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Teologia Sistemática 3 2018

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Seminário Teológico Evangélico Vida e Luz 
 
 
 Apostila de Teologia Sistemática III 
 (Doutrina da Trindade e Cristologia) 
 
 Professor: Pr. Aldemar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
2 
A Trindade 
A Bíblia nos apresenta Deus agindo, e portanto, não precisa explicar a Sua 
existência. 
Da mesma forma nos apresenta a Trindade sem que seja necessário dar 
muitas explicações, e é interessante notarmos que dentro da Teologia, após a 
existência de Deus, Trindade é o tema que mais despertou interesse ao longo dos 
anos. 
 
 
(A) A Trindade no Antigo Testamento: 
 
➢ Is 63.8-10 ( vemos referência a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo) 
“ Porque dizia: Certamente eles são meu povo, filhos que não procederão com 
falsidade; assim ele se fez o seu Salvador. (Pai) 
Em toda a angústia deles foi ele angustiado, e o anjo da sua presença os salvou; 
no seu amor, e na sua compaixão ele os remiu; e os tomou, e os carregou 
todos os dias da antiguidade. (Filho) 
Eles, porém, se rebelaram, e contristaram o seu santo Espírito; pelo que se lhes 
tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles. ” (Espírito) 
 
 
➢ Is 6:8 ( Aqui fica bem clara a comunicação de mais de uma pessoa ) 
“A quem enviarei ou quem há de ir por nós?” 
 
 
➢ Entre muitos exemplos podemos mencionar: 
 Gn 1.1 “No princípio. Criou Deus (Elohim – forma plural) os céus e a 
Terra. 
 Gn 1.26 “Façamos o homem” 
 Gn 11.7 “Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem” . 
 
➢ O próprio Senhor Jesus Cristo argumenta o relacionamento de Deus Pai com 
Deus Filho citando o rei Davi quando este chama duas pessoas de “Senhor” 
no Sl 110.1: “Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até 
que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés” 
 
3 
(A) A Trindade no Novo Testamento: 
 
 
Ef 3.14-19 
 “Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai, […] vos conceda que 
sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; que Cristo 
habite pela fé nos vossos corações, […] para que sejais cheios até a inteira 
plenitude de Deus.” 
 
Mt 28.19b 
“batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” 
 
 
2Co 13.13 
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito 
Santo sejam com todos vós.” 
 
 
 
 
 
(B) A Trindade em Seu relacionamento pessoal com o homem: 
 
 
(1) Deus Pai fala com o homem desde o princípio, e ainda continua falando no 
Novo Testamento. Fala até mesmo para o Filho diante de muitas testemunhas. 
 
 
(2) Deus Filho veio para poder sempre tocar e caminhar junto do pecador. É 
verdade que também visitou Abraão e se apresentou como “O Anjo do Senhor” por 
diversas vezes antes do seu nascimento virginal, porque Ele sempre esteve e estará 
além do tempo e do espaço. E ainda nos prometeu que estará sempre conosco. 
 
 
(3) Deus Espírito Santo vem habitar nos que estão sendo perdoados. Ainda que 
desde o Velho Testamento tomava alguns servos em profecia, agora habita em nós – 
suprema comunhão. 
 
 
 
 
 
 
4 
Falando, tocando ou habitando é o Tri-Uno Deus buscando 
estabelecer comunhão com a sua criatura que tanto amou. 
 
 
 
 
(C) A Trindade é um Deus Único: Tri-Unidade 
 
Chamamos de “UNIDADE” o fato de que só há um único Deus, não muitos 
(politeísmo), mas uma única essência indivisível que é igualmente presente nas 
pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo (tri-unidade). Uma unidade composta. 
 
 
Quais são as Provas de que Deus é só um: “Unidade Divina" ? 
 
 
• Seus Atributos Incomunicáveis e Sua Revelação nas Escrituras. 
 
 
 (C1) Pelos Seus Atributos Incomunicáveis: 
Sendo Eterno, existe desde a eternidade e não poderia ter surgido outro deus. 
Sendo Independente e Todo-Poderoso tem domínio e soberania sobre tudo e não 
necessita de mais ninguém para existir. Isto elimina a necessidade ou mesmo a 
possibilidade de haver um outro deus. 
Sendo Infinito e Onipresente não haveria a possibilidade de haver um lugar para 
outro deus. 
 Sendo Imutável e Onisciente não haveria como interagir com outro deus. 
 
 
(C2) Pela Sua Própria Revelação nas Escrituras: 
 
✓ Dt 6.4 “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” 
✓ Dt 4.35 “A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; 
nenhum outro há senão ele.” 
 
✓ Is 43.10 “Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, o meu servo a 
quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que sou eu 
mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim 
nenhum haverá.” 
 
✓ Mc 12.29 Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso 
Deus, é o único Senhor! 
5 
 (D) A Trindade são Três Pessoas : Tri-Unidade 
Ainda que as 3 pessoas da Trindade não têm planos, pontos de vista ou opiniões 
diferentes um do outro, porque apesar de serem três pessoas são uma única 
essência, Também não são uma única pessoa, porque ao mesmo tempo atuam de 
maneira diferente um do outro. 
 
 
1ª Doutrina Errada: O Modalismo ( uma só essência em uma só pessoa ) 
 
Outros nomes para Modalismo são: “Sabelianismo” e “Monarquismo Modalista” 
 O Modalismo afirmava que Pai, Filho e Espírito Santo são três MODOS de Deus se 
apresentar – não seriam 3 pessoas, mas uma só, representando 3 papéis, em 
momentos diferentes. 
 
Isto é um erro porque as pessoas da Trindade não são emanação um do outro, 
e nem mesmo um Deus que muda de rosto como um ator entre os atos de uma 
apresentação, mas as pessoas da Trindade são três pessoas diferentes. Para 
confirmar aparecem ao mesmo tempo em textos como o que se segue: 
 
Refutação Bíblica: Mt 3:16-17 
 “Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e 
viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele; e eis 
que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” 
 
 
Obs. No Concílio de Nice (325) a Trindade fica definida de forma 
dogmática, em resposta ao Unicismo do Sabelianismo (pág. 5 – 
acima) e do Arianismo (descrito abaixo): 
 
 “ O Arianismo – (de Alexandria; condenado pelo Concílio de Nice, 325) sustentava 
que o Pai é o único ser divino absolutamente sem começo; o Filho e o Espírito 
Santo, através de quem Deus cria e recria, foram criados do nada antes que o 
mundo fosse; e Cristo foi chamado Deus, porque Ele é o seguinte em relação a 
Deus e dotado por Deus de poder de criar.” 
Teologia Sistemética /Augustus Hopkins Strong – 2ª Edição Revisada pág. 576 
 
Strong continua citando Lutero, fazendo alusão a João 1:1 
“ O Verbo era Deus contraria Ário; o Verbo esta com Deus contraria Sabélio” 
 
6 
2ª Doutrina Errada: O Triteísmo (seriam três pessoas com três essências ) 
 
O Triteísmo afirmava que Pai, Filho e Espírito Santo são três Deuses, e não três 
distinções pessoais no Deus Uno. Segundo o Triteísmo as três pessoas da 
trindade compõe um trio, não uma trindade. 
 
Ao mesmo tempo em que a Trindade são três pessoas, o mistério da Tri-
Unidade pode ser visto, por exemplo, em passagens como as da promessa que fez 
de vir habitar dentro de nós em dois versos de Jo 14: 
 
 “a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não 
o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em 
vós.” Jo 14.17
 
 “Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu 
Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada.” Jo 
14.23 
 
 Doutrina Certa: Trindade (três pessoas e uma só essência) 
 
Deus é único em essência, indivisível, mas ao mesmo tempo esta essência 
está igualmente em três pessoas diferentes: Deus Pai, Deus Filho, Deus EspíritoSanto. 
 
Os três são infinitos, eternos, onipresentes, onipotentes, oniscientes, amor, 
justiça... 
 
2Co 13: 14 
 “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito 
Santo sejam com todos vós.” 
 
Mt 28: 19 
 “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do 
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” 
 
 
 
(E) A Igualdade na Trindade: 
 
As três pessoas da Trindade são iguais em Dignidade, Poder e Glória. 
7 
 
Estes mesmos textos ( 2Co 13.14 e Mt 28.19 ) que revelam a Trindade também 
deixam bem claro que não há nenhuma subordinação de um ao outro, mas os três 
são iguais. 
 
 
Doutrina Errada: O Subordinacionismo 
 
✓ Afirmava que O Filho e o Espírito são divinos, porém inferiores ao Pai. 
 
• A principal doutrina subordinacionista foi o Arianismo: Deus sendo 
imutável e eterno não poderia se comunicar com a criação mutável, daí criou o 
Filho para fazer esta ponte. Isto não faz sentido, porque este outro ser criado 
estaria no mesmo estado mutável que o homem. 
 
 
 
 
Doutrina Certa: O Filho não é inferior ao Pai e nem o Espírito ao Filho: 
 
• Deus Filho é igual a Deus Pai: 
“Eu e o Pai somos um” 
A Bíblia nos ensina é que num acordo atemporal e eterno: Deus Filho aceitou a 
incumbência de se tornar homem e resolver o problema do distanciamento entre o 
Criador e a criatura. Porém Jesus Cristo é Eterno Deus, não deixou hora nenhuma de 
ser Deus ao mesmo tempo em que não fugiu de assumir a condição de homem, mas 
se humilhou para nos salvar: 
 
 “que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas 
obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo 
Jesus antes dos tempos eternos,” 2Tm 1.9 
 
 
 “pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser 
igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-
se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se 
humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” Fp 2.6-8 
 
 
8 
 Ainda que o Filho tenha sido enviado pelo Pai ( Jo 3.16 ), como vemos nos 
versículos anteriores Ele não perdeu seus atributos divinos ( Jo 3.13 ) : 
 
“ Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito ” 
 Jo 3.16 
 
“ Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu” Jo 3.13 
 
 
• Deus Espírito Santo e Deus Filho: 
 
Igualmente, a afirmação de que o Espírito Santo é inferior a Jesus Cristo não faz 
sentido à luz do conhecimento bíblico, porque Deus Filho honra igualmente Deus 
Espírito Santo: 
 
Mt 12.32 “Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será 
perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, 
nem neste mundo, nem no vindouro.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Parte VII 
 
CRISTOLOGIA 
(Doutrina de Jesus Cristo) 
 
(I) Introdução à Cristologia 
 
Jesus Cristo é o centro de toda a Sagrada Escritura e será sempre o tema de 
estudos mais importante. Ele é toda a razão do viver. Ele é o Autor e Consumador da 
Fé, o Princípio e o Fim de toda a criação. Ele nos formou, nos escolheu e Ele mesmo 
nos trouxe para a eternidade que sonhou para nós. 
 
Nenhum ser humano, por mais sábio que pense ser, conseguirá aprofundar 
seu conhecimento de Jesus Cristo sem a ajuda do próprio Mestre, porque isto só é 
possível àqueles a quem Ele mesmo quiser revelar: 
 
 
“ Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó 
Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e 
as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. 
Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai; 
e também ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o 
quiser revelar.” 
 Lc 10: 21-22 
 
 
Deseje ser escolhido para conhecê-Lo mais. O que você pode fazer para 
conseguir isso é pouco: busque que Ele o reconheça como alguém que O obedece, 
guarde os Seus Mandamentos como um Verdadeiro Discípulo e clame para 
experimentar mais d’Ele: 
10 
“ Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que Me ama, e 
aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu também o amarei e Me 
manifestarei a ele ” 
 Jo 14: 21 
 
 
No estudo da Doutrina de Jesus Cristo (Cristologia) vamos procurar 
responder a duas questões principais: 
 
(1) Por que Deus Filho veio à Terra da forma como o fez? 
 
(2) Como entender as expressões “Filho de Deus” e “Filho do Homem”, que 
 falam das Duas Naturezas de Cristo, Deus e Homem! 
 
 
Por que Jesus Cristo veio ao mundo? 
 
Um versículo apresenta de forma muito didática os dois motivos pelos quais o 
Deus Eterno se fez Homem e andou entre nós é: 
 
 “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser ( 1 ) 
sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a 
purificação dos pecados ( 2 ), assentou-se à direita da Majestade, nas alturas.” 
 Hb 1: 3 
 
Vemos aqui os dois motivos da Sua Vinda ao mundo: 
 
(1) Revelar a pessoa de Deus ao homem 
(2) Justificar o homem diante de Deus 
 
 
(1) Revelar a pessoa de Deus ao homem, Jesus é: “a expressão 
exata do Seu Ser” 
 
Somente Deus poderia revelar-se a Si mesmo, e escolheu fazê-lo através da 
segunda pessoa da Trindade, que se fez Deus-Homem. 
 
 
11 
 “Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o 
deu a conhecer.” Jo 1: 18 
 
 “porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.” 
Cl 2: 9 
 
 Ele disse: “quem me vê a Mim, vê o Pai” (Jo 14.9). O motivo de se fazer 
homem era que nenhum ser humano poderia ver Deus Pai e continuar vivo: 
“homem nenhum pode ver a minha face e viver” (Ex 33.20). 
 
 
(2) Justificar o homem diante de Deus: 
“depois de ter feito a purificação dos pecados” 
 
Jesus nasceu para morrer na cruz. Nasceu para nos representar, e em nosso 
lugar sofrer a consequência do nosso pecado: a morte. Sofreu para salvar-nos do 
sofrimento eterno. 
 
 
Após cumprir Sua Missão assentou-se à direita da Majestade: 
 
O Senhor havia deixado a Eternidade e entrado no nosso limitado espaço-
tempo. Sofreu este período de humilhação e ao final morreu, ressuscitou por nós, e 
carregou as marcas da Cruz para a eternidade (Jo 20: 20), eterno Homem-Deus. 
Já havia vencido a morte para todos nós (1Co 15:54-57), mas quis algo além: 
Ele resolveu nunca mais nos deixar, estar ao nosso alcance todos os dias. (Mt 28: 
20) 
 
Porém, como Deus poderia deixar de exercer a Sua Divindade eterna, 
atemporal? Assim, é uma consequência lógica que após cumprir Sua Missão voltasse 
a assumir à direita da majestade todo o Seu Domínio no Céu e na Terra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
Que Nomes aplicar a Jesus? 
 “Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? Respondeu-
lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Disse-lhe Jesus: Bem-
aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, 
mas meu Pai, que está nos céus.” Mt 16: 15-17 
 
Nós sabemos que a escolha dos nomes aplicados a alguém era importante 
para os judeus. Os nomes eram usados mais do que apenas para individualizar 
uma pessoa – revelavam as suas características, o que se esperava dela, e indo 
além, correspondiam à sua própria essência. 
 
Para um gentio, de língua grega, “Jesus Cristo” talvez fosse apenas um 
nome comum como os outros. Mas, para um judeu, como Pedro, chamar Jesus 
de Cristo tinha um enormesignificado. 
 
Pedro, revelado pelo Espírito Santo, disse: “Tu és o Cristo” afirmando 
claramente que Jesus era o esperado Messias que inauguraria um reinado 
eterno, e quando acrescentou: “o Filho do Deus vivo”, afirmou claramente que 
Jesus é Deus. 
 
Esta revelação foi a base para a edificação da Igreja. Esta verdade era tão 
essencial, que quando negada pelos líderes judeus os condenou a perder sua 
única chance de salvação: 
 
“... Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote e lhe disse: és tu o Cristo, o 
Filho do Deus Bendito? Jesus respondeu: Eu sou, e vereis o filho do homem 
assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu.” 
Mc 14: 60-64 
 
 
 
 
 
 
13 
(II) As Duas Naturezas de Cristo 
 
O Deus Santo precisava de um mediador que viesse estabelecer contato com 
o homem perdido e imundo. E que, ao mesmo tempo, representasse esse homem 
diante do Trono da Justiça de Deus. 
Então, o Deus Eterno se fez Ele próprio o Grande Mediador, sendo ao mesmo 
tempo Deus e Homem. 
E, ainda mais, para demonstrar o quanto nos amava e o quanto podemos 
continuar confiando no Seu Perdão, mesmo após se fazer um de nós, morrer e 
ressuscitar, continuou a ser Homem-Deus eternamente. 
 
 
 
 “Jesus Cristo foi plenamente Deus e plenamente 
homem em uma só pessoa e assim o será para sempre.” 
 Grudem, W - Teologia Sistemática Atual e Exaustiva – pág. 435 
 
 
 
 
 
“ Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo 
Jesus, homem,” 1 Tm 2: 5 
 
 
 “ Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho 
do Homem” Jo 3: 13 
 
 “ Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, 
para encher todas as coisas” Ef 4: 10 
 
 “ Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que 
penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão” Hb 4: 14 
 
 
 
Mediador = Filho do Homem (Homem) e Filho de Deus (Deus) 
 
 
14 
 (III) O Filho do Homem 
 
 Apenas nos lábios de Jesus encontramos a expressão: “Filho do 
Homem” aplicada à Sua Pessoa. 
 
Obs. A única exceção foi Estêvão no seu martírio, quando viu o Senhor se pondo de pé ao 
lado do trono para recebê-lo como se faz com um amigo. Ele se maravilha com a visão e 
recebe a revelação do próprio Homem Deus para chamá-Lo de “Filho do Homem” (At 
7.56). 
 
 
 
 
(A) Por que o Salvador deveria nascer de uma virgem? 
 
 (A.1) Para cumprir a profecia: 
 
 “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua 
descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gn 3: 15 
 
 “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho” Is 7: 14 
 
 
 (A.2) Para poder reunir em si as duas naturezas: 
 
 “ Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada 
com José, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido do Espírito Santo.” 
Mt 1: 18 
 
 
 (A.3) Porque somente sendo Homem poderia ser o 
representante da raça humana, cabeça de uma nova geração. 
 
 “ Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens 
para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos 
os homens para justificação e vida. Porque, assim como pela desobediência de 
um só homem muitos foram constituídos pecadores, assim também pela 
obediência de um muitos serão constituídos justos” Rm 5: 18-19 
 
15 
 “ Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como 
Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós 
também em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança 
da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição ” 
Rm 6: 4-5 
 (A.4) Porque somente sendo Deus poderia nascer 
sem o Pecado Original, e assim chegar diante do Pai para nos 
reatar a comunhão com Ele. 
 
 “ mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de 
mulher, nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim 
de recebermos a adoção de filhos. 
 E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, 
que clama: Aba, Pai.” 
Gl 4: 4-6 
 
 
 
(B) Por que Jesus Cristo escolheu ser um humilde homem 
de dores? Como entender o quebrantamento de Deus? 
 
 
 
 (B.1) Para desfazer a obra do orgulho diabólico no homem: 
 
“ Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.” Mt 11.29 
 
 
 A cura para a doença mortal do orgulho do pecado é a humildade do 
quebrantamento diante do Criador. 
O inimigo mentiu sugerindo o mesmo orgulho que o fez cair, e ao querer ser 
como o Criador o homem se tornou vítima do pecado. 
O Senhor combate o orgulhoso pecado; e a Verdade destrona o pai da 
mentira. Jesus Cristo, Homem, sempre se pôs humilde diante do Pai, para dar um 
novo caminho ao homem que foi seduzido pelo orgulho de Satanás. 
 
 “ Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo. ” 
1Jo 3: 8b 
16 
 (B.2) Para n’Ele sermos novas criaturas, numa nova 
criação: 
 
 
 “Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de 
Deus. Porquanto a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por 
causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação há de 
ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. 
 Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores 
de parto até agora; e não só ela, mas até nós, que temos as primícias do Espírito, 
também gememos em nós mesmos, aguardando a nossa adoção, a saber, a 
redenção do nosso corpo.” 
Rm 8. 19-23 
 
 
 Com o orgulho o pecado contaminou toda a criação com mentira e egoísmo. 
Jesus Cristo veio para nos conduzir a uma nova vida. Na Sua ressurreição Ele 
demonstrou que não é aqui, neste mundo, que continuaremos vivendo. Onde Ele 
estiver estaremos com Ele, não apenas no pouco tempo terreal do Milênio, mas 
numa Nova Terra Eterna. 
 
 Deus-Homem não veio para “consertar” este mundo contaminado, por isso 
não veio como dominador deste mundo. Veio inaugurar um Novo Reino de Verdade 
e Amor. 
 
 
 
 
 
¿ Será que entenderemos o Amor do nosso Senhor na Cruz ? 
 
 
➢ Para compreender o coração de Jesus Cristo primeiro precisamos 
perder o apego às coisas deste mundo: 
 
 Só entenderemos o Ministério de Jesus entre nós quando alcançarmos a visão 
do que verdadeiramente é o Reino de Deus. 
 
Para alcançarmos esta visão é necessário antes abandonar a ambição pelas 
coisas materiais. 
17 
 Devemos sim, usar ao máximo os bens e oportunidades deste mundo, não 
em proveito próprio, porém , para ganharmos vidas e povoarmos o Reino de Deus. 
 
 “Não procureis, pois, o que haveis de comer, ou o que haveis de beber, e não 
andeis preocupados. Porque a todas estas coisas os povos do mundo procuram; mas 
vosso Pai sabe que precisais delas. Buscai antes o seu reino, e estas coisas vos 
serão acrescentadas. Não temas, ó pequeno rebanho! porque a vosso Pai agradou 
dar-vos o reino. Vendei o que possuís, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não 
envelheçam; tesouro nos céus que jamais acabe, aonde não chega ladrão e a traça 
não rói. Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” 
 Lc 12:29-34 
 
 
Obs. Não espere muita companhia se quiser estar na verdadeira 
visão do Reino de Deus: 
 
 “Nenhum servo pode servir dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar 
ao outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e 
às riquezas. Os fariseus, que eram gananciosos, ouviam todas essas coisas e 
zombavam dele.”Lc 16: 13-14 
 
 
➢ O Sacrifício de Jesus não começou no momento em que foi 
martelado o primeiro cravo, nem quando recebeu a primeira 
chicotada, nem mesmo quando cuspiram ou bateram em Sua Face: 
 
O Sangue de Jesus Cristo começou a ser derramado antes que Ele 
fosse preso. 
 
 “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor 
se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.” Lc 22: 44 
 
 
Ele sempre soube do Seu sacrifício: 
 
 “mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o 
sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém 
manifestado no fim dos tempos, por amor de vós.” 1Pe 1: 19 
18 
 
 
Mesmo assim sempre nos amou, mesmo antes que nós existíssemos!!! 
 
 
¿ Até que ponto Jesus Cristo aceitou descer ao nível de um 
servo humilde e humilhado ? 
 
 
➢ Até ao ponto de poder ser tocado pelos pecadores, tocar em pessoas 
moralmente repugnantes para as curar, levantar uma mulher pega no ato do 
adultério, ser empurrado por uma multidão que só ambicionava pão. 
 
 “...vós me procurais, não porque vistes sinais,mas porque comestes dos pães e 
vos fartastes.” Jo 6: 25 
 
 
➢ Até ao ponto de lavar os pés de Seus Discípulos, mesmo do que O trairia e em 
quem havia investido tanto tempo e Amor. 
 
 “ Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a 
enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.” Jo 13: 5 
 
 
➢ Até ao ponto de ser tentado pelo inimigo, pois Ele voluntariamente se esvaziava 
das prerrogativas divinas para esta afronta. 
 
 “ A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado 
pelo diabo. “ Mt 4: 1 
 
 
 
 
(C) Como poderia Deus Filho ser tentado se a Bíblia diz que 
Deus não pode ser tentado? 
 
“Ninguém, ao ser tentado diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode 
ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado 
19 
pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de 
haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” 
Tg 1: 13-15 
 
➢ Ninguém confunda a tentação de Jesus com a tentação humana comum: 
 
• Hebreus 4: 15 e 2: 17-18 afirmam que Ele sofreu tentação à nossa 
semelhança, mas podemos ver, no seguimento do texto, que Jesus em 
sua “semelhança” conosco não carregava pecado nenhum, Jesus não 
tinha a concupiscência da carne, dos olhos ou soberba da vida, que são 
coisas que procedem do mundo (1 Jo 2: 15-16). 
 
• Rm 8: 3 diz que Ele foi enviado em “semelhança” (homoioma no grego) 
de carne pecaminosa. O termo no grego nos passa a ideia de similitude, 
representação, e não de igualdade. Até porque o texto continua 
afirmando que, com efeito, “condenou na carne o pecado”. 
 
Então precisamos entender o que foi a tentação que o Diabo lançou sobre o 
Senhor Jesus Cristo. Esta compreensão não diminuirá aos nossos olhos o Seu 
sacrifício, Seu sofrimento, e muito menos a percepção do Seu Grande Amor por nós. 
 
Comecemos analisando as primeiras tentações após o jejum no deserto. Por 
duas vezes o inimigo o provoca com as seguintes palavras: 
 
“Se tu és o Filho de Deus, então...” (Mt 4: 1-11) 
 
Na última tentativa, já que Jesus não cederia um milímetro na sua 
humanidade, O provoca com a humilhação de se rebaixar até adorar o próprio 
diabo. 
 
 Até nos últimos momentos da Cruz, Satanás usava pessoas para dizer: 
 
“Se és Filho de Deus desce da cruz” (Mt 27: 40) 
 
 A resposta de Jesus a Pedro nas duas vezes em que este lhe sugere para não 
seguir até a cruz (Mt 16: 23 e Jo 18: 11) foi uma confirmação da Sua Humanidade 
obediente à Missão para a qual veio. 
 
 
20 
 Entendamos que Jesus sabia qual era o verdadeiro alvo da 
tentação: 
 
➢ O diabo queria que Ele abandonasse a Sua humanidade 
➢ E assim abandonasse a Sua Missão: A Cruz. 
 
Se Jesus voltasse a exercer toda a Sua autoridade divina, Satanás 
seria imediatamente destruído, e juntamente com os seus anjos lançado 
para dentro do Lago de Fogo Eterno, que já lhes está preparado. 
O problema é que iriam juntamente os seres humanos que ainda 
não alcançaram a salvação. 
O motivo, então, para Deus estar atrasando a pena que já está 
decretada contra o inimigo e seus anjos é, na verdade, salvar os homens. 
 
Se Jesus renegasse a Sua condição humana perderia as vidas de 
todos nós. Sem a Cruz já não nos restaria salvação. 
 
 Precisamos sempre buscar compreender um pouco mais do Amor 
de Jesus Cristo, ainda que seja infinitamente maior que tudo que 
possamos entender. 
 
Assim só nos restará adorá-Lo: 
 
 
“que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando 
arraigados e fundados em amor, possais compreender, com todos os santos, qual 
seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de 
Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira 
plenitude de Deus.” Ef 3: 17-19 
 
 
 “pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser 
igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, 
tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si 
mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” Fp 
2: 6-8 
 
21 
(D) Mistérios de Deus em Cristo Jesus: 
 
 
(D.1) Não perdeu a Eternidade ao entrar no Tempo! 
 
Acima do tempo: “Aquele que era, que é, que há de vir”: 
 
 “ Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o 
traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém. Eu sou 
o alfa e o ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o 
Todo-Poderoso. ” Ap. 1: 7-8 
 
 
Ele entrou no tempo “E o Verbo se fez carne...” Jo 1:14 
 
A Bíblia afirma que Deus enviou Seu Filho Unigênito (Jo 3: 16) – ou seja, houve 
um momento em que Ele desceu da eternidade, nasceu como um bebê, se fez Deus-
Homem, como uma auto entrega do próprio Deus. 
 
 
 No entanto, nunca deixou de ser Eterno: 
 
 O mais maravilhoso é que nunca deixou de ser o Deus Eterno. Desceu ao nível 
do tempo e se fez carne, mas repetidas vezes usou a Sua autoridade sobre o tempo: 
 
Jo 8: 56-58 
 “ Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; viu-o, e alegrou-se. Disseram-
lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos, e viste Abraão? Respondeu-lhes 
Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. ” 
 
Mt 16: 28-17:3 
 “ Em verdade vos digo, alguns dos que aqui estão de modo nenhum 
provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino. Seis dias 
depois, tomou Jesus consigo a Pedro, a Tiago e a João, irmão deste, e os conduziu 
à parte a um alto monte; e foi transfigurado diante deles; o seu rosto 
resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis 
que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. ” 
 
22 
 
1Pe 1: 19-20 
“mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, 
o sangue de Cristo, o qual, na verdade, foi conhecido ainda antes da fundação do 
mundo, mas manifesto no fim dos tempos por amor de vós,” 
 
 
(D.2) Não perdeu a Humanidade ao voltar à Eternidade! 
 
 “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e 
verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. 
Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.” Lc 24: 39-40 
 
 
 “Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que 
dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.”At 1: 11 
 
 
 
 
(D.3) Nós veremos o Deus Invisível! 
 
 “Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o 
deu a conhecer.” Jo 1: 18 
 
 “Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face 
a face.” 1Co 13: 12 
 
 
 “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;” 
 Cl 1: 15 
 
 “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que 
haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a 
ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.” 1Jo 3: 2 
 
 
 
 
 
23 
(D.4) Ele se uniu à Sua Igreja para sempre! 
 
O Noivo se uniu à Noiva de forma eterna – Jesus, como faz o noivo que deixa a 
sua casa, deixou também a Glória do Pai, para unir-se à Sua Noiva. 
E agora, como Homem-Deus, o noivo uniu-se eternamente à Sua noiva: A 
Igreja. 
 
 “ Pois nunca ninguém aborreceu a sua própria carne, antes a nutre e preza, 
como também Cristo à igreja; porque somos membros do seu corpo. Por isso 
deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma 
só carne. Grande é este mistério, mas eu falo em referência a Cristo e à igreja.” 
Ef 5: 29-32 
 
 
(E) Por que o diabo tenta negar que Jesus veio em carne? 
 
2Jo 1: 7 
“Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não 
confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo.” 
 
 
1Jo 4: 3 
“e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, 
este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, 
presentemente, já está no mundo.” 
 
 
– NEGAR QUE JESUS VEIO EM CARNE É NEGAR O SACRIFÍCIO DA CRUZ – 
 
Negar que Jesus se fez Deus-Homem, anula todo o significado do Seu 
Sacrifício e quebra toda ligação com o homem, como seu representante legal. 
 
 
 
Obs. Ao tempo do Novo Testamento alguns diziam que Jesus não veio em 
carne, isto era pregado pelos Gnósticos ( O Gnosticismo buscava um sincretismo 
com a filosofia grega (espírito é bom, matéria é ruim). João chama esta doutrina 
de “espírito do Anti Cristo ). Ainda hoje encontramos esta doutrina em ação. 
 
24 
 “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de 
Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto 
conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em 
carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne 
não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, 
e eis que já agora está no mundo.” 1 Jo 4: 1-3 
 
 
 
(F) Comprovações bíblicas da Humanidade de Jesus: 
 A Palavra de Deus não deixa dúvidas sobre a humanidade de Jesus: 
 
1. Nasceu com um corpo humano ( Hb 10.5 ) 
 
 
 
 
 “Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um 
corpo me formaste.” 
 
2. Cresceu ( Lc 2.52 ) 
 
 “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, ” 
 
3. Sentiu fome ( Mt 4.2 ) 
 
“E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.” 
 
4. Sentiu sede ( Jo 19.28 ) 
 
 “Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a 
Escritura, disse: Tenho sede!” 
 
5. Foi tentado ( Hb 4.15b ) 
 
“antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem 
pecado.” 
 
6. Sofreu ( Lc 22.41-44) 
 
 “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor 
se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.” 
 
7. Morreu ( Lc 23.46) 
 
 “Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! 
E, dito isto, expirou.” 
25 
1Co 1.23-24 
“mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para 
os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos 
a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.” 
 
 
 (IV) O Filho de Deus 
 
(A) Jesus Cristo sempre soube ser Deus Filho. 
 
 
 “Quando Jesus completou doze anos, [...] Não sabíeis que eu devia estar na 
casa de meu Pai?” Lc 2: 42-49 
 
 
 “Replicou-lhe a mulher: Eu sei que vem o Messias [...] Eu o sou, eu que falo 
contigo.” Jo 4: 25-26 
 
 
 “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; [...] Em verdade, em verdade 
vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” Jo 8: 56-58 
 
 
 
(B) Deus Filho quis passar pelo Período da Sua Humilhação: 
 
 
✓ Teologicamente são descritos 
Cinco Estágios do Período da Sua Humilhação: 
 
(1) Encarnação 
(2) Sofrimento 
(3) Morte 
(4) Sepultamento 
(5) Descida ao Hades 
 
26 
 “o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus 
coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de 
servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, 
humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. 
 Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é 
sobre todo nome;” Fp 2: 6-9
 
 
 
“Kenosis” é o auto esvaziamento do Cristo, 
 
Kenosis: 
 
 Jesus Cristo fez voluntariamente um ato de autoesvaziamento. Alguns 
teólogos chamam isto de “kenosis”, ou “esvaziar-se”. 
 
 Fique claro que sua Autoridade Divina estava presente nele todo o 
tempo, mesmo no período da Sua Humilhação. 
 
Um forte argumento a favor da ideia que era Ele mesmo quem escolhia 
momento a momento o “esvaziar-se”, é o fato de que quando foi tentado no 
deserto, o inimigo diz: “Se tu és o Filho de Deus...” faça isto ou aquilo. 
 
Não seria uma tentação caso Ele não pudesse realmente reassumir 
toda a Sua Divindade no momento em que desejasse. 
 
 
 
 
 
(C) Jesus Cristo foi glorificado como Deus Filho pelo Deus Pai por 
três vezes durante o período de Sua humilhação: 
 
 “Batizado que foi Jesus, saiu logo da água […] Este é o meu Filho amado, em 
quem me comprazo.” Mt 3: 16-17 
 
 “Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; 
[...]Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Mt 17: 1-5 
 
27 
 “Pai, glorifica o teu nome. Veio, então, do céu esta voz: Já o tenho glorificado, 
e outra vez o glorificarei.” Jo 12: 28 
 
 
Obs. Na verdade, o Deus Filho só poderia ser devidamente glorificado como Deus 
pelo próprio Deus Pai ( Jo 5: 34 ). Porque ninguém alcançaria a Sua Grandeza sem 
que o próprio Pai a revelasse. 
 
 
 
(D) Características Divinas de Jesus Cristo: 
 
 
(D.1) Revelação Perfeita de Deus 
“ Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu mostra-nos o Pai?” Jo 14:9 
 
(D.2) Onipresença 
 “ Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no 
meio deles. “ Mt 18: 18-20 
 
(D.3) Poder de perdoar pecados 
 “ Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus […] para que saibais que 
o Filho do Homem tem sobre a Terra autoridade para perdoar pecados “ Mc 2: 5-
10 
 
(D.4) Jesus disse que é Deus 
 “ Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote e lhe disse: És tu o Cristo, o Filho do 
Deus Bendito? Jesus respondeu: Eu sou” Mc 14: 61-62 
 
(D.5) Santidade Perfeita, mesmo passando pelo seu período de humilhação 
 
 “Qual de vós pode me acusar de algum pecado?” Jo 8.46 
 
 “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer- se das 
nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem 
pecado.” Hb 4.15 
 
28 
(D.6) Jesus Cristo ressuscitou e retomou Seu estado de Exaltação. 
 
 “Por isto o Pai me ama, porque dou aminha vida para tornar a tomá-la.” 
 Jo 10: 17-18 
 
(D.7) Na verdade, antes e depois o Deus Filho sempre foi, é, e sempre será 
exaltado, porque é Deus. 
 
“e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto 
de ti, antes que houvesse mundo” Jo 17: 5 
 
 
 
Nomes para os judeus saberem que Ele é Deus: 
 
 Messias 
 ( = em português significa “Ungido”, em grego = “Cristo” ) 
 
 
“ ...e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus 
bendito para todo o sempre. Amém! ” Rm 9: 5b 
 
 
 O nome “ Jesus Cristo ” já é uma definição de Seu Ministério: 
 
“ e o seu nome será Jesus, porque salvará o seu povo dos seus pecados ” Mt 1: 21 
 
 
 
 As profecias referentes ao Messias foram anunciadas e cumpridas por Jesus: 
 
- Is 61: 1-2 >>> Lc 4: 19-21 (Anunciar o ano aceitável) 
 
- Is 35: 4-6 >>> Mt 11: 2-6 (cegos, surdos e coxos curados) 
 
 
 O Salmo 2 descreve o Reino do Messias: 
29 
 
“Por que se enfurecem os [...] Os reis da terra se levantam, e os príncipes 
conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, [...] Eu, porém, constituí o meu 
Rei sobre o meu santo monte Sião. Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: 
Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e 
as extremidades da terra por tua possessão. [...] Agora, pois, ó reis, sede 
prudentes; deixai-vos advertir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor e alegrai-
vos nele com tremor. Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no 
caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados todos 
os que nele se refugiam.” 
 
Por intermédio deste Ungido (= Messias em hebraico), Rei que seria o 
próprio Filho de Deus, Deus em pessoa pastorearia o Seu Povo. 
 
A ideia do Messias e Seu Reino Eterno era muito forte entre os judeus. 
 
Por isso, para não prejudicar seu caminho para a Cruz, especialmente num 
tempo de escravidão política, e por ser uma verdade redentora muito ansiada, Ele 
evitava dizer abertamente ser o Messias: 
 
✓ “Replicou-lhe, pois, a multidão: Nós temos ouvido da lei que o Cristo 
permanece para sempre, e como dizes tu ser necessário que o Filho do 
Homem seja levantado? Quem é esse Filho do Homem? 
 
 Disse-lhes então Jesus: Ainda por um pouco de tempo a luz está entre vós. 
Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; pois quem 
anda nas trevas não sabe para onde vai.” Jo 12: 34-35 
 
 
No entanto, quando os corações estavam realmente abertos, ou sua ida à 
Cruz já não seria mais prejudicada, Ele se manifestava claramente como o Messias: 
 
“Replicou-lhe a mulher: Eu sei que vem o Messias [...] Eu o sou, eu que 
falo contigo.” Jo 4: 25-26 
 
“Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. 
Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste” Mt 26: 63-64 
 
 
 
30 
“Filho de Davi” 
 
“o trono do seu pai Davi... seu reino não terá fim” Lc 1: 31-33 
 
“Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu 
trono será estabelecido para sempre.” 2Sm 7.16 
 
“Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. 
[...] Naquele dia, recorrerão as nações à raiz de Jessé que está posta por 
estandarte dos povos; a glória lhe será a morada.” Is 11: 1-10 
 
 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os 
seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da 
Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem 
fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar 
mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos 
Exércitos fará isto.” Is 9: 6-7 
 
Nomes para os Gentios saberem que Ele é Deus: 
 
➢ “O Verbo” ( no grego = logos ) 
 
– Apenas João usa o termo grego “Logos” que significa “Palavra” aplicado a Jesus. 
 
Os gregos entendiam “LOGOS” como a força geradora que permeia todo o 
universo. João havia pastoreado a igreja de Éfeso e falava do “Verbo Vivo” 
conhecendo o que seus ouvintes de cultura grega iriam entender. 
 
 
➢ “O Senhor” ( no grego = kurios ) 
 
– Em todo o império romano o título “kurios”, que traduzimos para o português 
como “Senhor” remetia à ideia de divino. Entendia-se falar de divindade quando se 
usava a palavra “Senhor” (Kurios), e um exemplo disso é que quando foi feita a 
tradução do Velho Testamento Hebraico para o grego (Septuaginta), o termo 
equivalente a Deus, “Jeová” para os judeus, foi traduzido pela palavra “kurios”. 
 
 
 
31 
 
 (V) Profeta, Sacerdote e Rei 
 
(A) Profeta. 
 
• O profeta representava Deus diante do povo. Jesus revela o Pai : 
 
“Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens 
conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês 
que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as 
digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras.” 
Jo 14: 9-10 
 
• Ele prediz acontecimentos futuros (Mt 24: 3-31) 
 
“Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra 
se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e 
muita glória.” Mt 24: 30 
 
 
• O profeta prometido por Moisés (Dt 18: 15) 
 
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos 
pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor, e 
envie ele o Cristo, que já dantes vos foi indicado, Jesus, ao qual convém que o céu 
receba até os tempos da restauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela 
boca dos seus santos profetas, desde o princípio. Pois Moisés disse: Suscitar-vos-á o 
Senhor vosso Deus, dentre vossos irmãos, um profeta semelhante a mim; a ele 
ouvireis em tudo quanto vos disser. E acontecerá que toda alma que não ouvir a 
esse profeta, será exterminada dentre o povo.” 
 At 3. 19-23 
 
 
(B) Sacerdote. 
 
• O sacerdote representava os homens diante de Deus. Porém só Jesus Cristo 
torna a salvação possível, pois, ofereceu o sacrifício perfeito. (Hb 7: 26-27) 
32 
 
Hb 7.27 “que não necessita, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia 
sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; 
porque isto fez ele, uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo.” 
 
• “Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque” (Gn 14:18-19 e Hb 7: 1-3) 
 
Hb 7.3 “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de 
vida, mas feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.” 
 
Melquisedeque era tanto rei de Salém como sacerdote de Deus, de quem não se 
menciona princípio de dias nem fim de vida. ( tipologia de Cristo ) 
 
 
• O Sacerdote intercede pelo povo (1Jo 2:1) 
 
1Jo 2:1 “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se 
alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.” 
 
Rm 8:34 “Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem 
ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por 
nós;” 
 
 
 
 
(C) Rei. 
 
• É chegado o Reino de Deus (Mt 10:7-8) 
 
“e indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, 
ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, 
de graça dai.” 
 
 
• Jesus Cristo reinará para todo o sempre! (Ap 11:15) 
 
“O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos 
séculos dos séculos.” 
 
33 
 
• Vencemos como nosso Rei! (Ap 17:14) 
 
“Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor 
dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, os chamados, 
e eleitos, e fiéis.” 
 
 
 (VI) O que é Apologética? 
 
“ antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre 
preparados para responder “apologia” (no grego) a todo aquele que vos 
pedir razão da esperança que há em vós,” 1Pe 3.15 
 
 Quando apresentamos nossa fé a um povo com uma cultura já firmada em 
valores antigos e diferentes dos nossos, devemos estar preparados para responder 
sobre a razão da nossa fé. 
 Se nos negarmos dizendo que a fé não precisa ser explicada então cairemos 
nas imposições dogmáticas, e, se, por outro lado, não nos posicionarmos como 
firmes defensores das realidades espirituais, que a mente humana não consegue 
explicar, então cairemos no materialismo. 
Daí surgiu a apologética (apologia ou defesa da fé com argumentos), porque é 
racional trazer as pessoas ao conhecimento de uma nova cultura para elas, a cultura 
bíblica, onde a própria pessoa do Espírito Santo convence das realidades ainda não 
alcançadas apenas com a mente humana. 
Porém, o mandamento bíblico persiste, devemos estar preparados para 
responder (“apologia” em grego) a todo aquele que nos pedir a razão da esperança 
que há em nós. 
Nos tempos do começo da Igreja, a doutrina sobre a pessoa de Jesus Cristo 
alcançou diferentes culturas e é natural que surgissem questionamentos. 
Infelizmente alguns não esperaram o Espírito Santo falar-lhes, ou porque 
guardaram sua filosofia e cultura prévias ou porque foram tomados de um orgulho 
teológico, desejosos de gerar novos conhecimentos e assim geraram heresias, 
vejamos algumas delas: 
 
 
 
 
34 
Heresias sobre“Divindade/Humanidade” de Jesus 
 
(1) Docetismo 
(do grego: dokéin: parecer): 
 
Para a cultura grega, que influenciou a formação do gnosticismo dentro da 
Igreja, o corpo humano era de uma inferioridade indigna diante do espirito, que era 
elevado, digno de honra e proeminência. Como aceitar que Deus tenha se feito 
homem, encarnando? 
 
Para o Docetismo, Jesus era plenamente Deus, não tinha natureza humana, 
apenas parecendo humano (daí o termo grego dokéin = parecer). 
 
Isto era o Gnosticismo que tentava perverter o ensinamento sobre o sacrifício 
da Cruz – onde aconteceu a Grande derrota do Diabo. O argumento era que Jesus 
Cristo sendo Deus (e Jesus de fato o era) não poderia sofrer como um simples 
homem. 
 
O Docetismo é o espírito do Anticristo, que segundo João já estava agindo, 
negando que Jesus tinha vindo em carne: 
 
 "Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus 
Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede 
de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes 
ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo.” 1Jo 4.2-3 
 
➢ Refutação Bíblica: Jo 1:14, 1 Jo 4:1-3; Mt 4:1,2... 
 
 
(2) Ebionismo 
(do hebraico ebyión: pobre) 
 
Para alguns judeus, que ao entrarem para a Igreja não abriram mão dos seus 
costumes judaicos, e mesmo defendiam seus princípios judaizantes. Para aceitar a 
divindade do Senhor teriam que aceitar o reconhecimento de outro senão Jeová 
como Deus. Como então veriam a pessoa de Jesus Cristo? 
 
35 
Diziam que Jesus nasceu de Maria porém de um contato natural com José 
(seu esposo), tinha sua humanidade idêntica na natureza e só se diferenciava pelo 
fato de Deus ter-lhe concedido poderes sobrenaturais no seu batismo. 
 
Jesus foi um servo de Deus, um homem justo e santo, um pobre de Javé (daí o 
nome ebyión). Viveu de tal modo a santidade e a justiça de Deus, que em 
recompensa foi adotado por Deus como Filho. 
 
O Ebionismo negava a divindade de Cristo e o nascimento virginal de Jesus. 
 
➢ Refutação Bíblica: Jo 1:1,14; 8:58; 10:30; 20:28; Fp 2:6; Hb 1:8... 
 
 
(3) Arianismo 
 
Doutrina de Ário, presbítero de Alexandria, nascido aproximadamente em 
280.a.D. esta doutrina afirmava que Cristo não é Deus na sua plenitude, foi a 
primeira criatura criada por ato voluntário de Deus, e que anteriormente Ele (Cristo) 
não era, Cristo é mais que homem, porém menos que Deus. 
Foi para defender o cristianismo de qualquer confusão com o paganismo, que 
cria em diversos deuses que Ário tentava manter a ideia de um único Deus Pai. O 
Arianismo dizia que Jesus teve um começo, ou seja, que Jesus não é eterno. 
Atualmente este pensamento é muito presente, com ou sem disfarces em 
diversas religiões, porque, se aceitamos a divindade de Cristo teremos que aceitar as 
Suas Palavras e a importância de uma completa submissão a Deus 
O Arianismo dizia que só Deus é eterno e o Logos foi criado como um 
intermediário entre Deus e o homem, inferior ao Pai e acima do tempo, porém não 
eterno (o que é uma confusão que se desmente sozinha). 
➢ Refutação Bíblica: Jo 1.1 ; Ap 22.12-13 
 
 
(4) Outras Heresias 
 
Ainda existiram muitas outras correntes doutrinárias, tais como: 
 
O Nestorianismo, seu fundador foi Nestório, monge que começou lutando 
corretamente contra a expressão “Maria, mãe de Deus”. Dizia que ela deveria ser 
chamada de “Mãe de Jesus”, mas para enfatizar que Jesus era tanto Deus quanto 
36 
homem resolveu explicar que Jesus Cristo é, na verdade, duas entidades vivendo no 
mesmo corpo: uma humana (Jesus) e uma divina (Cristo), Seu erro foi negar a 
unidade das naturezas humana e divina em Cristo. 
 
Ainda podemos citar o Eutiquianismo, ou monofisismo, uma só physis = 
natureza. 
Para combater a visão duplicada da pessoa de Jesus Cristo do Nestorianismo, 
Eutiques (378-454 d.C.), líder de um mosteiro em Constantinopla, criou um novo 
modo de entender a encarnação do Verbo: a natureza divina teria absorvido a 
natureza humana e criado uma terceira natureza (“tertium quid”). Criou apenas 
confusão. 
 
 
 
(4) A Cristologia correta: 
 
A teologia correta a respeito do grande milagre da “unipersonalidade” do 
Deus-Homem logicamente não pode ser entendida mais do que podemos alcançar 
Sua Infinitude, Eternidade ou mesmo a Trindade divina. 
 
Até nossos dias não se conseguiu produzir uma definição melhor do que a 
emitida no Concílio de Calcedônia no ano 451 d.C.: 
 
“ No ano 451 A.D. o Concílio de Calcedônia conheceu e 
formulou a fé cristã a respeito da pessoa de Cristo e declarou 
que Ele deve “ser reconhecido em duas naturezas, inconfusa, 
imutável, indivisível e inseparavelmente; sendo que a 
distinção das naturezas de modo nenhum é eliminada pela 
união, mas, antes, a propriedade de cada natureza é 
preservada, e ambas concorrem numa Pessoa e numa 
Subsistência, não partida ou dividida em duas pessoas.” 
 
Teologia Sistemática; Louis Berkhof – 3ª Edição – pág. 295 
 
 
 
37 
Bibliografia 
(1) Apostila de Teologia Sistemática – Pra Rosângela Maia (disponível na 
secretaria) 
(2) Berkhof, Louis – Teologia Sistemática 3ª edição – Editora Cultura Cristã 
(3) Bancroft, E.H. – Teologia Elementar – Imprensa Batista Regular 
(4) Strong, Augustus Hopkins – Teologia Sistemática – Editora Hagnos 
(5) Langston, A. B. – Esboço de Teologia Sistemática – Juerp 
(6) Grudem, W - Teologia Sistemática Atual e Exaustiva – Ed. Vida Nova 
(7) Horton, Stanley M. – Teologia sistemática, Uma perspectiva pentecostal – 
CPAD

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