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PsicoFarmacologia 1.1

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PSICOFARMACOLOGIA
	Interesse da Psicologia pela farmacologia, a fim de ter noções da ação dos medicamentos e seus efeitos colaterais (no humor, na psicomotricidade, no comportamento e seus efeitos colaterais).
	Psicopatologias tem suas causas no SNC;
	Farmacologia: estudo da interação de compostos químicos com organismos vivos; estuda o fármaco e seus efeitos benéficos e desejáveis, mas também seu potencial tóxico.
	
Substância Química + Sistema biológico
Efeito maléfico (Drogas tóxicas):				 Efeito benéfico (medicamento):
Estudo pela ‘Toxicologia’						Farmacoterapia; profilaxia...
Seletividade da Droga: Determina os efeitos indesejáveis; depende da natureza química, dose e via de administração + fatores intrínsecos do paciente (genética, idade, patologias, etc).
Droga ideal: totalmente seletiva/isenta de reações adversas.
	A dose correta da substância, difere um medicamento de algum veneno.
Conceituações:
Droga: substâncias que alteram a fisiologia de um organismo vivo.
Fármaco: uma droga que tem sua estrutura química definida; com efeito benéfico ou, não (experimental).
Medicamento: fármaco que tem efeito benéfico e para uso terapêutico.
Remédio: qualquer coisa que faça o indivíduo se sentir melhor: terapia, fisioterapia, clima...
Efeito adverso: ação não esperada, provocada pelo fármaco
Efeito colateral: ação previsível, explicada pelo mecanismo de ação do fármaco.
Composição dos medicamentos:
	Fármaco: O princípio ativo do medicamento, podendo ter até 03 fármacos ativos, num mesmo medicamento.
	Adjuvantes: Substâncias inativas, presentes no medicamento para sua fabricação.
	Edulcorante: Cápsula, corante, adoçante...
Vias de administração de Drogas:
Parenteral (IV) – Intravenosa; Oral; Inalada; Transdérmica (aplicação sob a pele); Tópica (Diretamente na pele, via epiderme); Retal (Via o reto, acima do esfíncter anal) e Parenteral (Subcutânea – SC, ou Intramuscular – IM).
As 3 condições para a perfeita efetividade do medicamento: Medicamento certo; dose correta e na hora certa.
O que cada cor de tarja indica:
	Sem tarja: são isentos de prescrição médica.
	Tarja vermelha (s/ retenção de receita): Pode haver efeitos colaterais/ contraindicações;
	Tarja vermelha (c/ retenção de receita): Mesmas características da tarja anterior, mas de maior complexidade – Por exemplo: antibióticos e antidepressivos;
	Tarja preta: Psicotrópicos; necessário receituário especial azul; pode causar dependência;
	Tarja amarela: Medicamento genérico; sempre tem o nome do princípio ativo.
Definições segundo a Anvisa, para medicamentos:
	De referência: o inovador, aquele que ‘descobriu’ ou ‘criou’ o principio ativo; controla a patente.
	Genérico: laboratórios farmacêuticos que produzem o princípio ativo do medicamento de referência, após a validade da patente; passam por incessantes testes para comprovar a funcionalidade.
	Similar: tem nome comercial distinto do referência; muda os adjuvantes/validades; mantém o princípio ativo; intercambiável caso na listagem da Anvisa.
	Dose: Quantidade de droga a ser administrada;
	Biodisponibilidade: A extensão de absorção do fármaco, a partir de sua administração; quanto dele vai ser absorvido pelo corpo;
	Bioequivalência: quando um fármaco pode ser substituído por outro, sem consequências adversas;
	Tempo ½ vida: Tempo que leva para o fármaco ter sua concentração em 50% na circulação sanguínea;
	Estado de equilíbrio estável: indica quando o fármaco atinge a concentração terapêutica;
	Especificidade: Reciprocidade entre substâncias e ligantes – como um alvo; nenhum fármaco é totalmente específico, não é ideal.
A Célula
	Unidade morfofisiológica dos seres vivos -> dá função e constroem/moldam o organismo; têm funções específicas.
Componentes da célula e suas possíveis constituições:
Mitocôndrias: Transforma matéria orgânica em energia ATP;
Retículo endoplasmático liso: Responsável pela produção de lipídios;
Retículo endoplasmático rugoso: Produção de proteínas;
Núcleo: Contém e controla a expressão genética; decide as funções a serem desempenhadas pela célula;
Complexo de Golgi: Tem a função de secreção das proteínas, através de vesículas ou ‘pacotes de proteínas’;
Membrana plasmática: Cumpre a função de permeabilidade seletiva, onde controla o que sai e entra da célula, e função de manter a forma física dos tecidos/células. Ela tem uma constituição LIPOPROTÉICA, pois é formada basicamente de uma dupla camada de lipídeos e proteínas.
	Lipídeos: Formada por uma cabeça hidrofílica (voltada para o meio extracelular e aceita a água) e uma cauda hidrofóbica (voltada para parte interna da membrana e teme a água). Apenas moléculas pequenas e lipossolúveis, por exemplo O2 (Oxigênio), CO2 (Dióxido de Carbono) e Etanol, passam por essa bicamada lipídica.
		*Componente polar -> hidrossolúvel; apolar, não é hidrossolúvel*
*Componentes hidrofóbicos/lipofílicos, são apolares (passam pequenas moléculas).
	Proteínas: Existem proteínas com funções estruturais; outras com função de passagem de água e moléculas; outras apresentam enzimas que aceleram reações químicas dentro da célula; algumas trabalham como receptoras de substâncias; e outras como transportadoras, para entrada e saída de substancias da célula.
*Componente hidrofílico/lipofóbico, são polares (mediados por proteínas).
	*Proteína Aquaporina -> Proteínas que permitem passagem de água. *
	Quanto as transportadoras, diferenciamos 3 tipos: 	
Canal Vazamento: Normal aberta; permite a passagem de íons; são especificas, cada uma passa somente um tipo de íon.
Proteína Carreadora (Permease): Passagem de moléculas grandes, como glicose e aminoácidos (que formam as proteínas).
Canal Comporta dependente de estímulo: Normalmente fechada; carrega a partir de estímulos mecânicos (deformações), térmicos, químicos e elétricos (Potencial de ação).
Quanto ao meio, diferenciamos o ambiente interno e externo relacionada a célula. Para isso, nomeamos o Liquido Extra Celular (LEC), que é todo liquido fora da célula, constituído principalmente de Na+ (Sódio); e Liquido Intra Celular (LIC), que abrange todo liquido dentro das células, predominantemente formada por K+ (Potássio).
Transporte através da membrana:
Diferenciamos em Transporte Passivo e Ativo:
Transporte Passivo: Não usa ATP, não gasta energia.
Osmose: Transporte de água.
Difusão Simples: É o transporte que ocorre na passagem de íons, pelo canal vazamento, e a passagem das moléculas lipossolúveis, através da bicamada lipídica. Além da passagem de moléculas pelos canais dependentes de estimulo. 
Difusão Facilitada: Transporte responsável pela passagem de moléculas maiores como aminoácidos e glicose, responsabilidade das Proteínas Carreadoras (Permease).
Transporte Ativo: Gasta energia, o ATP.
			*ATPase, enzima que degrada ATP, produzindo energia*
Bomba de Sódio/Potássio: São bombas que mandam - precisando de ATP para isso, SEMPRE 2 Na+ PARA FORA DA CÉLULA E 3 K+ PARA DENTRO da célula.
Bomba de Cálcio: Responsáveis pela troca de moléculas de cálcio entre os ambientes intra e extracelulares (mais presente no líquido extracelular).
O que mais nos interessa, são as células nomeadas ‘NEURÔNIOS’:
Neurônios: Tem como funções, a recepção e transmissão de informações. Todos têm um núcleo/soma onde está armazenado a material genético; axônio para transmissão de informações; e pelo menos um dendrito que faz a função receptora.
Diferenciamos os neurônios em Mielínicos(Mielinizados) e Amielínicos:
	Mielínicos: Contém a bainha de mielina no axônio, que aumenta a condutibilidade dos impulsos. Quanto mais bainha, maior a condutibilidade.
	Amielínicos: Não tem a bainha de mielina.
*O espaço entre uma bainha e outra, chama-se NODO DE RANVIER*	
	O Sistema de Nervoso é constituído além de neurônios, por ‘Células da Glia’:
Células da Glia: Cumprem a função de manutenção dos neurônios,interferem nas sinapses...diferencio as 4 principais:
Astrócitos: Nutrem e participam do metabolismo neural através do sangue; formação e manutenção da barreira hematoencefálica: regula o que entra e sai do neurônio; podem causar vasodilatações e controlam o crescimento dos neurônios (fatores tróficos).
Oligodendrócitos: Formam as bainhas da mielina; bloqueiam o crescimento de axônios.
Microgliócitos: Sistema imunológico do SNC.
Células de Schwann: Manutenção dos neurônios do SNP, regulando o crescimento dos neurônios e formando as bainhas de mielina, além de através da fagocitose fazer o papel de sistema imunológico.
Impulso Elétrico: Consiste na excitabilidade que os neurônios têm, que faz o papel de produção, condução e transmissão de sinais elétricos de um para outro. A excitabilidade é alcançada a partir de um Potencial de Ação.
A carga interna de todos neurônios, células...são negativas comparadas com as de fora, do LEC, que são mais positivas. Isso por causa das moléculas internas, que tendem a ser negativas. Quando esse equilíbrio se mantém em todo interior celular, denomina-se de POTENCIAL DE REPOUSO.
Todos neurônios:
Possuem canais vazamento de Potássio e Sódio. 
Possuem canais dependentes de estímulo: seja mecânico, térmico ou dependentes de voltagem. Os canais de Na+ diferem das de K+ no seguinte: os de Sódio são mais rápidos, podem estar abertos, fechados ou inativos fechados. Os de Potássio são lentos, só podem estar abertos ou fechados.
Possuem as bombas de Sódio/Potássio e de Cálcio.
Existem também os canais carreadores, mas não influenciam na excitabilidade.
Como exemplo para um Potencial de Ação(PA):
	A princípio, o neurônio está em potencial de repouso. Quando recebe algum estimulo externo, (1) ele abre seus canais dependentes de estímulo da extremidade ligada a recepção de estímulos, que são todos de SÓDIO, e permitem a entrada de muito Na+ para dentro da célula. O sódio é mais positivo que o potássio predominante lá dentro. Conforme vai entrando mais sódio, começa um conflito entre as moléculas que produzem uma diferença de potencial que atingirá um limiar de voltagem celular. A partir do limiar, inicia-se o PA. (2) Depois de ultrapassado o limiar celular, começa o potencial de ação. Ocorre a Despolarização (Influxo de Sódio), pois ao longo do neurônio, existem canais dependentes de voltagem que ao terem contato com a diferença de potencial, abrem a passagem para entrada/saída de íons. Com isso, muito sódio entra e potássio sai. (3) Chegado ao limite de voltagem, começa a Repolarização (Efluxo de Potássio), onde pára a entrada de Sódio e só sai Potássio, re-polarizando negativamente o neurônio novamente. A repolarização é alcançada e estabelecido de novo o potencial de repouso, também por causa da ajuda das bombas, que nunca param de trocar íons entre os meios. (4) Durante um período, a membrana fica inexcitável por causa do Período Refratário, onde os canais de sódio estão inativos e fechados, por isso não permite a entrada de sódio, e os canais de potássio estão fechando a passagem lentamente, fazendo surgir uma Hiperpolarização. 
 SINAPSES: Transmissão de sinais, de um neurônio a alguma outra célula. Nos interessa na verdade só a comunicação neural, que é a comunicação entre dois neurônios.
	Transmissão celular: dendritos -> corpo celular -> axônios -> botão do axônio.
	Movimento anterógrado: ‘transporte’ dos NT’s do corpo celular até o fim do axônio; caso não utilizados, pode retornar para serem degradados ou reutilizados.
 Sinapse Química: Há uma troca de moléculas químicas. Quanto a estrutura, diferenciamos 3 partes:
 Membrana pré-sináptica -> Conta com Canais dependentes de voltagem para Cálcio (Ca++), Vesículas Sinápticas e Grânulos Secretores. É o fim do axônio de algum neurônio, onde estão localizados os neurotransmissores.
 Vesículas Sinápticas é onde estão armazenados neurotransmissores pequenos e medianos. Têm nomenclaturas específicas, a partir do tipo de neurotransmissor que armazenam, como por exemplo ‘Serotonérgico’ para a Serotonina.
*Triptofano – precursor da produção celular da serotonina*
 Grânulos Secretores é onde estão organizados os demais neurotransmissores, de maior peso molecular.
 Fenda Sináptica -> Tem de 20 a 50nm, onde acontece a troca de moléculas entre os neurônios.
 Membrana Pós-sináptica -> Conta com os Receptores Isotrópicos e Receptores Metabotrópicos. É a membrana que receberá o PA da membrana pré-sináptico. 
Os receptores isotrópicos são canais proteicos de passagem de íons, como por exemplo Sódio, Potássio, Cloro (Cl-). Cada receptor, recebe SÓ UM tipo de neurotransmissor, são específicos.
Os receptores metabotrópicos são canais proteicos que identificam neurotransmissores que irão provocar mudanças metabólicas. 
 A Sinapse Química acontece a partir de um Potencial de Ação na membrana pré-sináptica, que fará com que os canais dependentes de voltagem permitam a entrada de Cálcio (Ca++). O cálcio força a expulsão para fora do neurônio, da vesícula ou granulo, através da exocitose. O receptor encarregado dos neurotransmissores expelidos, os identifica e abre algum canal, ativa alguma sub-proteina...enfim, age conforme o neurotransmissor. 
 O NEUROTRANSMISSOR NUNCA ENTRA NA MEMBRANA PÓS-SINÁPTICA, só é identificado. Depois de identificado, ele sofre degradação por enzimas afim de ser destruído (enzima MAO, por exemplo) ou sofre receptação pelo pré-sináptico. 
Neurotransmissores: moléculas transmissoras pequenas, que transferem ‘comandos’ entre os neurônios. Como exemplos: acetilcolina e glutamato, envolvidas na ansiedade; GABA – envolvida na calma; serotonina – esquizofrenia; dopamina; noradrenalina – concentração; adrenalina – luta/fuga.	
Depois da sinapse, diferenciamos dois potenciais distintos:
PPSE = Potencial Pós-Sináptico Excitatório. Quando a sinapse desencadeia um efeito despolarizante no neurônio, tornando ele mais propenso a um Potencial de Ação, assim sendo um neurônio pós-sináptico excitado. Por exemplo na entrada de Sódio (Na+).
PPPSI = Potencial Pós-Sináptico Inibitório. Quando a sinapse causa um efeito hiperpolarizante, tornando ele menos propenso ao um PA, sendo assim um neurônio pós-sináptico inibido. Por exemplo na entrada de Cloro (Cl-).

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