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Hipoglicemiantes para Diabetes Mellitus

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Vict�ria K. L. Card�so
Hip�glicemiantes
Introdução
Diabetes mellitus:
● Por falta de insulina ou por resistência
à insulina, resultando em
hiperglicemia (>126 na glicemia em
jejum).
Diagnóstico:
● Glicemia em jejum > 126 → jejum de 8
horas.
● Sintomas de diabetes com glicemia ao
acaso > 200.
● GTT (teste de tolerância à glicoe) 75g
glicose → glicemia em 120min > 200
min.
● HbA1c (hemoglobina glicada) > 6,5%
→ padrão ouro.
Insulina:
● Principal hormônio controlador do
metabolismo intermediário.
● Função: diminuir a glicose no sangue.
Obs: na ausência de insulina, os tecidos
sensíveis à insulina não conseguem captar e
armazenar glicose, aminoácidos elipídios.
Tipos de diabetes mellitus:
● Tipo I: juvenil, por falta de insulina.
● Tipo II: adulto ou idoso, por resistência
à insulina.
Diabetes mellitus tipo I:
● Ocorre por questões genéticas.
● A pessoa possui mutações em
auto-anticorpos, que atuam contra
células beta e contra insulina.
● Assim, ocorre destruição das células
beta pancreáticas, geralmente
causando deficiência absoluta ou
grave de insulina.
Diabetes mellitus tipo II:
● Esse tipo é acompanhado por
resistência à insulina.
● Ocorre principalmente em pacientes
obesos e ou sedentários.
● Fisiopatologia:
1. Produção pancreática normal.
2. Resistência periférica à insulina.
3. Captação de glicose diminuída
do tecido adiposo e muscular.
Vict�ria K. L. Card�so
4. O �ígado, por entender que não
há insulina produz pouca
glicose.
5. Inicialmente o pâncreas, por
notar maior concentração de
glicose, produz mais insulina
pelas células beta do pâncreas.
6. Com o passar do tempo, as
células beta perdem a
capacidade de produzir insulina
no mesmo ritmo que o
necessário, causando a diabetes
tipo II.
Tratamento geral:
● Objetivo: aumentar a sensibilidade à
insulina.
● Formas: insulina, medicamentos orais
quando preciso, dieta, educação e
atividade �ísica.
● DM tipo I: insulina.
● DM tipo II: drogas orais e insulina.
Diabetes mellitus tipo II
Hipoglicemiantes orais: a maioria dos
hipoglicemiantes orais depende da
integridade das células beta pancreáticas,
são drogas que só tem indicação no Diabetes
não insulino dependentes.
● Secretagogos de insulina: aumento da
secreção de insulina.
○ Sulfoniluréias.
○ Glinidas.
○ Terapia baseada em incretinas.
● Sensibilizadores de insulina: aumento
da captação de glicose e redução da
liberação hepática de glicose.
○ Metformina → biguanidas.
○ Glitazonas → tiazolidinodionas.
● Inibidores da alfa-glicosidase:
retarda a absorção de carboidratos.
○ Acarbose.
Sulfoniluréias: estimula a secreção de
insulina pelas células beta-pancreáticas.
● Mecanismo de ação:
1. Fecha canal de potássio.
2. Polariza o canal.
3. Entra cálcio.
4. Libera insulina
● Fármacos:
○ 1* geração: clorpropamida →
250 mg.
Vict�ria K. L. Card�so
○ 2* geração: glibenclamida (5
mg), glipizida (5 mg), gliclazida
(30-60 mg).
○ 3* geração: glimepirida (1, 2, 3 e
4 mg).
● Usadas na DM II, a partir dos 50 anos.
● Diminui a HbA em 1,5%.
● Podem não ser úteis em indivíduos
magros e com deficiência na secreção
de insulina.
● Possui secreção urinária.
● É contraindicado na gravidez e em
pacientes cardíacos.
● Estimula o apetite e causa desconforto
gastrintestinal.
● Principais efeitos colaterais:
hipoglicemia e aumento de peso.
● Interação medicamentosa: com
bloqueadores de canais de Ca, a ação
diminui o efeito hipoglicemiante.
○ Fármacos que potencializam
esse efeito hipoglicemiante:
antiinflamatórios não
esteroidais, agentes
cumarínicos, inibidores da MAO,
alguns antibióticos, diuréticos
tiazídicos em altas doses e
corticóides.
○ O álcool também causa esses
efeitos.
Metformina:
● Mecanismo de ação:
1. Supressão da produção
hepática de glicose e redução
da glicogenólise.
2. Aumento da captação muscular
de glicose dependente de
insulina.
3. Aumento na utilização intestinal
da glicose.
4. Ação na oxidação de ácidos
graxos e na hipertrigliceridemia.
● A metformina reduz a gliconeogênese
e a glicogenólise, reduz a absorção de
glicose no TGI e aumenta a atividade
da insulina nas células de alguns
tecidos (ativação de receptores
insulínicos).
○ Reduz a resistẽncia à insulina.
○ Melhora o perfil lipídico.
○ Reduz a esteatose hepática.
○ Reduz a agregação plaquetária.
○ Previne o ganho de peso.
● Indicações:
○ Falha na terapia não
farmacológica.
○ Pode ser associada a qualquer
outra medicação para tratar
MD2.
○ É uma boa escolha para
pacientes que precisam perder
peso ou que são vulneráveis à
hipoglicemia.
● Características básicas:
● Efeitos colaterais:
Vict�ria K. L. Card�so
○ Acidose lática: pouco frequente.
○ Efeitos grastintestinais:
geralmente são
transitórios,remitem com a
redução da dose, são
minimizados pelo aumento
gradual da dose e a
administração deve ocorrer
junto às refeições.
○ Redução discreta da absorção
de vitamina B12.
● Biguanidas - metformina:
○ Diminui significativamente a
incidência de complicações
cardiovasculares em pacientes
obesos, inclusive infarto agudo
do miocárdio e morte.
○ Menos de 5% dos pacientes não
toleram a metformina.
Glitazonas - tiazolidinodionas:
● Mecanismo de ação:
○ Ligam-se a receptor PPAR-gama
(nuclear) no tecido adiposo,
músculo e �ígado.
● São drogas que aumentam a
sensibilidade dos tecidos periféricos à
insulina.
● Também inibem a gliconeogênese
hepática.
● Possui efeito lento após 1-2 meses de
tratamento.
● Reduz a liberação hepática de glicose.
● Aumentam a captação de glicose no
músculo.
● Aumentam a eficácia da insulina
endógena.
● Medeiam a diferenciação dos
adipócitos, aumenta a lipogênese e a
captação de ácidos graxos e glicose.
● Efeitos positivos:
○ Tecido adiposo: aumento da
diferenciação dos adipócitos e
melhora das adipocinas.
■ Melhora do perfil lipídico.
○ Macrófagos: diminui a
inflamação.
○ Melhora na função do endotélio.
○ Fígado: diminui a produção de
glicose e diminui a esteatose.
○ Músculo: aumenta a
sensibilidade à insulina.
● Efeitos adversos:
○ Hepatotoxicidade grave com
ciglitazona e troglitazona.
○ Insuficiência cardíaca.
○ Retenção hídrica.
○ Ganho de peso.
○ Cefaléia, fadiga e distúrbios
gastrintestinais.
○ Retorno da ovulação.
○ Fraturas.
○ Edema.
● Contraindicações: gestantes, lactantes,
crianças, insuficiência cardíaca e
insuficiência hepática.
● Poliglitazona:
○ Agonista dos receptores
PPAR-gama.
■ Regulação da expressão
de genes envolvidos no
metabolismo de lipídeos e
carboidratos.
■ O receptor PPAR-gama é
expresso principalmente
no tecido adiposo.
Vict�ria K. L. Card�so
○ No tecido adiposo estimula a
lipogênese, provocando redução
dos ácidos graxos livres.
○ A redução dos níveis
plasmáticos de ácidos graxos
livres melhora a sensibilidade à
insulina nos tecidos periféricos.
Acarbose e miglitol:
● São inibidores da alfa-glicosidase.
● São análogos de carboidratos que se
ligam 1000X mais avidamente do que
os carboidratos da dieta às enzimas
alfa-glicosidases intestinais →
digestão e absorção de carboidratos.
● Aumentam o tempo necessário para a
absorção de carboidratos.
● Ajudam a reduzir o pico pós-prandial
da glicemia.
● Os inibidores da alfa-glicosidase são
efetivos quando tomados nas refeições,
porém não são efetivos quando
administrados em outros momentos.
● Casos de aumento do nível de glicemia
em jejum não são responsivos a
monoterapia com inibidor da
alfa-glicosidase.
● Mecanismo de ação da acarbose:
○ Composição: celulose
microcristalina, estearato de
magnésio e dióxido de silício
coloidal.
○ Farmacodinâmica: inibe de
maneira reversível →
alfa-amilase pancreática e
alfa-glicosídeo-hidrolases
ligadas a parede intestinal.
○ Efeito principal: retarda a
digestão e a absorção dos
carboidratos.
● Acarbose e miglitol: inibidores
intestinais.
● Retardam a absorção de carboidratos.
● Inibidores da glicoamilase,
alfa-amilase e sacarase.
● Efeito modesto na redução dos níveis
de glicose.
● Efeitos adversos: flatulência, diarréia e
dor abdominal.

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