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Seminário Teológico Evangélico Vida e Luz Apostila de Teologia Sistemática III (Doutrina da Trindade e Cristologia) Professor: Pr. Aldemar 2018 2 A Trindade A Bíblia nos apresenta Deus agindo, e portanto, não precisa explicar a Sua existência. Da mesma forma nos apresenta a Trindade sem que seja necessário dar muitas explicações, e é interessante notarmos que dentro da Teologia, após a existência de Deus, Trindade é o tema que mais despertou interesse ao longo dos anos. (A) A Trindade no Antigo Testamento: ➢ Is 63.8-10 ( vemos referência a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo) “ Porque dizia: Certamente eles são meu povo, filhos que não procederão com falsidade; assim ele se fez o seu Salvador. (Pai) Em toda a angústia deles foi ele angustiado, e o anjo da sua presença os salvou; no seu amor, e na sua compaixão ele os remiu; e os tomou, e os carregou todos os dias da antiguidade. (Filho) Eles, porém, se rebelaram, e contristaram o seu santo Espírito; pelo que se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles. ” (Espírito) ➢ Is 6:8 ( Aqui fica bem clara a comunicação de mais de uma pessoa ) “A quem enviarei ou quem há de ir por nós?” ➢ Entre muitos exemplos podemos mencionar: Gn 1.1 “No princípio. Criou Deus (Elohim – forma plural) os céus e a Terra. Gn 1.26 “Façamos o homem” Gn 11.7 “Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem” . ➢ O próprio Senhor Jesus Cristo argumenta o relacionamento de Deus Pai com Deus Filho citando o rei Davi quando este chama duas pessoas de “Senhor” no Sl 110.1: “Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés” 3 (A) A Trindade no Novo Testamento: Ef 3.14-19 “Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai, […] vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; que Cristo habite pela fé nos vossos corações, […] para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus.” Mt 28.19b “batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” 2Co 13.13 “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” (B) A Trindade em Seu relacionamento pessoal com o homem: (1) Deus Pai fala com o homem desde o princípio, e ainda continua falando no Novo Testamento. Fala até mesmo para o Filho diante de muitas testemunhas. (2) Deus Filho veio para poder sempre tocar e caminhar junto do pecador. É verdade que também visitou Abraão e se apresentou como “O Anjo do Senhor” por diversas vezes antes do seu nascimento virginal, porque Ele sempre esteve e estará além do tempo e do espaço. E ainda nos prometeu que estará sempre conosco. (3) Deus Espírito Santo vem habitar nos que estão sendo perdoados. Ainda que desde o Velho Testamento tomava alguns servos em profecia, agora habita em nós – suprema comunhão. 4 Falando, tocando ou habitando é o Tri-Uno Deus buscando estabelecer comunhão com a sua criatura que tanto amou. (C) A Trindade é um Deus Único: Tri-Unidade Chamamos de “UNIDADE” o fato de que só há um único Deus, não muitos (politeísmo), mas uma única essência indivisível que é igualmente presente nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo (tri-unidade). Uma unidade composta. Quais são as Provas de que Deus é só um: “Unidade Divina" ? • Seus Atributos Incomunicáveis e Sua Revelação nas Escrituras. (C1) Pelos Seus Atributos Incomunicáveis: Sendo Eterno, existe desde a eternidade e não poderia ter surgido outro deus. Sendo Independente e Todo-Poderoso tem domínio e soberania sobre tudo e não necessita de mais ninguém para existir. Isto elimina a necessidade ou mesmo a possibilidade de haver um outro deus. Sendo Infinito e Onipresente não haveria a possibilidade de haver um lugar para outro deus. Sendo Imutável e Onisciente não haveria como interagir com outro deus. (C2) Pela Sua Própria Revelação nas Escrituras: ✓ Dt 6.4 “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” ✓ Dt 4.35 “A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; nenhum outro há senão ele.” ✓ Is 43.10 “Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, o meu servo a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que sou eu mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.” ✓ Mc 12.29 Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! 5 (D) A Trindade são Três Pessoas : Tri-Unidade Ainda que as 3 pessoas da Trindade não têm planos, pontos de vista ou opiniões diferentes um do outro, porque apesar de serem três pessoas são uma única essência, Também não são uma única pessoa, porque ao mesmo tempo atuam de maneira diferente um do outro. 1ª Doutrina Errada: O Modalismo ( uma só essência em uma só pessoa ) Outros nomes para Modalismo são: “Sabelianismo” e “Monarquismo Modalista” O Modalismo afirmava que Pai, Filho e Espírito Santo são três MODOS de Deus se apresentar – não seriam 3 pessoas, mas uma só, representando 3 papéis, em momentos diferentes. Isto é um erro porque as pessoas da Trindade não são emanação um do outro, e nem mesmo um Deus que muda de rosto como um ator entre os atos de uma apresentação, mas as pessoas da Trindade são três pessoas diferentes. Para confirmar aparecem ao mesmo tempo em textos como o que se segue: Refutação Bíblica: Mt 3:16-17 “Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele; e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Obs. No Concílio de Nice (325) a Trindade fica definida de forma dogmática, em resposta ao Unicismo do Sabelianismo (pág. 5 – acima) e do Arianismo (descrito abaixo): “ O Arianismo – (de Alexandria; condenado pelo Concílio de Nice, 325) sustentava que o Pai é o único ser divino absolutamente sem começo; o Filho e o Espírito Santo, através de quem Deus cria e recria, foram criados do nada antes que o mundo fosse; e Cristo foi chamado Deus, porque Ele é o seguinte em relação a Deus e dotado por Deus de poder de criar.” Teologia Sistemética /Augustus Hopkins Strong – 2ª Edição Revisada pág. 576 Strong continua citando Lutero, fazendo alusão a João 1:1 “ O Verbo era Deus contraria Ário; o Verbo esta com Deus contraria Sabélio” 6 2ª Doutrina Errada: O Triteísmo (seriam três pessoas com três essências ) O Triteísmo afirmava que Pai, Filho e Espírito Santo são três Deuses, e não três distinções pessoais no Deus Uno. Segundo o Triteísmo as três pessoas da trindade compõe um trio, não uma trindade. Ao mesmo tempo em que a Trindade são três pessoas, o mistério da Tri- Unidade pode ser visto, por exemplo, em passagens como as da promessa que fez de vir habitar dentro de nós em dois versos de Jo 14: “a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós.” Jo 14.17 “Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada.” Jo 14.23 Doutrina Certa: Trindade (três pessoas e uma só essência) Deus é único em essência, indivisível, mas ao mesmo tempo esta essência está igualmente em três pessoas diferentes: Deus Pai, Deus Filho, Deus EspíritoSanto. Os três são infinitos, eternos, onipresentes, onipotentes, oniscientes, amor, justiça... 2Co 13: 14 “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” Mt 28: 19 “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” (E) A Igualdade na Trindade: As três pessoas da Trindade são iguais em Dignidade, Poder e Glória. 7 Estes mesmos textos ( 2Co 13.14 e Mt 28.19 ) que revelam a Trindade também deixam bem claro que não há nenhuma subordinação de um ao outro, mas os três são iguais. Doutrina Errada: O Subordinacionismo ✓ Afirmava que O Filho e o Espírito são divinos, porém inferiores ao Pai. • A principal doutrina subordinacionista foi o Arianismo: Deus sendo imutável e eterno não poderia se comunicar com a criação mutável, daí criou o Filho para fazer esta ponte. Isto não faz sentido, porque este outro ser criado estaria no mesmo estado mutável que o homem. Doutrina Certa: O Filho não é inferior ao Pai e nem o Espírito ao Filho: • Deus Filho é igual a Deus Pai: “Eu e o Pai somos um” A Bíblia nos ensina é que num acordo atemporal e eterno: Deus Filho aceitou a incumbência de se tornar homem e resolver o problema do distanciamento entre o Criador e a criatura. Porém Jesus Cristo é Eterno Deus, não deixou hora nenhuma de ser Deus ao mesmo tempo em que não fugiu de assumir a condição de homem, mas se humilhou para nos salvar: “que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos,” 2Tm 1.9 “pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando- se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” Fp 2.6-8 8 Ainda que o Filho tenha sido enviado pelo Pai ( Jo 3.16 ), como vemos nos versículos anteriores Ele não perdeu seus atributos divinos ( Jo 3.13 ) : “ Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito ” Jo 3.16 “ Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu” Jo 3.13 • Deus Espírito Santo e Deus Filho: Igualmente, a afirmação de que o Espírito Santo é inferior a Jesus Cristo não faz sentido à luz do conhecimento bíblico, porque Deus Filho honra igualmente Deus Espírito Santo: Mt 12.32 “Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro.” 9 Parte VII CRISTOLOGIA (Doutrina de Jesus Cristo) (I) Introdução à Cristologia Jesus Cristo é o centro de toda a Sagrada Escritura e será sempre o tema de estudos mais importante. Ele é toda a razão do viver. Ele é o Autor e Consumador da Fé, o Princípio e o Fim de toda a criação. Ele nos formou, nos escolheu e Ele mesmo nos trouxe para a eternidade que sonhou para nós. Nenhum ser humano, por mais sábio que pense ser, conseguirá aprofundar seu conhecimento de Jesus Cristo sem a ajuda do próprio Mestre, porque isto só é possível àqueles a quem Ele mesmo quiser revelar: “ Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai; e também ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” Lc 10: 21-22 Deseje ser escolhido para conhecê-Lo mais. O que você pode fazer para conseguir isso é pouco: busque que Ele o reconheça como alguém que O obedece, guarde os Seus Mandamentos como um Verdadeiro Discípulo e clame para experimentar mais d’Ele: 10 “ Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que Me ama, e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu também o amarei e Me manifestarei a ele ” Jo 14: 21 No estudo da Doutrina de Jesus Cristo (Cristologia) vamos procurar responder a duas questões principais: (1) Por que Deus Filho veio à Terra da forma como o fez? (2) Como entender as expressões “Filho de Deus” e “Filho do Homem”, que falam das Duas Naturezas de Cristo, Deus e Homem! Por que Jesus Cristo veio ao mundo? Um versículo apresenta de forma muito didática os dois motivos pelos quais o Deus Eterno se fez Homem e andou entre nós é: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser ( 1 ) sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados ( 2 ), assentou-se à direita da Majestade, nas alturas.” Hb 1: 3 Vemos aqui os dois motivos da Sua Vinda ao mundo: (1) Revelar a pessoa de Deus ao homem (2) Justificar o homem diante de Deus (1) Revelar a pessoa de Deus ao homem, Jesus é: “a expressão exata do Seu Ser” Somente Deus poderia revelar-se a Si mesmo, e escolheu fazê-lo através da segunda pessoa da Trindade, que se fez Deus-Homem. 11 “Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer.” Jo 1: 18 “porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.” Cl 2: 9 Ele disse: “quem me vê a Mim, vê o Pai” (Jo 14.9). O motivo de se fazer homem era que nenhum ser humano poderia ver Deus Pai e continuar vivo: “homem nenhum pode ver a minha face e viver” (Ex 33.20). (2) Justificar o homem diante de Deus: “depois de ter feito a purificação dos pecados” Jesus nasceu para morrer na cruz. Nasceu para nos representar, e em nosso lugar sofrer a consequência do nosso pecado: a morte. Sofreu para salvar-nos do sofrimento eterno. Após cumprir Sua Missão assentou-se à direita da Majestade: O Senhor havia deixado a Eternidade e entrado no nosso limitado espaço- tempo. Sofreu este período de humilhação e ao final morreu, ressuscitou por nós, e carregou as marcas da Cruz para a eternidade (Jo 20: 20), eterno Homem-Deus. Já havia vencido a morte para todos nós (1Co 15:54-57), mas quis algo além: Ele resolveu nunca mais nos deixar, estar ao nosso alcance todos os dias. (Mt 28: 20) Porém, como Deus poderia deixar de exercer a Sua Divindade eterna, atemporal? Assim, é uma consequência lógica que após cumprir Sua Missão voltasse a assumir à direita da majestade todo o Seu Domínio no Céu e na Terra. 12 Que Nomes aplicar a Jesus? “Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? Respondeu- lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Disse-lhe Jesus: Bem- aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.” Mt 16: 15-17 Nós sabemos que a escolha dos nomes aplicados a alguém era importante para os judeus. Os nomes eram usados mais do que apenas para individualizar uma pessoa – revelavam as suas características, o que se esperava dela, e indo além, correspondiam à sua própria essência. Para um gentio, de língua grega, “Jesus Cristo” talvez fosse apenas um nome comum como os outros. Mas, para um judeu, como Pedro, chamar Jesus de Cristo tinha um enormesignificado. Pedro, revelado pelo Espírito Santo, disse: “Tu és o Cristo” afirmando claramente que Jesus era o esperado Messias que inauguraria um reinado eterno, e quando acrescentou: “o Filho do Deus vivo”, afirmou claramente que Jesus é Deus. Esta revelação foi a base para a edificação da Igreja. Esta verdade era tão essencial, que quando negada pelos líderes judeus os condenou a perder sua única chance de salvação: “... Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote e lhe disse: és tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito? Jesus respondeu: Eu sou, e vereis o filho do homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu.” Mc 14: 60-64 13 (II) As Duas Naturezas de Cristo O Deus Santo precisava de um mediador que viesse estabelecer contato com o homem perdido e imundo. E que, ao mesmo tempo, representasse esse homem diante do Trono da Justiça de Deus. Então, o Deus Eterno se fez Ele próprio o Grande Mediador, sendo ao mesmo tempo Deus e Homem. E, ainda mais, para demonstrar o quanto nos amava e o quanto podemos continuar confiando no Seu Perdão, mesmo após se fazer um de nós, morrer e ressuscitar, continuou a ser Homem-Deus eternamente. “Jesus Cristo foi plenamente Deus e plenamente homem em uma só pessoa e assim o será para sempre.” Grudem, W - Teologia Sistemática Atual e Exaustiva – pág. 435 “ Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,” 1 Tm 2: 5 “ Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem” Jo 3: 13 “ Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas” Ef 4: 10 “ Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão” Hb 4: 14 Mediador = Filho do Homem (Homem) e Filho de Deus (Deus) 14 (III) O Filho do Homem Apenas nos lábios de Jesus encontramos a expressão: “Filho do Homem” aplicada à Sua Pessoa. Obs. A única exceção foi Estêvão no seu martírio, quando viu o Senhor se pondo de pé ao lado do trono para recebê-lo como se faz com um amigo. Ele se maravilha com a visão e recebe a revelação do próprio Homem Deus para chamá-Lo de “Filho do Homem” (At 7.56). (A) Por que o Salvador deveria nascer de uma virgem? (A.1) Para cumprir a profecia: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gn 3: 15 “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho” Is 7: 14 (A.2) Para poder reunir em si as duas naturezas: “ Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido do Espírito Santo.” Mt 1: 18 (A.3) Porque somente sendo Homem poderia ser o representante da raça humana, cabeça de uma nova geração. “ Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida. Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um muitos serão constituídos justos” Rm 5: 18-19 15 “ Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição ” Rm 6: 4-5 (A.4) Porque somente sendo Deus poderia nascer sem o Pecado Original, e assim chegar diante do Pai para nos reatar a comunhão com Ele. “ mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.” Gl 4: 4-6 (B) Por que Jesus Cristo escolheu ser um humilde homem de dores? Como entender o quebrantamento de Deus? (B.1) Para desfazer a obra do orgulho diabólico no homem: “ Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.” Mt 11.29 A cura para a doença mortal do orgulho do pecado é a humildade do quebrantamento diante do Criador. O inimigo mentiu sugerindo o mesmo orgulho que o fez cair, e ao querer ser como o Criador o homem se tornou vítima do pecado. O Senhor combate o orgulhoso pecado; e a Verdade destrona o pai da mentira. Jesus Cristo, Homem, sempre se pôs humilde diante do Pai, para dar um novo caminho ao homem que foi seduzido pelo orgulho de Satanás. “ Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo. ” 1Jo 3: 8b 16 (B.2) Para n’Ele sermos novas criaturas, numa nova criação: “Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus. Porquanto a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora; e não só ela, mas até nós, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando a nossa adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.” Rm 8. 19-23 Com o orgulho o pecado contaminou toda a criação com mentira e egoísmo. Jesus Cristo veio para nos conduzir a uma nova vida. Na Sua ressurreição Ele demonstrou que não é aqui, neste mundo, que continuaremos vivendo. Onde Ele estiver estaremos com Ele, não apenas no pouco tempo terreal do Milênio, mas numa Nova Terra Eterna. Deus-Homem não veio para “consertar” este mundo contaminado, por isso não veio como dominador deste mundo. Veio inaugurar um Novo Reino de Verdade e Amor. ¿ Será que entenderemos o Amor do nosso Senhor na Cruz ? ➢ Para compreender o coração de Jesus Cristo primeiro precisamos perder o apego às coisas deste mundo: Só entenderemos o Ministério de Jesus entre nós quando alcançarmos a visão do que verdadeiramente é o Reino de Deus. Para alcançarmos esta visão é necessário antes abandonar a ambição pelas coisas materiais. 17 Devemos sim, usar ao máximo os bens e oportunidades deste mundo, não em proveito próprio, porém , para ganharmos vidas e povoarmos o Reino de Deus. “Não procureis, pois, o que haveis de comer, ou o que haveis de beber, e não andeis preocupados. Porque a todas estas coisas os povos do mundo procuram; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Buscai antes o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas. Não temas, ó pequeno rebanho! porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino. Vendei o que possuís, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não envelheçam; tesouro nos céus que jamais acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói. Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” Lc 12:29-34 Obs. Não espere muita companhia se quiser estar na verdadeira visão do Reino de Deus: “Nenhum servo pode servir dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar ao outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Os fariseus, que eram gananciosos, ouviam todas essas coisas e zombavam dele.”Lc 16: 13-14 ➢ O Sacrifício de Jesus não começou no momento em que foi martelado o primeiro cravo, nem quando recebeu a primeira chicotada, nem mesmo quando cuspiram ou bateram em Sua Face: O Sangue de Jesus Cristo começou a ser derramado antes que Ele fosse preso. “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.” Lc 22: 44 Ele sempre soube do Seu sacrifício: “mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós.” 1Pe 1: 19 18 Mesmo assim sempre nos amou, mesmo antes que nós existíssemos!!! ¿ Até que ponto Jesus Cristo aceitou descer ao nível de um servo humilde e humilhado ? ➢ Até ao ponto de poder ser tocado pelos pecadores, tocar em pessoas moralmente repugnantes para as curar, levantar uma mulher pega no ato do adultério, ser empurrado por uma multidão que só ambicionava pão. “...vós me procurais, não porque vistes sinais,mas porque comestes dos pães e vos fartastes.” Jo 6: 25 ➢ Até ao ponto de lavar os pés de Seus Discípulos, mesmo do que O trairia e em quem havia investido tanto tempo e Amor. “ Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.” Jo 13: 5 ➢ Até ao ponto de ser tentado pelo inimigo, pois Ele voluntariamente se esvaziava das prerrogativas divinas para esta afronta. “ A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo diabo. “ Mt 4: 1 (C) Como poderia Deus Filho ser tentado se a Bíblia diz que Deus não pode ser tentado? “Ninguém, ao ser tentado diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado 19 pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” Tg 1: 13-15 ➢ Ninguém confunda a tentação de Jesus com a tentação humana comum: • Hebreus 4: 15 e 2: 17-18 afirmam que Ele sofreu tentação à nossa semelhança, mas podemos ver, no seguimento do texto, que Jesus em sua “semelhança” conosco não carregava pecado nenhum, Jesus não tinha a concupiscência da carne, dos olhos ou soberba da vida, que são coisas que procedem do mundo (1 Jo 2: 15-16). • Rm 8: 3 diz que Ele foi enviado em “semelhança” (homoioma no grego) de carne pecaminosa. O termo no grego nos passa a ideia de similitude, representação, e não de igualdade. Até porque o texto continua afirmando que, com efeito, “condenou na carne o pecado”. Então precisamos entender o que foi a tentação que o Diabo lançou sobre o Senhor Jesus Cristo. Esta compreensão não diminuirá aos nossos olhos o Seu sacrifício, Seu sofrimento, e muito menos a percepção do Seu Grande Amor por nós. Comecemos analisando as primeiras tentações após o jejum no deserto. Por duas vezes o inimigo o provoca com as seguintes palavras: “Se tu és o Filho de Deus, então...” (Mt 4: 1-11) Na última tentativa, já que Jesus não cederia um milímetro na sua humanidade, O provoca com a humilhação de se rebaixar até adorar o próprio diabo. Até nos últimos momentos da Cruz, Satanás usava pessoas para dizer: “Se és Filho de Deus desce da cruz” (Mt 27: 40) A resposta de Jesus a Pedro nas duas vezes em que este lhe sugere para não seguir até a cruz (Mt 16: 23 e Jo 18: 11) foi uma confirmação da Sua Humanidade obediente à Missão para a qual veio. 20 Entendamos que Jesus sabia qual era o verdadeiro alvo da tentação: ➢ O diabo queria que Ele abandonasse a Sua humanidade ➢ E assim abandonasse a Sua Missão: A Cruz. Se Jesus voltasse a exercer toda a Sua autoridade divina, Satanás seria imediatamente destruído, e juntamente com os seus anjos lançado para dentro do Lago de Fogo Eterno, que já lhes está preparado. O problema é que iriam juntamente os seres humanos que ainda não alcançaram a salvação. O motivo, então, para Deus estar atrasando a pena que já está decretada contra o inimigo e seus anjos é, na verdade, salvar os homens. Se Jesus renegasse a Sua condição humana perderia as vidas de todos nós. Sem a Cruz já não nos restaria salvação. Precisamos sempre buscar compreender um pouco mais do Amor de Jesus Cristo, ainda que seja infinitamente maior que tudo que possamos entender. Assim só nos restará adorá-Lo: “que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor, possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus.” Ef 3: 17-19 “pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” Fp 2: 6-8 21 (D) Mistérios de Deus em Cristo Jesus: (D.1) Não perdeu a Eternidade ao entrar no Tempo! Acima do tempo: “Aquele que era, que é, que há de vir”: “ Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém. Eu sou o alfa e o ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso. ” Ap. 1: 7-8 Ele entrou no tempo “E o Verbo se fez carne...” Jo 1:14 A Bíblia afirma que Deus enviou Seu Filho Unigênito (Jo 3: 16) – ou seja, houve um momento em que Ele desceu da eternidade, nasceu como um bebê, se fez Deus- Homem, como uma auto entrega do próprio Deus. No entanto, nunca deixou de ser Eterno: O mais maravilhoso é que nunca deixou de ser o Deus Eterno. Desceu ao nível do tempo e se fez carne, mas repetidas vezes usou a Sua autoridade sobre o tempo: Jo 8: 56-58 “ Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; viu-o, e alegrou-se. Disseram- lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos, e viste Abraão? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. ” Mt 16: 28-17:3 “ Em verdade vos digo, alguns dos que aqui estão de modo nenhum provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino. Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, a Tiago e a João, irmão deste, e os conduziu à parte a um alto monte; e foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. ” 22 1Pe 1: 19-20 “mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo, o qual, na verdade, foi conhecido ainda antes da fundação do mundo, mas manifesto no fim dos tempos por amor de vós,” (D.2) Não perdeu a Humanidade ao voltar à Eternidade! “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.” Lc 24: 39-40 “Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.”At 1: 11 (D.3) Nós veremos o Deus Invisível! “Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer.” Jo 1: 18 “Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face.” 1Co 13: 12 “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;” Cl 1: 15 “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.” 1Jo 3: 2 23 (D.4) Ele se uniu à Sua Igreja para sempre! O Noivo se uniu à Noiva de forma eterna – Jesus, como faz o noivo que deixa a sua casa, deixou também a Glória do Pai, para unir-se à Sua Noiva. E agora, como Homem-Deus, o noivo uniu-se eternamente à Sua noiva: A Igreja. “ Pois nunca ninguém aborreceu a sua própria carne, antes a nutre e preza, como também Cristo à igreja; porque somos membros do seu corpo. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu falo em referência a Cristo e à igreja.” Ef 5: 29-32 (E) Por que o diabo tenta negar que Jesus veio em carne? 2Jo 1: 7 “Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo.” 1Jo 4: 3 “e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo.” – NEGAR QUE JESUS VEIO EM CARNE É NEGAR O SACRIFÍCIO DA CRUZ – Negar que Jesus se fez Deus-Homem, anula todo o significado do Seu Sacrifício e quebra toda ligação com o homem, como seu representante legal. Obs. Ao tempo do Novo Testamento alguns diziam que Jesus não veio em carne, isto era pregado pelos Gnósticos ( O Gnosticismo buscava um sincretismo com a filosofia grega (espírito é bom, matéria é ruim). João chama esta doutrina de “espírito do Anti Cristo ). Ainda hoje encontramos esta doutrina em ação. 24 “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no mundo.” 1 Jo 4: 1-3 (F) Comprovações bíblicas da Humanidade de Jesus: A Palavra de Deus não deixa dúvidas sobre a humanidade de Jesus: 1. Nasceu com um corpo humano ( Hb 10.5 ) “Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste.” 2. Cresceu ( Lc 2.52 ) “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, ” 3. Sentiu fome ( Mt 4.2 ) “E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.” 4. Sentiu sede ( Jo 19.28 ) “Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!” 5. Foi tentado ( Hb 4.15b ) “antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” 6. Sofreu ( Lc 22.41-44) “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.” 7. Morreu ( Lc 23.46) “Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou.” 25 1Co 1.23-24 “mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.” (IV) O Filho de Deus (A) Jesus Cristo sempre soube ser Deus Filho. “Quando Jesus completou doze anos, [...] Não sabíeis que eu devia estar na casa de meu Pai?” Lc 2: 42-49 “Replicou-lhe a mulher: Eu sei que vem o Messias [...] Eu o sou, eu que falo contigo.” Jo 4: 25-26 “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; [...] Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” Jo 8: 56-58 (B) Deus Filho quis passar pelo Período da Sua Humilhação: ✓ Teologicamente são descritos Cinco Estágios do Período da Sua Humilhação: (1) Encarnação (2) Sofrimento (3) Morte (4) Sepultamento (5) Descida ao Hades 26 “o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome;” Fp 2: 6-9 “Kenosis” é o auto esvaziamento do Cristo, Kenosis: Jesus Cristo fez voluntariamente um ato de autoesvaziamento. Alguns teólogos chamam isto de “kenosis”, ou “esvaziar-se”. Fique claro que sua Autoridade Divina estava presente nele todo o tempo, mesmo no período da Sua Humilhação. Um forte argumento a favor da ideia que era Ele mesmo quem escolhia momento a momento o “esvaziar-se”, é o fato de que quando foi tentado no deserto, o inimigo diz: “Se tu és o Filho de Deus...” faça isto ou aquilo. Não seria uma tentação caso Ele não pudesse realmente reassumir toda a Sua Divindade no momento em que desejasse. (C) Jesus Cristo foi glorificado como Deus Filho pelo Deus Pai por três vezes durante o período de Sua humilhação: “Batizado que foi Jesus, saiu logo da água […] Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Mt 3: 16-17 “Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; [...]Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Mt 17: 1-5 27 “Pai, glorifica o teu nome. Veio, então, do céu esta voz: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei.” Jo 12: 28 Obs. Na verdade, o Deus Filho só poderia ser devidamente glorificado como Deus pelo próprio Deus Pai ( Jo 5: 34 ). Porque ninguém alcançaria a Sua Grandeza sem que o próprio Pai a revelasse. (D) Características Divinas de Jesus Cristo: (D.1) Revelação Perfeita de Deus “ Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu mostra-nos o Pai?” Jo 14:9 (D.2) Onipresença “ Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles. “ Mt 18: 18-20 (D.3) Poder de perdoar pecados “ Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus […] para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a Terra autoridade para perdoar pecados “ Mc 2: 5- 10 (D.4) Jesus disse que é Deus “ Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote e lhe disse: És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito? Jesus respondeu: Eu sou” Mc 14: 61-62 (D.5) Santidade Perfeita, mesmo passando pelo seu período de humilhação “Qual de vós pode me acusar de algum pecado?” Jo 8.46 “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer- se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” Hb 4.15 28 (D.6) Jesus Cristo ressuscitou e retomou Seu estado de Exaltação. “Por isto o Pai me ama, porque dou aminha vida para tornar a tomá-la.” Jo 10: 17-18 (D.7) Na verdade, antes e depois o Deus Filho sempre foi, é, e sempre será exaltado, porque é Deus. “e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo” Jo 17: 5 Nomes para os judeus saberem que Ele é Deus: Messias ( = em português significa “Ungido”, em grego = “Cristo” ) “ ...e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém! ” Rm 9: 5b O nome “ Jesus Cristo ” já é uma definição de Seu Ministério: “ e o seu nome será Jesus, porque salvará o seu povo dos seus pecados ” Mt 1: 21 As profecias referentes ao Messias foram anunciadas e cumpridas por Jesus: - Is 61: 1-2 >>> Lc 4: 19-21 (Anunciar o ano aceitável) - Is 35: 4-6 >>> Mt 11: 2-6 (cegos, surdos e coxos curados) O Salmo 2 descreve o Reino do Messias: 29 “Por que se enfurecem os [...] Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, [...] Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão. [...] Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor e alegrai- vos nele com tremor. Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados todos os que nele se refugiam.” Por intermédio deste Ungido (= Messias em hebraico), Rei que seria o próprio Filho de Deus, Deus em pessoa pastorearia o Seu Povo. A ideia do Messias e Seu Reino Eterno era muito forte entre os judeus. Por isso, para não prejudicar seu caminho para a Cruz, especialmente num tempo de escravidão política, e por ser uma verdade redentora muito ansiada, Ele evitava dizer abertamente ser o Messias: ✓ “Replicou-lhe, pois, a multidão: Nós temos ouvido da lei que o Cristo permanece para sempre, e como dizes tu ser necessário que o Filho do Homem seja levantado? Quem é esse Filho do Homem? Disse-lhes então Jesus: Ainda por um pouco de tempo a luz está entre vós. Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai.” Jo 12: 34-35 No entanto, quando os corações estavam realmente abertos, ou sua ida à Cruz já não seria mais prejudicada, Ele se manifestava claramente como o Messias: “Replicou-lhe a mulher: Eu sei que vem o Messias [...] Eu o sou, eu que falo contigo.” Jo 4: 25-26 “Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste” Mt 26: 63-64 30 “Filho de Davi” “o trono do seu pai Davi... seu reino não terá fim” Lc 1: 31-33 “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre.” 2Sm 7.16 “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. [...] Naquele dia, recorrerão as nações à raiz de Jessé que está posta por estandarte dos povos; a glória lhe será a morada.” Is 11: 1-10 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.” Is 9: 6-7 Nomes para os Gentios saberem que Ele é Deus: ➢ “O Verbo” ( no grego = logos ) – Apenas João usa o termo grego “Logos” que significa “Palavra” aplicado a Jesus. Os gregos entendiam “LOGOS” como a força geradora que permeia todo o universo. João havia pastoreado a igreja de Éfeso e falava do “Verbo Vivo” conhecendo o que seus ouvintes de cultura grega iriam entender. ➢ “O Senhor” ( no grego = kurios ) – Em todo o império romano o título “kurios”, que traduzimos para o português como “Senhor” remetia à ideia de divino. Entendia-se falar de divindade quando se usava a palavra “Senhor” (Kurios), e um exemplo disso é que quando foi feita a tradução do Velho Testamento Hebraico para o grego (Septuaginta), o termo equivalente a Deus, “Jeová” para os judeus, foi traduzido pela palavra “kurios”. 31 (V) Profeta, Sacerdote e Rei (A) Profeta. • O profeta representava Deus diante do povo. Jesus revela o Pai : “Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras.” Jo 14: 9-10 • Ele prediz acontecimentos futuros (Mt 24: 3-31) “Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória.” Mt 24: 30 • O profeta prometido por Moisés (Dt 18: 15) “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor, e envie ele o Cristo, que já dantes vos foi indicado, Jesus, ao qual convém que o céu receba até os tempos da restauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio. Pois Moisés disse: Suscitar-vos-á o Senhor vosso Deus, dentre vossos irmãos, um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser. E acontecerá que toda alma que não ouvir a esse profeta, será exterminada dentre o povo.” At 3. 19-23 (B) Sacerdote. • O sacerdote representava os homens diante de Deus. Porém só Jesus Cristo torna a salvação possível, pois, ofereceu o sacrifício perfeito. (Hb 7: 26-27) 32 Hb 7.27 “que não necessita, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo.” • “Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque” (Gn 14:18-19 e Hb 7: 1-3) Hb 7.3 “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.” Melquisedeque era tanto rei de Salém como sacerdote de Deus, de quem não se menciona princípio de dias nem fim de vida. ( tipologia de Cristo ) • O Sacerdote intercede pelo povo (1Jo 2:1) 1Jo 2:1 “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.” Rm 8:34 “Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós;” (C) Rei. • É chegado o Reino de Deus (Mt 10:7-8) “e indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.” • Jesus Cristo reinará para todo o sempre! (Ap 11:15) “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.” 33 • Vencemos como nosso Rei! (Ap 17:14) “Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, os chamados, e eleitos, e fiéis.” (VI) O que é Apologética? “ antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder “apologia” (no grego) a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós,” 1Pe 3.15 Quando apresentamos nossa fé a um povo com uma cultura já firmada em valores antigos e diferentes dos nossos, devemos estar preparados para responder sobre a razão da nossa fé. Se nos negarmos dizendo que a fé não precisa ser explicada então cairemos nas imposições dogmáticas, e, se, por outro lado, não nos posicionarmos como firmes defensores das realidades espirituais, que a mente humana não consegue explicar, então cairemos no materialismo. Daí surgiu a apologética (apologia ou defesa da fé com argumentos), porque é racional trazer as pessoas ao conhecimento de uma nova cultura para elas, a cultura bíblica, onde a própria pessoa do Espírito Santo convence das realidades ainda não alcançadas apenas com a mente humana. Porém, o mandamento bíblico persiste, devemos estar preparados para responder (“apologia” em grego) a todo aquele que nos pedir a razão da esperança que há em nós. Nos tempos do começo da Igreja, a doutrina sobre a pessoa de Jesus Cristo alcançou diferentes culturas e é natural que surgissem questionamentos. Infelizmente alguns não esperaram o Espírito Santo falar-lhes, ou porque guardaram sua filosofia e cultura prévias ou porque foram tomados de um orgulho teológico, desejosos de gerar novos conhecimentos e assim geraram heresias, vejamos algumas delas: 34 Heresias sobre“Divindade/Humanidade” de Jesus (1) Docetismo (do grego: dokéin: parecer): Para a cultura grega, que influenciou a formação do gnosticismo dentro da Igreja, o corpo humano era de uma inferioridade indigna diante do espirito, que era elevado, digno de honra e proeminência. Como aceitar que Deus tenha se feito homem, encarnando? Para o Docetismo, Jesus era plenamente Deus, não tinha natureza humana, apenas parecendo humano (daí o termo grego dokéin = parecer). Isto era o Gnosticismo que tentava perverter o ensinamento sobre o sacrifício da Cruz – onde aconteceu a Grande derrota do Diabo. O argumento era que Jesus Cristo sendo Deus (e Jesus de fato o era) não poderia sofrer como um simples homem. O Docetismo é o espírito do Anticristo, que segundo João já estava agindo, negando que Jesus tinha vindo em carne: "Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo.” 1Jo 4.2-3 ➢ Refutação Bíblica: Jo 1:14, 1 Jo 4:1-3; Mt 4:1,2... (2) Ebionismo (do hebraico ebyión: pobre) Para alguns judeus, que ao entrarem para a Igreja não abriram mão dos seus costumes judaicos, e mesmo defendiam seus princípios judaizantes. Para aceitar a divindade do Senhor teriam que aceitar o reconhecimento de outro senão Jeová como Deus. Como então veriam a pessoa de Jesus Cristo? 35 Diziam que Jesus nasceu de Maria porém de um contato natural com José (seu esposo), tinha sua humanidade idêntica na natureza e só se diferenciava pelo fato de Deus ter-lhe concedido poderes sobrenaturais no seu batismo. Jesus foi um servo de Deus, um homem justo e santo, um pobre de Javé (daí o nome ebyión). Viveu de tal modo a santidade e a justiça de Deus, que em recompensa foi adotado por Deus como Filho. O Ebionismo negava a divindade de Cristo e o nascimento virginal de Jesus. ➢ Refutação Bíblica: Jo 1:1,14; 8:58; 10:30; 20:28; Fp 2:6; Hb 1:8... (3) Arianismo Doutrina de Ário, presbítero de Alexandria, nascido aproximadamente em 280.a.D. esta doutrina afirmava que Cristo não é Deus na sua plenitude, foi a primeira criatura criada por ato voluntário de Deus, e que anteriormente Ele (Cristo) não era, Cristo é mais que homem, porém menos que Deus. Foi para defender o cristianismo de qualquer confusão com o paganismo, que cria em diversos deuses que Ário tentava manter a ideia de um único Deus Pai. O Arianismo dizia que Jesus teve um começo, ou seja, que Jesus não é eterno. Atualmente este pensamento é muito presente, com ou sem disfarces em diversas religiões, porque, se aceitamos a divindade de Cristo teremos que aceitar as Suas Palavras e a importância de uma completa submissão a Deus O Arianismo dizia que só Deus é eterno e o Logos foi criado como um intermediário entre Deus e o homem, inferior ao Pai e acima do tempo, porém não eterno (o que é uma confusão que se desmente sozinha). ➢ Refutação Bíblica: Jo 1.1 ; Ap 22.12-13 (4) Outras Heresias Ainda existiram muitas outras correntes doutrinárias, tais como: O Nestorianismo, seu fundador foi Nestório, monge que começou lutando corretamente contra a expressão “Maria, mãe de Deus”. Dizia que ela deveria ser chamada de “Mãe de Jesus”, mas para enfatizar que Jesus era tanto Deus quanto 36 homem resolveu explicar que Jesus Cristo é, na verdade, duas entidades vivendo no mesmo corpo: uma humana (Jesus) e uma divina (Cristo), Seu erro foi negar a unidade das naturezas humana e divina em Cristo. Ainda podemos citar o Eutiquianismo, ou monofisismo, uma só physis = natureza. Para combater a visão duplicada da pessoa de Jesus Cristo do Nestorianismo, Eutiques (378-454 d.C.), líder de um mosteiro em Constantinopla, criou um novo modo de entender a encarnação do Verbo: a natureza divina teria absorvido a natureza humana e criado uma terceira natureza (“tertium quid”). Criou apenas confusão. (4) A Cristologia correta: A teologia correta a respeito do grande milagre da “unipersonalidade” do Deus-Homem logicamente não pode ser entendida mais do que podemos alcançar Sua Infinitude, Eternidade ou mesmo a Trindade divina. Até nossos dias não se conseguiu produzir uma definição melhor do que a emitida no Concílio de Calcedônia no ano 451 d.C.: “ No ano 451 A.D. o Concílio de Calcedônia conheceu e formulou a fé cristã a respeito da pessoa de Cristo e declarou que Ele deve “ser reconhecido em duas naturezas, inconfusa, imutável, indivisível e inseparavelmente; sendo que a distinção das naturezas de modo nenhum é eliminada pela união, mas, antes, a propriedade de cada natureza é preservada, e ambas concorrem numa Pessoa e numa Subsistência, não partida ou dividida em duas pessoas.” Teologia Sistemática; Louis Berkhof – 3ª Edição – pág. 295 37 Bibliografia (1) Apostila de Teologia Sistemática – Pra Rosângela Maia (disponível na secretaria) (2) Berkhof, Louis – Teologia Sistemática 3ª edição – Editora Cultura Cristã (3) Bancroft, E.H. – Teologia Elementar – Imprensa Batista Regular (4) Strong, Augustus Hopkins – Teologia Sistemática – Editora Hagnos (5) Langston, A. B. – Esboço de Teologia Sistemática – Juerp (6) Grudem, W - Teologia Sistemática Atual e Exaustiva – Ed. Vida Nova (7) Horton, Stanley M. – Teologia sistemática, Uma perspectiva pentecostal – CPAD
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