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PENAL III

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Extorsão – art. 158
O agente utiliza violência ou grave ameaça para constranger a vítima com o fim de obter a vantagem econômica indevida.
A diferença entre roubo e extorsão é que no roubo o agente não depende de um comportamento da vítima para obter a vantagem pretendida, pois se esta não colaborar ele arremata o bem, enquanto na extorsão, o agente usa de violência ou grave ameaça, mas depende de um comportamento da vítima para ter acesso a sua vantagem.
Se para extorquir o criminoso priva a liberdade da vítima, então temos o “sequestro relâmpago” que é tipificado pelo art.158, §3º do CP.
Trata-se de crime formal que se consuma mesmo que o agente não obtenha a vantagem econômica indevida.
Extorsão mediante sequestro – art. 159
O agente sequestra a vítima privando sua liberdade com fim de obter uma vantagem econômica indevida a título de resgate.
Trata-se de crime formal, pois não é necessário o pagamento do resgate para que o crime esteja consumado, ocorrendo o sequestro com a finalidade financeira, o delito já está completo.
De acordo com a doutrina, o pagamento de vantagem indevida constitui o exoneramento do crime.
Se na execução do crime ocorre a morte da vítima, caracteriza o art. 159, p. 3º, ou seja, sequestro com resultado morte.
Dano – art. 163
O crime de dano se configura quando o agente dolosamente deteriora ou destrói o patrimônio alheio, sendo certo que dano culposo é fato atípico.
O crime de dano com uso de substância inflamável se diferencia do crime de incêndio do art. 250, pois este é crime comum que se caracteriza sempre que o uso do fogo gere perigo a coletividade.
Apropriação indébita – art. 168
O agente assume a posse da coisa alheia móvel de boa-fé e depois resolve dela se apropriar. Trata-se de crime material que se consuma a partir do momento que o agente passa a se comportar em relação à coisa alheia como se dono fosse.
Existe também apropriação indébita previdenciária que ocorre quando o empregador desconta de seu funcionário a verba previdenciária e em vez de repassar essa verba para a Previdência, resolve dela se apropriar.
De acordo com a jurisprudência do STF, neste crime se efetuado o pagamento da vítima junto a Previdência, extingue a punibilidade do crime.
Estelionato – art. 171
O agente utiliza meio fraudulento para induzir a vítima a erro, fazendo com que esta iludida entregue o seu patrimônio sofrendo um prejuízo.
Características: 
Trata-se de crime doloso e material que se consuma com o resultado. A partir do momento que o agente obtém a vantagem indevida em prejuízo da vítima, sendo, portanto um crime que admite tentativa. 
De acordo com a súmula 554 do STF, no estelionato por fraude com o uso de cheque, art. 171, §2º, VI, o pagamento da dívida até o recebimento da denúncia pelo juiz obsta a ação penal, descaracterizando o crime. 
Receptação – art. 180 
O crime de recepção se caracteriza quando alguém adquire produto de origem criminosa. Trata-se de crime autônomo que é punível mesmo que o outro crime não tenha sido objeto de processo criminal. 
O crime de receptação é punível na forma dolosa e na forma culposa, sendo esta prevista no art. 180, §3º.
Na receptação, o crime se torna qualificado pelo parágrafo primeiro, passando a ter penas de 3 a 8 anos quando o receptador adquire o produto ilícito no exército da atividade comercial ou industrial. 
São crimes de ação penal pública incondicionada. 
O art.181 isenta de pena o crime patrimonial praticado entre conjugues na constância do casamento e entre ascendentes e descendentes, sendo essa regra chamada escusa absolutória, ou seja, causa excludente da punibilidade. No entanto, esta isenção de pena não se aplica segundo o art.183, ao estranho que participa do crime, se o crime patrimonial envolve violência ou grave ameaça e se a vítima é idosa (com 60 anos ou mais). 
No art.182 temos 3 regras que modificam a natureza da ação Penal, passando o crime a ser de ação penal pública condicionada a representação do ofendido se o crime é entre conjugues separados judicialmente, entre irmãos ou entre tio e sobrinho que coabitam, mas também essa regra tem sua aplicação limitada pelo art. 183. 
Violação de direito autoral – art. 184
No art.184 temos o crime de violação de direito autoral, quando alguém usufrui indevidamente de obra intelectual alheia, sendo este crime de ação penal privada – art.186, mas se esta violação ocorre na atividade industrial ou comercial aplicam-se as qualificadoras do parágrafo primeiro e parágrafo segundo, com penas de 2 a 4 anos, passando o crime a ser de ação penal pública incondicionada.
Dos crimes contra o sentimento religioso – art.208
Tendo em vista que a CRFB garante a todos a liberdade de crença, o art. 208 considera crime a intolerância, isto é, debochar publicamente a religião alheia, perturbar cerimônia religiosa e desrespeitar publicamente de objeto de culto religioso todos os crimes de mera conduta e são crimes de ação penal pública incondicionada.
Dos crimes contra o respeito aos mortos – art. 209 a 212
Nesse capítulo, o bem jurídico protegido pela lei penal é o respeito aos mortos, sendo crime a conduta de perturbação de funeral, violação de sepultura, destruição, subtração ou ocultação de cadáver e vilipêndio ao cadáver ou suas cinzas.
Dos crimes contra a dignidade sexual:
Estupro – art. 213
No crime de estupro, o agente mediante violência ou grave ameaça pratica com a vítima contra a sua vontade, conjunção carnal ou ato libidinoso. 
Abuso sexual afronta contra o direito sexual, contra a vontade da vítima mediante violência ou grave ameaça.
Para se consumar deve haver o resultado conjunção carnal ou qualquer to libidinoso.
O estupro é crime material e depende do resultado para a consumação que será a conjunção carnal ou mesmo atos libidinosos diversos da conjunção carnal.
Em relação ao crime de estupro, a jurisprudência entende que apenas com o depoimento da vítima casa a sua versão seja convincente é possível a condenação do réu.
O crime de estupro qualificado pelo resultado morte é preterdoloso, no qual o agente mata a vítima sem querer durante a execução do estupro, mas se após estruprar o criminoso resolve matar a vítima, temos dois crimes: estrupro e homicídio qualificado em concurso material.
Estupro de vulnerável – art.217, A
Neste crime, o agente pratica conjunção carnal ou ato libidinoso usando ou não de violência ou grave ameaça com pessoa menor de 14 anos, deficiente mental ou que por alguma circunstância esteja com sua capacidade de resistência anulada. Trata-se de crime material que se consuma com o resultado, ou seja, com o efetivo contato sexual.
Neste crime é necessário que o agente tenha dolo em relação a condição vulnerável da vítima, pois se desconhece sua idade e sua condição mental, o crime não se caracteriza por falta de dolo em relação a estes elementos do tipo. Este crime é de ação penal pública incondicionada.
De acordo com o art. 225, em regra, o crime de estupro é de ação penal pública condicionada à representação do ofendido, mas se a vítima é menor de 18 anos ou pessoa vulnerável o crime é de ação penal pública incondicionada, regra esta que vale para os crimes sexuais em geral.
Violação sexual mediante fraude – art. 215
Neste crime, o agente se utiliza de um meio fraudulento para induzir a vítima a erro com fim de praticar ato de conjunção carnal ou atos libidinosos diversos da conjunção carnal, fazendo com que a vítima tenha contato sexual com uma pessoa pensando ser outra ou nem mesmo saiba que está sendo abusada.
Trata-se de crime material, que somente se consuma com a ocorrência do ato sexual.
Assédio sexual – art. 216, A
No assédio sexual, o agente usa de sua posição superior hierárquico ou de sua ascensão em razão de uma função com fim de obter favores sexuais constrangendo a vítima.
Trata-se de crime formal em que apenas o constrangimento com este propósito já consuma o delito mesmo que não ocorra o sexo.
25/05/17
Induzir menor de 14 anos a satisfação do desejo sexual de terceiro – art.218:
Comete esse crime o agente que induz a criança menor de 14 anos a ter contato sexual com terceiro. Trata-se de crime de mera conduta que se configura apenas por induzir. Caso ocorra o contato sexual com o menor de 14 caracteriza o crime de estupro de vulnerável.
Contato sexual na presença de menor de 14 – art.218, A
Exploração da prostituição de menor – art.218, B 
Os art. 218 A e 218 B criminalizam outras formas de exploração sexual de crianças e adolescentes, considerando crime fazer sexo na frente de menores de 14 anos e também toda forma de exploração de prostituição de menores de 18, cometendo crime também quem contrata esses menores para se aproveitar sexualmente.
Lenocínio–art.230
No capítulo do crimes de lenocínio do art. 227 ao art.230, o código criminaliza toda forma de exploração da prostituição, como por exemplo, induzir ou atrair alguém a prostituição, manter com habitualidade casa de prostituição e também tirar proveito participando dos lucros da prostituição alheia, mas não criminalizamos a prostituição em si, pois as prostitutas não ué cometem crimes. 
Ato obsceno – art.233
No capítulo do ultraje ao pudor público, o código protege a moralidade pública criminalizando condutas obscenas que sejam expostas ao público e ainda a comercialização de produtos obscenos sem necessário sigilo das mercadorias, para que não fiquem expostas à coletividade.
Dos crimes contra a família
Bigamia – art.235
No crime de bigamia, o bem jurídico protegido é o casamento e comete o delito aquele que sendo casado contrai novo casamento e também aquele que não sendo casado se casa com um bígamo sabendo dessa circunstância.
29/05/17
Dos crimes contra o estado de filiação
Registro de filho de terceiro como próprio – art. 242
Constitui crime contra o estado de filiação registrar como seu filho de um terceiro, o que chamamos popularmente de “adoção a brasileira” sendo crime doloso e material, uma vez que se consuma com efetivo registro junto ao cartório. 
Neste crime, o parágrafo único prevê a possibilidade de perdão judicial, ou seja, isenção de pena se o fato é praticado por motivo de reconhecida nobreza. 
Dos crimes contra a assistência familiar – art. 244
Abandono material e intelectual 
No crime de abandono material que é omissivo, o agente sem justo motivo e dolosamente deixa de prestar a assistência material necessária a uma sobrevivência digna a conjugue, filho menor ou inapto para o trabalho e ascendente, idoso ou inválido que não tenha recurso para o próprio sustento, sendo crime também deixar de pagar pensão alimentícia judicialmente fixada sem uma justificativa plausível.
O crime de abandono intelectual significa a omissão dolosa de deixar de prover o ensino fundamental sem justa causa. 
Subtração de incapaz – art.249
A subtração de incapaz se caracteriza quando alguém subtrai menor de 18 anos ou deficiente mental do poder de quem legitimamente exerce a guarda, não havendo finalidade financeira, pois do contrário será crime de extorsão mediante sequestro do art.159 do CP.
Dos crimes contra a incolumidade pública
Incêndio – art.250
Explosão – art. 251 
Inundação – art. 254 
Desabamento – art. 256 
Nesse capítulo temos os crimes de perigo comum que somente se caracterizam quando o fato gera risco à coletividade, ou seja, ao patrimônio, a integridade física ou a vida de um número indeterminado de pessoas, tais como incêndio, explosão, inundação e desabamento.
Nestes crimes, se ocorre morte e matar não era a intenção do agente aplica-se a qualificadora prevista no art. 258 dobrando as penas sendo todos crimes de ação penal pública incondicionada.

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