipoglicemia, ganho de peso
	Acarbose, Miglitol
	Inibidores da alfa-glicosidase
	Diminui a absorção da glicose dos alimentos pelo intestino
	Aumento de gases mal-cheirosos, diarréia
	Rosigitazona, Pioglitazona
	Tiazolidinedionas
	Melhora a utilização da glicose pelo corpo
	Aumento de peso, inchaço, piorar insuficiência do coração
	Exenatida, Liraglutida
	Agonistas do GLP-1
	Aumenta a liberação de insulina, diminui a glicose, aumenta a saciedade e facilita o emagrecimento
	Náuseas, diminuição do apetite, uso injetável
	Saxagliptina, Sitagliptina, Vidagliptina
	Inibidor da Dipeptil Peptidase
	Diminui a glicose após as refeições, aumentando a produção de insulina
	Náuseas
	Dapagliflozina, Empagliflozina, Canagliflozina
	Inibidor da SGLT2
	Aumenta a eliminação de glicose pela urina e facilita o emagrecimento
	Maior risco de infecção urinária
*GLP – 1 – GLUCAGON – LIKE PEPTIDEO 1
O GLP-1 é produzido pelas células neuroendócrinas L da mucosa intestinal e sua secreção no período pós-prandial é estimulada por nutrientes. O GLP-1 é um dos principais responsáveis pelo efeito incretina, denominação que se aplica ao fato de que a glicose quando administrada por via oral, ter um poder 60% maior de estimular a secreção de insulina do que quando aplicada por via endovenosa. O efeito incretina ocorre porque o GLP-1 estimula a secreção de insulina, além disso, o GLP-1 inibe a secreção do glucagon. Estas ações são glicose-dependentes e apenas observadas em condições de hiperglicemia.
Os efeitos fisiológicos do GLP-1 contribuem de modo importante para o controle da glicemia tanto no período pós-prandial quanto em jejum e estão diminuídos nos portadores de diabetes do tipo 2 (DM2). O aumento da concentração sérica do GLP-1 para níveis farmacológicos é capaz de corrigir a hiperglicemia de pacientes com DM2 o que motivou a formulação de estratégias para a o seu uso terapêutico.
*SGLT2 - A sigla SGLT2 faz referência ao nome em inglês de uma proteína encontrada nos nossos rins, que é alvo terapêutico desses novos remédios: o cotransportador sódio-glicose tipo 2. Essa proteína é responsável por reabsorver a glicose que é filtrada pelos rins antes que ela seja eliminada pela urina.
OBESIDADE
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comumente é o do índice de massa corporal (IMC).
O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que identifica o peso normal quando o resultado do cálculo do IMC está entre18,5 e 24,9. Para ser considerado obeso, o IMC deve estar acima de 30.
A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, entre outras.
São muitas as causas da obesidade. O excesso de peso pode estar ligado ao patrimônio genético da pessoa, a maus hábitos alimentares ou, por exemplo, a disfunções endócrinas.
O tratamento da obesidade pode ser feito através da mudança do estilo de vida, que compreende reeducação alimentar e atividade física, é a base do tratamento clínico da obesidade. Sem ela, dificilmente se atingirá uma perda de peso necessária para melhorar a saúde e, muito menos, essa perda será duradoura.
Reeducação Alimentar
Independente do tratamento proposto, a reeducação alimentar é fundamental, uma vez que, através dela, reduziremos a ingestão calórica total e o ganho calórico decorrente. Esse procedimento pode necessitar de suporte emocional ou social, através de tratamentos específicos (psicoterapia individual, em grupo ou familiar). Nessa situação, são amplamente conhecidos grupos de reforço emocional que auxiliam as pessoas na perda de peso.
Independente desse suporte, porém, a orientação dietética é fundamental.
Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade física.
Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), já que são restrições drásticas que tem pequena aderência do paciente e de difícil manutenção em longo prazo.
Dietas somente com alguns alimentos (dieta do abacaxi, por exemplo) ou somente com líquidos (dieta da água) também não são recomendadas, por apresentarem vários problemas. Dietas com excesso de gordura e proteína também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as alterações de gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no fígado e outros órgãos.
Exercício
É importante considerar que atividade física é qualquer movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que resulta em gasto energético e que exercício é uma atividade física planejada e estruturada com o propósito de melhorar ou manter o condicionamento físico.
O exercício apresenta uma série de benefícios para o paciente obeso, melhorando o rendimento do tratamento com dieta. Entre os diversos efeitos estão:
a diminuição do apetite;
o aumento da ação da insulina;
a melhora do perfil de gorduras;
a melhora da sensação de bem-estar e autoestima.
O paciente deve ser orientado a realizar exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes por semana, inicialmente leves e a seguir moderados. Estas atividades, em algumas situações, podem requerer auxílio de um profissional e ambiente especializado, sendo que, na maioria das vezes, a simples recomendação de caminhadas rotineiras já provoca grandes benefícios, estando incluída no que se denomina “mudança do estilo de vida” do paciente.
No Brasil, atualmente, há cinco medicamentos registrados para o tratamento da obesidade: anfepramona (dietilpropiona), femproporex, mazindol, sibutramina e orlistate.
BIBLIOGRAFIA
http://centrodeobesidadeediabetes.org.br/tudo-sobre-obesidade/tratamento-da-obesidade/
https://www.tuasaude.com/imc
http://centrodeobesidadeediabetes.org.br/tudo-sobre-obesidade/tratamento-da-obesidade/

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