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A CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA AS TENTATIVAS DE EXPLICAR A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES: Durante muito tempo a constituição da matéria gerava curiosidade no homem. Desde tempos remotos, pesquisadores tentavam descobrir como a matéria é formada. Os primeiros pensamentos surgiram com os filósofos atomistas Leucipo e Demócrito. Leucipo e Demócrito: “O todo é constituído por partes indivisíveis dele mesmo” “Toda matéria é constituída por massa e espaços vazios” Aristóteles: A matéria é infinitamente divisível, constituída por 4 elementos: terra, água, fogo e ar O NASCIMENTO DA QUÍMICA A lei de Lavoisier ou Lei da conservação da matéria: Numa reação química, em um sistema fechado, a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos. “ Na natureza, nada se cria nada se perde, tudo se transforma”. A lei de Proust ou lei das proporções constantes: As substâncias reagem sempre na mesma proporção para formarem outra substância. “Essa proporção é características de cada reação, isto é, independente da quantidade de reagentes utilizados”. Lei das proporções múltiplas ou lei de Dalton: Segundo essa lei, quando se combina uma massa fixa de uma substância com massas diferentes de outra substância, formando compostos diferentes, as massas da outra substância variam em uma proporção de números inteiros e pequenos. TEORIA ATÔMICA DE DALTON: No ano de 1803 John Dalton, considerado por muitos autores como o criador da primeira teoria atômica, propôs uma teoria para explicar as leis enunciadas por Lavoisier e Proust, lei da conservação da massa e da composição definida respectivamente. Essa teoria foi baseada em diversos experimentos e apontou diversas conclusões; 1) A matéria é constituída por átomos, que são pequenas esferas maciças e indivisíveis ( modelo bola de bilhar). 2) Toda matéria é constituída por átomos . 3) Matéria diferente pode ser formada pelo mesmo tipo de átomo. 4) Durante uma reação química os átomos não desaparecem nem são transformados em outros átomos, apenas reorganizados. MODELO DE THOMSON: Em 1903, o físico Joseph John Thomson a partir do experimento com tubos de raios catódicos formulou um novo modelo atômico que ficou conhecido como “pudim de passas”. Os raios catódicos são formados por partículas menores que os átomos que movimenta em linha reta em direção do ânodo (polo positivo) Essas partículas ficaram denominada de elétrons. Com este modelo Thomson constata que o átomo é divisível e era uma esfera de carga elétrica positiva recheada de elétrons de cargas negativas, ou seja, os elétrons distribuíam-se uniformemente no átomo. Este modelo derruba a ideia de que o átomo é indivisível e introduz os fenômenos elétricos da matéria. FIQUE LIGADO! A maior contribuição de Thomson foi a descoberta dos elétrons no entanto seu modelo se limitada na maneira como esses elétrons eram distribuídos no átomo. Após a descoberta de Thomson, vários cientistas começaram a estudar os raios catódicos, anos após Roentgen descobriu os raios X e Goldstein descobriu os raios canais. Os tubos de imagens de televisão e de monitores de computadores convencionais e bem como a máquina de raios x, são avanços tecnológicos que ocorreram das pesquisas dos raios catódicos. MODELO DE RUTHERFORD: Em 1911 Ernest Rutherford idealizou a ideia do núcleo ao realizar o experimento da lâmina de ouro bombardeado por partículas alfa emitidas do elemento radioativo polônio. Rutherford utilizou o elemento radioativo polônio que emitida partículas alfas e colocou em uma caixa de chumbo com um pequeno orifício para que as partículas conseguisse passar. As partículas alfas atravessava uma folha de ouro finíssimo e incida sobra a tela fluorescente que então brilhava. Mas repare que algumas partículas alfa atravessa a lâmina em linha reta, mas algumas se desviam e se espalham. CONCLUSÕES DO EXPERIMENTO: 1. As partículas alfa atravessa a lâmina de ouro em linha reta, isso acontecia porque os átomos eram estruturas praticamente vazias, não esferas maciças como diziam Dalton. 2. Em uma minúscula região de seu interior estaria concentrado toda a carga positiva responsável pelo desvio de um pequeno número de partículas alfa (NÚCLEO). 3. Distante desta região chamada núcleo, circulavam os elétrons, isso fez com que Rutherford se convencesse de que o átomo deveria ser semelhante ao modelo do sistema solar. 4. Rutherford chegou a conclusão de que o átomo teria um núcleo positivo que seria muita pequeno em relação ao todo mas possui uma grande massa e ao redor deste, os elétrons que descreviam órbitas circulares em altas velocidades para não serem atraídas e caírem sobre o núcleo. A eletrosfera seria cerca de dez a cem mil vezes maiores do que o núcleo atômico e entre eles haveria um espaço vazio. O QUE FALTOU? O átomo de Rutherford apresentou algumas falhas. Segundo o próprio os elétrons ficaria girando em movimento circular uniforme em volta do núcleo, por isso é conhecido como modelo planetário. Então se os elétrons giram em volta do núcleo eles iriam perder energia gradualmente e chegaria um momento em que ele cairiam em espiral para núcleo que, além disso, apresenta cargas positivas e tendem a atrair os elétrons. A física clássica indagou então a Rutherford porque de os elétrons ficam em movimento ao redor do núcleo sem que eles caiam em espiral para o núcleo, ocorrendo assim um colapso? Se as partículas apresentam cargas opostas, por que elas não se atraem? O próximo modelo atômico veio para responder essas indagações da física clássica. FIQUE LIGADO! Goldstein foi quem criou um tubo e observou que quando ocorriam descargas elétricas através do tubo contendo um gás rarefeito, surgiam raios que apresentavam massas e cargas elétricas positivas, esses raios ficaram denominados de raios canais. No entanto foi Rutherford que verificou os raios canais originários do hidrogénio e a essa unidade eletricamente carregada positivamente deu-se o nome de próton. Em 1932 James Chadwick observou que o núcleo do berílio radioativo emitia partículas sem carga elétrica e com massa igual à dos prótons, sendo denominada de nêutron. Surgia então a terceira partícula subatômica Neste momento tínhamos então: PARTÍCULAS MASSA CARGA ELÉTRICA Prótons 1 +1 Nêutrons 1 0 Elétrons 1 /1836 -1 MODELO DE BOHR O modelo do físico Niels Bohr veio para aperfeiçoar o modelo de Rutherford, como prova disso este modelo ficou conhecido como Rutherford-Bohr. Rutherford acreditava que o átomo era como um sistema solar microscópico no qual os elétrons descreviam uma órbita ao redor do núcleo. Entretanto de acordo a física clássica uma partícula carregada como um elétron que se move em uma trajetória circular perderia energia continuamente pela emissão de radiação eletromagnética movendo em forma de espiral em direção ao núcleo. Foi então que Bohr nos seus estudos baseados no espectro de linhas do hidrogênio supôs que os elétrons moviam-se em órbitas circulares ao redor do núcleo em que o elétron possui certa órbita permitida que tenha energia especifica, uma energia mínima em qual o elétron estaria em um estado de energia permitido. E um elétron no estado de energia permitido não irradiará energia e, portanto não se moverá em forma de espiral em direção ao núcleo. No modelo Rutherford-Bohr quando um elétron salta de um nívelmenor para um nível mais elevado, ele absorve energia e quando ele retorna para um nível menor o elétron emite uma radiação em forma de luz. Bohr organizou estes elétrons em camadas a qual ele denominou por: K, L, M, N, O, O e Q. Cada camada possui um número máximo de elétrons a qual será apresentando na tabela abaixo. NÚMERO NOME Nª DE ELÉTRONS 1 K 2 2 L 8 3 M 18 4 N 32 5 O 32 6 P 18 7 Q 8 FIQUE LIGADO! O modelo de Bohr apenas aperfeiçoou o modelo de Rutherford e não substituiu. Prova disso ele é conhecido como Rutherford-Bohr. O modelo de Rutherford-Bohr também houve limitações, ele não explica o comportamento de linhas no espectro de átomo polieletrônicos. Além disso ele descreve o elétron apenas como uma partícula circulando ao redor do núcleo, e hoje já sabemos que o elétron assumi função de partícula e onda. O modelo de Bohr fez uso da teoria quântica e da constante de Planck, para estabelecer que um átomo emite radiação eletromagnética apenas quando um elétron salta de um nível quântico para outro. Esse modelo foi fundamental para os desenvolvimentos futuros da física atômica teórica. APLICAÇÕES DO MODELO DE BOHR NO NOSSO DIA-A-DIA: • A quimioluminescência é a emissão de luz não acompanhada da emissão de calor em consequência de uma reação química. (LUMINOL) • Bioluminescência é a emissão de luz visível derivada da liberação química de fótons. A bioluminescência obedece a várias funções biológicas (VAGALUMES) • Fluorescente: uma substância assim absorve energia da luz fornecida por determinada fonte e emite radiação visível, porém, quando o fornecimento de energia acaba, a emissão da radiação para imediatamente. (PLACAS DE TRÂNSITO) • Fosforescente: Da mesma forma que ocorre na fluorescência, na fosforescência, uma substância emite radiação visível porque absorve energia da luz fornecida por determinada fonte. Entretanto, nesse caso, mesmo depois que o fornecimento de energia parou, a substância fosforescente continua por algum tempo emitindo luz visível. Esse tempo pode variar desde frações de segundos até dias. (TOMADAS ELÉTRICAS E INTERRUPTORES) MODELO ATÔMICO DE SOMMERFELDO: Em 1915 Arnold Sommerfeld estudando os espectros de emissão de átomos mais complexos que o hidrogênio, ele observou que em cada camada eletrônica (n) havia 1 órbita circular (n) e (n-1)(l) órbitas elípticas com diferentes excentricidades. Estas órbitas elípticas foram denominadas de subníveis ou subcamadas de energia sendo elas s,p,d, f,g,h...Ele propôs este modelo através na teoria da relatividade de Einstein e da teoria quântica, assim podendo explicar detalhes dos espectros. MODELO QUÂNTICO MODELO DE BROGLIE: Com base em análises e experiências, verificou-se que a luz apresenta um comportamento dual. Em 1924, o físico francês Louis De Broglie lançou a hipótese baseada nos estudos de Albert Einstein e também de Max Planck o conceito da mecânica ondulatório onde o elétron se apresentava o princípio da dualidade partícula-onda. Este modelo proposto por De Broglie constitui um princípio fundamental do comportamento da estrutura atômica, tornando possível uma compreensão mais abrangente da natureza do átomo, bem como das ligações químicas por eles estabelecidas. O modelo atômico atual é um modelo matemático/ probabilístico, sendo o princípio da dualidade um dos seus pilares. MODELO DE SCHRODINGER: O físico austríaco Erwin Schrodinger em 1926 por meio da equação que ficou conhecida como equação de schrodinger conseguiu calcular a região mais provável onde o elétron possa estar. Para essa região atribui o nome de orbital. O orbital nada mais é que a região do espaço ao redor do núcleo onde há máxima probabilidade de se encontrar um elétron. PRINCÍPIO DA INCERTEZA DE HEISENBERG: Em 1926, o cientista Werner Heisenberg (1901-1976) afirmou que não é possível determinar a velocidade e a posição de um elétron de determinado átomo. Desse modo, foi adotado que, no lugar de se determinar apenas uma órbita definida para o elétron, o mais adequado e correto é admitir que existissem regiões possíveis para este elétron estar. Essas regiões são chamadas de orbital, a qual foi calculada pelo cientista Erwin Schrödinger citado a cima. MODELO ATÔMICO ATUAL Nos dias atuais, o modelo "planetário", quer seja o de Bohr, quer seja o de Sommerfeld não é mais aceito. O modelo atômico atual é um modelo matemático- probabilístico que se baseia em dois princípios principais, o primeiro deles o princípio da incerteza de Heisenberg onde é impossível determinar com precisão a posição e a velocidade de um elétron em um mesmo instante e também o principio da dualidade de Broglie onde o elétron comporta-se como matéria e energia sendo uma partícula-onda. NÚMEROS QUÂNTICOS: Podemos definir de forma simples e objetiva os números quânticos como sendo o endereço de cada elétron dentro de um átomo. Se quisermos encontrar um determinado elétron, devemos saber: O nível (Número quântico principal (n) ) O subnível (Número quântico secundário ou azimutal (l)) O orbital (Número quântico magnético (m ou ml) Rotação do elétron (Número quântico spin (s ou ms) Número quântico principal (n): se refere ao nível de energia em que os elétrons estão localizados, sendo que pode variar de 1 a 7, depende da camada em que se encontra. Essas camadas estão localizadas na eletrosfera atômica. Número quântico secundário (ℓ): É referente aos subníveis (presentes nas camadas K, L, M...). De acordo com Sommerfeld, para cada órbita circular (n) existia n-1 órbitas elípticas. Os níveis de energia são subdivididos em subníveis de energia. Esses subníveis são representados a partir de letras e números. O número quântico magnético indica a orientação dos orbitais (região de máxima probabilidade de se encontrar o elétron no átomo) no espaço. Os seus valores podem variar de -3 a + 3. Para entender como determinar esse número quântico, temos de realizar uma representação gráfica dos elétrons em orbitais. Isso é feito geralmente indicando um orbital por um quadrado. Por exemplo, o subnível s só possui um orbital, pois ele tem só uma forma em relação a qualquer orientação espacial, que é esférica. Lembre-se de que cada orbital comporta no máximo dois elétrons e que cada elétron é indicado por uma seta: Regra de Hund 3.9.4-O número quântico do spin mostra o sentido da rotação do elétron. Dois elétrons num mesmo orbital não se repelem porque cada elétron gira ao redor de seu próprio eixo no sentido horário ou anti- horário. Dois elétrons no orbital giram em sentidos opostos, anulando o magnetismo um do outro e proporcionando um sistema mais estável. Assim, em função dos sentidos de rotação para os elétrons, são conhecidos dois valores para o spin: O sentido da seta indicará o spin, que é adotado por convenção. Por exemplo, para o primeiro elétron de um orbital pode-se convencionar que sua identificação começará com todas as setas para cima e que as setas para cima irão indicar o spin -1/2. Assim, as setas para baixo irão indicar o spin igual a +1/2. Mas o contrário também pode ser adotado. PRATICANDO: Qual é o conjunto dos quatro números quânticos que caracteriza o elétron mais energético do35Br?
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