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ESTATUTO E ÉTICA OAB

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ESTATUTO E ÉTICA
As questões de ética são feitas com base em 3 institutos:
A Lei 8906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB) – LER IMPORTANTE
Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB – LER IMPORTANTE
Código de Ética e Disciplina (CED) – NOVO – Ler, mas não se prender muito;
Obs: O Estatuto de Ética é de 1974, mas de lá pra cá existiram varias alterações, inclusive recentemente existiu uma lei alterando o art. 7 do Estatuto que trás os direitos dos advogados;
Obs: A Lei 8906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB) é considerado LEI, o Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB e o Código de Ética e Disciplina (CED) não é considerado LEI, porque são atos normativos criados pelo Conselho Federal da OAB e ao mesmo tempo que criaram eles podem alterar;
QUADROS DA OAB
A OAB é formada por dois grandes quadros:
Quadro dos advogados (Art. 8 EAOAB) – Apresenta os requisitos necessários para ser advogado
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:
I - capacidade civil; Que é atingida aos 18 anos (algo presumido).
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; Combinado com o art. 23 do regulamento geral exige o histórico escolar na ausência do diploma. Então é exigido o diploma OU a certidão de graduação em direito + o histórico escolar.
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; Se for brasileira, só precisa do titulo de eleitor, porque não há serviços militares obrigatórios para mulheres. Se for um estrangeiro não precisa nem do titulo de eleitor e nem dos serviços militares > Art. 8 § 2º “O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve provar do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo” > ENTÃO, estrangeiros ou brasileiros que fizeram faculdade em outro país, podem ser advogados no Brasil desde que precisem valer aquele diploma no Brasil, isso é revalidar o diploma, a pessoa tem que ir ao MEC preencher ou comprovar requisitos e depois preencher os requisitos do art. 8. 
IV - aprovação em Exame de Ordem; Para comprovar que conhece o direito brasileiro e a língua portuguesa no caso dos estrangeiros. Existe um provimento 144 do Conselho Federal da oab que vai dizer como deve ser o exame da ordem.
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
Diferença entre 4 expressões:
“Atividade incompatível”- Expressão que esta ligada a vida profissional, vindo a gerar uma proibição total do exercício da advocacia, e as hipóteses estão todas em um rol taxativo do art. 28 EAOAB. Ex: Um policial militar faz faculdade de direito passa na prova da oab, mas ele não pode ser advogado porque ele exerce uma atividade incompatível – isso seria uma vantagem para ele, porque ele capitaria muito cliente. 
“Conduta Incompatível” – Esta ligada a vida social/pessoal e a lei vai exigir o requisito da habitualidade para sua configuração. Esta no art. 34 da EAOAB. O advogado que tem uma conduta incompatível vai sofrer uma punição que é uma suspensão. Ex: Embriaguez habitual, a toxomania habitual, a pratica reiterada de jogo de azar não autorizado por lei, à incontinência publica e escandalosa. 
“Inidoneidade moral” – Até que prove ao contrário todos nós somos idôneos moralmente, mas se descobrirem algo da nossa vida pessoal, a pessoa pode se tornar inidônea moralmente, e se ela perder a idoneidade se tornando inidônea essa pessoa sofrerá uma exclusão. A inidoneidade moral esta ligada a vida social/pessoal, só que ao contrario da conduta incompatível, a inidoneidade moral é mais grave, tanto que é que basta praticar uma vez. Ex: Se a pessoa esta constantemente embriagada, mas não perturba ninguém, fica na dela, não interessa o simples fato da pessoa esta constantemente embreada gera uma suspensão. Agora se a pessoa bebe uma única vez ou fica bêbada constantemente e faz uma algazarra, aquilo é filmado e aparece na TV, é muito mais grave, e basta praticar uma vez, a pessoa será excluída. 
Obs: Para ocorrer à exclusão precisará do voto de 2/3 dos membros do Conselho competente.
“Crime infamante” – É aquele crime que causa uma má fama, ex: O advogado é envolvido com estelionato, apropriação indébita, um advogado que vai visitar um cliente e leva droga para presidio para vender -> Geralmente são aqueles crimes que os advogados cometem no exercício da profissão.
Obs: O crime infamante é um exemplo de inidoneidade moral, por isso, também gera exclusão pelo voto de 2/3 do Conselho competente.
VI - idoneidade moral; 
VII - prestar compromisso perante o conselho. É o juramento que devemos fazer na hora de pegar nossa carteira. Esse juramento é solene (porque tem solenidade, podemos chamar nossos amigos e parentes), é personalíssimo/indelegável (a pessoa não pode mandar outra pessoa pegar sua carteira).
Obs: Existem dois provimentos que falam do estrangeiro:
- Provimento 91/2000 – Por esse provimento um advogado estrangeiro pode vir para o Brasil para fazer consultoria em direito do país dele, ex: Um advogado francês vem para o Brasil, abre um escritório para fazer consultoria em direito francês, ele pode, com uma simples autorização da oab. Agora se esse advogado quiser advogar nos tribunais brasileiros e fazer consultoria em direito brasileiro, ai deve fazer todo o tramite do art. 8.
- Provimento 129/2008 – O advogado inscrito na OAP (Ordem dos Advogados Portugueses) podem vim para o Brasil se inscrever na OAB sem revalidar o diploma e sem fazer o exame de ordem -> É uma reciprocidade que existe entre o Brasil e Portugal.
Quadro dos estagiários (Art. 9 EAOAB) – Apresenta os requisitos necessários para ser estagiário.
- Para possuir a carteira de estagiário, terá que esta cursando os dois últimos anos da faculdade. 
- Para o bacharel em direito que nunca fez estágio pode tirar a carteira depois de formado.
- A carteira de estagiário dura até 3 anos, art. 35 do Regulamento Geral. 
Art. 9º Para inscrição como estagiário é necessário:
I - preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8º;
V- Ex: Pai e Filho começam a fazer a faculdade de direito, o pai é militar do exercito, chega no dois últimos anos do curso e o filho vai tirar a carteira de estagiário e pai também quer, mas o pai não pode, porque o pai é militar, porque a atividade militar é incompatível com a advocacia. 
II - ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
§ 1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina.
§ 2º A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico.
§ 3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode freqüentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB.
§ 4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem.
2. TIPOS DE INSCRIÇÃO
- São os tipos de inscrição dos advogados. 
Obs: A inscrição do estagiário como diz o art. 35, só dura 3 anos e é feita no Estado que ele estuda, art. 9 § 2º, é aonde se localiza a faculdade dele.
Principal
- Após passar na primeira e na segunda fase da OAB, a pessoa vai ganhar um certificado de aprovação que irá valer para sempre. Com esse certificado muitos não poderão se inscrever na OAB, porque exerce uma atividade incompatível, mas se não for o caso a pessoa poderá escolher se vai se inscrever ou não na oab.
- Se a pessoa quiser se inscrever na OAB, a primeira inscrição é a principal, que você pode fazer em qualquer Estado desde que você afirme que lá você vai advogar. Naduvida você faz onde você mora, mas você pode fazer a inscrição em outro Estado que você nem morou (mas afirmando que é lá que você vai advogar).
Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral.
§ 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado. >>> Primeiro você faz aonde você quer advogar, NA DUVIDA, faz onde você ta morando.
Obs: Com essa inscrição principal você poderá advogar ilimitadamente naquele local, como poderá também pelo Brasil todo mas de forma limitada de modo eventual, porque se você passar a advogar com habitualidade em outro Estado surge a obrigado de se fazer outra inscrição cujo o nome é inscrição suplementar e ainda terá que pagar uma nova anuidade.
Obs: Se eu tiver 5 inscrições suplementares eu terei que pagar 6 anuidades porque tem a principal. E cada valor da anuidade varia com seu Estado. 
§ 4º O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal.
Suplementar
Art. 10 § 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano.
- Terá que exercer a advocacia com habitualidade. Existem dois critérios para identificar a habitualidade. O primeiro é ter mais de 5 causas por ano e segundo é abrir uma filial do escritório (art.15 §5).
Obs: Até 5 causas por ano em um Estado não precisará da inscrição suplementar, mas se passar de 5, se tiver 6 ou mais, precisará da inscrição suplementar. Ex: Se eu sou advogado no RJ e precisar atuar em 5 causar na Bahia não terei que fazer nada, mas se eu precisar fazer a sexta causa na Bahia naquele ano, ai precisarei de uma inscrição suplementar. 
Obs: Atos que não contam e que eu posso fazer a vontade:
- Advocacia extrajudicial: Ex: Fazer pareceres jurídicos, fazer acompanhamento de inquérito policial, então se cair na prova: Um advogado do RJ vai fazer 15 pareces em SP, pode a vontade.
- Advocacia nos tribunais superiores ou interestaduais: Ex: Sou advogado no RJ, se eu precisar advogar no SJF, STJ, TSE eu posso a vontade; Ou no caso do TRF da 2° região que tem jurisdição no ES e no RJ, só que o TRF da 2° região fica no RJ, assim os advogados do ES que quiserem ir ao RJ para atuar no TRF podem a vontade, porque o TRF é um tribunal interestadual que abraça o estado deles também. Agora se o advogado do ES quiser advogar no TRF da 1° região que fica em Brasília, ele pode até 5 causas, tendo 6 ou mais, ele terá que tirar a suplementar. 
- Acompanhamento de Carta Precatória: Ex: Se eu só advogar no RJ, mas há varias testemunhas que moram em SP, dai terei que acompanhar cartas precatórias em SP, vou lá faço audiências, escuto as testemunhas e volto, posso fazer a vontade.
- Impetração de habeas corpus: Poderei impetrar habeas corpus pelo Brasil todo.
Art. 15§ 5o  O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar. >>> Então se eu tenho um escritório no RJ com 4 sócios e resolvo abrir uma filial em SP só que só eu quero ficar em SP e os 4 sócios quem continuar no RJ, não interessa, todos os 5 terão que ter suplementar. Os sócios mesmo que não venham a advogar presume-se que vão advogar. O simples fato de abrir uma filial presume-se que vão advogar. 
Por transferência
Art. 10 § 3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente. >>> Ex: Não quero mais advogar no RJ e vou transferir para a Bahia, vou transferir a minha principal, mas a suplementares eu posso manter.
3. LICENÇA E CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO: 
LICENÇA: O advogado vem advogando, quando acontecer qualquer uma das hipóteses do art. 12, ele vai ficar afastado, licenciado, ele não vai advogar, não podendo votar nas eleições da OAB, dai quando sessar o motivo que gerou a licença ele voltará a advogar com o mesmo numero de inscrição. 
Obs: Enquanto ele esta de licença, ele ainda é advogado, só esta um tempo afastado, tanto é que quando volta, volta com o mesmo numero de inscrição. 
CANCELAMENTO: O advogado vem advogando, e quando cancela, ele não é mais advogado, volta a ser bacharel em direito. Quando ele voltar, vai voltar com um novo numero de inscrição. 
Obs: Esses números antigos não se restauram, ele ficam como dados históricos da oab. 
Obs: Após o cancelamento, não precisa fazer a prova da oab de novo, mas para ter a carteira de novo precisa dá entrada em um novo pedido, vai demorar, depois tem que fazer um novo juramento.
Obs: As pessoas optam sempre pela licença do que pelo cancelamento.
Art. 12. Licencia-se o profissional que:
I - assim o requerer, por motivo justificado; Ex: Motivo: Advogado que vai viajar para fora do país por um tempo, que está muito doente, ou que tem um esposo ou esposa que trabalha em uma multinacional e precisa se ausentar para acompanhar em outro país. 
II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; Se essa atividade incompatível tiver caráter temporário vai gerar uma licença, ex: prefeito, governador, R.R, assessor ou desembargador, secretario de estado, ministro da cultura. 
III - sofrer doença mental considerada curável; Já que a doença é curável, é licença, após melhorar, a pessoa volta com o mesmo numero de inscrição. 
Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que:
I - assim o requerer; Não precisa ter motivo justificado. 
II - sofrer penalidade de exclusão; A Exclusão é a penalidade mais grave que a oab pode aplicar a um advogado. 
III - falecer;
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; O advogado que passou no concurso para delegado de policia, para magistratura, para técnico judiciário, tem que cancelar, porque concurso presume-se caráter definitivo. 
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição; Perder os requisitos do art. 8°. 
§ 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa.
§ 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º.
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação.
4. IMPEDIMENTO E INCOMPATIBILIDADE: 
- São regras criadas pelo legislador para evitar que algumas pessoas levem vantagens ou desvantagens em relação a outras que queiram advogar. Ex: Se eu desembargador pudesse advogar, teria captação de clientela, poder de influenciar juízes; Os militares não podem advogar porque eles não possuem a independência que a advocacia precisa. 
Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia.
- Impedimento: É a proibição parcial, Ex: Na carteira vem uma observação falando que pode advogar menos contra o estado ou município. 
- Incompatibilidade: É a mesma coisa que atividade incompatível. É uma proibição total do exercício da advocacia. Essa incompatibilidade pode ter caráter definitivo que vai gerar o cancelamento da inscrição, ou pode ter caráter temporário que vai gerar uma licença. 
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
I - chefe do PoderExecutivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; >>> Chefe do Executivo: P.R, Governador e Prefeito e seus vices. 
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; >>> Membros é diferente de Servidor – Membro é o cargo mais importante daquele setor – Membros do Judiciário: Juízes, desembargadores, ministros do STJ, STF; Membros do Ministério Público: promotores e procuradores de justiça; Os juízes classistas não existem mais. 
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; >>> São os diretores de autarquias, etc; “Suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público”: diretores da oi, claro, tim, vivo, Coelba, etc. 
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; >>> Servidores do judiciário que estejam ligados direta (técnico judiciário, o analista judiciário) ou indiretamente (o faxineiro, segurança, médico que trabalham no foro não podem advogar). Os que exercem serviços notariais e de registro: Aqueles que trabalham em cartório extrajudicial, o tabelião, os próprios escreventes dos cartórios não podem advogar.
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza; >>> Diretamente: Os próprios policiais (Policial Militar, Civil, Rodoviário Federal, Ferroviário Estadual. Indiretamente: Guarda Municipal, bombeiro, carcereiro, pessoal que trabalha com o transporte de presos, medico do IML, perito. 
VI - militares de qualquer natureza, na ativa; >>>Exercito, Marinha e Aeronautica, desde que na ativa, não podem advogar
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; >>> São os fiscais, ex: fiscal de imposto de renda, auditor fiscal federal ou estadual – os fiscais não podem advogar. 
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. >>> Ex: O gerente do BB, o diretor do banco itau.
§ 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente.
§ 2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico.
Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; >>> Servidores não podem advogar livremente, eles até podem advogar menos contra a Fazenda que o remunera. Obs: Não são todos os servidores que são impedidos de exercer a advocacia, porque alguns são incompatíveis. Ex: Eu sou Professor de Geografia de uma escola municipal, eu posso advogar, menos contra esse município (porque é o Município que o paga).
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. >>> Ex: Vereador, Senador e Deputado, podem advogar menos contra ou a favor da administração pública em geral. 
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos.
Obs: Todos os que exercem atividade incompatível, após se aposentarem, podem advogar.
Obs: Em regra o que vai gerar impedimento e incompatibilidade são os cargos públicos, as empresas privadas não vão entrar nesse rol. Ex: Um advogado foi nomeado presidente da xerox do brasil, uma empresa de tirar cópia, não tem problema nenhum, ele pode advogar e ser presidente dessa empresa privada.
OBS: OLHAR MACETE NO CADERNO SOBRE O ASSUNTO.
5. DIRETOS DOS ADVOGADOS
Obs: Direito é diferente de Prerrogativa, o Direito é aquele que todos nós temos, como o direito de ir e vir, mas a Prerrogativa é um direito inerente a determinada profissão para o melhor desenvolvimento dela, como a prerrogativa do advogado de visitar o preso sem procuração.
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.
São três os agentes responsáveis para a realização da justiça, os juízes que julgam, os membros do MP que fiscalizam a aplicação da lei e os advogados que postulam, sem esses três não há de se falar em Justiça, por isso não há hierarquia entre esses agentes personagens da administração da justiça; 
Ex: Em uma questão da OAB caiu onde um jovem advogado foi fazer sua primeira audiência e ao adentrar na sala de audiência percebeu que a mesa do juiz era mais alta do que a mesa onde os advogados ficam, e perguntou a razão pela qual isso acontecia e o juiz respondeu: “Porque nós juízes somos superiores a vocês advogados”. ERRADO. A resposta certa será aquela que o Juiz falou bobagem porque não hierarquia e subordinação entre agentes da justiça.
Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.
É o direito que o Estatuto deu aos advogados de serem bem tratados pelas pessoas as quais eles fossem se relacionar, mas claro que isso é uma “via de mão dupla” porque também é dever do advogado tratar bem essas pessoas. 
Art. 7º São direitos do advogado:
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; O advogado pode advogar pelo Brasil todo; Lembrando que: Se eu tenho a oab de um Estado, eu posso advogar ilimitadamente nesse Estado, como posso também advogar limitadamente em outros Estados (Com tanto que seja 5 causas, sendo 6 ou mais terá que ter a inscrição suplementar).
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; É o direito da inviolabilidade do local e dos instrumentos de trabalho do advogado. Essa inviolabilidade não é absoluta e sim relativa porque pode ocorrer a quebra dela nos casos do art. 7 § 6 e 7.   
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; É o direito que o advogado tem de visitar o cliente que esteja preso, sem procuração, em qualquer lugar que ele estiver, seja no estabelecimento prisional cível ou militar, ainda que estejam incomunicáveis. 
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; Ex: O advogado vai visitar o cliente preso e também leva drogas para ele, será considerado trafico de drogas, e foi cometido no exercício da profissão > Terá que ter o representante da OAB, caso tenha sido preso em flagrante por crime inafiançável, sob pena de nulidade; Outro ex: O advogado chega do trabalho, tira o terno e vai vender droga na praça para os amigos, e é preso, mas não foi no exercício da profissão > O delegado na hora de lavrar o auto de prisão em flagrante, percebendo que aquele preso é um advogado, o delegado não precisará chamar ninguém da OAB, masirá comunicar o fato na OAB.
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar; É o direito do advogado de somente ficar preso em uma sala que for de Estado Maior (salas destinadas a oficiais militares – são salas melhores que prisões especiais); Obs: A OAB não precisa mais reconhecer essa sala - saiu da letra da Lei; E na falta dessa sala de Estado Maior, o advogado ficará em prisão domiciliar. 
VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; Existe uma cancela que separam os advogados da plateia, o advogado pode ultrapassar essa cancela, para ir, por exemplo, na mesa do desembargador. 
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; É o livre acesso dos advogados a esses locais para que possa desempenhar o seu trabalho. 
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; É o direito do advogado ter livre acesso para melhor realização da justiça sem precisar de procuração. 
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais; O advogado terá que está munido de procuração com poderes especiais. 
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença; 
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada; É o pode que o advogado tem de poder despachar com o juiz a qualquer momento/hora, sendo que se houverem outros advogados na fila, tem que esperar. Já caiu na prova: Que um juiz colocou um aviso na porta do gabinete falando que só despachava com advogado de segunda a quarta das 8h as 12h – é ilegal, porque o Estatuto diz que pode a qualquer hora. Obs: E esse direito é do advogado e não do estagiário. 
IX - sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido;       (Vide ADIN 1.127-8)      (Vide ADIN 1.105-7) Foi considerado inconstitucional, porque não é qualquer recurso ou processo é somente aquele que há precisão de sustentação oral; Se o relator der o voto e logo após o advogado fazer a sustentação oral, a justiça acaba ganhando, porque o advogado já sabe no que rebater, até para convencer os outros dois que ainda vão votar daí o STF entendeu que a sustentação tem que ser antes do voto do relator. 
Obs: No Código de Ética e Disciplina diz que nos processos disciplinares da OAB, ou seja, quando o advogado esta sendo processado pela OAB, a sustentação oral do advogado é após o voto do relator.
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; É o direito que o advogado tem de interromper a audiência para esclarecer uma coisa que esta ocorrendo de forma equivocada. 
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; 
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo;
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos; O advogado pode tirar copia de qualquer processo em qualquer órgão da administração pública sem procuração, salvo se estiver sob sigilo, ai precisa de procuração.
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; Antigamente o advogado só podia tirar copia dos autos de flagrante e de inquérito policial. 
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias; Processos findos = Processos que já acabaram. 
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela; 
“Desagravo Público” É muito comum ver os advogados serem ofendidos por delegados, pelo MP, por juízes, e por isso sempre que forem ofendidos será instaurado um processo na OAB para saber em quais circunstancias ocorreram aquelas ofensas. Durante esse processo, o ofensor terá direito de defesa e serão feitas diligencias para saber se realmente essas ofensas foram feitas no exercício da profissão. Se essas ofensas tiverem caráter pessoal, religioso, doutrinário ou politico, a OAB não vai se meter, porque não será considerado no exercício da profissão. Ao final, se a OAB entender que cabe o desagravo público, será dado data para que o maior numero de advogados compareçam para poder prestar uma solidariedade ao advogado ofendido, o Presidente da OAB vai ler uma nota explicando o fato, essa nota será publicada na imprensa, vai ser encaminha ao ofensor e a OAB ainda pode fazer uma representação contra esse ofensor na corregedoria respectiva e pode ainda fazer uma noticia de crime por abuso de autoridade se for o caso. Esse desagravo público será feito no conselho seccional (Capital do Estado), em regra. Às vezes o advogado é ofendido em uma comarca do interior, e dai o desagravo será feito em uma subseção. Existe casos que é o Conselho Federal da OAB que vai providenciar o desagravo, quando forem ofendidos Presidentes de Conselhos Seccional, Conselheiros Federais e advogados ofendidos com repercussão nacional, e nesse caso, o Conselho Federal vai apenas organizar, mas o desagravo vai ocorrer no Conselho Seccional. Obs: Quando os ofendidos forem os Conselheiros Federais, o Conselho Federal da OAB vai além de organizar, realizar o desagravo. 
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado; O símbolo da balança, o anel.
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional; É o direito que o advogado tem de se recusar a depor mesmo se o cliente solicitar ou autorizar.
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo. Se a audiência esta marcada para 13h, e passou 30 mim e o Juiz não chegou, o advogado pode ir embora, mas ele tem que ter um documento para provar isso, ele vai fazer uma petição, vai protocolizar, e vai receber um carimbo da hora que esta indo embora. Agora se o Juiz chegou as 10h da manhã e as audiências do dia atrasaram, e passou de13h e o advogado não foi atendido, ele vai ter que esperar, porque o juiz esta lá.
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: Se o advogado manifestar o desejo de esta participando dos atos do processo (depoimento ou interrogatório, por ex), o delegado tem que marcar uma data para que ele possa esta presente, sob pena de nulidade absoluta do respectivo ato. 
a) apresentar razões e quesitos; 
b) (VETADO).          
§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:
1) aos processos sob regime de segredo de justiça; Porque tem que ter procuração. 
2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada;
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado. Ex: O advogado retirou os autos (mesmo aqueles com procuração), e precisou ser intimado para a devolução, daí até o encerramento do processo, o advogado não pode mais retirar esses autos. 
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.        (Vide ADIN 1.127-8) O advogado tem imunidade civil, penal e disciplinar. Obs: O advogado não tem imunidade ao desacato, só a injuria e difamação. Essa imunidade pode ser em juízo ou fora dele, como em uma delegacia de policia por exemplo. Essa imunidade só vale se for no exercício da função. Obs: Se o advogado cometer excessos a OAB poderá puni-lo. 
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.
§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados à OAB.     (Vide ADIN 1.127-8) O pode judiciário devem criar nos juizados, fóruns e tribunais e o poder executivo devem criar nos presídios e delegacias SALAS para os advogados, seja para fazer petições, tomar um cafezinho, usar a internet, SOB uso assegurados a OAB, não mais controle porque o STF considerou inconstitucional. 
§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.
§ 6o  Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. O advogado terá que ser o suspeito, terá que ter indícios de autoria e materialidade da pratica de crime praticado por advogado. E o juiz vai determinar o que a policia vai fazer na hora de ir lá buscar e apreender. Essa busca e apreensão será feita na presença de um representante da OAB. Sendo proibido ficar mexendo nos documentos dos clientes.
§ 7o  A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou coautores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. Se o documento for do cliente do advogado que estiver sendo investigado por esse mesmo crime que deu causa a quebra da inviolabilidade, ai a policia pode mexer. 
§ 8o  (VETADO)       (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)
§ 9o  (VETADO)       (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)
§ 10.  Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV.
§ 11.  No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. 
§ 12.  A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente. 
Art. 7o-A. São direitos da advogada:
I - gestante:         
 a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X;
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê;
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição.
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. 
§ 1o  Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação.         (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
§ 2o  Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 do Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho).
§ 3o O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz será concedido pelo prazo previsto no § 6o do art. 313 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). 
6. ATOS PRIVATIVOS DE ADVOCACIA 
Art. 1º São atividades privativas de advocacia:
I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais;        (Vide ADIN 1.127-8) ATOS JUDICIAIS. 
Obs: Quem tem o direito e a capacidade de postulação de esta em juízo representando alguém é o advogado, mas há exceções onde a parte pode esta sozinha sem o advogado, então essa expressão “qualquer” foi retirada, porque não são atividades privativas do advogado. 
Obs: Essas exceções se encontram no Juizado Especial Cível, na impetração de Habeas Corpus, na justiça do trabalho nos dissídios individuais onde o reclamante e o reclamado podem esta sozinhos sem advogado (art. 791 CLT). 
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. ATOS EXTRAJUDICIAIS = Atos feitos pelos advogados fora do juízo. 
“Consultoria”: Tem por característica ser periódica, ser eventual. Muitas das vezes os clientes vão ao escritório tirar uma duvida sobre um caso, ai o advogado vai lá e faz uma consulta de forma verbal ou por escrito mediante parecer jurídico.
“Assessoria”: Tem por característica ser mais dinâmica. As empresas precisam de advogados que prestem assessoria jurídica, porque a todo o momento vai teralguém pedindo para o advogado tirar uma duvida então o advogado nesse caso vai direcionando a empresa para evitar problemas. Ex: Pedir para o advogado analisar reclamações dos clientes do produto que quebrou da empresa e assim o advogado vai assessorando. 
“Direção Jurídica”: No departamento jurídico de empresa tem um chefe que se chama diretor jurídico, daí esse diretor jurídico tem que ser advogado. 
Obs: O cargo de gerência jurídica também é privativo da advocacia, art. 7 do Regulamento Geral.
§ 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. Porque uma pessoa normal também pode impetrar. 
§ 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. Quando uma empresa vai ser levada a registro, somente o advogado pode dá esse visto, então é um ato privativo da advocacia. A LC 123/06 art. 9 § 2° diz que quando se tratar de microempresa e empresa de pequeno porte não se aplica essa exigência do visto. O art. 2 do Regulamento Geral, diz que se o advogado presta algum serviço para a administração publica direta e indireta, o advogado não poderá dá o visto nos atos constitutivos que vão ser levados a registro. 
§ 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade. Eu posso ser advogado e desempenhar outra profissão, como advogado e professor, advogado e medico. O que não pode acontecer é advogar em conjunto, por exemplo, em uma mesma ser sala ser advogado e corretor de imóveis, ou colocar uma placa escrito: Advocacia e Contabilidade. 
Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça.
§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social. No seu escritório particular, o advogado presta serviço público e exerce função social, isso não quer dizer, que o advogado seja funcionário público, mas quer dizer que o advogado como sendo um dos agentes indispensáveis para a realização da justiça exerce um múnus publico que significa encargo público, que é fazer justiça. 
QUESTÃO OAB: O advogado de acordo com a EAOAB/normas estatutárias:
Exerce função pública;
Deixa de exercer função pública;
Exerce apenas função privada;
Exerce função social; 
Obs: Se perguntasse de acordo com o Código de Ética, seria a letra A; 
§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público.
§ 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites desta lei.
6.1. ATOS DOS ESTAGIÁRIOS:
Art. 29 do Regulamento Geral: Os atos de advocacia, previstos no Art. 1º do Estatuto, podem ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público. O estagiário poderá praticar todos os atos do advogado desde que em conjunto com ele.
§ 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a responsabilidade do advogado: Os estagiários podem fazer sozinhos, mas com a responsabilidade do advogado, sem procuração.
I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; 
II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos; 
III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos. 
§ 2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando receber autorização ou substabelecimento do advogado.
7. ATOS NULOS
Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.
Atos nulos:
1) Não inscritas na OAB
2) Impedidos – no âmbito do impedimento (pode advogar menos contra ou a favor de algumas pessoas), ele advogar no âmbito do que ele esta impedido, os atos serão nulos;
3) Suspensos – recebeu uma punição pela OAB;
4) Licenciados;
5) Ou que passarem a exercer atividade incompatível com a advocacia;
E ainda tem aqueles incompatíveis que pode gerar licença e cancelamento.
8. RESPONSABILIDADE FUNCIONAL DO ADVOGADO:
O advogado no exercício da sua função pode ser responsabilizado em 3 esferas, a responsabilidade civil, penal e disciplinar (quando é processado e punido pela OAB).
O advogado pode causar prejuízo ao cliente e a terceiros, será uma responsabilidade civil, mas se causou prejuízos ao cliente, também será responsabilizado pela OAB > Estando na intercessão de dois grupos, o civil e o disciplinar. 
Quando o advogado violar segredo profissional, por exemplo, ele terá responsabilidade civil (196 CC), penal (154 CP) e disciplinar (34, VII). 
Há dois casos que se a pessoa for absorvida na área penal, terá repercussão sob as duas outras esferas (civil e disciplinar), que é quando na esfera penal tiver absolvição por negativa de autoria (não foi à pessoa que praticou o crime) ou por não existência do fato (o fato nunca existiu). 
Responsabilidade Civil: 
Art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa.
Responsabilidade Penal: São os crimes que realmente os advogados serão punidos. 
b.1) Violação do sigilo profissional (art. 154 CP)
b.2) Retenção abusiva dos autos (arts. 356 CP; art. 34, XXII EAOAB) - É o crime de sonegação de autos, retêm os autos e o destrói. 
b.3) Patrocínio infiel (art.355 caput. CP) – É o advogado patrocinador daquela causa ser infiel ao seu cliente, ser infiel aos deveres éticos. Algumas vezes o advogado força o cliente a fazer um acordo com o valor baixo, porque está recebendo dinheiro da parte contraria. 
b.4) Tergiversação e patrocínio simultâneo (art. 355, p. único CP) – A tergiversação é um patrocínio sucessivo, ou seja, sou advogado de uma parte, depois eu saiu e mudo de lado. E o patrocínio simultâneo é quando o advogado está advogando para as duas partes, ele mesmo faz a inicial e ele mesmo contesta. 
Obs: LIDE TEMERÁRIA: A principio não é crime. Quando a parte que é litigante de má fé é punida nos próprios autos. Quando o advogado junto com o cliente alteram a verdade dos fatos ao propor uma ação, o advogado responde por lide temerária e a parte por litigância de má fé, nesse caso, a parte será punida nos próprios autos e o advogado será punido em autos próprios. 
Art. 32. Parágrafo único. Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria.
Responsabilidade disciplinar:
Obs: As infrações dos incisos I a XVI são consideradas leves; Do XVII até o XXV são infrações consideradas graves; Do XXVI até XXVIII são consideradas infrações gravíssimas. E o inciso XXIX é leve. 
Essas infrações são punidas com: CENSURA, SUSPENSÃO, EXCLUSÃO E MULTA. Art. 35 EAOAB.
Obs: No art. 36 fala da Advertência, mas ela não é considerada infração por não esta no art. 35. 
Infrações Leves: As infrações leves são punidas por censura; As infrações graves são punidas por suspensão; E as infrações gravíssimas são punidas por exclusão.
Todos os advogados tem uma ficha chamada assentamento, que é uma ficha de antecedentes disciplinares. Ex: Se um advogado cometer uma infração leve, ele vai ter como sansão a censura, logo essa censura ficará registrada no assentamento e o advogado poderá continuar advogando. O advogado só deixa de advogar em caso de suspensão ou exclusão.
Quando o advogado comete uma infração leve e possui atenuantes (art. 40), a OAB vai transformar em uma simples advertência e a OAB vai anotar em seu próprio caderno para ter um controle, daí a ficha de assentamento fica em branco. Se esse mesmo advogado cometer outra infraçãoleve, ele terá uma censura, e ficará registrado na ficha de assentamento. 
Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares, são consideradas, para fins de atenuação, as seguintes circunstâncias, entre outras:
I - falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;
II - ausência de punição disciplinar anterior;
III - exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB;
IV - prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública.
Parágrafo único. Os antecedentes profissionais do inscrito, as atenuantes, o grau de culpa por ele revelada, as circunstâncias e as consequências da infração são considerados para o fim de decidir:
a) sobre a conveniência da aplicação cumulativa da multa e de outra sanção disciplinar;
b) sobre o tempo de suspensão e o valor da multa aplicáveis
Infrações Graves: Quando o advogado comete uma infração grave, a suspensão vai variar de 30 dias a 12 meses. Se ele tiver atenuantes, ele vai pegar a suspensão mínima que é 30 dias. 
Obs: Há casos que essa suspensão pode passar de 12 meses, e ter prazo indeterminado (art. 37 § 1 e 2): 
Quando o advogado deixar de pagar a OAB – Seja qualquer debito com a OAB, ex: anuidades, multas, preços de serviços (preços que pagamos para pegar 2° via da carteira) – Quando o advogado esta devendo a OAB ele será notificado para pagar em 15 dias, se ele pagar tudo bem, se não ele será processado pela OAB e a suspensão será feita até pagar a OAB com juros e correção monetária de forma integral.
Quando o advogado deixar de prestar contas ao cliente – Ex: O cliente paga o advogado para prestar contas, o cliente paga taxi, dá o dinheiro para fazer copias, se ele não fizer, é suspenso até prestar as contas. 
No caso de inépcia profissional – Fica suspenso até prestar novas provas de habilitação. Essas novas provas de habilitação podem ser um novo exame de ordem ou um curso de reciclagem. 
Infrações Gravíssimas: Quando o advogado comete uma infração gravíssima, a sua inscrição é cancelada. 
Multa: É uma sanção acessória, porque ela é aplicada acompanhando uma censura ou uma suspensão. Quando houver situações agravantes. Variam de 1 a 10 anuidades. A multa não é obrigatória, os julgadores podem ou não aplicar. 
Art. 34. Constitui infração disciplinar:
LEVES:
I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos; Caso do advogado que não pode exercer a advocacia plenamente, ex: Se o advogado é da prefeitura de SP, ele pode advogar menos contra o município de SP, dai o advogado tem um cliente nessa situação, recebe o cliente, faz a petição inicial e pede pra um colega assinar e fazer a audiência - os dois estão errados. 
II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei; Um advogado que faz sociedade com um contador OU o próprio advogado no mesmo escritório advoga e faz contabilidade. 
III - valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber; São advogados que dão comissão para quem dá causas para ele, ou seja, o advogado que paga para pessoas gerenciar causas para ele.
IV - angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros; O advogado não pode caçar cliente e nem pagar alguém para caçar cliente para ele. Ex: Ir em uma festa e ficar distribuindo cartão para quem nem conhece ou pagar alguém para panfletar. 
V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha     colaborado; Só pode assinar petição quem fez, se alguém assinar petição que não fez, é sanção disciplinar. 
VI - advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior; Não pode advogar contra a Lei, mas quando se tem a boa – fé, por exemplo, tem base em uma teve de inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior (jurisprudências, precedentes). 
VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional; Violar sigilo sem motivo, se houver motivo não ha crime. 
VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário; Sempre que um advogado for fazer um acordo, terá que ser de advogado para advogado, e com os clientes sabendo. 
IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio; Ex: O advogado recebe documentos do cliente para entrar com ação, e os documentos vão rolando, o tempo vai passando e ele perde o prazo, prejudicando assim por culpa grave o interesse confiado ao seu patrocínio. 
X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione; Ex: Um advogado foi contratado por um senhor para entrar com uma ação contra uma empresa, pedindo uma indenização, dai o advogado entrou com a ação e ficou advogando para o cliente, o cliente morreu e ele continuou advogando, ele não fez assim a sucessão processual, ele teria que ter habilitado os espólios e os herdeiros. Esse advogado ganhou a causa e empresa (parte ré) descobriu e pediu cancelamento do processo. Os herdeiros processaram o advogado para a OAB, e o advogado foi absolvido, porque o cliente morreu e ninguém avisou a ele, então ele não causou a anulação do processo conscientemente. 
XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia; O advogado não pode abandonar a causa sem justo motivo. Quando o advogado renuncia, ele tem que dá ciência ao cliente e a partir desse dia ele tem que ficar 10 dias ainda com os autos, se tiver audiência nesse período ele terá que fazer, por exemplo, se ele não fizer, estará cometendo essa infração. 
XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública; Se o advogado se recusar a prestar essa assistência jurídica porque naquele Estado não tem defensoria pública ou tem, mas esta em greve, o advogado pode se recusar, mas tem que ter o justo motivo. Ex: Advogado é chamado para advogar no lugar do defensor público pela falta deste. 
XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes; O advogado pode ir a impressa, mas sempre se manifestando de maneira informativa, educativa e instrucional, o advogado não pode se utilizar desses meios para publicar suas alegações, para fazer propagando do trabalho dele. 
XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa; São advogados que ficam mudando lei, mudando doutrina, mudando jurisprudência, para enganar o juiz. 
XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime; Sempre que o advogado acusar alguém de crime em nome do seu cliente, ele tem que ter sempre uma autorização, geralmente é uma procuração com poderes especiais para poder fazer tal acusação – Isso não serve só para o advogado que vai atuar na área criminal não, serve para o advogado que atua em qualquer área. 
XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado; É desobedecer a OAB, não pode, salvo se houver um justo motivo. Ex: A OAB te notifica para você ser testemunha de um processo disciplinar lá na OAB, você tem que ir, se não poder, tem que ter um motivo justificado, por exemplo, dizer que já esta com as passagens compradas para viajar. 
GRAVES:
XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la;
XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta; Ex: O advogado vira para o cliente e fala que precisa de 10 milporque o juiz vai dá uma sentença favorável para eles e o juiz nem sabe disso – o fato de solicitar já é infração e se receber também será. 
XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorização do constituinte; 
XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa; Torna-se rico de forma desonesta. 
XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele;
XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança;
XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo; 
XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
XXV - manter conduta incompatível com a advocacia;
GRAVISSIMAS: 
XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB; Falsificar qualquer dos dispositivos do art. 8 para se inscrever. Ex: falsificar o diploma que é necessário para se inscrever. 
XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia;
XXVIII - praticar crime infamante;
XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação. Fazer mais do que pode.
Parágrafo único. Inclui-se na conduta incompatível:
a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei;
b) incontinência pública e escandalosa;
c) embriaguez ou toxicomania habituais;
MACETE:
$
	F
	FRAUDAR LEI
	R
	RETER AUTOS
	 I
	INEPCIA PROFISSIONAL
	C
	CONDUTA INCOMPATIVEL
	F
	FALSA PROVA DE REQUISITO
	 I
	INIDONEIDADE MORAL
	C
	CRIME INFAMANTE 
SOBRA
Questões OAB
Um advogado esta praticando um ato com o seu cliente com o objetivo de fraudar a Lei >>>> TEM DINHEIRO? FRIC OU FIC? Sim, tem “fraudar a lei”, então será Suspensão;
O advogado praticou um crime considerado infamante para OAB >>> Exclusão;
O advogado está constantemente embriagado e isso é uma conduta incompatível >>>> Suspensão;
O advogado retirou o auto de cartório por 10 dias, e esta retendo os autos abusivamente há um ano >>> Suspensão;
O advogado se tornou inidôneo moralmente com a advocacia >>> Exclusão;
O advogado violou o código de Ética e disciplinas >>> Não tem dinheiro, nem FRIC e nem FIC, logo será SOBRA >>> Censura.
O advogado violou o segredo profissional >>> Não tem dinheiro, nem FRIC e nem FIC, logo será SOBRA >>> Censura.
Para enganar o juiz o advogado em sua petição deturpou lei >>> Não tem dinheiro, nem FRIC e nem FIC, logo será SOBRA >>> Censura.
OBS: Sempre que envolver dinheiro é suspensão, mas existe uma exceção a esse macete: Art. 34, III EAOAB – Agenciar causas mediante participação nos honorários a receber; >>> Envolve dinheiro = “honorários” >>> mas é CENSURA. 
Obs: O macete é completado com as promoções da OAB:
PROMOÇÕES DA OAB:
TROCAR 2 CENSURAS = POR 1 SUSPENSÃO
TROCAR 3 SUSPENÇÕES = POR 1 EXCLUSÃO
No art. 37 II diz que a reincidência gera suspensão. Ex: Se o advogado cometer uma censura, e depois cometer outra, a infração vai ser transformada em suspensão; Se o advogado tiver uma suspensão, voltar a advogar e depois cometer uma censura, como ele é reincidente, essa censura vai ser transformada em suspensão. Possuindo agora duas suspensões, se o advogado cometer a terceira suspensão, a infração vai ser transformada em exclusão. Como a exclusão é muito grave, deve ter o voto de 2/3 de todos os membros do conselho competente. 
REABILITAÇÃO: Art. 41 EAOAB
Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento.
Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação depende também da correspondente reabilitação criminal.
>>> É o instituto que visa ocultar os efeitos da condenação;
Ex: O advogado comete uma censura, e continua advogando, depois de se passar um ano do cometimento da infração, o advogado vai entrar com um pedido de reabilitação na OAB, para que essa censura que ele cometeu seja apagada, mas isso não é simples, o advogado tem que requerer e a OAB tem que deferir, isso gera um processo para limpar sua ficha, ele tem que fazer provas efetivas de bom comportamento, não poderá esta respondendo por nenhum processo na OAB. 
Ex: Se o advogado estiver sido suspenso por 60 dias. Passados 60 dias, ele já cumpriu a suspensão e pode voltar a advogar, depois de se passar um ano, do primeiro dia que ele voltou a advogar depois da suspensão (61°dia), ele pode ir à OAB pedir reabilitação.
Ex: Se o advogado sofrer uma exclusão, transitou em julgado e cancelaram a OAB dele, a partir de um ano ele poderá limpar sua ficha e pedir para se inscrever novamente na OAB. 
9. SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Esta nos arts. 15 ao 17 do EAOAB, com alterações pela Lei 13.247/16; Arts. 37 ao 43 do RG.
Espécies de Advogados: 
Advogado profissional liberal autônomo: Aquele que sozinho atende seus clientes de forma avulsa. Muitas vezes só possui uma secretaria ou um estagiário. 
Advogado sócio (sociedade de advogados): É uma sociedade plurisubjetiva, com vários sujeitos, com vários advogados. Com a alteração da Lei 13.247/16, passou a existir a sociedade unisujetiva (ou unipessoal ou individual) o advogado é sócio dele mesmo. 
Diferença do Advogado Autônomo para a Sociedade Unisubjetiva: O advogado sendo autônomo, ele será pessoa física, e logo pagará muitos impostos, pagará 27% de imposto em cima das causas que ele ganhar. O advogado que faz uma sociedade unisubejtiva, será pessoa jurídica, pagará menos impostos, 6% em cima das causas que ganhar. 
Advogado Público: Tem que ter carteira da OAB. Ex: Procuradores, Defensores públicos, Advogado Geral da União. 
Advogado Empregado: (Art. 18 ao 21 EAOAB) São aqueles que preenchem os mesmos requisitos caracterizadores do vinculo empregatício (habitualidade, onerosidade, pessoalidade e subordinação). O advogado mesmo sendo empregado, mantém sua isenção em dependências técnicas, ou seja, o patrão não diz à forma que ele vai trabalhar, ele trabalha da forma que achar que deve.
Advogado Associado (Arts. 39 e 40 RG): Não é sócio e nem empregado. Ele é um parceiro de determinado escritório. Ex: Um escritório só trabalha com a parte tributaria e nesse escritório possuem 4 sócios e 5 advogados empregados e todos são advogados tributaristas, mas os clientes desse escritório passaram a ter problemas na área criminal e o escritório não quer contratar sócios e nem advogados empregados que atuem nessa aera. Daí eles vão fazer um contrato com um advogado criminal para que sempre que houver uma causa criminal eles chamarem esse advogado associado. É um contrato de prestação de serviços que deve ser averbado na OAB. 
Natureza Jurídica: Uma sociedade simples, podendo ser plurisubjetiva ou unisubjetiva. 
Personalidade Jurídica: Para que qualquer sociedade adquira personalidade jurídica deve ser feito o registro dos seus atos constitutivos em órgãos de registro competente. Quando se trata de sociedade de advogados, existe apenas um órgão de registro competente que é o Conselho Seccional da OAB daquele estado onde estiver localizado o seu escritório. 
Denominação: São os nomes que se deve colocar nos escritórios. Deve constar: O nome de pelo menos um sócio + uma expressão que indique a finalidade daquele escritório. A lei diz que o nome desse sócio pode ser abreviado, ou seja, pode colocar qualquer parte do nome. Ex: Pedro Meira, Flavia Vidal e Ticio Couves são 3 advogados que vão montar um escritório, os nomes para esse escritório poderia ser: Pedro, advocacia; Vidal e Couves, advogados associados; Escritório de advocacia Ticio Couves; Escritório jurídico Vidal e Meira. 
Obs: Não se pode colocar no escritório, nome fantasia. Ex: Justa causa advogados.
Obs: Não se pode colocar no nome também: Ltda, Cia, ME, AS, S.C.... mas embora o estatuto não fale, pode-se colocar S/S de SociedadeSimples no nome. 
Obs: No exemplo acima, sendo o nome do Escritório de Advocacia Ticio Couves, se Ticio Couve morrer, o nome dele continua no escritório se houver precisão contratual – só pode permanecer nome de sócio falecido no escritório se houver previsão contratual. 
Obs: No exemplo acima, se o nome do escritório for Escritório Jurídico Vidal e Meira, e Flávia Vidal passa em um concurso para juíza e Pedro Meira vira prefeito, será que o nome deles poderá continuar? JUÍZA – ALTO ESCALÃO – É MEMBRO DO LEGISLATIVO? NÃO – DEFINITIVO (concurso público) – VAI GERAR CANCELAMENTO; Flavia Vidal vai cancelar a OAB, quando cancela ela deixa de ser advogada e vira bacharel em direito, como só advogados podem ser sócios, o nome dela vai ter que sair; PREFEITO – ALTO ESCALÃO - NÃO É MEMBRO DO LEGISLATIVO – TEMPORARIO – VAI GERAR LINCEÇA, o nome de Pedro Meira pode continuar, mas enquanto ele estiver de licença não poderá advogar. 
Outras considerações:
- Um escritório de advocacia que tem 5 sócios, e esse escritório é procurado por um cliente que quer entrar com uma ação, a procuração não pode ser passada para pessoa jurídica, ex: “outorgo poderes para o escritório jurídico Pedro Meira”, os poderes tem que ser passado aos advogados individualmente, ex: “outorgo poderes para todos os advogados do escritório”, isso não pode, tem que citar o nome de cada um individualmente. OU SEJA, os poderes não podem ser passados para pessoa jurídica e nem de forma coletiva. 
- Uma mesma sociedade de advogados não podem patrocinar clientes com interesses opostos, ex: Uma sociedade não pode advogar para o autor e para o réu; Se for um escritório em que os advogados sejam autônomos e eles só estejam dividindo a sala por causa de despesas como a luz, a secretaria e tal, também não pode ter réu e autor nesse mesmo escritório. 
- Um advogado só pode ser sócio de um escritório por Estado. Mas um advogado pode ser sócio de um escritório, ter um escritório autônomo, e ser empregado de outro escritório. 
Art. 15.  Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral.         
§ 1o  A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. 
§ 2o  Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de advocacia o Código de Ética e Disciplina, no que couber.           (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 3º As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte.
§ 4o Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.           (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 5o  O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar.              (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos.
§ 7o  A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração.             (Incluído pela Lei nº 13.247, de 2016)
Art. 16.  Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar.    (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo.
§ 2º O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição.
§ 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia.
§ 4o  A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’.            (Incluído pela Lei nº 13.247, de 2016)
Art. 17.  Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. Primeiro quem responde é a sociedade quando um cliente sofrer prejuízo, se a sociedade não tiver mais dinheiro, o sócio ou o titular da sociedade individual vão responder de forma subsidiaria e ilimitada, ou seja, seus bens individuais também poderão responder por esses danos causados aos clientes. O art. 40 RG acrescenta que o advogado associado também, então o sócio, o titular da sociedade individual e o advogado associado também respondem subsidiaria e ilimitadamente pelos danos causados. 
10. ADVOGADO EMPREGADO (arts. 18 ao 21 EAOAB)
- São aqueles que preenchem todos os requisitos caracterizadores do vinculo empregatício (habitualidade, onerosidade, pessoalidade e subordinação). O advogado empregado mesmo preenchendo esses requisitos caracterizados ele mantem a sua isenção em dependência técnicas. 
Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia. Ou seja, não é o patrão que vai dizer ao advogado que tipo de ação ele vai entrar, nem qual o dia, e nem qual o nome do recurso. Se o advogado for incumbido de trabalhar naquele processo ele vai trabalhar da maneira que achar melhor. 
Parágrafo único. O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. Ex: Eu sou contratado para advogar para um supermercado, mas ai o dono do supermercado quer que eu faça o divorcio dele, o inventario para família dele, eu até posso fazer, mas vou cobrar a mais, porque o meu salario era pra ser advogado do supermercado. 
Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. O salario mínimo do advogado nunca é por Lei, é por sentença normativa ou por acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, não poderá exceder a duração diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva. Em regra o advogado empregado trabalha 4h por dia e 20h por semana, mas se tiver acordo ou convenção coletiva de trabalho ou se houver dedicação exclusiva que terá que vim expressamente no contrato de trabalho. A dedicação exclusiva consiste em 8h de trabalho.
§ 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação.
§ 2º As horas trabalhadas que excederem a jornada normalsão remuneradas por um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito. A hora extra do advogado empregado é de 100% ou mais, é não inferior a 100%, mesmo tendo contrato escrito. A hora extra é quando o advogado passa das 4h diárias do dia, das 20h semanais ou das 8h da dedicação exclusiva. 
§ 3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento. Quando advogado trabalha 20h de um dia até 5h da manhã do outro dia, ele terá direito ao adicional noturno de 25%. 
Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. 
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em acordo.
- Os honorários de sucumbência são aqueles pagos pela parte perdedora ao advogado da parte vencedora. Os honorários de sucumbência são partilhados para os advogados empregados, se tratar de uma empresa com advogados empregados, onde esses honorários não devem ser divididos entre os empresários (donos das empresas). Se tratar de uma sociedade de advogados, os honorários de sucumbência será dividido para os advogados empregados e para os sócios advogados. 
- Foi proposta uma ADI 1194-4 e o STF ao julgar entendeu que a partilha dos honorários de sucumbência podem ser divididos da maneira que quiserem. 
11. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: (Arts. 22 ao 26 do EAOAB) 
1) São três os tipos de honorários:
a) Pactuados (ou convencionados): O advogado e o cliente ele pactuam, eles convencionam/acordam um determinado valor, e esse valor fixo é a principal característica desse tipo de honorário. Esse valor fixo pode ser combinado de maneira verbal ou por escrito. O EAOAB recomenda que seja feito por escrito. 
b) Arbitrados judicialmente: São feitos quando não há combinação nenhuma entre cliente e advogado, ex: É o caso do amigo de infância que começa a advogar pra ele, ai perde a causa e perde o amigo, daí o advogado pode pedir para que o juiz arbitre. OU naqueles casos que o Estado não tem Defensoria Pública ou tem mas esta em greve ai a OAB vai começar a indicar advogados para doar atendimentos, o advogado não vai trabalhar de graça porque ao final o juiz vai arbitrar quanto será pago a ele. 
c) Sucumbenciais: Honorários pagos pela parte vencida ao advogado da parte vencedora. Então a parte que perdeu além de pagar as custas processuais também pagará ao advogado da parte vencedora. 
2) Pacto (ou clausula) quota litis: É uma clausula onde consta que o pagamento poderá ser feito com bens. Aqui se tem um valor, que é sempre expresso em dinheiro no contrato numa clausula quota liti, feita por escrito e tem que constar qual é o bem. Ex: “Os 10 mil reais poderão ser pagos com uma moto, da marca tal, placa tal. 
3) Formas judiciais de cobrança: Primeiro vai se tentar resolver de forma amigável o que seu cliente esta devendo, mas chegando no ponto que você ver que não dá mais como resolver amigavelmente, vai ter que recorrer a justiça. Quando você for processar um cliente por divida, tem que sair da causa, anunciar, e contratar um advogado para processar o cliente. 
4) Elementos éticos para a estipulação: (Art. 49 NCED) Cada Estado tem sua tabela mínima de honorários, que é de responsabilidade de cada Conselho Seccional da OAB. Em regra o advogado não pode cobrar abaixo da tabela só se tiver motivo plenamente justificável. Agora se o advogado cobrar acima do mínimo, ele terá que cobrar por conta da:
 - complexidade da causa; 
- do tempo que a causa dure;
- se ele deixar de atender outros clientes por conta dela; 
- o advogado também pode cobrar a mais se as condições financeiras do cliente forem boas;
- se o cliente ganhar muito por conta na ação que ele propôs; 
- se ele te procurar de vez em quando pode cobrar a mais, mas se ele for um cliente frequente o valor dos honorários vai ter que abaixar;
 - quanto mais longe a causa, mais o advogado pode cobrar; 
- quanto mais competente o advogado, mais rápido ele resolve a causa, e ele pode cobrar a mais. 
Obs: Um advogado dativo da OAB, para defender advogados no tribunal de ética, ele não recebe nada e nem pode cobrar da justiça depois, ao contrario daquele chamado pelo Estado por conta da falsa de defensor público em determinado local, esse recebe. 
Obs: Advocacia pro bono (ART. 30 NCED): Aquele advogado que quer fazer a advocacia de graça, quer fazer de boa ação. A advocacia pro bono é a prestação gratuita, eventual e voluntaria de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional, ex: Ser advogado de uma ONG, ou ir em lugares mais carente e fazer uma boa ação. A advocacia pro bono pode ser tanta para pessoas físicas, quanto para pessoas jurídicas. A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins politico partidários ou eleitorais, e nem beneficiar instituições que visem tais objetivos ou como instrumento de publicidade para captação de clientela. 
5)Prescrição (art. 25EAOAB): 
Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo:
I - do vencimento do contrato, se houver;
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III - da ultimação do serviço extrajudicial;
IV - da desistência ou transação;
V - da renúncia ou revogação do mandato. Obs: Quando o advogado não quer ele renuncia, quando o cliente não quer ele revoga. 
Art. 25-A.  Prescreve em cinco anos a ação de prestação de contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele (art. 34, XXI). 
Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência.
§ 1º O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação de serviço, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado.
§ 2º Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por arbitramento judicial, em remuneração compatível com o trabalho e o valor econômico da questão, não podendo ser inferiores aos estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB.
§ 3º Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no final.
§ 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou.
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica quando se tratar de mandato outorgado por advogado para defesa em processo oriundo de ato ou omissão praticada no exercício da profissão.
Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.
Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial.
§ 1º A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que tenha atuado o advogado, se assim lhe convier.
§ 2º Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorários de sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, são recebidos

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