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O exame Papanicolau O médico Geórgios Papanicolaou (1883-1962), considerado o pai da citopatologia, estabeleceu os procedimentos do exame ginecológico de citologia cervical realizado para prevenção ao câncer do colo do útero. Em 1942, ele criou um método de análise que é utilizado até hoje. O princípio básico da citopalogia é identificar as alterações na morfologia celular, observando-se o citoplasma e o núcleo das células, retirados do colo do útero, e coradas pela técnica de Papanicolau. As características citoplasmáticas indicam o grau de diferenciação celular. Quando as células são alteradas, podem mostrar diferenças em sua quantidade, forma, coloração etc. O núcleo, indica se a célula está normal, saudável ou se está sofrendo alterações inflamatórias, pré-neoplásicas e até mesmo neoplásicas. O rastreamento do câncer do colo do útero baseia-se na história natural da doença e no reconhecimento de que ela evolui a partir de lesões precursoras (lesões intraepiteliais escamosas de alto grau). O exame de Papanicolau tem como objetivo realizar um rastreamento a fim de detectar o câncer de colo de útero ainda na forma de lesões precursoras, quando podem ser detectadas e tratadas adequadamente, impedindo a progressão para o câncer. Coloração pelo método de Papanicolaou Método regressivo Papanicolaou, mostrado na Tabela 8.xx, é utilizado em máquinas automáticas de coloração Todas as lâminas são rotuladas e montadas com lamínulas. O controle das características de coloração de núcleos e citoplasmas é feito diariamente. O método de coloração de Papanicolaou Depois de anos de experimentação, Dr Papanicolaou desenvolveu uma técnica tricromática de coloração que é utilizada até os dias de hoje, (embora ligeiramente modificada). Esta técnica é uma combinação de um corante básico com afinidade nuclear: hematoxilina e dois corantes citoplasmáticos, OG-6 e EA-50. OG-6 cora a queratina, enquanto EA-50, (corante duplo, eosina e verde luz) cora com tonalidades diferentes o citoplasma das células epiteliais escamosas, os nucléolos e as hemácias. Para obter uma coloração ideal, não deixar que, antes ou durante o processamento, as células sejam expostas ao ar, pois o dessecamento vai produzir artefatos indesejados. Cada laboratório pode produzir modificações na técnica buscando um equilíbrio de matizes de cores, de acordo com sua preferência. Os ajustes podem ser feitos através da alteração da duração do tempo de exposição das lâminas na hematoxilina e no EA-50. Simples variações, como a composição química da água da torneira, a temperatura ambiente, pH da amostra e número de lâminas coradas por lote, podem afetar o equilíbrio entre as diferentes matizes de cores. Os laboratórios devem, através de verificações de controle de qualidade, manter uma intensidade de coloração constante para facilitar os diagnósticos citológicos consistentes. A variabilidade inter-laboratorial dos diferentes matizes de cores é aceitável, desde que o detalhe nuclear esteja claramente definido e a transparência do citoplasma mantida. RESULTADOS E INTERPRETAÇÃO DOS Papanicolaou coloração Cores: Azul células acidófilas: Vermelho basófilos: Azuis Eritrócitos: Red-Orange Queratina: vermelho-alaranjado células superficiais: rosa Intermediárias e parabasais Cells: Azuis Eosinófilos: vermelho alaranjado Candida: Vermelho Trichomonas: cerceta Quem deve fazer e quando fazer o exame preventivo? Toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve submeter-se ao exame preventivo periódico, especialmente as que têm entre 25 e 59 anos. Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente. Após dois exames seguidos (com um intervalo de um ano) apresentando resultado normal, o preventivo pode passar a ser feito a cada três anos. REFERENCIAS: http://www.kasvi.com.br/papanicolau-citopatologia/ http://pt.allanswers.site/quimica/papanicolaou-pap-coloracao-introducao-o-principio-o-procedimento-e-interpretacao.php https://www.eurocytology.eu/pt/course/1129 http://farmaciaminhavida.blogspot.com.br/2013/03/aula-de-citologia-coloracao.html
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