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Resumo para a tutoria de Sistema Nervoso Central

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Med 2 – 2018.1		Paula Gabriela – M4P2
Sistema Nervoso Central
1) Caracterizar morfofuncionalmente o SNC
a) Tipos Celulares e suas funções
b) Barreiras Biológicas
c) Neuróglia
d) Anato-fisiologia (componentes) 
2) Compreender o processo de bioeletrogênese
a) Impulsos Nervosos
b) Neurotransmissores
3) Diferenciar o SNC do snp
Centro de controle do Sistema Nervoso → são centros integradores da homeostasia, do movimento e de muitas outras funções corporais.
Neurônios → conduzem rapidamente sinais elétricos
Os neurônios liberam sinais químicos, denominados neurotransmissores, no meio extracelular, para gerar comunicação entre a células vizinhas.
Em algumas vias, os neurônios estão interligados por junções comunicantes que permitem a passagem de sinais elétricos diretamente de uma célula para outra.
A complexidade da rede neural e de seus componentes determina as propriedades emergentes do Sistema Nervoso.
Propriedades Emergentes → são processos complexos como a consciência, inteligência e emoção que não podem ser previstos com o conhecimento que temos sobre a propriedade das células nervosas. 
Sinônimos em neurociência
Potencial de Ação → Impulso nervoso, potencial em ponta, sinal conduzido, PA.
Sistema Nervoso Autônomo → Sistema Nervoso Visceral
Axônio → Fibra Nervosa
Transporte Axonal → Fluxo axoplasmático
Terminal axonal → Terminal pré-sináptico, botão sináptico
Axoplasma → Citoplasma do axônio
Corpo celular → Soma celular, corpo do neurônio
Axolema → Membrana celular do axônio 
Células da glia → Neuróglia, glia
Interneurônio → Neurônio de associação
Sustância de Nissl → Corpo de Nissl, Retículo Endoplasmático Rugoso
Neurônio Sensorial → Neurônio aferente, aferente
Organização do sistema nervoso
O sistema nervoso pode ser divido em: 
Sistema Nervoso Central (SNC): encéfalo e medula espinal → centro integrador dos reflexos neurais.
Sistema Nervoso Periférico (SNP): neurônios sensoriais (aferentes) e neurônios motores (eferentes).
Fluxo de informações: Estímulo → Receptor sensorial → Sinal de entrada → Centro integrador → Sinal de saída → Efetor → Resposta. 
Os receptores sensoriais monitoram continuamente o meio interno e externo do corpo, que enviam informações através de neurônios sensoriais para o SNC.
Os neurônios do SNC integram a informação proveniente da divisão sensorial do SNP e determinam se uma resposta é necessária ou não.
Se a resposta for necessária, o SNC envia sinais de saída via neurônios eferentes, até as células-alvo, que geralmente são músculos e glândulas.
Neurônios Eferentes:
Divisão motora somática, que controla os músculos esqueléticos
Divisão autônoma, que controla os músculos liso e cardíaco, glândulas exócrinas, algumas endócrinas, e alguns tipos de tecido adiposo.
A divisão autônoma do SNP também é chamada de Sistema Nervoso Visceral, uma vez que controla a contração e secreção em vários órgãos internos.
Os neurônios autonômicos são subdivididos em Ramo Simpático e Parassimpático, cuja as duas divisões exercem controle antagonista sobre as suas células-alvo.
Podem ser distinguidos por sua organização anatômica e pelas substâncias que utilizam para se comunicar com suas células-alvo.
Sistema Nervoso Entérico: rede de neurônios presente na parede do trato digestório. É controla pela divisão autônoma do SNP, mas também é capaz de funcionar de maneira independente como seu próprio centro integrador.
Células do Sistema NErvosoO SNC pode iniciar uma atividade sem nenhum sinal sensorial de entrada (ex: quando decidimos enviar uma mensagem para um amigo). Além disso, o SNC não precisar criar um sinal de saída mensurável para divisões eferentes (ex: Os pensamentos e os sonhos são funções encefálicas que podem ocorrer completamente dentro do SNC).
Neurônios → unidades sinalizadoras básicas do SN.
Células de suporte, conhecida como células da Glia ou Neuróglia.
Os neurônios conduzem sinais elétricos
Os neurônios possuem uma estrutura celular única com longos processos que estendem para fora do corpo celular. Esses processos são os axônios (recebem os sinais de entrada) e os dendritos (conduzem informações de saída).
Classificação quanto a função:
Neurônios sensoriais (aferentes): conduzem informação sobre pressão, luz, temperatura e outras informações para o SNC. Os neurônios sensoriais periféricos são pseudounipolares e os neurônios localizados no nariz e nos olhos são bipolares muitos pequenos, os sinais que iniciam nos dendritos viajam através do corpo celular para o axônio.
Interneurônios: estão localizados apenas dentro do SNC e possuem muitas ramificações o que permitem a comunicação com vários neurônios.
Neurônios eferentes (motor somático e autônomo)
Os axônios podem se dividir inúmeras vezes em ramificações denominadas colaterais.
Os neurônios possuem terminações espessas chamadas de terminal axonal. E muitos neurônios autonômicos possuem regiões espessas denominadas de varicosidades → São capazes de armazenar e liberar neurotransmissores.
Nervos: axônios longos dos neurônios periféricos aferentes e eferentes agrupados juntos com tecido conectivo e que se estendem a partir do SNC para os alvos desses neurônios.
Nervos sensoriais: conduzem apenas sinais aferentes
Nervos motores: conduzem apenais sinais eferentes.
Nervos mistos: conduzem sinais em ambas as direções.
O corpo celular é o centro de controle
Possui um citoesqueleto extenso que se estende para dentro dos axônios e dos dendritos.
Sua posição varia nos diferentes tipos de neurônios.
Contém DNA que é o molde para a síntese proteica.
Os dendritos recebem o sinal de chegada
São prolongamentos numerosos dos corpos celulares, responsáveis por receber estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios, traduzindo-os em alterações no potencial de repouso da membrana.
Aumentam a área de superfície dos neurônios, permitindo que eles se comuniquem com muitos outros neurônios.
No SNP, recebem a informação e transferem para uma região integradora dentro do neurônio.
No SNC, os espinhos dendríticos, funcionam como compartimentos independentes enviando sinais de ida e volta para outros neurônios no encéfalo. Muitos têm polirribossomos e podem produzir suas próprias proteína. 
Podem alterar seu tamanho e formato em resposta a um sinal de uma célula vizinha.Alterações morfológicas nos espinhos dendríticos estão relacionados tanto a processos de memória e aprendizagem como a patologias, incluindo alterações genéticas e neurodegenerativas, como na Doença de Alzheimer.
 os axônios conduzem os sinais de saída
Transmitir sinais elétricos de saída do centro integrador do neurônio para as células-alvo.
Na maioria dos neurônios periféricos, o axônio se origina do cone axonal. 
Geralmente, se ramificam de maneira esparsa para as laterais, formando neurônios colaterais.
Cada neurônio colateral um uma região arredondada do terminal axonal contendo mitocôndria e vesículas membranosas que armazenam as moléculas neurócrinas.O SN utiliza uma combinação de sinais químicos e elétricos para a comunicação de sinais a longa distância.
O sinal elétrico percorre o neurônio até que alcance a extremidade da célula, onde é traduzido em um sinal químico secretado pelo neurônio → moléculas neurócrinas.
Se a molécula se difunde do neurônio através de um estreito espaço extracelular até uma célula-alvo, atuando de forma rápida, é chamada de neurotransmissor.
Se a substância atua mais lentamente como um sinal autócrino ou parácrino, é chamado de neuromodulador.
Se a molécula neurócrina se difunde pela corrente sanguínea sendo amplamente distribuída pelo, é chamada de neuro-hormônio.
O citoplasma do axônio não possui ribossomos e RER, por essa razão, qualquer proteína destinada ao axônio ou ao terminal axonal deve ser sintetizada no corpo celular e transportada através do transporte axonal. 
Transporte axonal lento → transporta material através do fluxo axoplasmático ou citoplasmático do corpo celular para o terminal axonal. Pode ser utilizadoapenas por compontenetes que não consumidos rapidamente pelas células, como enzimas e proteínas do citoesqueleto. 
Transporte axonal rápido → transporta organelas (mitocôndrias) através de vesículas transportadoras e protéinas motoras.
Transporte anterógrado (para a frente): transporta vesículas e mitocôndrias do corpo celular para o terminal axonal. 
Transporte retrógrado (para trás): transporta componentes celulares velhos para a reciclagem, do terminal axonal para o corpo celular.Existem evidências de que fatores de crescimento neuronal e alguns vírus também chegam ao corpo celular por transporte retrógrado.
Estabeler sinapses depende de sinais químicos
Sinapse → região onde o terminal axonal encontra a sua célula-alvo
Célula pré-sináptica → neurônio que transmite um sinal para a sinapse.
Célula pós-sináptica → neurônio que recebe o sinal.
Fenda sináptica → espaço estreito entre neurônios. A fenda sináptica é preenchida por uma matriz extracelular com fibras que ancoram células pré e pós-sinápticas no lugar. 
Sinapse químicas → a célula pré-sináptica libera sinais químicos na fenda sináptica que se ligam a um receptor na membrana pós-sináptica.
Sinapse elétricas → a célula pré-sináptica e a pós-sináptica estão conectadas através de junções comunicantes. Além de ser bidirecional é mais rápida que a sinapse química.
Os axônios das células nervosas embrionárias enviam pontas especializadas denominados cones de crescimento, que se estendem pelo compartimento extracelular até encontrarem as células-alvo. Os cones dependem de vários tipos de sinalização para encontrar o seu caminho: fatores de crescimento, moléculas na matriz extracelular, proteínas na membrana dos cones e nas células ao longo do caminho (ex: As integrinas presente na membrana dos cones ligam-se às lamininas são fibras proteicas da matriz extracelular. As moléculas de adesão de células nervosas (NCAMs) interagem com proteínas de membrana de outras células. 
A sobrevivência das vias neuronais depende fatores neurotróficos secretados por neurônios e células da glia. 
As células da glia dão suporte aos neurônios
Glia produtora de Mielina
O tecido neural secreta pouca quantidade de matriz extracelular, assim as células da glia se amarram aos neurônios fornecendo estabilidade estrutural.
As células de Schawnn no SNP e os oligodendrócitos no SNC mantém e isolam os axônios por meio da formação de mielina (uma susbstância composta por várias camadas concêntricas de fosfolipídeos de membrana. 
A mielina, além de fornecer suporte, atua como isolante e acelera a transmissão de sinais.
Células de Schwann x Oligodendrócitos: no SNC, um oligodendrócito ramifica-se e forma mielina ao redor de uma porção contendo vários axônios. No SNP, a célula de Schwann associa-se com um axônio.
Cada célula de Schwann envolve um segmento de cerca 1 a 1,5 mm, deixando pequenos espaços, chamados de nódulos de Ranvier, entre as áreas isoladas com mielina.
Células-satélite: localizadas no SNP, são células de Schwann não mielinizadoras. Formam cápsulas de suporte ao redor dos neurônios localizados nos gânglios. 
Um gânglio é o agrupamento de corpos celulares localizados no SNP. 
O agrupamento de corpos celulares no encéfalo e na medula espinhal (SNC), equivalente a um gânglio periférico, é chamado de núcleo nervoso. 
Astrócitos: são altamente ramificadas e formam uma rede funcional comunicando-se umas com as outras através de junções comunicantes.
Associadas as sinapses onde capturam e liberam substâncias químicas.
Abastecem os neurônios com substratos para a produção do ATP e contribuem para manter a homeostasia do meio extracelular do SNC captando K+ e água.
Suas extremidades cercam os vasos e fazem parte da barreira hematoencefálica, que regula o transporte de materiais entre o sangue e o líquido extracelular. 
Microglia: na verdade, não são tecidos neurais, são células do sistema imune que residem permanentemente no SNC. Quando ativadas, removem células danificadas e invasores.
No entanto, às vezes, a micróglia libera substâncias reativas de oxigênio (SRO) danosas, pois liberam radicais livres. Acredita-se que o estresse oxidativo causado pelas micróglias esteja relacionado às doenças neurodegenerativas, como a Esclerose Lateral Amiotrófica.
Células ependimárias: cria uma camada epitelial com permeabilidade seletiva, o epêndima, o qual separa os compartimentos líquidos do SNC. 
O Epêndima é uma fonte de células tronco neurais, células imaturas que podem se diferenciar em neurônios e células da glia. 
Os fatores de crescimento e tróficos (nutritivos), derivados das células da glia, auxiliam na manutenção dos neurônios e os guiam durante o seu reparo e desenvolvimento.
As células da glia respondem aos neurotransmissores e neuromoduladores secretados pelos neurônios. 
sistema nervoso central
Propriedades emergentes das redes neurais
Os neurônios se conectam formando circuitos para funções específicas. Os circuitos mais complexos são os do encéfalo, nos quais bilhões de neurônios são conectados em intricadas redes que convergem e divergem, criando um número infinito de vias possíveis. 
A sinalização nessas vias produz o pensamento, a linguagem, o sentimento, o aprendizado e a memória – comportamentos complexos que nos tornam seres humanos.
Plasticidade encefálica: capacidade de modificar as conexões e as funções de circuitos em resposta a estímulos sensoriais e às experiências do passado. 
Comportamento afetivos → ligados a sentimentos e emoções
Comportamentos cognitivos → relacionados ao pensamento
Anatomia do sistema nervoso central
O snc é dividido em substância cinzenta e branca
Substância cinzenta → consiste em corpos celulares, dendritos e axônios de células nervosas não mielinizadas. 
Substância branca → constituída principalmente de axônios mielinizados e poucos corpos celulares.
Trato → feixe de axônios que conectam diferentes do SNC. São equivalentes aos nervos no SNP.
Os ossos e os tecidos conectivos sustentam o snc
O encéfalo está protegido pelo crânio e a medula espinhal pela coluna vertebral. Nervos do SNP entram e saem da medula espinhal, passando através de forames localizados entre as vertebras. 
Meninges: membranas que ajudam a estabilizar o tecido neural e protege-lo do impacto contra os ossos.
Dura-máter: mais grossa. Está associada a veias que drenam o sangue do encéfalo, através de vasos ou cavidades, chamados de seios.
Aracnoide: frouxamente ligada a membrana mais interna, deixando um espaço subaracnóideo entre as camadas. 
Pia-máter: membrana fina que adere a superfície do cérebro e da medula espinal. As aterias que suprem o encéfalo estão associadas a essa camada. 
Líquido extracelular: sangue (100-150 ml), líquido cerebrospinal e líquido intersticial (250-300 ml).
Líquido intersticial circula abaixo da pia-máter 
Líquido cerebrospinal é encontrado nos ventrículos e no espaço entre pia-máter e membrana aracnoide. 
Líquido cerebrospinal + líquido intersticial → meio extracelular dos neurônios. Seus compartimentos comunicam-se entre si através de junções permeáveis da membrana pial e pela camada de células ependimárias que revestem os ventrículos.
O cérebro flutua no líquido cerebrospinal
O líquido cerebrospinal (LCS) é uma solução salina continuamente secretada pelo plexo coroide (região especializada nas paredes dos ventrículos).
As células do plexo coroide bombeiam seletivamente sódio e outros solutos do plasma para dentro dos ventrículos, criando um gradiente osmótico que puxa água junto com outros solutos.
O LCS flui dos ventrículos para o espaço subaracnóideo, envolvendo todo o encéfalo e a medula espinal.Clinicamente, uma amostra do LCS é considerado um indicador do ambiente químico do encéfalo. Esse procedimento chamado de punção lombar é feito retirando líquido do subaracnóideo entre as vértebras na extremidade inferior da medula espinal. A presença de proteínas ou células sanguíneas sugerem uma infecção.
Por fim, é reabsorvido para o sangue por vilosidades especializadasna membrana aracnoide. Todo seu volume é renovado 3x ao dia.
A flutuabilidade do LCS reduz o peso do encéfalo cerca de 30x, o que implica em menos pressão sobre os nervos e vasos sanguíneos conectados ao SNC.
O LCS promove proteção por amortecimento e cria um meio extracelular rigidamente regulado para os neurônios. A concentração de K+ é menor no LCS e a de H+ é maior do que no plasma. A concentração de Na+ é semelhante a do sangue. 
a barreira hematoencefálica protege o encéfalo
Isola o principal centro de controle corporal de substâncias potencialmente nocivas do sangue e de patógenos circulantes, como as bactérias.
A grande seletividade da permeabilidade dos capilares protege o encéfalo de toxinas e flutuações hormonais, de íons e substâncias neuroativas, como os neurotransmissores.
As células endoteliais dos capilares do encéfalo forma junções oclusivas entre si, o que impossibilita o movimento de solutos entre as células. A formação das junções oclusivas é induzida por sinais parácrinos provenientes dos astrócitos adjacentes. Portanto, é o próprio tecido nervoso que cria a barreira hematoencefálica.
O endotélio capilar usa transportadores e canais de membrana específicos para transportar nutrientes e outras substâncias uteis do sangue para o líquido intersticial do encéfalo.A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico em que os níveis do neurotransmissor dopamina no encéfalo são muito baixos, uma vez que os neurônios dopaminérgicos ou estão danificados ou estão mortos. A dopamina administrada por via oral ou por injeção é ineficaz pois não atravessa a barreira hematoencefálica. No entanto, o precursor da dopamina, o L-dopa, é transportado através da barreira hematoencefálica por um transportador de aminoácidos. Tendo acesso a L-dopa no liquido intersticial, os neurônios metabolizam-na à dopamina, permitindo que a deficiência seja tratada.
Algumas poucas áreas do encéfalo não têm acesso à barreira hematoencefálica e seus capilares tem um endotélio permeável. Nessas áreas, a função dos neurônios adjacentes depende do contato direto com o sangue. Por exemplo, o hipotálamo libera hormônios neurossecretores que devem passar para os capilares do sistema porta hipotalâmico-hipofisário e ser distribuídos à adenohipófise. 
Outra região que não apresenta barreira hematoencefálica é o centro do vômito no bulbo. Esses neurônios a presença de substâncias estranhas no sangue, possivelmente tóxicas, como as drogas. O vômito remove o conteúdo do sistema digestório e ajuda a eliminar substâncias tóxicas. 
Sinalização elétrica nos neurônios
As células nervosas e musculares são descritas como tecidos excitáveis devido a sua capacidade de propagar sinais elétricos em resposta a um estímulo.
A membrana celular separa dois meios: intracelular (citoplasma) onde predominam íons com carga negativa e K+ e o meio extracelular, onde predominam íons Na+ e Cl-. Assim, as cargas elétricas dentro e fora da membrana produzem um potencial elétrico de membrana, com o predomínio de cargas negativas no meio intracelular.
No caso do potencial de repouso, este varia de -60mV e -70mV, potencial alterado pelo movimento das cargas entre a membrana, gerando um gradiente de concentração e elétrico. Para que haja esse transporte, os íons precisam passar por canais iônicos, formados por proteínas sensíveis a voltagem.
Os dendritos são especializados em receber estímulos e traduzi-los em alterações no potencial de repouso da membrana, por meio da despolarização ou hiperpolarização, além da entrada e saída de íons. 
 A despolarização é excitatória e reduz a quantidade íons negativos no interior celular (por meio da abertura dos canais de Na+ que aumentam de -60 para -45mV), já a hiperpolarização é inibitória e aumenta as cargas negativas no interior celular ou as cargas positivas do meio extracelular (pela abertura de canais de Cl-, indo de -60 a -90mV). Esses distúrbios elétricos são graduáveis, sendo uma amplitude de voltagem pequena ou eletrotônicos. 
No entanto, quando esses potenciais se dirigem para o corpo celular e chegam no cone de implantação e, posteriormente, a zona de disparo (gatilho), há a geração de um potencial de ação ou impulso nervoso, com uma elevação da amplitude de despolarização, em função da abertura de canais de Na+ e K+ sensíveis a voltagem +30mv. 
Assim, o axônio gera e conduz o potencial de ação (estímulo excitatório), o qual é repetido ao longo do axônio até chegar no alvo, já que ele próprio gera o distúrbio eletrotônico que se propaga até os novos locais ricos em canais de sódio e potássio sensíveis a voltagem (Bioeletrogênese)
Segue-se a repolarização pela saída de K+ (canais dep volt) e a volta às condições de repouso pela bomba de sódio e potássio. 
Condução “Saltatória” de Nodo a Nodo nas fibras mielinizadas: nenhum íon pode fluir através das grossas bainhas de mielina, eles podem passar com facilidade através dos nodos de Ranvier. Assim, potenciais de ação só ocorrem nos nodos de Ranvier, conduzidos de nodo para nodo. A corrente elétrica flui pelo líquido extracelular que circunda a parte externa da bainha de mielina, de nodo a nodo, excitando nodos sucessivos. Como o processo de despolarização pula longos trechos ao longo do eixo da fibra nervosa, esse mecanismo aumenta a velocidade de transmissão nervosa nas fibras mielinizadas por 5 a 50 vezes.
Sinapses
Correspondem aos locais de contato entre os neurônios, principalmente entre as terminações axônicas e os dentritos (ou pericários) de outros neurônios, com o intuito de transmitir uma informação unidirecional. 
Também podem ser chamadas de sinapses interneuronais, embora no SNP os contatos podem ser entre neurônios e outras estruturas, como músculos e células secretoras. 
Assim, existem diversos tipos de sinapses: entre axônios e dentritos (axo dentrítica), entre axônio e pericárdio (axo somática), entre dentritos (dentro dentríticas) e entre axônios (axo axônicas). 
 Sinapse elétrica: Nestas, encontram-se diversos canais iônicos – junções comunicantes – que permitem a passagem de moléculas nos dois sentidos, portanto, não é polarizado, além da conexão elétrica e a transmissão dos impulsos.
Sinapse química: a comunicação entre os elementos em contato ocorre pela liberação de substâncias químicas, conhecidas com neurotransmissores → abrem ou fecham canais iônicos pela sua ligação com receptores proteicos (ionotrópicos) ou desencadeiam uma cascata molecular nas células pós-sinápticas que produz segundos mensageiros em vesículas sinápticas (metabotrópicos) + ATP (energia para sintetizar novas moléculas do neurotransmissor). 
Neurotransmissores: acetilcolina, adrenalina, noradrenalina, ácido gama-amino-butírico (GABA), histamina, dopamina, etc... como as sinapses químicas são polarizadas, apenas um dos lados da membrana possui o neurotransmissor. Neste caso, seria na membrana pré-sináptica, sintetizados pelo pericário e pelas terminações axônicas.
Anatomia fisiológica da Sinapse 
Botões sinápticos, chamados terminais pré -sinápticos, são encontrados nas superfícies dos dendritos e do corpo celular, são as porções terminais de ramificações de axônios de diversos outros neurônios. Muitos terminais são excitatórios (secreta NT que estimula o neurónio pós -sináptico) ou inibitórios (secretam NT que inibe o neurônio pós). São separados do corpo celular do neurônio pós-sináptica pela fenda sináptica. 
O terminal tem 2 tipos de estruturas internas importantes para a função excitatória ou inibitória das sinapses: as vesículas transmissoras e as mitocôndrias. As vesículas transmissoras contém NT, que quando liberado na fenda sináptica, excita ou inibe o neurônio pós – excita se a membrana neuronal contiver receptores excitatórios, inibe se a membrana tiver receptores inibitórios.
 As mitocôndrias fornecem ATP, que supre a energia necessária para sintetizar novas moléculas da substânciatransmissora. Quando o potencial de ação chega ao terminal pré, a despolarização de sua membrana faz com que pequeno número de vesículas libere moléculas de NT na fenda sináptica.. 
Mecanismo pelo qual o potencial de ação provoca a liberação do neurotransmissor pelos terminais pré-sinápticos
 O Papel dos Íons Cálcio: A membrana pré tem grande número de canais de Ca+ dependentes de voltagem. Quando o potencial de ação despolariza a membrana pré, os canais de cálcio se abrem a permitem a passagem de íons Ca para o terminal pré. A quantidade de NT que é liberada na fenda sináptica é diretamente proporcional ao número de íons Ca que entram. Quando os íons Ca entram no terminal pré, se ligam a moléculas de proteínas especiais presentes na superfície interna da membrana pré, chamadas sítios de liberação. Essa ligação provoca a abertura dos sítios de liberação através da membrana, permitindo que algumas vesículas contendo os NT liberem seu conteúdo na fenda sináptica.
Obs.: Quando o impulso atinge a membrana pré-sináptica, há uma alteração do potencial de membrana, fazendo com que haja a abertura dos canais de Ca+2 dependentes de voltagem e a fusão das vesículas para que ocorra a referida exocitose na zona ativa. 
 Ação da Substância Transmissora sobre o Neurônio Pós-Sináptico 
Função das “Proteínas Receptoras”: A membrana do neurônio pós contem grande nº de proteínas receptoras e suas moléculas têm 2 componentes importantes: (1) o componente de ligação, que se exterioriza da membrana na fenda sináptica – local onde se liga o NT vindo do terminal pré – e (2) o componente ionóforo, que atravessa toda a membrana pós até alcanças o interior do neurônio pós. O componente ionóforo pode ser de 2 tipos: (1) canal iônico que permite a passagem de tipos específicos de íons, através da membrana ou (2) ativador de “segundo mensageiro” que é uma molécula que, projetando-se para o cito plasma da célula, ativa uma ou mais substancias localizadas no interior do neurônio pós. Os segundos mensageiros promovem aumento ou diminuição das funções celulares específicas. 
Canais Iônicos: os canais catiônicos permitem a passagem dos íons Na+ quando abertos e às vezes deixam passar íons potássio e/ou cálcio. Esses canais são revestidos por cargas negativas, que atraem os íons Na carregados positivamente para o canal e repelem os íon cloreto e outros ânions, impedindo a sua passagem. 
Canais aniônicos: permitem a passagem de íons cloreto e de pequenas quantidades de outros ânions. Os íons cloreto passam pelo canal até atingirem o lado oposto, enquanto o fluxo de cátions como Na+, K+ e Ca+2 está bloqueado principalmente porque seus íons hidratados são muito grandes para passarem. 
Quando canais catiônicos se abrem e permitem a passagem de íons Na com carga positiva, excita o neurônio. Portanto, o NT que abre os canais catiônicos é chamado de transmissor EXCITATÓRIO. A abertura de canais aniônicos permite a passagem e cargas elétricas negativas, o que inibe o neurônio. Desse modo, as substâncias transmissoras que abrem esses canais são chamadas transmissores INIBITÓRIOS. Quando a substancia transmissora não está mais presente, o fechamento do canal iônico é rápido. 
Sistema de “Segundos Mensageiros” no neurônio Pós-sináptico: os canais iônicos não são capazes de provocar alterações prolongadas no neurônio pós. A excitação ou inibição prolongada é realizada pela ativação do sistema químico de segundos mensageiros no neurônio pós. Um dos tipos mais comuns de segundos mensageiros utiliza as proteínas G, que é formada de: componente alfa (porção ativadora), componentes beta e gama (estão ligados ao componente alfa e também à parte interna da membrana celular, adjacente à proteína receptora). Durante a ativação pelo impulso nervoso, a porção alfa se separa das porções beta e gama, e então fica livre para se deslocar pelo citoplasma da célula. No citoplasma, o componente alfa livre executa múltiplas funções. As mudanças que podem ocorrer são as seguintes: 1. Abertura de canais iônicos específicos na membrana da célula pós-sináptica. Canal de potássio aberto por tempo prolongado; 2. Ativação do AMPcíclico ou GMPcíclico na célula neuronal. Ativa a maquinaria metabólica. Alterações a longo prazo da estrutura da célula, que alteram a excitabilidade do neurônio por longo tempo. 3. Ativação de uma ou mais enzimas intracelulares, que podem induzir uma das muitas funções químicas específicas da célula. 4. Ativação da transcrição gênica. Pode provocar a formação de novas proteínas pelo neurônio, modificando sua maquinaria metabólica. Ocorrem especialmente nos processos de memória de longa duração.
 Excitação 
1. Abertura dos canais de sódio, fluxo de grande nº de cargas elétricas positivas para a célula pós. Aumenta o potencial intracelular da membrana em direção ao potencial mais positivo, no sentido a atingir o limiar de excitação. 
2. Condução reduzida pelos canais de cloreto ou potássio ou ambos. Diminui a difusão de íons cloreto, com carga negativa para o neurônio pós ou a difusão de íons K com carga positiva para fora da célula. O efeito é fazer com que o potencial interno da membrana fique mais positivo que o normal, o que é excitatório. 
3. Alterações no metabolismo do neurônio pós, para excitar a atividade celular; aumentar o nº de receptores de membrana excitatórios ou diminuir o nº de receptores inibitórios da membrana. 
Inibição 
1. Abertura dos canais para íon cloreto. Permite rápida difusão dos íons cloreto com carga negativa do meio extra para o interior do neurônio pós, dessa forma, transportando cargas negativas para o interior da célula e aumentando a negatividade, que tem caráter inibitório. 
2. Aumento da condutância dos íons K para o exterior dos neurônios. Permite que íons positivos se difundam para o meio extra, aumentando a negatividade no lado interno, que inibe a célula. 
3. Ativação de enzimas receptoras que inibem as funções metabólicas celulares, promovendo aumento do nº de receptores sinápticos inibitórios, ou diminuindo o nº de receptores excitatórios. 
Substâncias Químicas que Atuam como Transmissores Sinápticos: neurotransmissores com moléculas pequenas e de ação rápida, neuropeptídios de tamanho molecular grande e de ação lenta. 
Os NT são moléculas pequenas, de ação rápida e que induzem respostas mais agudas do SN, como a transmissão de sinais sensoriais para o encéfalo e dos sinais motores do encéfalo para os músculos. 
Neurotransmissores de Moléculas Pequenas e de Ação Rápida: sintetizados no citosol do terminal pré e entram nas vesículas sinápticas situadas no terminal por meio de transporte ativo. Cada vez que o potencial de ação atinge o terminal pré, poucas vesículas liberam ao mesmo tempo seu NT na fenda sináptica. O NT provoca aumento ou diminuição na condutância ao sódio, que provoca excitação, ou o aumento da condutância ao potássio ou ao cloreto, o que causa inibição. 
Reciclagem das vesículas que armazenam neurotransmissores de molécula pequena: as vesículas que armazenam e liberam são continuamente recicladas. Depois de fundir-se à membrana sináptica e se abrir para liberar o NT, a membrana da vesícula no primeiro momento simplesmente passa a fazer parte da membrana sináptica. A porção da vesícula aderida à membrana se invagina de volta ao interior do terminal pré e se desprende para formar nova vesícula.A nova membrana vesicular ainda contém as proteínas enzimáticas apropriadas ou as proteínas transportadoras necessárias para sintetizar e/ou armazenar a nova substância transmissora na vesícula. 
Características de Alguns Neurotransmissores de Molécula Pequena 
Acetilcolina: efeitos excitatórios ou inibitórios (algumas terminações nervosas parassimpáticas periféricas e inibição do coração pelo nervo vago). 
 Norepinefrina: em muitas áreas se liga a receptores excitatórios e em poucas áreas se liga a receptores inibitórios. Secretada pela maioria dos neurônios pós-ganglionares e do sistema nervoso simpático, onde excita alguns órgãos e inibe outros.
Dopamina: efeito inibitório. 
Glicina: inibitória. 
GABA: inibitório. 
Glutamato: excitatório. 
Serotonina: inibe as vias de dor da medula espinhal, acredita -se que sua ação inibitória nas regiões superiores do SN auxilie no controle do humor do indivíduo, até mesmo provocando sono. 
Óxido Nítrico: responsável por comportamentos a longo prazo e pela memória. Sintetizado quase que instantaneamente, conforme sua necessidade. Modifica as funções metabólicas intracelulares que promovem alterações na excitabilidade do neurônio por segundos. 
Neuropeptídeos: ações em geral lentas. Suas vesículas passam por autólise e não são reutilizadas. Potência maior que os NT. Pode causar: fechamento prolongado dos canais de Ca, mudanças por longo tempo na máquina metabólica celular, alterações prolongadas na ativação ou desativação de genes específicos no núcleo celular, mudanças por longo tempo no número de receptores excitatórios ou inibitórios.
Obs: os canais iônicos catiônicos e aniônicos da membrana pré-sinaptica permitem a passagem de íons que irão estimular ou inibir a membrana pós-sináptica do neurônio seguinte. Quando a substância atravessa esses canais e não está mais presente naquele meio, os canais se fecham rapidamente, tendo um controle neuronal muito rápido. Já o “Sistema de 2º mensageiro” do neurônio pós-sináptico permite uma mudança prolongada do neurônio, como a memória, já que há a ligação da substância transmissora com a Proteína G, por exemplo. Tal fato permite a abertura de canais iônicos específicos por período prolongado; ativação do AMPc e GMPc que interferem diretamente na maquinaria metabólica dos neurônios a longo prazo; ativação de enzimas intracelulares e da transcrição gênica, a qual permite a síntese de novas proteínas.Botões terminais/ botões de passagem – vesículas neurotransmissores – membrana pré-sináptica – chegada do impulso – alteração do potencial de membrana – despolarização – abertura canais Ca+2 para o terminal sináptico –sítios de ligação - exocitose – densidade pré-sináptica /zona ativa – receptores ionotrópicos – membrana pós-sináptica – abertura de canais de Na+, K+, Cl- (canais iônico ou ativadores de 2º mensageiro) - despolarização ou hiperpolarização – passagem íons – impulso nervoso – inativação do neurotransmissor da fenda sináptica – restauração/ sinal elétrico neurônio – sinal químico na pós-sináptica

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