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1 Teologia Sistemática I Aula 3 Prof. Me. Roberto Luis Renner tutoriateologia@uninter.com Teologia Organização da Aula 3 Cristologia: doutrina de Jesus 1. Sua influência 2. Heresias em relação à natureza de Jesus Cristo Contextualização No início do cristianismo surgiram muitas heresias, que de uma forma ou outra tentaram influenciar o verdadeiro cristianismo Nos dias atuais tem surgido várias heresias tanto de fora da igreja como de dentro, que tem influenciado negativamente o cristianismo Conceitualização 2 Jesus Cristo é o cerne de toda realidade cristã; é o personagem central da história do mundo Cristologia: Doutrina de Jesus Cristo As Escrituras apresentam a Pessoa de Cristo como tema central da mensagem transmitida aos homens através dos tempos, conforme destacamos a seguir Tema da mensagem dos patriarcas: “Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados”. (Atos 10, 43). Tema da mensagem dos apóstolos: “Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falassem em nome de Jesus, os soltaram. E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo”. (Atos 5, 40-42) Tema apresentado aos judeus: “Tendo passado por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga de judeus. Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três sábados, arrazoou com eles acerca das Escrituras”. (Atos 17, 1-3) Tema da mensagem da Igreja no tempo e no espaço: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. (Marcos 16, 15) 3 Tema da mensagem aos gentios: “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue.” (Gálatas 1, 15-16) Jesus, nada escreveu, apesar de haver milhares de livros escritos a respeito dele Viveu na Palestina durante todo seu ministério terreno 1. Sua Influência Fora das Escrituras Jesus é mencionado pelos historiadores romanos: Tácito (Anais XV, 44), Suetônio (Cláudio, 25; Nero, 16) e Plínio, o jovem (Epístolas X, 96), pelo famoso historiador judeuFlávio Josefo Cornélio Tácito foi um historiador romano, governador da Ásia em 112 d.C., ao escrever sobre o reinado de Nero, Tácito refere-se à morte de Cristo e à existência de cristãos em Roma: 1.1 Cornélio Tácito Historiador judeu, no ano 66 d.C. ele afirma: “Por essa época surgiu Jesus, um homem sábio, se é que é correto chamá-lo de homem, pois operava obras maravilhosas, e era um mestre que fazia as pessoas receberem a verdade com prazer”. 1.2 Flávio Josefo Oficial da corte de Adriano, escritor dos anais da casa Imperial, registrou: 1. 3 Suetônio 4 “Como os judeus, por instigação de Chrestus (uma outra forma de escrever Christus), estivessem constantemente provocando distúrbios, ele os expulsou de Roma”. (Vida de Cláudio 25, 4) Teríamos ainda que citar os pais da Igreja, Clemente de Roma, Orígenes, Tertuliano, Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna, Clemente de Alexandria, Justino Mártir Nos primeiros séculos não era discutido se Jesus existiu ou não As discussões eram mais profundas do que hoje, pois discutiam e pensavam sobre a essência de Jesus 2. Heresias em relação à natureza de Jesus Cristo A doutrina de Cristo sofreu ataques em toda história do cristianismo: seu nascimento, sua vida, seus milagres, sua morte, sua ressurreição. Tudo foi questionado O termo grego ebionaioi, vocábulo hebraico ebionim, que significa “pobre” Os ebionitas eram judeus cristãos Essa seita tinha um ensino exagerado sobre pobreza 2.1 Ebionismo Para eles, Jesus era filho de José e Maria, que observou a Lei de forma especial, sendo assim escolhido por Deus para ser o Messias 5 Os docetas negavam a humanidade de Jesus, dizendo que ele parecia ser humano, mas era divino 2.2 Docetismo Cristo parecia estar numa matéria carnal, mas na verdade ele era diferente. Cristo era bom e a matéria é essencialmente má, não havendo possibilidade de união entre o logos e um corpo terreno Surgiu no século III, e a grande dificuldade era combinar a fé no Deus único (monoteísta) com a nova fé cristã, na qual Deus é: Pai, Filho e Espírito Santo 2.3 Monarquianismo Essa dificuldade era complicada de resolver, pois de um lado tinha aqueles que criam que o logos era uma pessoa divina, parecendo ferir a ideia monoteísta; de outro lado havia os que defendiam a ideia de que o logos era subordinado ao Pai, isso feria a deidade de Cristo Ário, presbítero de Alexandria, mais ou menos no ano 318 d.C., defendeu a doutrina que considerava Jesus Cristo como superior à natureza humana, porém, inferior a Deus 2.4 Arianismo Ário não admitia a existência eterna de Cristo; ensinava que o logos (Cristo) um dia foi criado, ou seja, não era preexistente, não era igual ao Pai em nível de substância e muito menos era coeterno com Ele 6 Aplicação Prática Para refletir Você percebe, nos dias atuais, que tem surgido algumas heresias dentro da própria igreja que tenha contaminado o Cristianismo? De que maneira podemos combater para que tais heresias não façam um estrago na igreja? Tente identificar um grupo, ou igreja que começou bem, porém com o passar do tempo permitiu que alguma heresia entrasse e viesse a prejudicar o grupo Síntese Tema: cristologia: doutrina de Jesus 1 Sua influência fora das escrituras 1.1 Cornélio Tácito 1.2 Flávio Josefo 1.3 Suetônio 7 2 Heresias em relação à natureza de Jesus Cristo 2.1 Ebionismo 2.2 Docetismo 2.3 Monarquianismo 2.4 Arianismo Referências de Apoio AGOSTINHO, S. A Trindade. v. 7 São Paulo: Paulus, 1995. ___. Suma Teológica. São Paulo: Loyola, 2006. ANDRADE, C. de. As Verdades Centrais da Fé Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. EDITORA INTERSABERES(ORG),Teologia Sistemática, 2014 BANCROFT, E. H. Teologia Elementar. São Paulo: Batista Regular, 1995. BATISTA, Paulo Sergio. Manual de Respostas Bíblicas. São Paulo: Betesda, 2006. BENTHO, E. C. Hermenêutica fácil e descomplicada: como interpretar a Bíblia de maneira prática e eficaz. 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999. EDITORA INTERSABERES(ORG),Teologia Sistemática, 2014 Teologia Sistemática. Curitiba: Intersaberes, 2014. VINE, W. E.; UNGER, M. F; WHITE JR, W. Dicionário Vine: o significado exegético e expositivo das palavras do antigo e do novo testamento. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
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