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Processo Penal 03. Ação Penal

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AÇÃO PENAL
 
Direito Público Subjetivo e Autônomo de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. 
 
	FUNDAMENTO: Art. 5º, XXXV, CF – A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito.
 
 
 
 
 
 
	CONDIÇÕES GENÉRICAS DA AÇÃO:
 
LEGITIMIDADE AD CAUSAM PARA AGIR: ativa e passiva
 
INTERESSE DE AGIR: PM + IA. 
 
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO: Crime
 
 
 
 
 
 
	STJ DIREITO PROCESSUAL PENAL. INÉPCIA DE DENÚNCIA QUE IMPUTE A PRÁTICA DE CRIME CULPOSO. É inepta a denúncia que imputa a prática de homicídio culposo na direção de veículo automotor (art. 302 da Lei 9.503/1997) sem descrever, de forma clara e precisa, a conduta negligente, imperita ou imprudente que teria gerado o resultado morte, sendo insuficiente a simples menção de que o suposto autor estava na direção do veículo no momento do acidente. Isso porque é ilegítima a persecução criminal quando, comparando-se o tipo penal apontado na denúncia com a conduta atribuída ao denunciado, não se verificar o preenchimento dos requisitos do art. 41 do CPP, necessários ao exercício do contraditório e da ampla defesa. De fato, não se pode olvidar que o homicídio culposo se perfaz com a ação imprudente, negligente ou imperita do agente, modalidades de culpa que devem ser descritas na inicial acusatória, sob pena de se punir a mera conduta de envolver-se em acidente de trânsito, algo irrelevante para o Direito Penal. A imputação, sem a observância dessas formalidades, representa a imposição de indevido ônus do processo ao suposto autor, ante a ausência da descrição de todos os elementos necessários à responsabilização penal decorrente da morte da vítima. Configura, ademais, responsabilização penal objetiva, derivada da mera morte de alguém, em razão de acidente causado na direção de veículo automotor. HC 305.194-PB, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 11/11/2014, DJe 1º/12/2014
 
 
 
 
 
 
	CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DA AÇÃO:
 
Representação do ofendido ou de seu representante legal
Requisição do Ministro da Justiça
 
Entrada do agente no território nacional;
Trânsito em julgado da sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento, no crime de induzimento a erro essencial ou ocultamento do impedimento. 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO SUBJETIVA DA AÇÃO PENAL:
 
AÇÃO PENAL PÚBLICA 
 
Incondicionada
Condicionada a representação 
		- Retratação
Requisição do Ministro da Justiça 
 
 
 
 
 
	PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA 
 
1. Oficialidade
2. Obrigatoriedade ou Legalidade: 
		Exceção: Jecrim, art. 76 - transação penal conforme o P. da Oportunidade Regrada.
3. Indisponibilidade: 
		Exceção: art. 89 - Jecrim – “sursis” processual
 
 
 
 
	PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA 
 
4. Intranscendência: 
	 P. Individualidade e da Personalidade da Pena.
 
5. Indivisibilidade 
 
	EFICÁCIA OBJETIVA DA REPRESENTAÇÃO: se representa contra um dos envolvidos, o MP pode ofertar denúncia contra os demais, sem nova manifestação do ofendido. 
 
 
 
 
 
ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA:
Incondicionada
Condicionada a representação 
Cond. a Requisição do Ministro da Justiça 
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA:
a) OFICIALIDADE
b) OBRIGATORIEDADE / LEGALIDADE
c) INDISPONIBILIDADE
d) INTRANSCENDÊNCIA
e) INDIVISIBILIDADE
 
 
 
 
 
DENÚNCIA
 DEFINIÇÃO DA CONDUTA: No concurso de agentes (coautoria e participação), é necessária a descrição da conduta de cada um.
 
	A jurisprudência tem exceções:
Crimes de autoria coletiva (praticados por multidão);
Delitos societários (diretores se escondem atrás da pessoa jurídica).
 
Classificação jurídica dos fatos: não é requisito essencial 
Qualificação do denunciado: individualização do acusado.
Rol de testemunhas
 
 
 
 
 
DENÚNCIA ALTERNATIVA: INEPTA - inviabiliza o direito de defesa. 
 
PRAZO: 15 dias se o indiciado estiver solto. Se estiver preso, o prazo é de 5 dias. 
 
PRESCRIÇÃO VIRTUAL. A 3ª Seção do STJ aprovou o Enunciado 438, reconhecendo “ser inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal”. na SS 1.700-CE, DJ 14/5/2007. APn 689-BA, Rel. Min. Eliana Calmon. 17/12/12.
TEORIA DA DUPLA IMPUTAÇÃO: Na responsabilização criminal da pessoa jurídica. 
 
 
 
 
 
AÇÃO PENAL PRIVADA: strepitus judicii.
 
	I) EXCLUSIVAMENTE PRIVADA OU PROPRIAMENTE DITA
 
 Vítima
Representante Legal: que pode ser o de fato seja qual for a relação de guarda. Se não tem representante legal, é nomeado um curador especial para o ato.
CADI: o exercício por um, exclui o direito dos demais na preferência (só podem prosseguir em 60 dias havendo abandono). 
  
 
 
 
 
TITULARIDADE DA AÇÃO PENAL PRIVADA: 
				O MP é fiscal da lei.
 Vítima
Representante Legal
CADI
	 (Magistratura/MT — 2009 — VUNESP) Nos crimes de ação privada, se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência, numa ordem legal estabelecida no art. 31, do CPP, o cônjuge, que poderá prosseguir na ação.
 
 
 
 
AÇÃO PENAL PRIVADA: strepitus judicii.
 
	I) EXCLUSIVAMENTE PRIVADA OU PROPRIAMENTE DITA
 
	II) AÇÃO PERSONALÍSSIMA
 		Art. 236. Induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento para casamento.
 
	III) AÇÃO PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA (PRIVATIVA SUPLETIVA)
  
 
 
 
 
AÇÃO PENAL PRIVADA: strepitus judicii.
	III) AÇÃO PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA (PRIVATIVA SUPLETIVA)
 
Denúncia substitutiva 
    Art. 29.  Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PRIVADA
 
1. OPORTUNIDADE OU CONVENIÊNCIA
 
				RENÚNCIA
 
(Promotor Substituto - MPE/PR/2011 - Adaptada) O recebimento de indenização por reparação de dano causado pelo crime, em função de composição civil homologada pelo juiz do Juizado Especial Criminal, em um delito de menor potencial ofensivo cuja ação penal privada, constitui renúncia ao direito de queixa. C
				DECADÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PRIVADA
2. DISPONIBILIDADE
 
		PEREMPÇÃO: (60, CPP e 107, IV, CP)
 
30 dias sem manifestação. É intimado e alertado que ocorrerá perempção se ela não se manifestar em 30 dias.
Falecendo o querelante ou incapaz (60 dias para regularização)
Faltar a ato do processo ou não pedir condenação nas alegações finais
Quando Pessoa Jurídica se extingue sem deixar sucessor.
 
 
 
 
 
PERDÃO ACEITO: ato bilateral 
 
Espécies de perdão: 
	1. Processual (expresso) 
	2. Extraprocessual (expressa ou tácita)
 
Espécies de aceitação do perdão: 
	1. Processual – é intimado em três dias podendo ser expressa ou tácita (silêncio o que pressupões perdão processual expresso) 
	2. Extraprocessual – expresso ou tácito.
 
EFEITO EXTENSIVO  
Momento: até o trânsito em julgado
 
 
 
 
 
(Promotor de Justiça - SE/2010/CESPE) Na ação penal privada, admite-se o perdão do ofendido após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, em face do princípio da disponibilidade. ERRADA
 
 (Juiz Federal/TRF 5 - Região/2009/CESPE) Na ação penal pública condicionada, desde que feita a representação pelo ofendido, o MP, à vista dos elementos indiciários de prova que lhe forem fornecidos, tem plena liberdade de denunciar todos os implicados no evento delituoso, mesmo que eles não sejam nomeados pela vítima. CERTO
 
 
 
 
 
			PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL 
PÚBLICA 			X 	PRIVADA
OFICIALIDADE			XXX
OBRIGATORIEDADE	X	OPORTUNIDADE
INDISPONIBILIDADE
X	DISPOBILIDADE
INDIVISIBILIDADE	=	INDIVISIBILIDADE
INSTRANCENDÊNCIA 	=	INSTRANCENDÊNCIA
 
 
 
 
 
AÇÃO PENAL PRIVADA: strepitus judicii.
- QUEIXA- CRIME
STJ. Sexta Turma. DIREITO PROCESSUAL PENAL. NULIDADE DE QUEIXA-CRIME POR VÍCIO DE REPRESENTAÇÃO. É nula a queixa-crime oferecida por advogado substabelecido com reserva de direitos por procurador que recebera do querelante apenas os poderes da cláusula ad judicia et extra – poderes para o foro em geral –, ainda que ao instrumento de substabelecimento tenha sido acrescido, pelo substabelecente, poderes especiais para a propositura de ação penal privada. De acordo com o art. 44 do CPP, a “queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal”. 
		PRAZO: artigo 38 do Código de Processo Penal.
 
 
	
 
 
 
 
 
 
QUEIXA:
		
		ADITAMENTO DA QUEIXA: MP adita em 3 dias para incluir circunstâncias que possam influir na caracterização do crime e na sua classificação ou na fixação da pena (45 CPP).
 
(TCE/SP- Procurador do MP junto ao Tribunal de Contas/2011/FCC). O prazo para o Ministério Público aditar a queixa na ação privada subsidiária ou exclusiva, contado da data do recebimento dos autos, é de 3 dias.
	Não poderá incluir outros ofensores - renúncia tácita.
  
 O IP não interrompe o prazo para exercer a queixa.
	
 
 
 
 
 
 
					CUSTAS 
Ações penais em geral, salvo JECRIM
100 UFESPs: Será pago ao final pelo réu, se condenado. 
2017: valor da UFESP é de R$ 25,07. 
Ações penais privadas 
50 UFESPs recolhidas no momento da distribuição, ou, na falta desta, antes do despacho inicial. 
50 UFESPs - no momento da interposição do recurso. 
 
Recolhimento: 
	Guia DARE-SP 
	(Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais – SP). 
	Código 230-6

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