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Plantas Transgênicas

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA
Nayara Roberto da Silva
Pablo Henrique de Oliveira Assunção
Pedro Paulo Pierson de Oliveira
Ramilla Guedes da Silva
Raylene Cristina Silva Campos
Renata Rodrigues Viana da Silva
Thais Reis Oliveira
PLANTAS TRANSGÊNICAS
GOIÂNIA 
2016
6
Nayara Roberto da Silva
Pablo Henrique de Oliveira Assunção
Pedro Paulo Pierson de Oliveira
Ramilla Guedes da Silva
Raylene Cristina Silva Campos
Renata Rodrigues Viana da Silva
Thais Reis Oliveira
TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA
Trabalho apresentado ao Instituto de Ciências de Saúde da Universidade Paulista – UNIP, como requisito para a obtenção de nota na disciplina de Atividade prática supervisionada.
PROF. DR. XISTO SENA PASSOS
GOIÂNIA
2016
Plantas Trangênicas
Techniques of Assisted Human Reproduction
RESUMO
O objetivo do presente trabalho é abordar sobre a Reprodução Assistida (RA) e suas técnicas utilizadas, tais como inseminação artificial e fertilização in vitro. A inseminação artificial e in vitro compreendem várias técnicas que são utilizadas para realizar o desejo de mulheres e homens de terem filhos. Serão relatados neste trabalho outros temas e polêmicas que ganham bastante ênfase em relação à Reprodução Assistida. O trabalho será direcionado principalmente em relação às técnicas para melhor compreensão do que realmente é Reprodução Assistida e também em mostrar alguns problemas que se desenvolvem a partir do momento que a pessoa opta por uma técnica de RA.
Palavras-chave: Reprodução Assistida, inseminação artificial, in vitro. 
ABSTRACT
The objective of this work is to approach on Assisted Reproduction (RA) and its use techniques such as artificial insemination and in vitro fertilization. Artificial insemination and in vitro include various techniques that are used to fulfill the desire of women and men to have children. Will be reported in this paper other issues and controversies earning enough emphasis in relation to assisted reproduction. The work will be directed mainly in relation to techniques for better understanding of what is really Assisted Reproduction and also show some problems that develop from the time the person opts for a RA technique.
Keywords: assisted reproduction, artificial insemination, in vitro.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 OBJETIVO	4
2.1 Objetivo Geral	4
3 PLANTAS TRANSGÊNICAS: COMO SÃO PRODUZIDAS?	5
4 TÉCNICAS DE TRANSFERÊNCIA DE DNA	6
5 APLICAÇÕES DA TRANSGENIA	13
6 BENEFÍCIOS E RISCOS DO USO DE TRANSGÊNICOS	15
REFERÊNCIAS	20
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO
2.1 Objetivo Geral
Apresentar como é produzida uma planta transgênica, quais as técnicas que podem ser utilizadas para a transferência do DNA, e porque aplicar essa transgenia. Enfim, mostrar quais os benefícios e os riscos da utilização de transgênicos. 
3 PLANTAS TRANSGÊNICAS: COMO SÃO PRODUZIDAS? 
Por definição, Plantas Transgênicas são plantas que possuem um ou mais genes (fragmentos de DNA) sinteticamente inseridos em seu genoma, passando então a se expressar uma nova característica. Estes genes introduzidos (transgenes) podem ser provenientes da mesma espécie ou de outro tipo de organismo. Por exemplo, a soja RR (Roundup Ready) que possui um gene de bactéria de solo. (DELATORRE, Carla, 2005).
O conhecimento do DNA nos trouxe a permissão para identificar características que são conferidas por cada segmento de DNA. Para isso, é necessário o reconhecimento dos genes, e dos chamados promotores, fatores necessários para que cada característica seja promovida no momento e no local certo. Estas informações aliadas ao melhoramento das técnicas de manipulação de DNA permitiram que a técnica de transgenia pudesse ser desenvolvida e os transgênicos produzidos. (DELATORRE, Carla, 2005).
Na técnica de transgenia identifica-se e isola-se o segmento de DNA que confirma a característica que se tem interesse. A seguir, acrescenta-se o promotor adaptado, para que a característica se defina no momento e no local desejado. Por fim, insere-se este segmento de DNA ao genoma do organismo que se quer modificar. (DELATORRE, Carla, 2005).
 
	
 Figura 1. Produção de Plantas Transgênicas (Fonte: loofordiagnosis.com)
A passagem do gene para o organismo que se quer modificar também requer técnicas especificas. Existem técnicas diretas, onde o segmento de DNA de interesse é inserido nu em células do organismo, e estas são cultivadas para que produzam plantas completas. Outras técnicas são indiretas, o gene de interesse é transferido primeiramente para a Agrobacterium (bactéria que naturalmente infectam certas plantas e transfere DNA para o organismo infectado), e esta utilizando seus mecanismos naturais, transfere o gene de interesse para o genoma da planta receptora. Independentemente da técnica o importante é que o fragmento de DNA inserido se junte ao DNA da planta, produzindo assim uma planta transgênica. (DELATORRE, Carla, 2005).
O restrito no uso da transgenia é o conhecimento da função de cada gene e para utilizá-lo é exigência básica a identificação e a isolação do segmento de DNA que infere a característica de interesse. (DELATORRE, Carla, 2005).
4 TÉCNICAS DE TRANSFERÊNCIA DE DNA
4.1 Transformações genética de plantas 
 A transformação genética é definida como  a introdução controlada de ácidos nucléicos em um genoma receptor, excluindo-se a introdução por fecundação (TACCHINI e WALBOT, 1986). Diferentes técnicas de transformação genética de plantas foram estabelecidas com o desenvolvimento da cultura de tecidos e da engenharia genética (BRASILEIRO e CARNEIRO, 1998). As metodologias de transformação genética de plantas podem ser divididas em duas categorias: transferência indireta e direta de genes.  
4.2 Transformação indireta 
	A transferência indireta é aquela em que, para intermediar a transformação , utiliza-se um vetor, como as bactérias Agrobacterium Tumefaciens ( CHILTON et al., 1977) e Agrobacterium rhizogenes (CHILTON et al., 1982). Já a transferência direta de DNA se baseia em métodos físicos ou químicos, geralmente adaptados de sistemas de transformação de células animais já estabelecidos. A obtenção de plantas transgênicas, empregando as técnicas de transferência de genes  , envolvem técnicas complexas de cultura de células ou tecido, adaptação dos protocolos de transformação, seleção das linhagens transformantes e regeneração propriamente dita das plantas transformadas (CHRISTOU, 1996; SIEMENS e SCHIEDER, 1996; HOOYKAAS e SCHILPEROORT, 1992).  
A transformação genética indireta emprega bactérias do gênero Agrobacterium, conhecidas como vetores de transformação de plantas. Tais bactérias pertencem a família Rhizobiaceae, juntamente com os gêneros Rhizobium, Bradyrhizobium e Phyllobacterium, bactérias fixadoras de nitrogênio. 
A capacidade das agrobactérias de infectar células vegetais está associada à presença do plasmídeo, molécula circular de ácido desoxirribonucléico (DNA) com capacidade de duplicação autônoma, de alto peso molecular (150-250 kilobase), conhecido como “tumor-inducing” em cepas de Agrobacterium tumefaciens e Ri (do inglês “root-inducing”) em cepas de A. rhizogenes (HOOYKAAS e MOZO, 1994; WALKERPEACH e VELTEN, 1994). Este plasmídeo apresenta uma região, o T-DNA (do inglês “transferred DNA”) capaz de ser transferido e integrado no genoma da célula vegetal hospedeira pela agrobactéria de modo estável. O T-DNA é delimitado por duas seqüências repetitivas de 25 pares de base (pb), conhecidas como bordas direita e esquerda. A interação entre as espécies de Agrobacterium e as plantas envolve uma complexa série de sinalizadores químicos que propiciam a comunicação entre o patógeno e a planta hospedeira. Estes sinaisincluem açúcares, neutros ou ácidos, compostos fenólicos, opinas, proteínas Vir e o T-DNA, que em última instância será transferido da bactéria para a célula vegetal (WINANS, 1992; HOOYKAAS e BEIJERSBERGEN, 1994; Baker et al., 1997). O processo de transferência do T-DNA é iniciado quando a agrobactéria percebe certos compostos (açúcares ou fenólicos) liberados por células vegetais que sofreram algum tipo de injúria física causada durante os tratos culturais, geadas,insetos etc. Este fenômeno de atração das bactérias pelas moléculas-sinal liberadas pelas células lesionadas é conhecido como quimiotactismo positivo. Uma vez em contato com a célula vegetal, as agrobactérias sintetizam microfibrilas de celulose, capazes de melhorar sua fixação  às células vegetais. 
O processo de indução da transferência do TDNA da bactéria para o genoma vegetal ocorre graças as moléculas-sinal que ativaram os genes de virulência, localizados na região de virulência, ou região vir. A região a vir é um “regulon” composto de seis a oito operons, contendo, aproximadamente, 25 genes cujas proteínas codificadas promoverão a transferência do TDNA. Os tumores obtidos após a inoculação com A. tumefaciens são o resultado da expressão de outro grupo de genes, os oncogenes, localizados no T-DNA que foi transferido para a célula vegetal. Os oncogenes codificam enzimas envolvidas na via de biossíntese dos reguladores de crescimento vegetal, auxina e citocinina. Esses hormônios sintetizados pelas células vegetais transformadas irão gerar um desbalanço hormonal, que tem como conseqüência uma multiplicação descontrolada destas células, assim como das células vizinhas. Essa proliferação desordenada de células transformadas é que vai originar o tumor ou galha (BRASILEIRO, 1993; Gelvin, 2000).  
O conhecimento das bases moleculares do mecanismo de infecção por Agrobacterium abriu novas perspectivas para as pesquisas sobre transferência de genes para plantas, utilizando esta bactéria como vetor natural de transformação. Tal fato só foi possível graças a uma característica intrínsica do mecanismo de transferência genética natural: nenhum dosgenes contidos no T-DNA, exceto as bordas, são necessários ao seu processo de transferência e integração no genoma vegetal (HOOYAAS e SCHILPEROORT, 1992). Assim pôde-se excluir totalmente o T-DNA da agrobactéria, incluindo os genes de síntese de fitohormônios, sem que isso afete o seu processo de transferência. Uma cepa de Agrobacterium spp. cujo o T-DNA foi excluído do seu plasmídeo Ti ou Ri é conhecida como uma cepa desarmada, pois ela não é capaz de induzir tumores ou raízes em plantas. O desenvolvimento de vetores baseados no sistema Agrobacterium requer então que as bordas direitas e esquerdas sejam conservadas e que os agentes de síntese de fitohormônios sejam removidos do T-DNA. Desse modo, qualquer seqüência de DNA inserida entre as bordas do T-DNA pode ser transferida e integrada no genoma vegetal, sem afetar a regeneração da célula em uma planta normal. 
Existem dois métodos básicos que empregam Agrobacterium na transformação vegetal são eles: o cocultivo, no qual as células do explante ferido (folha, caule, raiz, embriões, etc) são infectados pela agrobactéria, resultando na transferência do T-DNA para o genoma vegetal. Os explantes são transferidos para meio de regeneração, que contém além dos fatores necessários para a regeneração de brotos, um antibiótico para eliminar as agrobactérias residuais e um agente de células ou tecidos transformados. 
 	O conhecimento das bases moleculares do mecanismo de infecção por Agrobacterium abriu novas perspectivas para as pesquisas sobre transferência de genes para plantas, utilizando esta bactéria como vetor natural de transformação. Tal fato só foi possível graças a uma característica intrínsica do mecanismo de transferência genética natural: nenhum dosgenes contidos no T-DNA, exceto as bordas, são necessários ao seu processo de transferência e integração no genoma vegetal (HOOYAAS e SCHILPEROORT, 1992). Assim pôde-se excluir totalmente o T-DNA da agrobactéria, incluindo os genes de síntese de fitohormônios, sem que isso afete o seu processo de transferência. Uma cepa de Agrobacterium spp. cujo o T-DNA foi excluído do seu plasmídeo Ti ou Ri é conhecida como uma cepa desarmada, pois ela não é capaz de induzir tumores ou raízes em plantas. O desenvolvimento de vetores baseados no sistema Agrobacterium requer então que as bordas direita e esquerda sejam conservadas e que os agentes de síntese de fitohormônios sejam removidos do T-DNA. Desse modo, qualquer seqüência de DNA inserida entre as bordas do T-DNA pode ser transferida e integrada no genoma vegetal, sem afetar a regeneração da célula em uma planta normal.
Existem dois métodos básicos que empregam Agrobacterium na transformação vegetal são eles: o cocultivo, no qual as células do explante ferido (folha, caule, raiz, embriões, etc) são infectados pela agrobactéria, resultando na transferência do T-DNA para o genoma vegetal. Os explantes são transferidos para meio de regeneração, que contém além dos fatores necessários para a regeneração de brotos, um antibiótico para eliminar as agrobactérias residuais e um agente de células ou tecidos transformados.
	
 Figura 2. Tranferência de DNA (site)
O segundo método, restrito por enquanto a plantas de Arabidopsis thaliana e Medicago truncatula, se baseia na infiltração de bactérias em plantas sem a necessidade de nenhuma etapa em cultura de tecidos. Esta metodologia de transformação de plantas foi descrita, em que células de A. tumefaciens são introduzidas a vácuo em plantas de Arabidopsis thaliana (BECHTOLD et al., 1993). Tal metodologia se baseia no crescimento de plantas de A. thaliana até a etapa de florescimento, em seguida as mesmas são retiradas do solo, levadas ao laboratório onde é aplicada a vácuo a bactéria A. tumefaciens em meio crescimento contendo sacarose, posteriormente tais plantas são replantadas. A seleção de sementes supostamente transformadas se dá algumas semanas após semanas da infiltração.
4.3 Transformação direta
Na transferência direta, destacam-se as seguintes metodologias: transformação de protoplastos com policátions, eletroporação de protoplastos ou tecidos intactos e bombardeamento de micropartículas.
4.4 Transformação de protoplasto
A transformação de protoplastos com agentes químicos do tipo policátions, como o polietilenoglicol (PEG), polivinil álcool (PVA) ou DEAE-dextrana se dá pela passagem de DNA para dentro da célula vegetal pois essa a fase protoplasto é uma fase transitória da célula obtida em laboratório. Este processo ocorre graças ao aumento da permeabilidade da membrana quando em contato com os policátions, uma vez que as cargas positivas desses agentes químicos interagem tanto com as cargas negativas do DNA quanto da própria membrana , facilitando assim a sua entrada. Várias espécies vegetais já foram transformadas com esta metodologia, porém a eficiência de transformação é muito baixa além de estar limitada ao uso de protoplastos (BRASILEIRO e DUSI, 1999).
	
 Figura 3. Tranformações de Protoplastos (site)
4.5 A transformação por meio da eletroporação
A transformação por meio da eletroporação consiste em submeter, uma mistura de DNA e protoplastos ou tecidos vegetais, a um campo elétrico de intensidade controlada, durante um curto período de tempo. O choque elétrico vai provocar a abertura parcial de poros na membrana plasmática, facilitando a entrada dos ácidos nucléicos exógenos para o interior da célula vegetal. A utilização de tecidos intactos para a eletroporação envolve etapas de pré- tratamento dos tecidos com celulases e/ou pectinases ocasionando digestão parcial da parede celular vegetal, uma barreira física para a entrada do DNA exógeno na célula vegetal (BRASILEIRO e DUSI, 1999).
4.6 Transformação por Biobalística
	
 
 Figura 4. Transformação por Biobalística (site)
 O bombardeamento de micropartículas, também conhecido comobiobalística, utiliza microprojéteis de ouro ou tungstênio acelerados a altas velocidades (superiores a 1.500 km/h) para carrear e introduzir ácidos nucléicos e outras moléculas em células e tecidos in vitro. As micropartículas aceleradas penetram na parede e membrana celular de maneira não-letal, localizando-se aleatoriamente nas organelas celulares. Em seguida, o DNA é dissociado das micropartículas pela ação do meio intracelular, ocorrendo o processo de integração do gene exógeno no genoma do organismo a ser modificado (ARAGÃO et al., 1998; LACORTE et al., 1999). Posteriormente é feito o seu emprego em ensaios de polinização de plantas.
5 APLICAÇÕES DA TRANSGENIA
Após a transferência do DNA, a planta transgênica foi produzida. Mas Porque produzir uma planta transgênica? A característica desejada pode ser escolhida e inserida, assim, grandes variedades transgênicas podem conferir resistência a algum tipo de praga ou tolerância a algum tipo de herbicida. Também podem conferir uma maior qualidade nutricional em relação aos alimentos que não foram modificados (Ivan Schuster).
	
 Figura 5. Aplicação da Transgenia (Fonte: ambitojuridico.com)
Segundo a Organização das Nações Unidas para alimentação e agricultura:
A um critério de equivalêcia substancial para orientar a análise substancial de alimentos que foram modificados através do uso da Biotecnologia. As culturas desses alimentos devem ter o mesmo valor nutricional que os alimentos naturais e, portanto não possuem diferença. Entretanto, nos alimentos modificados há a presença da característica de interesse.
A melhoria da qualidade dos alimentos, quanto aos níveis nutricionais, para homens e animais domésticos e a criação de variedades tolerantes a deficiências de nutrientes e ao stress do ambiente, representam a grande perspectiva do uso da biotecnologia na agricultura atualmente (Barros e Moreira, 2001).
Segundo o Engenheiro agrícola Ivan Schuster: “variedades com uma melhor composição de ácidos graxos no óleo, e de aminoácidos na proteína, vem sendo obtidas, além de incrementos nos níveis de diversos tipos de vitaminas. A melhoria na qualidade dos grãos alimentares pode auxiliar na redução dos elevados índices de desnutrição nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.” 
Por meio da engenharia genética de plantas, podem-se alterar importantes rotas metabólicas e, com isso, promover a alteração no tipo e composição de amido, óleos, proteínas, vitaminas, etc. Com essas modificações objetiva-se: 1) elevar o valor nutricional dos alimentos, 2) melhorar o processamento industrial e a comercialização dos produtos, 3) desenvolver plantas transgênicas que funcionem como bioreatores, onde seja possível produzir polipeptídios de valor farmacêutico, como, por exemplo, vacinas na forma de antígenos de vírus ou anticorpos, e 4) produzirem inúmeras enzimas (proteínas) para fins industriais (Pedro Binsfeld, 2000).
O melhoramento genético vegetal é uma estratégia para o aumento da produtividade de forma sustentável, associada ao emprego de melhores práticas culturais como manejo, adubação e irrigação adequados (BORÉM & MIRANDA, 2005).
Podemos ter uma rápida capacitação do Brasil na área de biotecnologia. Em breve, a Embrapa lançará cultivares geneticamente modificada oriunda de programa de pesquisa exclusivamente nacional. Exemplos de tecnologias que vêm sendo desenvolvidas pela pesquisa oficial brasileira são as batatas resistentes a viroses, feijão ao mosaico dourado e mamão a mancha anelar (LACERDA, A.L.S., 2006).
Através da transferência de genes que conferem resistência a uma determinada molécula, como por exemplo, resistência a herbicidas e outros, as plantas transgênicas de acordo com LYSON (2002), promovem grande facilidade de superar problemas de manejo de plantas daninhas, uma maior facilidade para os produtores adotarem técnicas de manejo integrado ou dar continuidade ao manejo quando o controle cultural ou mecânico. Há vantagens econômicas para os produtores, já que as culturas resistentes diminuem os prejuízos causados pela deriva de herbicidas, e pelos herbicidas persistentes no solo quando há rotação de culturas.
6 BENEFÍCIOS E RISCOS DO USO DE TRANSGÊNICOS
Esse assunto é de extrema importância e por sua vez, tem proporcionado uma série de dúvidas para a população. Pois, abordam um tema recente e que ainda não obtém as informações necessárias para tranquilizar as pessoas que fazer uso desses produtos. Além disso, a questão abordada é bastante discutida não somente entre os consumidores, mas também, envolve a biossegurança e a Embrapa. Entretanto, a aplicação transgênica também tem acarretado várias vantagens na agricultura, e fazendo com que “a comida” chegue mais rápida e com mais qualidade ao prato dos brasileiros.
	Deve-se constatar que como ainda é algo novo, não possui muitas pesquisas científicas na área, ou seja, não tem algo concreto que certifique que seja algo totalmente seguro para a população e para o meio ambiente. 
"Risco é tecni-camente a probabilidade de um evento danoso multiplicado pelo dano causado" (Traavik, 1999). 
	Desse modo, em outras palavras Traavik quis transmitir que mesmo sendo um risco mínimo, deve ser considerado um risco danoso e levado em conta. Que por sua vez, pode ocasionar em diversos problemas no futuro não somente para as pessoas em geral, mais também para o meio ambiente que pode sofrer ás consequências. 
	A seguir irei citar alguns malefícios e benefícios que as plantas transgênicas proporcionam de modo geral. 
 6.1 Malefícios ao ser humano
	É questionado que após a comercialização dos alimentos transgênicos, foi possível apontar que nos últimos anos ocorreu o aparecimento questionável de doenças ainda desconhecidas. Além do que, as patologias já habituais de serem tratadas sofreram modificações dos microorganismos e reapareceram mais intensas e resistentes á alguns antibióticos, que antes eram eficientes para esses tipos de patologias. Esse fenômeno pode ser explicado devido á aplicação de genes resistentes a antibióticos nas plantas transgênicas, e quando ocorre a ingestão desses alimentos pela a pessoa os genes podem passar para as bactérias humanas. Desse modo, devem-se levar em conta essas informações e observar que de certa forma os transgênicos podem ocasionar mudanças nas bactérias humanas. 
Outro caso a ser citado é que os alimentos transgênicos possuem classificação alergênica, ou seja, se a pessoa ingerir esse tipo de produto pode provocar alergias alimentar a esses alimentos. Essa prova foi constatada pelo Comitê Científico (SAP) onde houve a análise de 34 casos e que dentre eles 7 a 14 pessoas manifestaram os sintomas de alergia á esses alimentos (Federal Insecticide..., 2000). 
Por isso, é necessário um empenho maior em pesquisas e experiências nessa área para que haja conhecimento mais amplo desses métodos, e obter informações sobre o que a ingestão desses alimentos pode ocasionar no futuro para a população. 
6.2 Malefícios ao meio ambiente
	Como foi relatado, não é somente o ser humano que poderá ser prejudicado com a utilização de produtos transgênicos, o meio ambiente por sua vez, também pode sofrer impactos agressivos perante o emprego dessa técnica. 
	Um dos riscos imprescindível a ser questionado é que com a adição de genótipos de outras espécies em uma planta, pode alterar sua espécie ou até mesmo extinguir a linhagem da mesma. Se por acaso acontecer esse imprevisto pode repercutir, de certa forma, em um desequilíbrio ambiental e alterar os agentes patogênicos ou tóxicos naturais dessa espécie. 
	O objetivo geral de se obter plantas transgênicas é fazer com que as plantas fiquem mais resistentes a pragas e insetos. Todavia, o próprio pólen das plantas modificadas, um exemplo é o milho transgênico, estão matando insetos comuns do habitat natural. De certa forma, isso pode ajudar na agricultura com produção de maior quantidade de alimentos e com melhoria na qualidade dos mesmos, mas uma morte em massa desses insetos pode indicare ocasionar certo desequilíbrio no ecossistema. 
	Os produtos modificados são resistentes e faz com que os insetos não sobrevivam a essas mudanças, apenas os insetos mais resistentes irão sobreviver. E dessa forma, irá ocorrer a reprodução dos mesmos entre si e ocorrerá desenvolvimento de insetos cada vez mais resistentes aos transgênicos, aparecendo então as superpragas. Esse fator tem preocupado o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), pois se caso houver essas mudanças ainda não concretas citadas, poderá ocorrer um grande impacto ambiental. 
6.3 Benefícios da utilização dos transgênicos em geral
	As vantagens dos produtos transgênicos são variadas e bastante qualificadas, embora seu objetivo geral seja amenizar as pragas que acometem as plantações e faz com que os cultivos fiquem mais resistentes a esses insetos de modo geral. 
Outra característica é que pela ampla variação da genética, sempre surgirá novas formas de se implantar genes modificados em plantas de espécies distintas. 
	Como a modificação transgênica não deixa as pragas danificarem o cultivo não é preciso a utilização de herbicidas ou agrotóxicos na plantação, isso favorece ao meio ambiente e as pessoas que irão consumir esses alimentos, dado que esses remédios causam graves alterações no organismo humano e também favorece a poluição de solos e águas, provocando o aumento da poluição ambiental. 
	 
6.4 Valores éticos envolvendo transgênicos
	Esse assunto aborda uma ampla discussão relacionada a valores éticos, envolvendo biossegurança, bioética e até mesmo a Embrapa, isso quer dizer que se trata um assunto que trás controversas e dúvidas. 
	A biossegurança juntamente com a bioética de certa forma não tem questionado a utilização dos transgênicos, apenas estabelece a meta de proteger a vida. A biossegurança conscientiza para que se deva ter cuidado e tudo seja ciente, sendo assim, respeitosa com o homem e a natureza. Para que não haja discussão entre ambas as partes responsáveis, como por exemplo, a CONAMA que atua na proteção ao meio ambiente. 
“A bioética caracteriza-se, assim, por proceder à análise processual dos conflitos a partir de uma ética minimalista que possa proporcionar - na medida do possível - a mediação e a solução pacífica das diferenças. Em situações nas quais 'estranhos morais' cheguem a posições inconciliáveis no contexto de temos situado nas últimas fronteiras do diálogo, como o aborto, por exemplo, e em alguns momentos o tema dos transgênicos, nos quais provavelmente durante um bom tempo ainda estaremos trabalhando para a construção de um consenso universal, as únicas saídas parecem ser o diálogo e a tolerância. O diálogo exaustivo e a tolerância, exercidos com responsabilidade são assim algumas das categorias utilizadas pela bioética para possibilitar a construção de um convívio pacífico entre indivíduos e coletividades de visões e posturas morais diferentes” 9.
	Na citação foi possível notar que o objetivo principal da bioética é permanecerem estáveis os prós e os contras do assunto debatido. Para que os mesmo cheguem a um consenso mutuamente, e possam usar os dados arrecadados para chegarem a uma conclusão juntos para aquele determinado assunto. 
	A Embrapa por sua vez, já incentiva a continuação da produção dos transgênicos e de pesquisas na área, para que haja uma melhoria na agricultura e economia brasileira, porém não deixa de lado a segurança humana e ambiental. Na citação abaixo é possível identificar as principais características e objetivos da Embrapa para com as pesquisas na área de biotecnologia. 
“a) estabelecer práticas científicas em escala e com eficácia industrial, nas áreas de genoma funcional, genética química e bioinformática; b) estabelecer uma plataforma informatizada de armazenamento, processamento e serviços nas áreas de prospecção gênica; c) estabelecer ambiente de interação em rede, envolvendo unidades operacionais da Embrapa, assim como de outras instituições, envolvidas nas áreas de concentração do Progem; d) estabelecer práticas de treinamento e de excelência de desempenho dos recursos humanos em áreas de atuação do programa; e) desenvolver produtos e informações biotecnológicos de impacto social e/ou econômico na agricultura e na pecuária”23 
	Contudo, é necessário ter uma ampla área de pesquisas para que haja um ponto de vista e ter algo mais concreto sobre o assunto, pois ainda não se sabe se esses determinados produtos poderão provocar alterações para a população no futuro. E, além disso, por essa falta de informações gera uma série de dúvidas e aumenta ainda mais os conflitos entre as partes prós e contras ao tema. 
7 CONCLUSÃO
 
REFERÊNCIAS
TRAAVIK, T. Too early may be too late. Research Report for DN 1999-1.Ecological risks associated with the use of naked DNA as biological tool for research, production and therapy. Trondheim : Norway, 1999. 106p.
FEDERAL INSECTICIDE, FUNGICIDE AND RODENTICIDE ACT. Scientific Advisory Panel Report. Assessment of Scientific information Concerning Starlink TM corn. [online]. Available from: <http:/www.epa.gov/scipoly/sap. 2000>. Acess 10 December 2000.
GARRAFA, Volnei. Biotecnologia, ética e controle social. Brasília: Cadernos de Ciência & Tecnologia. maio/ago. 2000, v. 17, nº. 2, p. 171-177. p. 172-173.
PERES, José Roberto Rodrigues. Transgênicos: os benefícios para um agronegócio sustentável. Brasília: Cadernos de Ciência & Tecnologia. v. 18, n. 1, p. 13-26, jan./abr. 2001, p. 25.

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