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Tabela periódica Universidade Federal Rural do Semi-Árido Centro de Engenharias Bacharelado em Ciência e Tecnologia Mossoró, dezembro de 2017 Introdução Com o crescimento dos experimentos químicos, o número de elementos se expandiu e tentou-se encontrar padrões no comportamento químico que culminaram no desenvolvimento da tabela periódica em 1869. Muitos elementos mostram similaridades entre si. Exemplos: a) lítio, sódio e potássio são metais macios e muito reativos; b) Hélio, neônio e argônio são gases não – reativos. • Em 1869, o químico russo Mendeleev propôs a classificação dos elementos de forma regular, tendo inclusive previsto a existência de alguns elementos não descoberto. • Mendeleev, estruturou os elementos em ordem crescente de peso atômico. Essa organização resultou em famílias de elementos com propriedades químicas similares, os quais ele dividiu em grupos na tabela periódica. Introdução Origem da tabela periódica Figura 1. Representação do elemento químico na tabela. A tabela Colunas na tabela periódica chamam-se grupos ou famílias; Linhas horizontais na tabela periódica chamam-se períodos; Elementos que pertencem ao mesmo grupo ou família , geralmente apresenta similaridades químicas e físicas. Exemplo: metais cobre, prata pertencem ao grupo IB e são usados no mundo inteiro para a fabricação de moedas. Classificação da tabela periódica O número do período de um elemento é igual ao número de níveis eletrônicos que esse elemento possui. Exemplo: o elemento flúor tem 9 elétrons. A sua distribuição eletrônica é: K = 2 L = 7; Possui deste modo apenas 2 níveis de energia com elétrons (níveis 1 e 2 ou K e L) ⇒ este elemento localiza-se no segundo período da classificação periódica. Classificação da tabela periódica • Os elementos têm propriedades químicas semelhantes, devido à configuração eletrônica ser semelhante, ou seja, são os elétrons mais “exteriores” (elétrons de valência) que exercem influência sobre as propriedades dos elementos. Classificação da tabela periódica Grupo Nome Elementos 1A Metais alcalinos Li, Na, K, Rb, Cs, Fr 2A Metais alcalinos terrosos Be, Mg, Ca, Se, Ba, Ra 6A Calcogênios O, S, Se, Te, Po 7A Halogênios F, Cl, Br, I, At 8A Gases nobres He, Ne, Ar, Kr, Xe, Rn A tabela Tabela 1. Nome de alguns grupos da tabela periódica Classificação dos elementos A tabela periódica – Metais Metais – compreende todos os elementos do lado esquerdo e meio da tabela (exceção do hidrogênio). Todos os metais, com exceção do mercúrio , são sólidos à temperatura ambiente. Metais alcalinos (grupo IA) - lítio, sódio, potássio, rubídio, césio e frâncio. Esses elementos nunca são encontrados no estado elementar pois reagem rápido e completamente com quase todos os não-metais, incluindo o oxigênio. O sódio e o potássio são bastantes abundantes na natureza, enquanto os outros metais são bem menos comuns. A tabela periódica – Metais alcalinos Os metais alcalinos são obtidos através da eletrólise a partir de seus compostos. As superfícies dos metais alcalinos recém-preparados apresentam um brilho. Os metais alcalinos são bons condutores de calor e eletricidade e, formam o grupo mais mole e com os menores pontos de fusão. Devido a sua baixa dureza e alta reatividade, os metais nunca são usados para fins estruturais. A tabela periódica – Metais alcalinos Metais alcalinos-terrosos (grupo IIA) – berílio, magnésio, cálcio, estrôncio, bário e rádio. Esses elementos nunca se encontram em estado metálico na natureza. São agentes redutores eficientes e reagem facilmente com uma variedade de não-metais. O magnésio é o segundo elemento metálico mais abundante na água do mar. A tabela periódica – Metais alcalinos - terrosos O cálcio é encontrado em abundância no composto CaCO3 no mármore e calcário. O bário e o estrôncio são encontrados como sulfatos BaSO4 e SrSO4. Os metais alcalinos-terrosos são todos mais duros que os metais alcalinos. A tabela periódica – Metais alcalinos - terrosos A tabela Os metais estão separados dos não–metais por uma linha diagonal. Elementos que estão na borda que separa os metais dos não-metais como o antimônio (Sb) tem propriedades intermediárias entre metais e não-metais. Esses elementos são chamados de metalóides. Não–metais Os grupos VA, VIA, VIIA e gases nobres (grupos 15, 16, 17 e 18) abrangem quase todos os elementos não-metálicos. Os não-metais geralmente diferem dos metais na aparência e em outras propriedades físicas. São maus condutores de calor e eletricidade, não possuem brilho característico e podem ser encontrados nos estados sólido, líquido e gasoso à temperatura ambiente (25°C). São poucos, quando comparados aos metais; porém, são os mais abundantes da natureza, como por exemplo, o oxigênio. A tabela periódica - Não-metais Grupo VA – nitrogênio, fósforo, arsênio, antimônio, bismuto. Nesse grupo há uma ampla faixa de variação das propriedades físicas e químicas. O nitrogênio e o fósforo são não-metais; O arsênio e antimônio são semi-metais; Bismuto é um metal, apesar de apresentar modesta condutividade elétrica. A tabela periódica Grupo VI A – oxigênio, enxofre, selênio, telúrio, polônio. Nestes grupos os elementos mais leves apresentam diferenças acentuadas de propriedades químicas em relação aos elementos mais pesados do mesmo grupo. O oxigênio é o mais abundante e importante deste grupo, existe sob a forma de gás biatômico e sua química apresenta quase que exclusivamente, só estados de oxidação negativos. • Há duas formas importantes: oxigênio (O2) e ozônio (O3). O ozônio possui um cheiro pungente e é tóxico. A tabela periódica – Não- metais Grupo VI A – oxigênio, enxofre, selênio, telúrio, polônio. O enxofre, selênio, telúrio e o polônio constituem sólidos com estruturas mais complexas; Seus compostos podem apresentar ampla faixa de estados de oxidação, tanto negativos como positivos. Enxofre é um não-metal em termos de suas propriedades elétricas. Selênio e telúrio – são sólidos acinzentados com algum brilho metálico e são classificados como semi-metais pois apresentam pequena condutividade elétrica crescente com a temperatura. Polônio – elemento radioativo raro, cuja condutividade elétrica é típica de um metal. A tabela periódica – Não- metais Grupo VIIA – flúor, cloro, bromo, iodo e astato. Os elementos flúor, cloro, bromo e iodo são sempre encontrados na natureza na forma combinada em virtude de sua alta reatividade química. O flúor é o mais eletronegativo dos elementos e apresenta apenas o estado de oxidação -1. O cloro, o bromo e o iodo também são eletronegativos porém podem formar compostos de oxidação positivos ou negativos. A tabela periódica – Não- metais Grupo VIIA – flúor, cloro, bromo, iodo e astato O flúor e o cloro são os dois halogênios mais abundantes. O flúor ocorre principalmente como fluorita (CaF2) e criolita (Na3AlF6) e é preparado pelo método eletrolítico. O flúor,o cloro e o bromo são encontrados na natureza no estado de oxidação -1, e portanto devem ser oxidados para se obter a forma elementar. A tabela periódica – Não- metais Grupo VIIIA – gases nobres (neônio, argônio, criptônio, xenônio e radônio). Os gases nobres apresentam estabilidade atômica, ou seja, não precisam associar-se a outro elemento para ficar estável e por isso, dificilmente formam substâncias compostas. Em razão dessa estabilidade, foi atribuída aos gases nobres a teoria do octeto, na qual um átomo somente pode ser considerado estável ou quimicamente inerte se ele apresentar dois ou oito elétrons em sua camada de valência, já que o hélio apresenta dois elétrons na camada de valência e todos os outros gases nobres apresentam oito elétrons nessa camada. A tabela periódica – Não- metais A tabela periódica – Não - metais Átomos dos elementos da família dos gases nobres, todos eles (com exceção do hélio) possuem oito elétrons na camada de valência e essa é a razão deles serem tão estáveis: A tabela periódica – Não - metais O hélio é o gás nobre mais importante uma vez que o hélio liquido é usado como líquido refrigerante. A tabela periódica – Não- metais Propriedades periódicas Raio atômico - distância entre o centro do átomo e a sua camada de valência, que é o nível de energia com elétrons mais externo deste átomo. Como o átomo não é rígido é impossível calcular o seu raio atômico exato. Deste modo, calcula-se o seu raio atômico médio. Propriedades periódicas – raio atômico Devido a dificuldade em obter-se o raio de átomos isolados determina- se (através de raios X) a distância entre os núcleos de dois átomos ligados do mesmo elemento, no estado gasoso. O raio atômico será metade da distância calculada. Propriedades periódicas – raio atômico Ao longo de um grupo, o valor de (n) aumenta, ou seja, os elétrons vão estar mais distantes do núcleo e o raio atômico será maior. Ao longo de um período, (n) é o mesmo, porém o aumento da carga nuclear efetiva (Z), faz com que a atração entre o núcleo e os elétrons aumente e o raio atômico diminua. Quando um átomo absorve energia, o elétron salta de um nível de menor energia para outro nível de maior energia. Se essa energia for suficientemente alta, será possível arrancar o elétron do átomo. A remoção de elétrons de camadas mais internas necessita de mais energia do que a remoção de elétrons da camada de valência. Propriedades periódicas – potencial de ionização Energia de ionização - é a energia mínima para retirar um elétron do átomo que se encontra no estado fundamental e gasoso. À medida que o raio atômico diminui, a força de atração do núcleo sobre a eletrosfera aumenta. Nessa situação, a energia necessária para retirar o elétron aumenta, pois esse elétron encontra-se mais fortemente atraído pelo núcleo. A energia de ionização é inversamente proporcional ao raio atômico, ou seja, no momento que o raio atômico diminui a energia de ionização aumenta. Propriedades periódicas – potencial de ionização Eletronegatividade - é a tendência dos átomos a absorverem elétrons e tornarem-se ânions em uma ligação química. Propriedades periódicas – eletronegatividade
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