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Farmacologia dos Anestésicos locais Odontologia Anestesia Anestésico local pode ser definido como uma droga que pode bloquear de forma reversível a transmissão do estímulo nervoso no local onde for aplicado, sem ocasionar alterações no nível de consciência. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA Histórico Idade média - plantas, hipnose e álcool. Histórico Joseph Priestley em 1772 – Óxido nitroso como conservante (sem sucesso) 1800 - Humphry Davy - Óxido Nitroso – usado somente em 1840 (Horace Wells) – experiência mal sucedida (interpretada). Histórico Éter e Colorofórmio Crawford Long - 1842 - Éter – Willian Thomas Green Morton (dentista) John Snow - 1847 - Parto da Rainha Vitória Histórico O primeiro anestésico local descoberto foi a cocaína (Erytroxycolon coca). Albert Niemann (1860) - cristais puros com sabor amargo - cocaína. Sigmund Freud e Karl Köller – testes. Histórico Ein Horn (1905) - procaína (derivado sintético da cocaína) - anestésicos do tipo éster. Löfgren (1943) – lidocaína – anestésicos do tipo amida. Classificação estrutural dos anestésicos locais Amida X Éster A ligação molecular dos ésteres é mais fácil de ser quebrada - mais instáveis em solução e não podem ser armazenados por tanto tempo quanto as amidas. Amidas são termoestáveis (autoclave), os ésteres não. Os ésteres são menos tóxicos e mais alérgenos. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA Amida Éster Lidocaína Prilocaína(Citocaína) Bupivacaína Mepivacaína Procaína Tertracaína Tópicos (benzocaína) – Grupo amina substituído por hidroxila (OH) Articaína Vasoconstritores Substâncias que promovem a vasoconstrição pela contração do músculo liso presente na parede dos vasos. Atuam diminuindo a absorção do AL, aumentando a duração da anestesia. Permitem assim a aplicação de menores doses Diminuem sangramento local. Vasoconstritores A maioria são adrenérgicos (estimulam receptores alfa-adrenérgicos) Aminas simpaticomiméticas: Adrenalina (epinefrina). Noradrenalina (noraepinefrina). Levonordefrina (corbadrina). Fenilefrina Evitar: doenças cardíacas, hipertireoidismo, diabetes não controlada Vasoconstritores Não adrenérgico Felipressina/ octapressin (vasopressina – não adrenérgico). Utilizados nos casos de contra-indicação de VC adrenérgicos. DOSE MÁXIMA DE VASOCONSTRITORES PARA ADULTOS SAUDÁVEIS Mecanismo de ação dos anestésicos locais Bloqueiam a ação de canais iônicos na membrana celular neuronal, impedindo a neurotransmissão. A forma ionizada do anestésico local liga-se especificamente aos canais de sódio, inativando-os. A ligação ocorre no meio intracelular (necessidade de ultrapasar MP). SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA Importância do pKa Todos os anestésicos locais são bases fracas, assim eles podem se apresentar de duas formas: não ionizada ou ionizada. No pH fisiológico todos os anestésicos locais apresentam sua forma ionizada em maior proporção (pKa > 7,4). AL com maior fração não-ionizada em pH fisiológico atuam de forma mais rápida. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA pKa Exemplo: Lidocaína (pKa 7,9) - 25% não-ionizada em ph fisiológico. Bupivacaína (pKa 8,1) - 15% não-ionizada em ph fisiológico. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA Maior fluxo sanguíneo Farmacocinética dos anestésicos locais Importante Ésteres - mínimos efeitos sobre feto (metabolismo acelerado. Amidas - menor grau de ligação protéica (lidocaína), atravessam em maior quantidade a barreira placentária. Baixas doses - efeitos não significativos SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA ION TRAPPING Anestésico Características LIDOCAÍNA Amplamente usada (2% e 3%) Rápida ação e duradoura para procedimentos odontológicos (+/- 2 a 4 h) Associação comepinefrinaounorepinefrina Anestésico Características PRILOCAÍNA Ação semelhante à Lidocaína (3%). Menos tóxica para o SNC Ortoluidina–metemoglobina Associação comfelipressina Anestésico Características MEPIVACAÍNA Bastante usada na Odontologia Toxicidade 2x maior que a lidocaína Ação rápida e muito duradoura 2% com vasoconstritor 3% sem vasoconstritor. Diferentes vasoconstritores usados. Anestésico Características ARTICAÍNA Menos tóxica quando associada à lidocaína; Baixa toxicidade EV 4% Epinefrina. Anestésico Características BUPIVACAÍNA Potencial anestésico 4X maior que lidocaína e toxicidade 4X menor. Ação rápida. Epinefrina Classificada como AL de longa duração. Efeitos adversos dos anestésicos locais SNC - neurônios são hipersensíveis a AL -sonolência, ânsia, tremores, cefaléia. Reações de idiossincrasia e alergia SCV Coração - desde alterações na frequência e débito cardíaco até parada (doses tóxicas). Vasos - As drogas por si produzem vasodilatação (uso de VC). Evitar em grávidas, anêmicos, pneumopatias crônicas Altera transporte de O2 pela Hb Fatores que influenciam a escolha do AL Período de tempo em que o controle da dor é necessário. Possibilidade de automutilação pós-operatória. Quantidade de dor pós-operatória. Necessidade de hemostasia. Condição sistêmica do paciente. Como calcular a dose segura do AL É preciso conhecer: Dose máxima relativa do sal anestésico e quantas miligramas são permitidas por peso (bula) Dose máxima absoluta para o sal (bula) Quantidade de sal anestésico em cada tubete (bula) DENTSPLY, 2015 DENTSPLY, 2015 DENTSPLY, 2015
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