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1 Aula 02 : Fundamentos dos Processos de Fundição- Fusão dos Metais e Ligas Disciplina: Fundição Semestre 2016_1 Prof. Guilherme Verran 01. Introdução – fundamentos da fusão dos metais. 02. Interações entre os metais líquidos e o meio. 03. Princípios metalúrgicos da fusão. 04. Tratamentos dos metais líquidos 05. Fornos de Fusão 06. Gases em metais líquidos: causas, consequências e meios para eliminação Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 2 FUSÃO DE METAIS CARGA OPERAÇÃO DE FUSÃO MATERIAL COM COMPOSIÇÃO QUÍMICA ESPECÍFICA Tamanho Formato Grau de Pureza Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos ELEMENTOS BÁSICOS DA FUSÃO CARGA METAIS PUROS ANTE-LIGAS MATERIAL RECICLADO SELEÇÃO DA CARGA BALANCEAMENTO DAS COMPOSIÇÕES DAS MATÉRIAS PRIMAS COMPOSIÇÃO FINAL DESEJADA Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 3 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Principal Problema na Fusão de Materiais Metálicos VARIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA ⇓ PEÇAS FUNDIDAS FORA DAS ESPECIFICAÇÕES REATIVIDADE QUÍMICA DOS METAIS LÍQUIDOS ⇓ Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 4 Recomendação Importante CONDUZIR A OPERAÇÃO DE MODO A EVITAR OU REDUZIR COMBINAÇÃO DO METAL/LIGA COM OS ELEMENTOS QUE O CERCAM TIPOS DE FUSÃO Fusão Simples Fusão sob Vácuo ou Atmosfera Inerte Aumento da Reatividade Química da Liga Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos ESTÁGIOS DA FUSÃO Fusão propriamente dita ⇒ Reações com a atmosfera circundante Tratamentos do Banho ⇒ Uso de fluxos-escória para remover impurezas Ajuste da Composição ⇒ Adição de metais muito reativos no final da operação. Ex: Mg em Al. Ajuste e Controle das Propriedades ⇒ • Desoxidação • Refino de Grão • Inoculação • Desgaseificação Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 5 Possíveis Interações entre o Metal Líquido e o “Ambiente” 1 . Dissolução de gases no metal 2 . Reações geradoras de gases 3 . Trocas Metal-Escória 4 . Reações do Metal com o Cadinho (recipiente) 1 2 3 4 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Fontes de Impurezas e de Elementos Estranhos ao Metal Líquido Fusão em Fornos Elétricos Fusão em Fornos a Combustível Produtos de Combustão (CO2 - CO - H2O - SO2 + O2 e N2) P e S das cinzas de Combustíveis Sólidos Recipiente Refratário Atmosfera Normal (O2 - N2 - H2O - CO2) Contaminações Metálicas e Não Metálicas (Si - Al - O2 - H2) Carga e Ferramentas usadas na Fusão Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 6 PRINCÍPIOS METALÚRGICOS DA FUSÃO REATIVIDADE QUÍMICA REAÇÃO MAIS PROVÁVEL COM O OXIGÊNIO M + O2 ⇔ MO2 MISTURA E EQUILÍBRIO ELEMENTOS DE LIGA (SOLUTOS) SÃO DISSOLVIDOS NO METAL BASE (SOLVENTE) PREVISÃO DA SOLUBILIDADE ⇒ DIAGRAMAS DE EQUILÍBRIO Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Variações na Composição Química Problema: Enriquecimento em Fe Origem Contaminação pelo ferramental Sucata com partes de Fe inseridas ou de procedência duvidosa Consequências Al-Si⇒ fragilização composto AlFeSi em forma de escrita chinesa Al-Cu ⇒ formação de composto não solúvel no tratamento térmico Como evitar-eliminar Controle da qualidade da sucata Proteger ferramentas Limitar tempo contato ferramentas-banho Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 7 Problema: Enriquecimento em Ti Origem Introdução de fluxos Sucata de origem duvidosa Consequências Acima de 0,3% Ti forma TiAl3 sob a forma de cristais primários Como evitar-eliminar Controle rigoroso: • adição fluxos • qualidade da sucata Variações na Composição Química Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Problema: Redução no teor de Mg Origem Oxidação na fusão e na espera Temperaturas elevadas Longos tempos no estado líquido Como evitar-eliminar Controlar: •Temperatura •Tempo de permanência •Momento da adição do Mg Consequências Perdas na fusão: 0,15-0,25 Al-Mg 0,04-0,10 AlSiMg Perdas na espera: 0,01 AlSiMg AlCuMgTi 0,02 AlSiMg mod. Variações na Composição Química Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 8 Problema: Heterogeniedade do banho no forno Teores elevados de liga Origem Segregação de elementos/compostos insolúveis a baixas T Temperaturas baixas Falta de agitação Consequências •Variações na composição do banho •Formação de pontos duros •Formação de depósitos no fundo dos cadinhos Como evitar-eliminar •Limitar uso de elementos que segregam •Evitar temperaturas de fusão e espera muito baixas •Evitar tempo de espera excessivo Variações na Composição Química Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos TRATAMENTOS DOS METAIS LÍQUIDOS OBJETIVOS • PROTEÇÃO CONTRA OXIDAÇÃO E ABSORÇÃO DE GASES • RETIRADA DE GASES DISSOLVIDOS • ALTERAÇÕES NOS MECANISMOS DE SOLIDIFICAÇÃO Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 9 TRATAMENTOS DOS METAIS LÍQUIDOS • UTILIZAÇÃO DE FUNDENTES DENOMINADOS FLUXOS • SÃO CLASSIFICADOS DE ACORDO COM AS SUAS FUNÇÕES • PROTEÇÃO CONTRA OXIDAÇÃO E ABSORÇÃO DE GASES • ELIMINAÇÃO DE ÓXIDOS E GASES • REFINADORES DE GRÃOS Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos FLUXOS DE PROTEÇÃO • PREVENÇÃO DE PERDAS DE METAL DURANTE A FUSÃO. • COBERTURA PROTETORA SOBRE O METAL LÍQUIDO. • REDUÇÃO DE PERDAS NA RETIRADA DA ESCÓRIA Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 10 FLUXOS DE PURIFICAÇÃO • ELIMINAÇÃO DE GASES DISSOLVIDOS E DE ÓXIDOS • REAÇÃO QUÍMICA PRODUZ BORBULHAMENTO • EXTRAÇÃO MECÂNICA DE GASES E ÕXIDOS Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos FLUXOS REFINADORES • INTRODUÇÃO DE SUBSTRATOS PARA AUMENTAR A FREQUÊNCIA DE NUCLEAÇÃO • ESTRUTURA COM GRÃOS MAIS FINOS • MELHOR COMPORTAMENTO MECÂNICO Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 11 CARACTERÍSTICAS EXIGIDAS DE UM FLUXO • BOA FLUIDEZ. • DENSIDADE INFERIOR AO METAL LÍQUIDO. • POUCO HIGROSCÓPICO. • NÃO TÓXICOS • DISSOLVENTE DE ÓXIDOS • FACILMENTE DECOMPOSTO OU VOLÁTIL Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Fornos de Fusão FORMAS DE AQUECIMENTO ELÉTRICO QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS Indução Eletro-magnética Resistência Arco Elétrico Óleo Gás Carvão Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 12 CONFIGURAÇÃO E ASPECTO FUNCIONAL Cadinho Revérbero Rotativo Extração por Levantamento Basculante Teto deflete a chama e os produtos de combustão para superfície do metal Fornos de Fusão Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Fornos Especiais CUBILOT • Forno de cuba vertical. • Funcionamento contínuo. • Produção de F0Fos. CONVERSOR • Fabricação de aços. • Oxidaçãode Impurezas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 13 • História – Surgiram antes da Primeira Guerra Mundial, mas com características básicas, que foram evoluindo até chegar aos fornos modernos, de última geração e totalmente automatizados. – Essa tecnologia moderna surgiu na Alemanha, desenvolvida pela GHW, após a Segunda Guerra Mundial. – No Brasil, o primeiro forno cubilô moderno foi instalado 1982, na Sofunge, naquela época a maior fundição do país. Antes de adquirir esse forno, a Sofunge tinha 12 cubilôs convencionais, a maioria deles adquiridos de segunda mão nos Estados Unidos. – A maioria dos cubilôs em funcionamento no país são simples e de pequeno porte e podem ser desligados quando for necessário. Já os cubilôs modernos foram projetados para funcionar ininterruptamente. � Forno Cubilô 1967 – Escola Politécnica Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran 14 Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos • Zona superior de carga • Zona de carregamento • Zona de fusão • Cadinho • Furo de vazamento • Sifão • Bica de vazamento Zona superior de carga Zona de carregamento Zona de fusão Cadinho Furo de vazamento Sifão Bica vazamento Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 15 • A composição da carga depende: – Metal que a constitui; – Combustível; – Substância fundente. • Exemplo – Carga total para a produção de Ferro Fundido: Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 16 • Baixo Custo: – Fusão; – Carburização; – Carga Metálica; – Pessoal Operacional; – Manutenção; – Metal Quente. • Alta Flexibilidade: – Fundição de sucatas contaminadas por: • Plástico ou graxa; • Sujeitara ou escória; – Fundição de grandes quantidades de sucata galvanizada; – Índice de fusão variável até 35%; – Produção de diversos tipo de ferro. � Emissões Reduzidas: o Particulados e metais pesados; o CO2; o Outros; � Aplicações: o Ferro Cinzento; o Ferro Nodular; o Ferro Vermicular; o Ferro Maleável; Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos http://www.flickr.com/photos/fonderiefonte/3485282717/in/photostream/ 17 http://www.flickr.com/photos/fonderiefonte/3485282717/in/photostream/ Fornos de Cadinho Utilizações FORMAS DE AQUECIMENTO Fusão de Metais Não Ferrosos em fundições de pequeno porte. Tratamentos - Espera e Manutenção em Fundição Sob Pressão. Elétrico a Resistência Queima de óleo, carvão ou gás Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 18 Fornos de Cadinho a Resistência Cadinhos, com capacidade de até 250 kg de alumínio. Com 24 kW, funde 70 kg por hora. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Fornos de Cadinho a Resistência Cadinhos, com capacidade de até 191 kg de alumínio. Com 24 kW, funde 70 kg por hora. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 19 Fornos de Cadinho a Resistência Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Seção Transversal de um Forno elétrico à Arco Fornos à Arco Elétrico Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 20 Vista em corte de um forno à arco mostrando os refratários utilizados Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Fornos de Indução Princípio de Funcionamento Ao passar corrente elétrica por um bobina primária (solenóide) o metal ou o cadinho funciona como uma bobina secundária Indução de Correntes Parasitas (Correntes de Foucaudt) Produção do Efeito de Aquecimento Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 21 Fornos de Indução a Cadinho Cadinho de material refratário socado no local ou pré- fabricado, circundado por uma bobina cilíndrica feita de tubo de cobre percorrida por água de resfriamento. • A bobina indutora tem aproximadamente a mesma altura do nível do banho. • O campo magnético origina um movimento do banho cuja intensidade depende da potência fornecida e, em função inversa, da frequência de corrente. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Fornos de Indução a Cadinho Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 22 Vista em corte de um forno a indução a cadinho mostrando a bobina de cobre e os demais componentes estruturais Fornos de Indução a Cadinho Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Fornos de Indução a Cadinho Vista em corte de um forno a indução a cadinho em operação, mostrando o efeito de agitação (homogeneização do banho) devido as correntes convectivas provocadas pelo campo magnético Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 23 Fornos de Indução a Canal É um grande reservatório de metal fundido sem aquecimento direto. • Somente o líquido que se encontra no canal é aquecido por indução pela bobina do indutor. Utilizações Superaquecimento e armazenamento de metal líquido (ferro fundido) Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Fornos de Indução a Canal Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 24 Vista em corte de um forno a indução à canal mostrando um arranjo diferenciado da bobina de indução. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Forno de Indução Transferência para panela de vazamento Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 25 Explosão de um forno a indução Provável Causa Carga contendo umidade Problemas na Fusão por Indução Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Problemas na Fusão por Indução Respingos no Vazamento Podem causar lesões sérias nos operadores Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 26 GASES EM METAIS LÍQUIDOS Fenômeno: os metais líquidos dissolvem consideráveis volumes de gás durante as operações de fusão Conseqüência: os gases dissolvidos no seio do líquido devem ser removidos antes da solidificação sob pena de ocorrência de defeitos tipo “bolhas de gás” devido as diferentes solubilidades destes gases no líquido e no sólido. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 500 550 600 650 700 750 800 850 900 Temperatura, °C 0,2 0 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 So lu bi lid a de em m L / 1 00 g Sólido Líquido Solubilidade do hidrogênio no alumínio a 1 atm Gráfico mostra grande variação da solubilidade do hidrogênio no Alumínio em função da mudança no estado físico Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 27 Problema sob o ponto de vista da Metalurgia de Fundição Surge quando a quantidade de gases no metal líquido excede a que pode ser retida em solução sólida. ⇓ A concentração de gases no líquido remanescente aumenta com o progresso da solidificação e, em certo ponto, nucleiam-se e crescem bolhas gasosas. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos a) Baixa velocidadede avanço da frente de solidificação ⇒ a frente repele as bolhas b) Média velocidade de avanço da frente de solidificação ⇒ formação de bolhas alongadas c) Alta velçocidade de avanço da frente de solidificação ⇒ formação de porosidades dispersas Efeito da velocidade de crescimento na interação entre bolhas de gás e a interface sólido-líquido Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 28 Princípios de Solubilidade e Formação de Compostos A dissolução de um gás em um metal pode ser indicada por uma expressão do seguinte tipo: M H Hl g( ) ( )+ ⇔2 2 particularmente para o Al: Al H Hl g( ) ( )+ ⇔2 2 a molécula H2 (g) de gás hidrogênio se dissocia em contato com o Al, entrando em solução como hidrogênio atômico → H Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Para o Sistema Al(l) e O2(g) o produto da reação é um composto sólido (s): Al O Al Ol g s( ) ( ) ( )+ →2 2 3 O2 não se dissolve no Al(l) e forma um filme de óxido na interface metal-gás. Nas condições normais de fundição Al2O3 se forma como um filme sólido na superfície do alumínio líquido. ⇓ Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 29 Eliminação de Gases nos Metais Líquidos Tratamentos mais importantes na remoção de contaminantes gasosos de metais líquidos: Remoção de Hidrogênio Remoção do Oxigênio Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Remoção de Hidrogênio Prática mais comum de desgaseificação: Borbulhamento de um gás inerte no metal líquido “Cloro ou Nitrogênio no caso das ligas de Al” ⇓ O gás inerte ao se deslocar no interior do líquido tende a arrastar consigo o H atômico dissolvido neste líquido, ocorrendo então a desgaseificação do metal líquido. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 30 Representação esquemática do Processo Rotor para desgaseificação de Al e ligas Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Remoção do Oxigênio A solubilidade do oxigênio nos metais difere da do hidrogênio principalmente pela grande tendência do oxigênio de formar compostos estáveis com os metais. a) Compostos insolúveis nos metais líquidos nas temperaturas normais de fusão ⇒ a desoxidação se torna desnecessária, como nos casos do Al, Mg, Sn, Pb, Cd, Zn e respectivas ligas b) Metais que dissolvem oxigênio(Cu, Ni e Fe) ⇒ a solubilidade do oxigênio em relação à atmosfera dos fornos pode ser tratada de mesma maneira que com o hidrogênio Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 31 Desoxidação pela Aplicação do Princípio da Estabilidade Relativa dos Óxidos Ma = metal líquido solvente contendo oxigênio em solução Mb = elemento soluto adicionado Se o óxido MbO mais estável que o óxido MaO. Mb é considerado um desoxidante satisfatório para o metal Ma se forem obedecidas outras condições adicionais ⇓ Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos Condições para que uma Metal B seja um desoxidante efetivo do Metal A • O produto de desoxidação (óxido MbO) deve separar-se facilmente do metal líquido. • As propriedades do metal Ma não devem ser afetadas substancialmente por qualquer resíduo de Mb que permaneça em solução. • A quantidade de oxigênio residual em solução não deve ter efeito significativo nas propriedades da liga fundida. Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos 32 A reação de desoxidação pode ser representada pela equação: M O M Ob b+ ⇔ onde Mb e O estão em solução em Ma , e MbO é um óxido sólido, líquido ou gasoso Exemplo : Desoxidação de Aços Ma = Ferro Líquido Mb = Al - Si - Mn MbO = Al2O3 - SiO2 - MnO Disciplina: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Fusão e metais líquidos
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