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Behaviorismo

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Behaviorismo
Behavior – comportamento
Bases teóricas traçadas por Ivan Pavlov
Originário dos meios acadêmicos dos EUA
Criado pelo pesquisador John B. Watson
Objeto de Estudo – comportamento humano
Behaviorismo
Com este objeto de estudo – comportamento - Watson desejava dar a Psicologia consistência
Objeto observável, mensurável, cujos experimentos poderiam ser reproduzidos em diferentes condições e sujeitos
Rompimento definitivo com a tradição filosófica da Psicologia
Behaviorismo
Nenhum conceito que diga respeito ao universo interior, supostamente existente do indivíduo, é levado em consideração
O comportamento é uma resposta do organismo a algo que o impressiona a partir do exterior, os estímulos
Teoria E – R 
Caixa Preta
Para Watson tudo dependia do ambiente
"Dêem-me uma dúzia de crianças sadias, bem constituídas e a espécie de mundo que preciso para as educar, e eu garanto que, tomando qualquer uma delas, ao acaso, prepará-la-eí para se tornar um especialista que eu seleccione: um médico, um comerciante, um advogado e, sim, até um pedinte ou ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, aptidões, assim como da profissão e da raça dos seus antepassados."
(WATSON - Behaviorism)
Condicionamento Clássico
A salivação é uma resposta não- condicionada ou RNC, pois não há aprendizagem envolvida;
De modo correspondente, a ração é um estímulo não-condicionado ou ENC 
Condicionamento Clássico
	
	O condicionamento clássico é uma processo de aprendizagem em que um estímulo anteriormente neutro torna-se associado a outro estímulo através de repetida união com aquele estímulo.
Dessensibilização sistemática
Joseph Wolpe, psiquiatra sul-africano, desenvolveu uma técnica específica para a fobia, inspirado nas pesquisas de Watson.
O paciente é primeiramente treinado em técnicas de relaxamento profundo. Em seguida, o terapeuta ajuda-o a expor-se de forma imaginária ou real, de maneira gradual e sistemática, ao objeto ou situação temido. Este processo permite a dessensibilização. 
Sendo assim, a fobia tende a desaparecer em pouco tempo.
Lei do Efeito - Thorndike 
 Edward L. Thorndike 
Thorndike: base do condicionamento operante
Edward Lee Thorndike colocava um gato faminto em uma caixa feita de ripas de madeira, chamada caixa-problema. Deixava a comida do lado de fora da caixa como um incentivo para aquele que conseguisse escapar. O gato tinha de puxar uma alavanca ou corrente e, às vezes, repetir várias vezes a manobra para afrouxar o trinco e conseguir abrir a caixa. No início, o gato exibia comportamentos aleatórios, até que acabava destravando a porta. Nas experiências seguintes, os comportamentos aleatórios mostravam-se menos frequentes, até que o gato aprendia a sair da caixa.
Thorndike registrava o tempo decorrido do instante em que o gato era colocado na caixa até o momento em que ele conseguia sair. 
Assim que a aprendizagem se concretizava, esse intervalo diminuía significativamente. O psicólogo escreveu sobre uma tendência em “gravar” ou “apagar” as respostas de acordo com o êxito ou o fracasso das consequências. 
As respostas que não resultam na abertura da porta para o gato sair da caixa tendiam a desaparecer.
 As respostas que conduziam ao êxito eram gravadas depois de algumas repetições.
Esse tipo de aprendizagem passou a ser conhecido como aprendizagem por ensaio e erro, embora Thorndike preferisse chamá-lo de tentativa e sucesso acidental. 
A partir de suas experiências, Thorndike criou a lei do efeito. 
Segundo esta lei, os atos que produzem satisfação em determinada situação tornam-se associados a ela; quando a situação se repete, o ato tende a ocorrer.
Lei do Efeito
Na aprendizagem operante, a lei do efeito seleciona de uma série de respostas aleatórias apenas aquelas que são seguidas de consequências positivas
O processo é semelhante à evolução, em que a lei de sobrevivência dos mais aptos seleciona de uma série de mutações aleatórias apenas aquelas que promovem a sobrevivência da espécie
Thorndike 
 Em sua Lei do Efeito, Thorndike teorizou que as respostas que produziam consequências mais satisfatórias, foram "escolhidas" pela experiência e portanto, aumentaram de frequência.
Algumas consequências reforçavam o comportamento, outras enfraqueciam ele. 
Skinner
Skinner partiu de onde Thorndike havia parado. Diferentemente de Thorndike, que preferia gatos, Skinner usava predominantemente ratos e pombos como sujeitos experimentais. 
A lei do efeito é apropriada por Skinner para definir o comportamento operante e suas contingências. 
Skinner aprimorou as descobertas de Thorndike, estudando detalhadamente os efeitos da frequência das consequências sobre o comportamento dos animais.
Behaviorismo Radical
Skinner
Objeto de estudo – aquilo que pode ser observado e descrito em termos tão elementares que dispense a subjetividade Comportamento
Expressão visível de um organismo, aquilo que pode ser registrado e quantificado
Behaviorismo Radical
Comportamento – interação entre aquilo que o sujeito faz e o ambiente onde o seu fazer acontece
Comportamento reflexo/respondente/não voluntário – contrações da pupila
Comportamento operante – inclui todos os movimentos de um organismo dos quais se possa dizer que, em algum momento têm efeito sobre ou fazem algo ao mundo em redor
Segundo Skinner, o comportamento, especialmente o humano, tem múltiplas causas. 
 - Uma resposta não é causada por um único estímulo. 
 - Os estímulos provocam respostas diferentes em indivíduos diferentes. 
Qualquer resposta está relacionada com uma pluralidade de fatores. 
No esquema E – R - C
 E representa um conjunto de aspectos do ambiente que afetam o indivíduo de maneira significativa em um dado momento;
 R refere-se a “tipos de respostas”, isto é, conjuntos de atividades dos indivíduos, com características similares;
 C simboliza o conjunto de efeitos sobre o meio e sobre o próprio indivíduo. 
Caixa de Skinner
Condicionamento/ aprendizagem
Agimos ou operamos sobre o mundo em função das consequências criadas pela nossa ação
O que propicia a aprendizagem dos comportamentos é a ação do organismo sobre o meio e o efeito dela resultante
A aprendizagem está na relação entre uma ação e seu efeito
Reforço
As probabilidades de ocorrência futura de um determinado tipo de resposta aumentam. 
Os reforços fortalecem certas respostas.
Tendência a reproduzir ações benéficas e gratificantes, em sentido amplo, e a evitar ações daninhas para o indivíduo. 
Não existem reforçadores per si. A noção de reforçador expressa uma relação funcional entre a atividade do indivíduo e seu meio. 
Condicionamento/reforço
Reforço positivo: é uma alteração do meio através da adição de um estímulo. 
Elogio dado para um indivíduo após responder com comportamento pretendido
Reforço negativo: é uma alteração através da remoção de um estímulo
Choques elétricos que cessam após o sujeito responder com um determinado comportamento pretendido. 
Desta forma, fortalece a resposta que o remove. 
Não é o indivíduo que é recompensando, mas sim o comportamento!!
Extinção processo contrário ao reforço. É usada para “desaprender” um comportamento previamente condicionado. 
Consiste na suspensão de um reforço associado a uma dada resposta condicionada. 
 É um processo gradual 
Punição leva a supressão temporária da resposta sem contudo alterar a motivação
Previsibilidade e fatores cognitivos
Contiguidade versus Previsibilidade
Desde Pavlov os pesquisadores tentaram determinar o fator crítico para que ocorra o condicionamento clássico
Pavlov apostava na contiguidade temporal, ou seja, os dois estímulos devem ocorrer muito próximos no tempo
Previsibilidade e fatores cognitivos
Uma concepção alternativa é que o EC deve ser um preditor confiável do ENC
Para que ocorra o condicionamento deve haver uma probabilidade mais alta de que de que o ENC irá ocorrer quando o EC foi apresentado do que quando este não foi
O ENC deve ser previsível!Previsibilidade e emoção
Se um determinado EC prevê confiavelmente que haverá dor, a ausência daquele EC prediz que não haverá dor e o organismo pode relaxar.
O EC é, portanto, um sinal de “perigo” e sua ausência sinal de “segurança”.
Quando estes sinais são irregulares, a carga emocional pode ser devastadora.
Condicionamento aversivo
No treinamento por punição, uma resposta é seguida de um estímulo ou evento aversivo, o que resulta no enfraquecimento ou supressão da resposta em ocasiões subsequentes
EX: tapinhas na mão do bebê quando ele pinta a parede
Condicionamento aversivo
 A punição pode suprimir uma resposta indesejável, ela tem diversas desvantagens:
1) seus efeitos não são tão informativos quanto os resultados da recompensa
2) Como resultado o organismo pode substituir a resposta punida por outra ainda menos desejável
3) Os subprodutos da punição podem ser lamentáveis
4) Através do condicionamento clássico a punição muitas vezes faz com que a pessoa passe a temer ou desgostar da pessoa que a aplicou e da situação na qual ocorreu
Condicionamento aversivo
5) uma punição extrema ou dolorosa pode despertar um comportamento agressivo mais grave do que o comportamento original indesejável
Esquemas de reforçamento
O reforço pode ser oferecido toda vez que o comportamento ocorrer. 
Chamamos de reforço contínuo. 
Mas nem sempre estamos acompanhando o comportamento dos outros para poder oferecer o reforço. Neste caso então, chamamos de reforço intermitente.
RI - Imagine um casal de namorados em que, nem todos os pedidos da namorada são atendidos pelo rapaz. Ele atender ou não, obedece a alguns critérios, dentre os quais podem estar a quantidade de vezes (insistência) em que a namorada pede, ou o tempo (espera) entre um pedido e o outro. 
O esquema de reforço intermitente é tido como o mais eficaz na manutenção de respostas já modeladas. Uma de suas principais características, é tornar a resposta mais resistente à extinção; isto é, pode ser emitida mais vezes sem que necessariamente o reforçador tenha de ser apresentado.
Esquemas de reforçamento
Reforço Aleatório
Não há critério para o reforçamento
O condicionamento por reforçamento aleatório gera uma incrível resistência à extinção
Skinner acreditava que este provocava o que ele chamou de “comportamento supersticioso”, o que pode explicar por que pessoas viciadas em jogos de azar tendem a se endividar: elas geralmente acreditam que, na próxima rodada, serão reforçadas, isto é, premiadas.
Skinner e a educação
Inicialmente Skinner critica o ensino tradicional principalmente pela passividade a que reduz o estudante. 
 Na perspectiva skinneriana, o ensino se dá apenas quando o que precisa ser ensinado pode ser colocado sob controle de certas contingências de reforço.
 Ênfase no reforço positivo e nas contingências de reforço 
Skinner e a educação
O papel do professor seria criar situações nas quais o reforço possa aumentar a probabilidade de que o aprendiz exiba o comportamento terminal desejado. 
Skinner e a educação
Instrução programada e máquinas de ensinar
Ideias básicas:
 O material de ensino deve ser subdividido em pequenas etapas que favoreçam com mais frequência o feedback e, portanto, o reforço ao estudante.
 O estudante tem a possibilidade de ser mais ativo ao aprender, seja na leitura de um texto, seja ao trabalhar com uma máquina programada. 
Skinner e a educação
Instrução programada e máquinas de ensinar
Ideias básicas:
 Verificação imediata
 Respeito ao ritmo próprio dos aprendizes
 Preocupação com o conteúdo do ensino: assunto, sequencia, pré-requisitos – currículos uma máquina programada.

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