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Palestra MARIA NAZARETH Conferência.

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1.	Objetivo
 Partindo da proposta da conferencia de construir uma reflexão sobre a sociologia do mundo 
 rural e as questões da sociedade no Brasil contemporâneo, a presente análise propõe-se a 
 contextualizar o teor do tema da conferencia dentro do curso de Sociologia, embasando-se a 
 visão sociológica. 
2.	A autora – Conferencista 
Maria de Nazareth Baudel Wanderley é uma importane socióloga brasileira, nascida em Pernambuco. Seus trabalhos na área de sociologia rural e urbana apresentam importantes tópicos de conhecimento do período militar ao atual. Maria de Nazareth aponta questões não resolvidas na questão agraria na formação do Brasil, bem como da necessidade atual de se rediscutir as questões rurais da atualidade. 
3.	Temática
A Conferencia: Maria de Nazareth Wanderley – A sociologia do Mundo Rural aborda, como acima foi dito, sobre a construção de uma reflexão sobre a sociologia do mundo rural e as questões da sociedade no Brasil contemporâneo. Como a palestra deu-se logo após o recebimento do Prêmio Florestan Fernandes, recebido da Sociedade Brasileira de Sociologia, a autora aborda, em um primeiro momento as ideias principais do sociólogo, e na segunda parte, apresenta suas próprias reflexões. 
4.	Desenvolvimento
Ao logo da palestra, a socióloga nos fala da visão de Florestan Fernandes sobre o processo de mudança social no Brasil, a questão do antigo regime e os novos padrões de civilização na atual sociedade brasileira. Como antigo regime entendemos o que recebemos do Brasil colônia, a visão de dominação capitalista, o funcionalismo, o arcaico no ambiente rural. 
Já os novos padrões seria a necessidade ou tentativa de alcançar “o nível de integração da civilização fundada na ciência e na tecnologia científica” (FERNANDES, 1963).
Desta associação temos a economia agraria como fonte produtora de excedentes. E também temos a concepção da agroindústria como padrão capitalista em seu modo de atuar, mas sem reprodução nas relações sociais e de trabalho dos empregados.
Os empresários rurais são agentes da sua própria reprodução social através dos excedentes agrícolas e recordes de safras. 
Florestan nos fala sobre superar a ordem tradicionalista através da industrialização, de forma a forma uma ordem social competitiva. 
Temos ainda o fluxo de mudanças lento devido a fortes barreiras da sociedade patrimonialista. 
Dentro da sociologia rural e urbana, matéria esta vista nesta etapa do curso, nos deparamos com diversas ideias tais como rural, urbano, agrário, rurbano, dentre outros conceitos.
O que vimos foi que estas barreiras rural/urbano estão cada vez mais tênues e a denominação do que é rural ficou bastante complexa. 
Maria de Nazareth através das ideias de Florestan Fernandes nos fala sobre os principais pontos de uma nova ordem: “A concentração demográfica, o crescimento econômico, a expansão tecnológica e a democratização do poder” (FERNANDES, 1963)
No curso percebemos que esta mudança no campo não trouxe reais ganhos ao camponês, ao contrário, houve perdas e não somente de trabalho. De repente, o trabalhador rural se viu sem identidade. A mecanização, o agronegócio, os recordes de safras, tudo isto nos fala de uma realidade capitalista, que distancia o homem mais e mais da terra. 
A terra e seus diferentes usos não são mais fonte de referência para o homem do campo.
Tudo isto gerou uma mudança social, em uma diversificação das organizações , criando-se um processo de descontinuíssimos.
É sobre esta descontinuidade que Maria de Nazareth nos fala, a singularidade, das assimetrias, mas também da asseveração de identidade e direitos. 
Vimos que o campo não sucumbe à urbano, mas cria-se um dinamismo, uma cooperação ou interação.
5.	Conclusão
Maria de Nazareth e Florestan falam das questões da vida rural e urbana. Seus entrelaçamentos, seus problemas e suas visões de construção da organização social.
Vimos em sociologia rural e urbana a origem destas questões a serem trabalhadas pelo sociólogo na busca por melhores condições no campo e na cidade. 
As origens dos problemas brasileiros são profundas raízes com uma copa frondosa, que dificultam a visão geral do panorama.
Mais do que nunca o sociólogo, seja na sala de aula, seja em escritos, tem a obrigação de se produzir um fio condutor para soluções destes problemas.
Vimos em aulas sobre temas como “revolução verde”, “rurbano” “recorde de safras”, mas também falamos da não diminuição da fome, da existência de trabalho escravo, da perda de identidade do trabalhador.
Em Educação Ambiental falamos sobre a necessidade de valorização do pequeno trabalhador rural, das pequenas empresas familiares, que podem produzir mais por hectare do que uma grande área de monocultura. Falamos sobre a necessidade de valorização do verdadeiro homem do campo, com sua cultura diversificada que não esgota o solo, que valoriza o comercio local, que elimina os intermediários, gerando renda e qualidade de vida, ou melhor dizendo gerando “vida de qualidade”. A sociologia traz, desta maneira, o conhecimento destas bases da sociedade que são a cidade e o campo. Suas ligações e interindependência. O olhar sociologico ainda permite descortinar as dificuldades que atingem o homem nas suas formas de relacionamento e convivência.

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