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Teoria geral das Obrigações; Direito Civil II - Catarina; UNICAP

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TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÃO
1. Conceito
 É o vínculo jurídico que confere ao credor (Sujeito ativo) o direito de exigir do devedor (Sujeito passivo) o cumprimento de determinada prestação. Corresponde a uma relação de crédito e débito, de caráter transitório (Extingue-se pelo cumprimento), cujo objeto consiste em uma prestação economicamente aferível. 
2. Elementos
Subjetivo: Concernente aos sujeitos da relação jurídica.
Sujeito ativo: É o credor da obrigação, aquele em favor de quem o devedor prometeu determinada prestação. Tem ele o direito de exigir o cumprimento desta. Pode ser sujeito ativo qualquer pessoa, não existindo, de modo geral, restrições a esse respeito.
Sujeito passivo: É o devedor da relação obrigacional, a pessoa sobre qual recai o dever de cumprir a prestação.
Observações: Os sujeitos da obrigação, tanto o ativo como o passivo, podem ser pessoa natural ou jurídica; Devem ser, contudo, determinados ou determináveis, só não podem ser absolutamente indetermináveis; Extingue-se a obrigação desde que a mesma pessoa se confunda com as qualidades de credor e devedor. 
Objetivo: Diz respeito ao objeto da obrigação, isto é, a prestação, que consiste em um comportamento humano, do qual o devedor fica adstrito e que o credor tem o direito de exigir. Classifica-se em:
Dar: Que pode ser de coisa certa ou incerta (Indeterminada quanto a qualidade). 
Fazer: Pode ser fungível ou infungível.
Não fazer
Observações: A prestação é o objeto imediato da obrigação. Para saber qual o objeto mediato, basta indagar: Dar, fazer ou não fazer o quê?; O Objeto mediato ou objeto da prestação é, portanto, na obrigação de dar, a própria coisa, enquanto na obrigação de fazer, o próprio serviço ou obra encomendado.
Requisitos para o objeto imediato da prestação: Licitude (É o que não atenta contra a lei, a moral ou os bons costumes), possibilidade (Física ou jurídica, esta não se da quando o ordenamento, expressamente, proíbe negócios a respeito de determinado bem, por exemplo, a herança de pessoa viva, o bem público...), determinação ou determinabilidade (O objeto deve ter, no mínimo, o seu gênero e sua quantidade especificados) e apreciação econômica.
Vínculo jurídico: É o liame existente entre o sujeito ativo e o sujeito passivo e que confere ao primeiro o direito de exigir do segundo o cumprimento da prestação. O vínculo jurídico compõe-se de dois elementos: 
Débito (Schuld / Debitum): Comportamento que a lei sugere ao devedor, como um dever ínsito em sua consciência, no sentido de satisfazer pontualmente a obrigação, honrando seus compromissos. 
Responsabilidade (Haftung / Obligatio): Confere ao credor não satisfeito o direito (Pretensão) de exigir judicialmente o cumprimento da obrigação, submetendo àquele os bens do devedor. 
3. Fontes das obrigações
 Não resta dúvida de que a lei é a fonte primária, imediata da obrigação, porém, ela, por si só, não gera uma obrigação, uma vez que ela precisa incidir sobre um fato jurídico para que possa fazer efeito. Portanto, cabe dizer que a fonte da obrigação é todo fato jurídico de onde brota o vínculo obrigacional, ou seja, constitui a fonte da obrigação todo ato ou fato jurídico que lhe dá origem, tendo em vista as regras do direito. 
 O contrato, as declarações unilaterais de vontade e os atos ilícitos constituem as fontes mediatas das relações obrigacionais, uma vez que realizadas, geram um vínculo obrigacional. 
4. Natureza das obrigações
 Negociais
Enriquecimento sem causa: (Consiste no enriquecimento de alguém, em detrimento de outrem, sem fundamento jurídico algum)
Responsabilidade civil
5. Responsabilidade civil
 A responsabilidade civil surge com o descumprimento da relação obrigacional. Ela consiste na capacidade de responder por danos causados a outrem. A reponsabilidade civil pode ser objetiva, quando não é preciso provar a culpa do causador do dano, apenas o nexo de causalidade, e subjetiva ou aquiliana, quando há a necessidade de provar que houve culpa.
 Há casos, inclusive, que pode haver responsabilidade civil sem obrigação, ou obrigação sem responsabilidade civil. Por exemplo, em uma dívida prescrita há a obrigação de paga-la, porém, não há responsabilidade uma vez que o credor não pode exigir o seu cumprimento judicialmente. Assim como no caso do fiador, há responsabilidade, mas não há obrigação, uma vez que o fiador se responsabiliza por uma dívida de outrem. 
OBRIGAÇÕES NATURAIS
1. Conceito
 É a obrigação que não possui responsabilidade, ou seja, que não confere o direito de exigir seu cumprimento, mas, se cumprida espontaneamente, autoriza a retenção do que foi pago; Em outras palavras, o credor possui a Soluti Retentio, isto é, uma vez que o devedor paga uma dívida que não pode ser exigida judicialmente, ele não poderá repeti-la (Pedir de volta). 
OBRIGAÇÕES DEGENERADAS
1. Conceito
 São obrigações perfeitas que se tornam imperfeita, como por exemplo, a dívida prescrita, onde o credor perde o direito de exigir o seu cumprimento judicialmente.
OBRIGAÇÕES COM OBJETOS ILÍCITOS
1. Conceito
 O devedor não pode repetir o que pagou, mas o credor não possui Soluti Retentio. O juiz pode destinar o pagamento da dívida a instituições.
OBRIGAÇÕES DE MEIO
1. Conceito
 Ocorre quando o devedor se compromete a empregar os seus conhecimentos, meios e técnicas para a obtenção de determinado resultado, no entanto, não se responsabiliza por ele. É o caso, por exemplo, dos advogados, que não se obrigam a vencer a causa, mas a bem defender os interesses do seu cliente.
OBRIGAÇÕES DE RESULTADO
1. Conceito
 Quando a obrigação é de resultado, o devedor se exonera apenas quando o fim prometido é alcançado. Não sendo, é considerado inadimplente e deve responder pelos prejuízos decorrentes do insucesso. Por exemplo, a obrigação assumida pelo transportador, que promete, tacitamente, ao vender o bilhete, levar o passageiro são e salvo ao seu destino.
OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA
1. Conceito
 O devedor se obriga a dar, entregar ou restituir coisa específica, determinada, particularizada. É um vínculo jurídico pelo qual o devedor se compromete ao credor a entregar determinado bem móvel ou imóvel, perfeitamente individualizado. Exemplo: “Um carro da marca X, na cor azul, placa 1305, ano 2003...” O que vai caracterizar a obrigação de dar coisa certa é o fato de o objeto da prestação ser coisa única e preciosa. 
 O devedor obrigado a dar coisa certa, não poderá dar coisa diferente, mesmo que mais valiosa, salvo se o credor concordar, esse não é obrigado a aceitar coisa diversa da prometida, assim como também não pode exigir coisa diferente do devedor. 
 Para esse tipo de obrigação, há o princípio jurídico de que o acessório segue o principal, portanto, o vendedor não poderá se negar a dar ao credor aqueles bens que se integram a coisa principal, se ao contrário não dispuser o contrato.
2. Responsabilidade
 Nasce com o descumprimento da obrigação e dá ao credor o direito de recorrer ao judiciário. 
Perda: Ocorre quando fica impossibilitada a entrega da coisa.
Sem culpa do devedor: Se coisa se perder antes da tradição (Entrega da coisa), ou estando ainda pendente a condição suspensiva da obrigação (Quando o negócio fica se encontra subordinado a um acontecimento futuro e incerto) fica resolvida a obrigação (Volta ao estado inicial) para ambas as partes. Nesse caso, suportará a perda o proprietário da coisa que ainda não havia alienado.
Por culpa do devedor: Responderá esse pelo equivalente (Valor da coisa), mais perdas e danos. Nesse caso, suportará a perda o causador do dano, já que terá de indenizar a outra parte.
Deterioração: Consiste em um prejuízo parcial, ocorre quando a coisa ainda existe, porém, não em seu estado ideal.
Sem culpa do devedor: Poderá o credor, a seu critério, resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
Por culpa do devedor: Poderá o credorexigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, a indenização por perdas e danos. 
3. Melhoramentos e acrescidos
Melhoramentos e acrescidos: Se a coisa melhorar antes da tradição, o devedor se beneficia e pode pedir o aumento do valor, se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. Porém, se essa melhoria for atribuída de forma maliciosa, não será válida. 
Frutos: Os frutos colhidos serão do devedor, mas os frutos pendentes serão do credor, a partir do momento em que a coisa lhe for entregue.
OBRIGAÇÕES DE RESTITUIR
1. Conceito
 São também conhecidas como “Obrigações de devolver”, pois consistem na devolução de uma coisa que já pertence ao credor. Difere da obrigação de dar coisa certa pois, nessa última, a coisa pertence ao devedor até a tradição, enquanto na obrigação de restituir a coisa pertence ao credor, apenas sua posse é que foi transferida ao devedor. 
 Locação e empréstimo são exemplos de obrigação de restituir, ficando a coisa em poder do devedor, mas mantendo com o credor o direito real de propriedade sobre ela.
2. Responsabilidade
 Nasce com o descumprimento da obrigação e dá ao credor o direito de recorrer ao judiciário. 
Perda: Ocorre quando fica impossibilitada a entrega da coisa.
Sem culpa do devedor: Se a coisa se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.
Por culpa do devedor: Este responderá pelo equivalente, mais perdas e danos. 
Deterioração: Consiste em um prejuízo parcial, ocorre quando a coisa ainda existe, porém, não em seu estado ideal.
Sem culpa do devedor: O credor irá recebe-la da forma em que se encontra, sem direito a indenização. 
Por culpa do devedor: O devedor será obrigado a pagar o valor equivalente, mais perdas e danos.
3. Acréscimos e melhoramentos
Sem despesa ou trabalho do devedor: Lucrará o credor, desobrigado a indenização.
Com despesa ou trabalho do devedor: Segue as regras referentes aos efeitos da posse (Arts 1219 e 1220, CC): 
 O devedor que tem a posse de boa-fé (Quando a pessoa não sabe que possui algo indevidamente) tem direito a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis, se forem voluptuárias, poderá o devedor retira-las, se não prejudicar a coisa principal. O devedor poderá, inclusive, reter a coisa restituível até que lhe seja pago o valor devido.
 O devedor que tem a posse de má-fé (Quando a pessoa sabe que possui algo indevidamente) tem direito de ser indenizado apenas pelas benfeitorias necessárias. No entanto, o devedor não pode reter a coisa, nem remover as benfeitorias voluptuárias. 
Frutos: Na posse de boa-fé, o devedor fica com os frutos colhidos, enquanto na posse de má-fé o devedor é obrigado a entregar todos os frutos colhidos e percebidos, bem como os que, por sua culpa, deixou de perceber desde o momento em que se constituiu de má-fé. 
	FRUTOS: São utilidades renováveis que a coisa principal periodicamente produz. Nascem e renascem da coisa, sem acarretar-lhe a destruição no todo ou em parte. Os frutos podem ser:
	
Colhidos
	Também são chamados de frutos percebidos, é o fruto destacado da coisa principal, mas que ainda existe.
	
Pendentes
	São aqueles que ainda se encontram ligados à coisa principal, ou seja, que ainda não estão prontos para serem destacados.
	Percipientes
	São aqueles frutos que deveriam ser colhidos, mas não foram.
	
Estantes
	São aqueles que já foram destacados, e que se encontram estocados e armazenados com a finalidade de venda.
	Consumidos
	São aqueles frutos que já não existem mais.
	BENFEITORIAS: São obras realizadas pelo homem na estrutura de uma coisa, com o propósito de embeleza-la, melhora-la ou conserva-la. As benfeitorias podem ser:
	
Voluptuárias
	São aquelas que tem o propósito de embelezar. Não aumentam o uso habitual, mas pode deixar mais agradável ou elevar o valor. Podem ser retiradas sem o prejuízo da coisa. 
	
Úteis
	Têm a função de tornar o uso da coisa melhor, ou seja, aumentam ou facilitam o uso. Ex: Aumentar a abertura da garagem. Podem ser retiradas sem o prejuízo da coisa.
	Necessárias
	São aquelas que, se não forem feitas, a coisa pode se deteriorar.
	PRODUTOS: São utilidades não renováveis, cuja percepção diminui a substância da coisa principal. Diferente do fruto, pois esse se renova. 
OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA
1. Conceito
 Também chamadas de obrigações genéricas, a prestação dessas obrigações consiste na entrega de coisa especificada apenas em espécie e quantidade. É o que ocorre quando o sujeito se obriga a dar duas sacas de café sem determinar a quantidade. A prestação genérica deverá se converter em prestação determinada, quando o devedor ou credor escolher o tipo de produto a ser entregue, no momento do pagamento. O estado de indeterminação é transitório, sob pena de faltar objeto a obrigação. Ao contrário da obrigação de dar coisa certa, aqui, o objeto não é considerado em sua individualidade, mas no gênero a que pertence. 
2. Concentração ou concretização
 Consiste no momento em que a coisa é particularizada, ou seja, determinada. O código civil dispõe que, salvo disposição contrária, a escolha da coisa deve ser feita pelo devedor, este, no entanto, não poderá optar pela pior coisa, nem será obrigado a escolher a melhor, a decisão deverá ser equilibrada, não prejudicando, nem favorecendo um ou outro.
3. Responsabilidade
 Nas prestações de dar coisa incerta, o devedor não pode alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que seja por caso fortuito ou de força maior, pois o gênero não perece jamais, segundo o entendimento tradicional. 
OBRIGAÇÕES DE FAZER
1. Conceito
 Trata-se da obrigação que abrange o serviço humano em geral, como a realização de obras ou prestação de fatos que tenham utilidade para o credor. Consiste, portanto, em atos ou serviços a serem executados pelo devedor. 
2. Espécies
Obrigação de fazer fungível: Quando a obrigação pode ser realizada por terceiro, e não apenas pelo devedor. Nesse caso, havendo recusa ou mora, o credor terá autotutela, ou seja, poderá fazer “Justiça com as próprias mãos”, mandando outra pessoa realizar o fato às custas do devedor. Em caso de urgência, o credor pode, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido pelo devedor. 
Obrigação de fazer infungível (Intuito personare): Quando fica estipulado, no título da obrigação, que apenas o devedor indicado poderá satisfazer a obrigação, devido as suas qualidades especiais. Tais pessoas não poderão, sem concordância do credor, indicar substitutos, sob pena de descumprirem a obrigação pactuada. 
3. Responsabilidade
 Nasce com o descumprimento da obrigação e da ao credor o direito de recorrer ao judiciário.
Recusa: Se for sem motivo plausível, incorre em indenização por perdas e danos quando a obrigação for só a ele importa ou só por ele exequível. 
 
Impossibilidade: Consiste na impossibilidade da realização da obrigação.
Sem culpa do devedor: Resolve-se a obrigação.
Com culpa do devedor: Converte-se em perdas e danos. 
Multa: Consiste em um pagamento por cada minuto/hora/dia/mês/ano (Depende da vontade do juiz) que a obrigação for descumprida. Não tem natureza indenizatória, é apenas um instrumento para manter a força da ordem. 
OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER
1. Conceito
 Essas obrigações têm por objeto uma prestação negativa, um comportamento omissivo do devedor. Exemplo: Uma pessoa se obriga a não construir acima de determinada altura; A não instalar ponto comercial em algum lugar, etc. O devedor descumpre a obrigação ao realizar o comportamento que se obrigou a abster-se. Assim como a obrigação de fazer, o seu comando (Desfaça) pode ser acompanhado de multa.
2. Responsabilidade
 Nasce com o descumprimento da obrigação edá ao credor o direito de recorrer ao judiciário. 
Sem culpa do devedor: Extingue-se a obrigação quando o devedor fica impossibilitado de abster-se do comportamento que se obrigou a não praticar.
Por culpa do devedor: O credor pode exigir que o devedor desfaça o ato praticado, sob pena de desfazer as suas custas, ressarcindo o culpado perdas e danos. 
3. Urgência
 Em caso de urgência, o credor pode desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial e sem prejuízo do ressarcimento devido. 
OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
1. Conceito
 São as obrigações que tem por objeto mais de uma prestação, mas o devedor se exonera cumprindo apenas uma delas, ou seja, essas prestações estão ligadas pelo conectivo “OU”.
2. Concentração do débito
 É o momento da escolha, em que a obrigação se concentra, ou seja, a prestação é individualizada, determinada; Em regra, essa escolha cabe ao devedor, porém, o contrato pode dispor ao contrário, inclusive, destinar essa decisão a um terceiro. 
Observações: O devedor não pode obrigar o credor a receber parte de uma prestação e parte de outra; Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período; Se haver mais de um devedor, e estes não entrarem em um acordo com relação a escolha, a decisão caberá ao juiz; Também caberá a ele, se um terceiro se recusar a fazer a escolha.
3. Responsabilidade
 Nasce com o descumprimento da obrigação e dá ao credor o direito de recorrer ao judiciário. 
Impossibilidade parcial: Dá-se quando se torna impossível a realização de uma das prestações.
Sem culpa do devedor: A obrigação se concentrará na prestação possível.
Por culpa do devedor: Se a escolha for dele, ele poderá escolher a prestação possível, mas se a escolha couber ao credor, este poderá optar pela prestação possível ou exigir indenização por perdas e danos.
Impossibilidade total: Dá-se quando se torna impossível a realização de todas as obrigações.
Sem culpa do devedor: Extingue-se a obrigação.
Por culpa do devedor: Se a escolha for dele, ele deverá responder pela prestação que por último se impossibilitou mais perdas e danos, mas se couber ao credor, ele escolherá por qual prestação quer ser indenizado. 
OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS
1. Conceito
 
 São aquelas que tendo um único objeto, o devedor tem a faculdade de substituí-lo por outro, que já está previsto subsidiariamente. Exemplo: O devedor se obriga a dar 100 mil reais, facultando-lhe a possibilidade de substituir a prestação principal pela entrega de um carro; Se a obrigação inicial se impossibilitar, sem culpa do devedor, extingue-se a obrigação, ou seja, o credor não tem o direito de exigir a prestação facultativa. 
OBRIGAÇÕES CUMULATIVAS
1. Conceito
 São aquelas que têm por objeto uma pluralidade de prestações, que devem ser cumpridas conjuntamente. Exemplo: Se obrigar a entregar uma casa e 100 mil reais; As prestações são cumpridas como se fossem uma só, ou seja, o devedor apenas se desobriga cumprindo todas as prestações. 
Obrigações quanto a pluralidade de sujeitos
Obrigações divisíveis e indivisíveis
1. Conceito
 Ocorre a obrigação divisível quando a prestação é passível de cumprimento por partes; Já a obrigação indivisível, ocorre quando a prestação só pode ser cumprida por inteiro.
2. Pluralidade de credores e devedores.
Divisível: Quando há pluralidade de credores, o credor só pode exigir do devedor, a sua parte; Quando há pluralidade de devedores, o devedor se “Livra” da obrigação quando cumpre a sua parte.
Indivisível: Quando há pluralidade de devedores, estes serão responsáveis pela dívida toda. Se um devedor pagar a dívida inteira, ele se sub-rogará no direito do credor e poderá passar a exigir dos outros obrigados; Quando há pluralidade de credores, o credor pode exigir tudo do devedor, mas esse só poderá pagar a todos conjuntamente ou a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. O credor que der caução de ratificação, pode agora, exigir do credor que recebeu o pagamento, a sua parte em dinheiro.
3. Remissão
 Consiste no perdão da dívida. Quando há pluralidade de credores, o credor só poderá perdoar a sua parte na dívida, mesmo que a obrigação seja indivisível. Portanto, se 1 credor perdoa a dívida do devedor, este continuará devendo aos outros credores. Se a obrigação for indivisível, o devedor poderá exigir o desconto, em dinheiro, do que irá pagar aos outros credores, em detrimento do perdão do outro credor.
4. Perdas e danos (Obrigações indivisíveis)
Sem culpa dos devedores: Resolve-se a obrigação.
Por culpa de 1 dos devedores: O devedor culpado, responde por perdas e danos, enquanto para os outros, a obrigação resolve-se.
Por culpa dos devedores: Todos responder por perdas e danos e a obrigação indivisível converte-se para divisível; Cada devedor fica responsável por sua parte em dinheiro.

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