Buscar

Artigo Direitos Fundamentais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�PAGE �
�PAGE �3�
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
CAMPUS GOVERNADOR VALADARES
FACULDADE DE DIREITO
ANA CAROLINA GOUVEA WERNECK E SILVA
JOHN GLESIAS FERREIRA CÂNDIDO
MICHELE SANTOS LOPES
ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS PÚBLICAS
DIREITOS FUNDAMENTAIS ENVOLVIDOS: LIBERDADE
GOVERNADOR VALADARES
2015
ANA CAROLINA GOUVEA WERNECK E SILVA
JOHN GLESIAS FERREIRA CÂNDIDO
MICHELE SANTOS LOPES
Ensino religioso nas escolas públicas
Direitos fundamentais envolvidos: Liberdade
Artigo apresentado ao Curso de graduação em Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial da disciplina Direitos Fundamentais. 
Professor: Siddartha Legale
GOVERNADOR VALADARES
2015
Resumo
Este artigo versa sobre Ensino religioso nas escolas públicas a partir do direito fundamental da liberdade religiosa no Estado Laico Brasileiro. O objetivo é estudar um direito fundamental com profundidade, observando um caso já julgado ou pendente de julgamento para o qual foi convocada uma audiência pública no STF. O caso em pauta é a ADI 4439 - Ação Direta de Inconstitucionalidade, que pede a suspensão da eficácia de qualquer entendimento que leve à prática do ensino religioso confessional, visto que o acordo entre do Acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, que autorize a prática do ensino religioso em escolas públicas que não se paute pelo modelo não-confessional. Dessa forma, a discussão proposta tem como fundamento o direito à liberdade religiosa no contexto do Estado Laico e a defesa de um ensino religioso não confessional nas escolas públicas brasileiras. 
Palavras – Chave: Ensino Religioso. Identidade. Estado. Laico. 
Abstract
This article deals with religious education in public schools from the fundamental right of religious freedom in the Secular State Brazil. The goal is to study a fundamental right deeply, noting a case already tried or awaiting trial for which it was convened a public hearing in the Supreme Court. The case in point is the ADI 4439 - Direct Unconstitutional Action, requesting the suspension of the effectiveness of any understanding that leads to the practice of confessional religious teaching, since the agreement between the Agreement between the Federative Republic of Brazil and the Holy See concerning the legal status of the Catholic Church in Brazil, which authorizes the practice of religious education in public schools not be guided by non-denominational model. Thus, the proposed discussion is founded on the right to religious freedom in the context of the secular State and the defense of a non-denominational religious education in Brazilian public schools.
Keywords: Religious Education. Identity. State. Secular.
Introdução
Este estudo tem como objetivo estudar um direito fundamental com profundidade, nesse caso, a liberdade, observando um caso já julgado ou pendente de julgamento para o qual foi convocada uma audiência pública no STF que irá discutir a ADI 4439 - Ação Direta de Inconstitucionalidade,
A referida Ação Direta de Inconstitucionalidade pede a suspensão da eficácia de qualquer entendimento que leve à prática do ensino religioso confessional, visto que o acordo entre do Acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, que autorize a prática do ensino religioso em escolas públicas que não se paute pelo modelo não-confessional.
A legislação consultada para suporte legal e teórico desta discussão se puta na definição de Estado Laico, liberdade religiosa e ensino religioso não confessional, temas previstos na Constituição Federal de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso (documento redigido pela Fonaper). 
A contextualização histórica da legislação, no que se refere ao Ensino Religioso, permite o entendimento da sua legitimidade e importância como disciplina curricular e área do conhecimento, bem como a luta contra o ensino confessional nas escolas públicas. A disciplina em questão passou por diferentes fases, desde a vinculação entre Igreja e Estado e a consolidação de um Estado Laico, sem monopólios religiosos e práticas de proselitismo. (OLIVEIRA, 2012). 
Dessa forma, a discussão proposta tem como fundamento o direito à liberdade religiosa no contexto do Estado Laico e a defesa de um ensino religioso não confessional nas escolas públicas brasileiras. 
1 Histórico do Ensino Religioso no Brasil
	A história do Ensino Religioso no Brasil teve uma vinculação entre os setores eclesiais católicos para o ensino confessional nas escolas públicas brasileiras. Nesse contexto o cristianismo católico teve a supremacia até a proclamação da República e a defesa do Estado Laico. Nesse sentido, 
Historicamente o Ensino Religioso nas escolas brasileiras passou por várias fases de abordagem metodológica e curricular. A escola e o Ensino Religioso foram reinterpretados ao longo de sua história assumindo hoje a forma de área de conhecimento e o repúdio ao proselitismo. (OLIVEIRA, 2012, p.4). 
O Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso – FONAPER faz uma divisão didática de três grandes fases que sintetizam a história do Ensino Religioso no Brasil. Na primeira fase de 1500 a 1800 a ênfase era a integração entre escola, igreja católica, sociedade política e econômica. O objetivo básico era ativar os alunos para se integrarem nos valores da sociedade, no entanto, esses valores eram pautados no catolicismo. Assim se desenvolve como Ensino Religioso o ensino da Religião Oficial, como evangelização dos gentios e catequese dos negros, conforme acordos estabelecidos entre o Sumo Pontífice e o Monarca de Portugal. (FONAPER, 1997). 
Na segunda de 1800 a 1964 o religioso submete-se ao Estado, onde a educação religiosa vinculada ao projeto da sociedade. Escola e professor continuaram sujeitos a um projeto amplo, unitário e sobre a direção do Estado que permitia o ensino confessional. (BRASIL, 1997).
Segundo Oliveira (2012), com a imposição da Monarquia Constitucional de 1823 a 1889 a religião Católica passa ser declarada oficial do Império, nesse contexto, somente era permitido nas escolas o ensino dos princípios católicos. 
A religião passa a ser um dos principais aparelhos ideológicos do Estado, concorrendo para o fortalecimento da dependência ao poder político por parte da Igreja. Dessa forma, a instituição eclesial é o principal sustentáculo do poder estabelecido, e o que se faz na Escola é o Ensino da Religião Católica Apostólica Romana. (FONAPER, 1997, p.13). 
 
Em 1889 com a separação entre o Estado e a Igreja, o Ensino Religioso passou a conciliar e estatuto laico da nova sociedade, no entanto “o ensino da religião esteve presente pelo zelo da fidelidade dos princípios estabelecidos sob a orientação da Igreja Católica” (FONAPER, 1997, p.14). 
Segundo Oliveira (2012), no período chamado de transição de 1930 a 1937 o Ensino Religioso passa ser tratado em caráter facultativo, ou seja, dependia da escolha da família do aluno. Na Constituição de 1934, artigo 153 o ensino deve estar de acordo com a confissão religiosa de cada aluno. 
Segue o artigo 153 da Constituição Federal de 1934: 
 
O ensino religioso será de freqüência facultativa e ministrado de acordo com os princípios da confissão religiosa do aluno manifestada pelos pais ou responsáveis e constituirá matéria dos horários nas escolas públicas primárias, secundárias, profissionais e normais.  
Durante o Estado Novo, de 1937 a 1945, o Ensino Religioso deixa de ser obrigatório e somente após o período republicano o Ensino Religioso volta a compor o currículo escolar, embora permaneça em caráter facultativo. O rompimento com a democracia tornou o Ensino Religioso obrigatório, no entanto,a sua frequência continua sendo optativa. (FONAPER, 1997).
De acordo com Oliveira (2012), na terceira fase de 1964 a 1996, o projeto unitário, a escola deixa de ser um espaço de um grupo privilegiado, com a maior universalização do ensino. Entre o processo de redemocratização brasileira (1986) e a nova LDBN (1996) a discussão sobre o Ensino Religioso foi acentuada desde a laicidade do Estado e seus princípios de liberdade de pensamento e culto. 
Nesse sentido, pode-se afirmar que as propostas curriculares do Ensino Religioso devem estar de acordo com a legislação brasileira, esta desde os princípios do Estado Laico, das convenções internacionais e a interpretação da legislação educacional no que se refere ao Ensino Religioso. (OLIVEIRA, 2012). 
	A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 Art. XVIII defende que:
Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. 
 
	O Direito à liberdade, em especial a religiosa, (tema proposto nesse estudo), está em estreita relação com o direito à liberdade de pensamento, por isso, os países signatários da Assembleia Geral das Nações Unidas procuraram introduzir estes princípios em suas constituições nacionais, como é o caso do Brasil na CF /1988. (0LIVEIRA, 2012). 
O texto constitucional garante a previsão do direito fundamental da liberdade de consciência e de crença no Art. 5º, inciso VI. 
É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias.
	
No entendimento de Oliveira (2012), pode-se deduzir que a garantia da liberdade de consciência e do livre exercício da religião no Brasil permite o entendimento do respeito à prática religiosa de cada cidadão brasileiro, não sendo aceitas atitudes de intolerância por parte das maiorias religiosas. Desse modo, o Estado brasileiro é Laico e por este princípio não pode haver privilégios a qualquer religião, pois todas têm sua mesma garantia de direitos perante a lei. 
O programa nacional dos direitos humanos, na proposta 110, define como meta as ações em relação à religião no Brasil: prevenir e combater a intolerância religiosa, inclusive no que diz respeito a religiões minoritárias e a cultos afro-brasileiros, uma vez que tratando-se de um Estado Laico, a liberdade religiosa deve ser amplamente defendida em todos os setores da sociedade, bem como na escola, espaço de discussão e prática do Ensino Religioso não confessional, desde os parâmetros legais da democracia brasileira. 
	Ainda de acordo com Oliveira (2012), a prevenção e o combate à intolerância são atitudes irrenunciáveis na prática docente do Ensino Religioso, por meio de uma gama de projetos que visam à promoção do entendimento e do respeito à diversidade cultural e religiosa, permitem a maior conscientização em relação à convivência positiva entre os diversos grupos religiosos no Brasil. 
	O caráter do Ensino Religioso, não confessional, de matricula facultativa e de como serão definidos seus conteúdos curriculares, estão previstos na Lei 9394/96 em seu Art. 33define: 
O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. 
§ 1º. Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. 
§ 2º. Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso. 
	Com a nova proposta das leis de diretrizes e bases o Ensino Religioso passa ser constituído disciplina, área de estudo que prescinde do repeito da diversidade cultural religiosa brasileira, na perspectiva do Estado Laico, na medida em que não deve promover proselitismo, ou intento de converter o aluno a uma determinada crença e ou religião. (OLIVEIRA, 2012). 	
2. ADI 4439 - Ação Direta de Inconstitucionalidade
Em 2010 o Acordo firmado entre Brasil e Santa Sé, que deu origem ao Decreto Nº 7107/2010, com o objetivo promulgar o Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Santa Sé, relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, firmado na Cidade do Vaticano, em 13 de novembro de 2008, tem como matéria entre vários assuntos o Ensino Religioso nas escolas públicas brasileiras. 
Esse acordo trouxe o debate sobre uma possível interpretação que fere os princípios do Estado Laico na promoção de um ensino religioso não confessional nas escolas públicas, mesmo que no texto do referido acordo não há claramente uma afirmação proselitista, como pode ser lido no seu Artigo 1:  
A República Federativa do Brasil, em observância ao direito de liberdade religiosa, da diversidade cultural e da pluralidade confessional do País, respeita a importância do ensino religioso em vista da formação integral da pessoa. 
§1º. O ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação.
A afirmação categórica de “ensino religioso católico e outras confissões religiosas” foi alvo da Ação Direta de Inconstitucionalidade, por se tratar de uma afirmação que a prática de ensino religioso escolar público pode ser nos moldes confessionais como em outros tempos descritos na primeira parte desse estudo: Histórico do Ensino Religioso no Brasil. 
Segue o Despacho de 03/08/2010 (DJE nº 149, divulgado em 12/08/2010): 
A autora pede, liminarmente, a suspensão da eficácia: a) “de qualquer interpretação do art. 33, caput e §§ 1º e 2º, da Lei nº 9.394/96, que autorize a prática do ensino religioso em escolas públicas que não se paute pelo modelo não-confessional, bem como permita a admissão de professores da disciplina como representantes de quaisquer confissões religiosas”; b) “de qualquer interpretação do art. 11, § 1º, do Acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, (...) que autorize a prática do ensino religioso em escolas públicas que não se paute pelo modelo não-confessional”.
2. Do exame dos autos, enxergo a relevância da matéria veiculada na presente ação direta de inconstitucionalidade, bem como o seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica. Tudo a recomendar um posicionamento definitivo deste Supremo Tribunal Federal acerca da impugnação que lhe é dirigida.
3. Nessa moldura, adoto o procedimento abreviado de que trata o artigo 12 da Lei 9.868/99.
4. Solicitem-se informações, no prazo de 10 (dez) dias, ao Congresso Nacional e ao Presidente da República. Após, encaminhem-se o processo, sucessivamente, ao Advogado-Geral da União e ao Procurador-Geral da República, dispondo cada qual do prazo de 05 (cinco) dias.
A seguir serão apresentadas de forma sintética as peças do processo, estas que podem ser consultadas pelo sistema eletrônico do Supremo Tribunal Federal. 
2.1 Peças do processo
A petição inicial tem como partes do processo: requerente, procurador-geral da república e o requerido, presidente da república congresso nacional. No recibo eletrônico da petição há dados importantes que identificam a natureza da matéria objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade. Conforme os dados a seguir: 
A identificação da petição: 2912/2012,tendo como classe Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). Petição 2012/2912. Identificação do processo AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4439 Numeração Única 99321459020101000000 Data 1/2/2012 15:40:36.680 GMT-2 .
O Assunto da ADI: Ensino Fundamental e Médio (Direito administrativo e outras matérias de direito público, serviços, Ensino Fundamental e Médio). Peças 1 - Documento Comprobatório 1 (Documento Comprobatório) 2 - Procuração e substabelecimentos 1 (Procuração e substabelecimentos).
Ante a relevância da matéria a ser discutida sobre o Decreto Nº 7107/2010, várias instituições peticionaram para a sua inclusão na ADI na condição de amicus curae tais como: a Liga Humanista Secular do Brasil a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Petição 61.303/2010), Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso (Petição nº 92.459/2011), Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro (Petição 70208/2010), Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (14251/2011), entre outras representações, a maioria delas católicas. A seguir segue a lista das instituições em que houver decisão monocrática para a inclusão como condição amicus curae:
A CNBB, FONAPER, Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro (GLMERJ), Ação Educativa Assessoria, Pesquisa e Informação, da Conectas Direitos Humanos, da Ecos – Comunicação em Sexualidade, do Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM) e da Relatoria Nacional para o Direito Humano à Educação da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Plataforma DHESCA Brasil), ANIS – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero e Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (AAA). 
A referida ADI então passou pelos trâmites legais da Câmara dos Deputados e Senado Federal, bem como na posição do Supremo Tribunal Federal sobre as petições de amicus curae e demais proposições peticionadas. 
A decisão do julgamento foi retirada de pauta em face da aposentadoria do Relator, Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 26.11.2012.
Em 12/03/2015, foi publicado o despacho de convocação de audiência pública para discutir o ensino religioso em escolas públicas. Outro despacho foi publicado para 15/5/2015. 
Por fim, a última audiência pública está datada para o dia 15/06/2015, onde a CNBB peticionou para que possa participar da referida sessão o seu secretário geral e seus advogados. 
Conclusão
	Este estudo sobre Ensino religioso nas escolas públicas, desde os Direitos fundamentais envolvidos: Liberdade, trouxe o debate do caráter laico do Estado em face da demanda proposta da ADI 4439 - Ação Direta de Inconstitucionalidade, sobre o Acordo firmado entre o governo Brasileiro e a Santa Sé em que se postulou a afirmativa de “ensino religioso católico e de outras confissões” nas escolas públicas brasileiras. 
No entendimento de Oliveira (2012), a discussão acerca da Legislação do Ensino Religioso na escola brasileira, parte da CF/1988 e na resposta sobre a evolução histórica do Estado Laico. No Brasil Colônia e Império havia certo monopólio católico na legislação sobre o Ensino Religioso, entretanto, com o surgimento do Estado Laico, na separação jurídica entre Estado e Igreja, o Ensino Religioso foi reestruturado e interpretado de forma diferenciada, mesmo que os princípios católicos ainda prevalecessem na metodologia e conteúdo das aulas. No entanto, na atual Constituição e Leis de Diretrizes e Bases este problema foi superado. 
	A ADI 4439 encontra-se em sua fase final, com audiência marcada para o dia 15/06/2015, tendo seus autos conclusos ao relator. No entanto, trata-se de uma matéria que foi amplamente debatida pelas intuições religiosas, câmara dos deputados, senado e Supremo Tribunal Federal, em que há o entendimento de que não é admitido sob nenhuma hipótese o ensino religioso confessional, seja este católico ou de outras confissões. 
Dessa forma, o estudo contribuiu para a discussão sobre o direito da liberdade, essa que foi especificada na liberdade de crença, pensamento e defesa do Estado Laico. Por isso, continua prevalecendo o que prever a atual LDBN “Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997),”.
REFERÊNCIAS: 
AGNU, Assembleia Geral das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Brasília: Ministério da Justica, 1948. Disponível em: http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm.> Acesso em: 29 maio. 2015. 
BRASIL. Secretaria de Estado dos Direitos Humanos. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Religioso. São Paulo: AVE MARIA, 1997. 
BRASIL. Câmara dos Deputados. Constituição da República Federativa do Brasil : texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas emendas Constitucionais nos 1/1992 a 64/2010, pelo Decreto legislativo no. 186/2008 e pelas emendas Constitucionais de Revisão nos 1 a 6/1994. – 32. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2010.
BRASIL. Secretaria de Estado dos Direitos Humanos. PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS – PNDH II. Brasília: SEDH, 2000. Disponível em: < http://portal.mj.gov.br/sedh/pndh/pndhII/texto_integral_pndhii.pdf.> Acesso em: 29 maio. 2015. 
BRASIL. Presidência da República. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (De 16 De Julho De 1934). Brasília: Rio de Janeiro, 1934. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br.> Acesso em: 29 maio. 2015. 
OLIVEIRA, Eduardo Luis Vieira. Legislação do Ensino Religioso no Brasil. ISECU PORTAL FILOSOFIA. 2012. Disponível em: < http://portalfilosofia.comunidades.net/legislacao-do-ensino-religioso.> Acesso em: 06 jun. 2015. 
Consulta eletrônica no Site do Supremo Tribunal Federal:
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=4439&classe=ADI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4439&processo=4439
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=291803
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=157373&caixaBusca=N
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=287077
Anexos:
.
�PAGE �

Outros materiais