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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI- UFVJM FCA- ZOOTECNIA Deidimara Mafra, Julia Eduarda, Maria Eduarda. ANATOMIA ANIMAL DIAMANTINA- MG 2018 UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI- UFVJM FCA- ZOOTECNIA Deidimara Mafra, Julia Eduarda, Maria Eduarda. Confecção de aquários para o corte transversal da cabeça de um equino Trabalho apresentado à disciplina de Anatomia Animal, ministrada pelo Professor Dr. Alexandro Aluísio Rocha, como requisito parcial para a obtenção de créditos. DIAMANTINA – MG 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................4 2. OBJETIVO GERAL.........................................................................................9 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .........................................................................9 4. MATERIAIS E MÉTODOS..............................................................................9 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................10 6. CONCLUSÃO.................................................................................................10 7. AGRADECIMENTOS......................................................................................11 8. REFERÊNCIAS...............................................................................................11 INTRODUÇÃO: Os primeiros ancestrais dos equinos viveram no período eoceno, a cerca de 55 milhões de anos, denominado Hyracotherium. Ele possuía quatro dígitos, e media cerca de 40cm de altura e 70cm de comprimento. Ainda nesse período, a 49 milhões de anos surgiu o Propahaotherium possuindo 70cm de altura e 1m de comprimento com 4 dígitos nas patas dianteiras e 3 nas patas traseiras. No período oligoceno, há 35 milhões de anos surgiu o Mesohippus, que possuía 60cm de altura, e 1m de comprimento, pesando entre 40 a 50kg e continha 3 dígitos. No período mioceno, há 25 milhões de anos apareceu o Parahippus, que continha 80cm de altura e 1,3m de comprimento, e pesava de 60 a 70kg. No período plioceno, há 5 milhões de anos, surgiu o Pliohippus, com aproximadamente 1,2m de altura e 1,5m de comprimento, pesando entre 70 e 80kg, agora com um dígito, como o cavalo atual. No período pleistoceno, há 2 milhões de anos apareceu o Onohippidium, com cerca de 1,5m de altura e 650kg. O gênero Equus, que antecede diretamente o cavalo moderno, apareceu também no período pleistoceno, há cerca de 1 milhão de anos. Sistema Nervoso: Sistema Nervoso é uma rede de comunicações que capacitam animal a se ajustar às alterações no meio externo e interno. Ele apresenta componentes sensoriais que detectam modificações ambientais. Esse sistema é dividido em sistema nervoso centra e sistema nervoso periférico. O sistema nervoso central se distribui em encéfalo e medula. Já o sistema nervoso periférico se ramifica em sistema nervoso periférico somático e sistema nervoso periférico autônomo, esse sistema ainda se ramifica em simpático e parassimpático. Sistema Nervoso Central: O sistema nervoso central é constituído em encéfalo e medula espinhal, que se dividem de acordo com o esquema abaixo. A medula espinhal conduz os potenciais de ação dos estímulos motores do encéfalo para as porções distais, conduz estímulos sensitivos das partes distais para o encéfalo. Ela recebe potenciais de ação oriundos de receptores da pele, músculos, tendões, articulações e órgãos viscerais. Também emite axônios dos nervos motores inferiores que saem pela raiz ventral e atingem o músculo esquelético. A medula contém axônios que conduzem informações sensoriais para o cérebro e do cérebro para os neurônios motores inferiores, integrando as partes mais distantes do corpo ao centro nervoso. O bulbo contém vários núcleos motores de nervos cranianos e centros autônomos que controlam o coração, a respiração, pressão sanguínea, reflexo da tosse, da deglutição e do vômito. A ponte possui grande quantidade de neurônios que retransmite informações dos hemisférios cerebrais para o cerebelo garantindo assim a coordenação dos movimentos e a aprendizagem motora, ou seja, serve de elo entre as informações do córtex que vão para o cerebelo para que este coordene os movimentos pretendidos e reais e participa da regulação da respiração. O mesencéfalo é importante para o movimento ocular e o controle postural subconsciente e contem a formação reticular que regula a consciência. Ele dispõe de um sistema de conexão dos sistemas auditivos e visual. O diencefalo é dividido em tálamo e hipotálamo, o primeiro processa os estímulos sensoriais que se projetam para o córtex cerebral e estímulos motores provenientes do córtex cerebral para o tronco encefálico e a medula espinhal. E o segundo regula o S.N.A., hipófise, a temperatura corporal, a ingestão de alimentos e o equilíbrio hídrico. Os hemisférios cerebrais são formados pelo córtex cerebral, substância branca subjacente e gânglios da base eles contém estruturas associadas as funções sensoriais e motoras superiores e à consciência. Sistema Nervoso Periférico: O Sistema nervos periférico é constituído por nervos cranianos e espinhais com seus gânglios associados e as terminações nervosas. Os nervos espinhais são aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, membros e parte da cabeça, eles saem aos pares da medula, a cada espaço intervertebral. São formados pela união das raízes dorsais e ventrais, formam o tronco, saem pelo forame intervertebral e logo em seguida formam os ramos anteriores e posteriores. Os nervos cranianos são os que fazem conexão com encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) sendo que a maioria faz conexão com o tronco encefálico.Esses nervos sensoriais ou motores servem à pele, músculos da cabeça e órgãos especiais dos sentidos, tais como: Audição; Olfato. Paladar; Tato; Visão. Os nervos cranianos são divididos em doze pares: Olfatório; Facial; Óptico; Vestíbulo- coclear; Oculomotor; Glossofaríngeo; Troclear; Vago; Trigêmio; Acessorio Abducente; Hipoglosso. Os Cinco Sentidos E Seu Vínculo Com Os Nervos Craniais: Audição: O cavalo tem audição muito bem desenvolvida, o que lhe permite ouvir ruídos de longa distância e distinguir de que direção este veio. A posição das orelhas do cavalo demonstra, de forma simples e direta, quais as suas intenções. O nervo vestíbulo-coclear está diretamente relacionado a audição, sua função é orientar a movimentação e a audição. É um nervo sensitivo, as fibras desse nervo auxiliam impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio e audição. Olfato: No estado selvagem, o cavalo tem capacidade de sentir o cheiro de seus inimigos a 2 km de distância. Os cavalos se identificam pelo seu odor, cheirando sucessivamente a narina, o flanco, a inserção da cauda, a base do pescoço e a virilha. O nervo olfatório é um nervo sensitivo, com a função de olfação, sua origem se da no bulbo olfatório. Paladar: Os animais possuem capacidade um pouco superior à do homem de sentir o gosto dos alimentos, pois possuem a capacidade de identificar alguns venenos colocados junto à sua alimentação. Os cavalos têm uma preferencia por alimentos doces, gostando muito de açúcar que é normalmente utilizado como agrado. A ingestão de sal, que o animal deve fazer no seu dia a dia se da muito mais por necessidade fisiológica que por preferencia de paladar. O nervo glossofaríngeo tem percepções gustativas no posterior da língua e sensoriais da faringe, laringe e palato. É um nervo misto. Tato: O tato do equino é diferente do de outras espécies, sendo considerado tato três partes diferentes do cavalo: as vibrissas, os cascos e a percepção cutânea. Vibrissas são os pelos táteis da extremidade do focinho utilizados para reconhecerobjetos que despertam interesse e curiosidade. Casco do cavalo tem um revestimento cutâneo da pele do membro modificada. Esse tecido possui muitos vasos sanguíneos e filetes nervosos, o que propicia uma sensibilidade muito grande. A pele do equino é um órgão extremamente sensível, sendo também o cavalo um animal muito sensível a estímulos cutâneos que provoquem dor ou carinho. O nervo trigêmeo é um nervo misto, pois é responsável pelos movimentos da mastigação e percepções sensoriais da face, seios da face e dentes. Sua origem se dá no portio maior e menor. A raiz motora do trigenmio é constituída de fibras que acompanham o nervo mandibular distribuindo-se aos músculos mastigatórios. O nervo facial é também um nervo misto, pois possui uma raiz motora e outra sensorial gustativa. o nervo facial da inervação motora aos músculos cutâneos da cabeça e pescoço. A raiz motora é formada pelo nervo facial e é chamada d nervo intermédio. A origem se da no sulco pontinho inferior. Visão: O cavalo possui uma excelente visão. Ele consegue distinguir algumas cores, enxergando bem o azul e o verde. O equino é o único mamífero que tem olhos grandes proporcionalmente e colocados um em cada lado da cabeça, o que lhe permite uma visão independente para cada olho, isto é, pode olhar em diferentes direções ao mesmo tempo e processar as distintas imagens que se formam em seu cérebro, mas ao mesmo tempo lhe impinge um ponto cego ineditamente à frente da cabeça. A visão binocular fica restrita à frente, quando foca um objeto localizado exatamente à sua frente e que lhe exige atenção. Isso faz com que, nesse momento, não tenha mais a visão lateral ou traseira, o que torna fundamental a forma de aproximação ao cavalo. Com a visão monocular, enquanto o olho direito foca objetos à sua direita, o olho esquerdo foca à sua esquerda. Pode-se estender este foco quase que à ponta da cauda, em um ângulo de ate 340° de sua cabeça sem que necessite vira-la, porém, neste caso, perde o foco frontal e diminui o lateral. O nervo relacionado diretamente a visão é o nervo óptico que passa pelo forame óptico e tem função de visão, sua origem se da na retina. Chega ate o crânio pelo canal óptico. OBJETIVOS GERAIS Apresentar para a classe características evolutivas dos equinos e os sentidos desses animais ligados ao Sistema Nervoso. OBJETIVOS ESPECIFICOS Demonstrar a evolução do equino desde o período eoceno, com seu primeiro ancestral, o Hyracotherium, evoluindo para Propahaotherium, Mesohippus, Parahippus, Pliohippus, Onohippidium ate chegar ao Equus, animal que está presente nos tempos atuais. Relacionar o sistema nervos aos cinco sentidos dos equinos utilizando os nervos cranianos. MATERIAL E MÉTODOS: 01 Cabeça de cavalo; 03 Bacias; Papel toalha; Álcool; 03 aquários com as seguintes dimensões: 8cmX23cmX32,5cm; 7cmx23,5cmx28,5cm; 15cmx32,5cmx35,5cm; todos possuindo 6mm de espessura; 01 bastão de cola de silicone; Serra fita; Bucha; 5L de Formol – teor 36,5%; 15L de Água destilada; EPI- Equipamentos de proteção individual (Luvas, jaleco, óculos e marcara de gás). A peça utilizada para o trabalho foi uma cabeça de cavalo, que foi doada ao laboratório. Esse animal veio a óbito por causas naturais, fator que relaciona diretamente a zootecnia a esse trabalho, pois nenhum animal foi sacrificado para a realização deste, visando assim o bem estar animal. O primeiro procedimento foi retirar a cabeça do equino do congelador. Logo após o professor, junto ao técnico do laboratório, cortou a peça transversalmente, utilizando a serra fita, confeccionando assim, as três peças utilizadas. Após o corte, as peças foram devidamente limpas e armazenadas no formol. Após isso os cortes foram deixados aproximadamente 20 dias imersos no formol. Tendo em vista que esse produto desidrata a peça foram retiradas as medidas para a montagem dos aquários após esse prazo. O serviço de confecção do aquário foi terceirizado pra que não houvesse nenhum vazamento. O prazo de entrega dos aquários foi de sete dias. Ao receber os aquários, foram feitos o teste para verificar se havia vazamentos. Os cortes foram lavados e colocamos dentro dos aquários e preenchidos com 1 litro de formol para cada 3 litros de água destilada, após isso a tampa foi colada com silicone. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foi obtido como resultado três aquários contendo cortes transversais da cabeça de um equino. Os aquários foram utilizados para evitar o contato direto de quem manuseia a peça com o formol, já que este é prejudicial à saúde e também para conservar as peças para que elas tenham uma maior vida útil. A confecção do trabalho durou cerca de um mês e meio. Durante a produção foram feitos três aquários medindo 4mm de espessura, porém, desta forma eles ficaram finos e poderiam correr o risco de quebrar facilmente, então foram confeccionados outros três aquários de 6mm, visando a maior vida útil deles. 6. CONCLUSÃO Analisando todas as informações adquiridas durante esse processo e o resultado do trabalho, conclui-se que foi uma boa opção confeccionar os aquários, já que eles irão poder auxiliar nos estudos não apenas do sistema nervos, mas também de alguns músculos e ossos do crânio e algumas estruturas do sistema respiratório dos futuros alunos da universidade. Esse trabalho também colabora para o aumento do acervo do Laboratório de Anatomia Animal da UFVJM. 7. AGRADECIMENTOS Agradecemos a todos que, diretamente ou indiretamente, ajudaram na conclusão do trabalho, mas especialmente a: Alexandro Aluísio Rocha; Carlos José Otoni; Mauricio Santanna; Ana Luiza Nobre; Pedro Bastos; Thais Trindade; Leonardo Almeida; Franciele Lyra; João Otávio. 8. REFERÊNCIAS Livro: Cavalo, O - Características, Manejo E Alimentação- por André Galvão de Campos Cintra Livro: Anatomia dos animais domésticos: texto e atlas colorido - König, Horst Erich / Liebich, Hans-Georg Livro: Atlas de anatomia topográfica dos animais domésticos - Popesko, Peter ‘’http://www.uff.br/fisiovet1/SN_1_site.pdf “
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