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CONCURSO MPU

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MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP– TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
1 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
 
 
 
Prezado(as) Concurseiros(as) de Plantão, 
É com muito prazer que inicio o Curso de Teoria e Exercícios de 
Legislação Aplicada ao MPU já de acordo com o EDITAL 2013!!! 
O Edital foi publicado em 21/03/2013!!! A hora é agora! 
O último concurso do MPU previu 595 VAGAS iniciais! Contudo 
foram nomeados muito mais de 3000 aprovados pelo Brasil inteiro! Esse novo 
concurso promete nomear ainda mais aprovados. Será um excelente concurso, 
tanto pelo perspectiva de um Nº enorme de nomeados e pela excelente 
remuneração para Técnico e para Analista (com perspectiva de forte 
aumento salarial!). 
Confiram o quadro de nomeados por Cargo e Estado clicando no 
Link � Quadro de Nomeados MPU 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP– TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
2 
 
1. Breve Apresentação 
 
 
Para quem ainda não me conhece, segue a minha breve 
apresentação: 
Meu nome é RICARDO GOMES, sou Bacharel em Direito pela 
Universidade Federal da Bahia (UFBA), formado no ano de 2007. Dei o 
primeiro passo na caminhada pelos concursos públicos no mesmo ano, quando 
fui aprovado exatamente no concurso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). nos 
anos de 2006/2007. Após isso, fui aprovado nos concursos do Tribunal de 
Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), do Tribunal Superior do 
Trabalho (TST) e da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano de 2008. Por 
último, logrei êxito no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central 
do Brasil (BACEN), em 2009/2010. 
Assim, também sou concurseiro igual a vocês! Atire a primeira 
pedra quem não é ou não foi! Rsrs. 
Trabalhei por mais de 1 ano no TSE. Posteriormente, trabalhei no 
TJDFT e, desde 2008, atuo como Analista de Finanças e Controle da 
Controladoria-Geral da União (CGU). 
Registro que também fui aprovado e nomeado no Concurso do 
MPU de 2006, como Analista Judiciário – Área Judiciária. 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP– TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
3 
 
2. Concurso MPU (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO) 
Informações úteis do Edital do MPU 2013 e dos Cursos que serão 
ministrados: 
1. Edital Publicado no dia 21/03/2013! 
2. Banca: CESPE/UNB. 
3. A matéria Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP será exigida de 
TODOS os Cargos de ANALISTA e de TÉCNICO; 
4. Provas: 19 de MAIO. 
5. NÃO terá Redação para TÉCNICO!!! 
6. Serão corrigidas 4000 REDAÇÕES para AJAJ para o Distrito Federal 
e mais de 3500 REDAÇÕES nas mais diversas capitais. 
7. Inscrições: 25/03 a 09/04. 
 
 
3. Metodologia e Conteúdo do Curso 
 
Registro que nos Cursos de Legislação Específica de concursos 
pretéritos (TJDFT, CNJ, STJ, TST, TSE, MP/RJ, MP/PI, TREs, TRTs e TJs 
Estaduais) nós abarcamos, em todos eles, 100% das questões cobradas 
na prova! A nossa intenção é repetir a mesma experiência nesse concurso do 
MPU-2013! Portanto, aos estudos! 
Com o estudo desse material, você, Aluno, não precisará 
preocupar-se com a aquisição de outros materiais adicionais ou Livros de 
Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP. A dica é estudar as Aulas Teóricas, 
fazer os Exercícios Comentados, ler a lei seca e repetir os exercícios com 
gabarito. 
Aconselho a ler o material pelo menos 3 VEZES, deixando 1 delas 
para a última semana antes da prova. 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP– TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
4 
Uma das grandes vantagens dos Cursos do Ponto dos Concursos 
elaborados para determinados concursos (ex: MPU) é a abordagem específica 
de CADA PONTO DO EDITAL, fechando todas as lacunas possíveis de 
matérias e questões a serem cobradas pelo examinador. 
Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastidão de 
assuntos, são muito pouco específicos, objetivos e direcionados para a sua 
prova. Por outro lado, os Cursos do Ponto, de uma maneira geral, tentam levar 
ao aluno os principais tópicos a serem cobrados na prova, com base em cada 
item do edital, com comentários teóricos e por meio de exercícios de fixação 
dos assuntos especificamente estudados nas aulas. 
Nessa linha, disponibilizarei os seguintes Cursos para esse 
concurso do MPU, além das outras matérias ministradas no Ponto dos 
Concursos: 
1. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TEORIA 
E EXERCÍCIOS; 
2. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – 
EXERCÍCIOS; 
3. DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TEORIA E EXERCÍCIOS - 
AJAJ 
Ressalto novamente que este Curso de Legislação Aplicada ao 
MPU e ao CNMP, que agora se inicia, tem por foco preparar os concurseiros 
que irão concorrer especificamente a TODOS os cargos (Analista e 
Técnico)! 
Seguindo a linha de nossos Cursos ministrados no Ponto dos 
Concursos, este Curso para terá um CARÁTER PRÁTICO, voltado para o que, 
efetivamente, vem sendo cobrado nas últimas provas de concursos. 
Além do conhecimento e embasamento teórico que o aluno tem 
que dominar, é fundamental na preparação para concursos que o aluno faça e 
refaça quantos exercícios puder das matérias a ser estudadas, para que os 
conhecimentos apreendidos sejam verdadeiramente solidificados, 
aperfeiçoados e lapidados. 
Prova disso é que, mesmo após ser realizada uma leitura atenta e 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP– TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
5 
debruçada sobre determinado material, quando vamos responder às questões 
ficamos com um “montão” de dúvidas. Parece até que não aprendemos direito, 
e ai dizemos: “mas eu estudei isto? como não sei responder à questão?” 
Nestes casos, o aluno aprende, mas às vezes a sua visão e 
entendimento não foi pontual, não memorizou os pontos mais relevantes, 
correndo o risco de errar questões relativamente fáceis pela ausência de 
prática e por não ter visto o assunto com “outros olhos”, outro viés. 
Desse modo, os exercícios propiciam exatamente isto aos alunos: 
lapidarem seus conhecimentos teóricos para atentarem facetas não 
percebidas ao longo do estudo teórico, além também de revisarem e 
rememorarem a teoria. 
Como a Banca Organizadora do concurso atual é o CESPE/UNB (a 
mesma do último concurso), a maioria dos exercícios serão por mim 
elaborados ou adaptados das bancas mais relevantes, sendo realizados na 
forma de ITENS Certos ou Errados. 
Desse modo, teremos uma parte teórica, com destaques e dicas 
dos pontos altos, e uma lista de várias questões comentadas! 
Abarcaremos, ademais, os aspectos mais relevantes da legislação, 
da Constituição Federal e da atual jurisprudência dos Tribunais Superiores, na 
trilha do que tem cobrado as organizadoras, evitando-se as indesejáveis 
discussões teórico-doutrinárias (ineficientes para provas!), pouco frutíferas 
para o resultado almejado pelos concursandos, que é saber o necessário para 
gabaritar as questões de Legislação Aplicada ao MPU e aoCNMP. 
Predisponho-me a ser um orientador dos estudos de cada um de 
vocês, e não um Professor que passa o conhecimento eminentemente técnico. 
Ao final de cada aula, farei um RESUMO do assunto abordado, 
destacando os pontos mais relevantes. 
Creio que, com a exaustiva resolução de questões e com uma metodologia 
mais prática e didática, conseguiremos fechar a matéria de Legislação 
Aplicada ao MPU e ao CNMP! Até porque comentaremos exaustivamente 
todos os pontos do Edital listados abaixo, sem qualquer lacuna. 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP– TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
6 
Gente, é assunto “pra caramba”!! Portanto, aos estudos! 
Conteúdo do Curso: 
EDITAL 2013 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP: 
1 Ministério Público da União. 
1.1 Lei Orgânica do Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75/1993). 
1.2 Perfil constitucional do Ministério Público e suas funções institucionais. 
1.3 Conceito. 
1.4 Princípios institucionais. 
1.5 A autonomia funcional e administrativa. 
1.6 A iniciativa legislativa. 
1.7 A elaboração da proposta orçamentária. 
1.8 Os vários Ministérios Públicos. 
1.9 O Procurador-Geral da República: requisitos para a investidura e procedimento de 
destituição. 
1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 
1.11 Funções exclusivas e concorrentes. 
1.12 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias, prerrogativas e 
vedações. 
2 Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1 Composição. 2.2 Atribuições 
constitucionais. 
 
4. Cronograma do Curso 
 
Este Curso de LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP, 
como veremos no cronograma abaixo, será ministrado em apenas 8 AULAS + 
Aula Demonstrativa, que se inicia linhas abaixo. 
A programação das aulas será nos seguintes termos1: 
MPU – Ministério Público da União 
AULA DEMONSTRATIVA – Ministério Público – Perfil Constitucional 
(Introdução). 
AULA 1 (22/03/2013) – Ministério Público – Perfil Constitucional - O 
Ministério Público na Constituição Federal de 1988: princípios, garantias, 
vedações, estrutura e funções institucionais; 
 
1
 Obs: o cronograma das Aulas poderá ser alterado a qualquer tempo mediante prévio aviso aos Alunos na parte aberta 
do curso, no Campo AVISOS. 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
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Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1 Composição. 2.2 
Atribuições constitucionais. 
AULA 2 (29/03/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 1. 
1 Ministério Público da União. 1.1 Lei Orgânica do Ministério Público da 
União (Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993). 1.2 Perfil 
constitucional. 1.3 Conceito. 1.4 Princípios institucionais. 1.5 A autonomia 
funcional e administrativa. 1.6 A iniciativa legislativa. 1.7 A elaboração da 
proposta orçamentária. 1.8 Os vários Ministérios Públicos. 1.9 O Procurador-
Geral da República: requisitos para a investidura e procedimento de 
destituição. 1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 1.11 Funções institucionais. 
1.12 Funções exclusivas e concorrentes. 1.13 Membros: ingresso na carreira, 
promoção, aposentadoria, garantias, prerrogativas e vedação. 
AULA 3 (05/04/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 2. 
AULA 4 (12/04/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 3. 
AULA 5 (19/04/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 4. 
AULA 6 (26/04/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 5. 
AULA 7 (03/05/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 6. 
AULA 8 (10/05/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 7. 
 
Obs: Sempre aconselho aos alunos a acompanharem a parte 
aberta do Curso, no Campo AVISOS, espaço onde postamos eventuais 
recados e informes durante a vigência do Curso, inclusive de possíveis 
alterações nas datas das aulas. 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
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AULA DEMONSTRATIVA 
 
Prezados Alunos, esta é uma pequena Aula Demonstrativa de 
nosso Curso, apenas para iniciarmos o estudo da matéria. 
 
 
Foquem suas mentes e estudos para esse concurso do MPU! Vocês 
trabalharão, em breve, em uma das unidades do MPU! Tenham fé... 
 
 
1. O Ministério Público na Constituição Federal de 1988: 
princípios, garantias, vedações, estrutura e funções 
institucionais. 
 
 
A Constituição Federal de 1988 abre o Capítulo IV de seu texto 
prelecionando acerca das Funções Essenciais à Justiça (órgãos e entidades 
correlatas e paralelas ao Poder Judiciário, que contribuem de forma decisiva 
para o funcionamento da Justiça). 
Uma das características do Poder Judiciário é a inércia (Princípio 
Constitucional Processual da INÉRCIA), isto é, a jurisdição não pode ser 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
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exercida de ofício pelo próprio Judiciário, dependendo exclusivamente da 
provocação das partes. Com isso, não existe Ação na Justiça sem que um 
AUTOR a interponha, não havendo processo sem partes. 
Mas muitos pode se perguntar por que o Magistrado não pode agir 
de ofício? Segundo o art. 5º, LIV, da CF, todos têm direito a um processo justo 
(Princípio do Devido Processo Legal). Se o juiz der início à causa, estará ele 
comprometendo sua capacidade subjetiva (imparcialidade), maculando o 
processo justo. Portanto, a inércia existe para salvaguardar a imparcialidade 
do Juiz, decorrência natural do Devido Processo Legal. 
Com isso, dada a inércia do Poder Judiciário, a Constituição atribui 
capacidade postulatória (capacidade de demandar na Justiça) às seguintes 
instituições: Ministério Público, a Advocacia Pública, a Advocacia 
Privada e a Defensoria Pública. Todos, nas suas esferas de competência e 
atribuições, concorrem para o efetivo funcionamento do sistema judiciário 
brasileiro. 
Tais instituições são essenciais à Justiça porque não existe 
demanda sem autor ou processo sem parte. Ocorre, porém, que tais 
instituições são essenciais não apenas à Justiça, mas para todo o Estado, pois 
tais instituições têm outras atribuições que não apenas a promoção da 
demanda. 
Nesse sentido, o Ministério Público, em particular, ressalta como 
uma das principais instituições estatais da sociedade brasileira. Por expressa 
definição da CF-88, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e 
dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Detalharemos posteriormente 
todos os elementos de sua definição constitucional. 
CF-88 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial 
à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. 
Na esteira do Direito Comparado (Direito dos outros países), o 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
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10 
Ministério Público foi constituído no Brasil desde o período republicano. Por isso 
que o Ministério Público já foi chamado por muitos de um 4º Poder, ao lado 
dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. 
No entanto, para a maioria, não se trata de um novo Poder, mas 
apenas um órgão a mais com funções estatais especiais, com autonomia e 
independência diferenciadas. O Constituinte sobrelevou o MP como o órgão de 
defesa da sociedade, que patrocinaria os seus interesses contra os detentores 
do poder político e econômico, como também contra atos ilegais do Estado e 
de seus agentes. 
Para tamanha responsabilidade, o Ministério Público deveria 
permear todos os espaços estatais, em todos os Entes Federados (União, 
Estados, DF e Municípios) e todas as Justiças Especializadas (Justiça 
Federal/Eleitoral, do Trabalho, Militar). Desse modo, seguindo a metodologia 
de alguns países estrangeiros, o Ministério Público brasileiro foi organizado 
do seguinte modo: 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
 
É isso o que dispõe o art. 128 da CF-88: 
CF-88 
Art. 128. O MINISTÉRIO PÚBLICO (GÊNERO) abrange: 
I - o Ministério Público da UNIÃO (MPU), que compreende: 
a) o Ministério Público FEDERAL (MPF); 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
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11 
b) o Ministério Público do TRABALHO (MPT); 
c) o Ministério Público MILITAR (MPM); 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT); 
II - os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MP ESTADUAIS) 
 
O MP Genérico é dividido em 2 (duas) grandes vertentes, de acordo 
com o Ente Federado envolvido: Ministério Público da UNIÃO e Ministério 
Público dos ESTADOS. O MP da União é subdivido em MPF, MPT, MPM e 
MPDFT. Estes são os MPs com atribuições da União. 
Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do 
DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-
88 prevê expressamente sua composição dentro do MPU. Juntamente com o 
TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos da União. 
Observem que NÃO EXISTE MP MUNICIPAL! 
Como assim, Professor? Mas não tem um Promotor em cada 
cidade? Sim, tem. No entanto, este Promotor é Estadual, com lotação na 
Comarca Municipal. Da mesma forma que não existe Juiz Municipal, também 
não existe Promotor Municipal, ok? 
O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? Veremos com detalhes 
que o MP ELEITORAL faz parte das funções do Ministério Público FEDERAL. 
Por isso que não se encontra entre as classificações do Ministério Público 
citadas acima. 
Com efeito, o termo Ministério Público é bastante genérico, por 
isso é necessário que visualizemos estas subdivisões constitucionais. Cada um 
dos Ministérios Públicos têm suas respectivas atribuições legais e 
constitucionais. Em nosso Curso estudaremos as peculiaridades do Ministério 
Público da União (MPU). 
É possível esquematizar a estrutura do MP nos seguintes termos 
mais didáticos: 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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TEORIA E EXERCÍCIOS 
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12 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
 
 
Chefia do Ministério Público da União. 
O Ministério Público da União (MPU) é Chefiado pelo Procurador-
Geral da República (PGR). 
Como é eleito/escolhido esse PGR, Professor? 
O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os 
integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do Ministério Público 
Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar 
– MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 
O que a CF-88 preleciona: que o PGR será nomeado dentre os 
integrantes da Carreira do MPU, que, em tese abarcaria todos os ramos do 
MPU. Muitos doutrinadores entendem dessa forma abrangedora (Alexandre de 
Moraes, por exemplo). Essa posição decorre do MS 21.239 do STF que definiu 
o MPU como unitário. A maioria dos doutrinadores não entram nesse mérito. 
Contudo, A despeito de a CF não prever, entende-se apenas na 
prática que os membros do Ministério Público FEDERAL é que podem ser 
PGR. 
Isso se justifica pelo fato de os outros ramos do MPU ser muito 
específicos, e no STF o PGR atuará em assuntos diversos. Há, inclusive, Projeto 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
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13 
de Emenda Constitucional nesse sentido (PEC nº 358/05). 
Nessa PEC, além de alterar diversas outras previsões do Poder 
Judiciário (Ex: vitaliciedade com 3 anos), visa indicar isso expressamente, de 
que o PGR será indicado entre apenas os membros do MPF e não dos outros 
ramos do MPU. Com essa PEC, a celeuma sobre o tema será finalizada. 
PEC nº 358/05 
Art. 128. 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-
Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes da carreira do Ministério Público Federal, maiores 
de trinta e cinco anos, após aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois 
anos, permitida uma recondução. 
Para piorar a discursão, cabe ressaltar que existe outra PEC em 
sentido contrário (PEC nº 307/2008), que visa consolidar o PGR como 
oriundo de qualquer dos ramos do MPU (MPF, MPT, MPM ou MPDFT). 
PEC nº 308/2008 
Art. 128 - 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, alternadamente entre os 
quatro ramos que o compõem, maiores de trinta e cinco anos, 
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros 
do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a 
recondução. 
De todo modo, vale gravar para fins de prova do MPU que o PGR é 
indicado entre os Membros da CARREIRA do MPU, ok? Pois esse é o texto da 
Constituição, a despeito das interpretações variáveis. 
O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação 
deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL 
(“sabatina” do Senado). 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
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14 
O mandato do PGR é de 2 ANOS, permitidas indefinidas 
reconduções, isto é, poderá ser reconduzido ao cargo quantas vezes desejar 
o Presidente da República. Ressalte-se que as reconduções devem respeitar as 
mesmas formalidades da assunção inicial ao cargo (nomeação do Presidente 
da República e aprovação da maioria absoluta do Senado). 
É possível a destituição/exoneração do cargo de PGR antes do 
término do mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada também pelo 
Presidente da República e aprovada pelo Senado Federal. 
 
Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
OPGR tem autonomia para nomear os respectivos Chefes do MPT 
e MPM. O Chefe do MPF será o próprio PGR, enquanto que o Chefe do 
MPDFT será nomeado à parte, pelo Presidente da República. 
CF-88 
Art. 128 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 
dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por 
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
Lei Complementar nº 75/93 
Art. 25. O Procurador-Geral da República é o chefe do 
Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, permitida a recondução precedida de nova decisão 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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15 
do Senado Federal. 
Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral 
da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá 
ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado 
Federal, em votação secreta. 
 
Chefia do Ministério Público dos Estados. 
O Chefe do Ministério Público Estadual e do DF é o Procurador-
Geral de Justiça (PGJ). 
Cuidado! O Procurador-Geral do Estado é o Chefe da 
Procuradoria do Estado (que são os Advogados do Estado). Não confundir com 
o Procurador-Geral de Justiça, que é o Chefe do MP Estadual. 
A nomeação do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será com base 
em Lista Tríplice (Lista de 3 Nomes) dentre os integrantes da carreira. A 
nomeação será realizada tão somente pelo Chefe do Executivo: 
• Governador - nos ESTADOS, ou pelo 
• Presidente da República - para o Distrito Federal (DF). 
 
Importante! 
Como visto, há uma diferença clara na nomeação do PGR e PGJ: 
enquanto que para a nomeação do PGR é necessária a aprovação do Senado, 
para a nomeação dos Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ), basta a nomeação 
do Chefe do Executivo (Governador ou Presidente da República), não 
necessitando da interferência das Assembléias Legislativas Estaduais ou da 
Câmara Legislativa do DF nas respectivas nomeações. 
O Mandato do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será de 2 
ANOS, sendo permitida apenas 1 (uma) única recondução! 
Outra diferença importante entre o PRG e PGJ: enquanto o 
mandato do PGR é de 2 ANOS, sendo permitidas quantas reconduções 
desejar o Presidente da República, os Procuradores-Gerais de Justiça 
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16 
(PGJs) terá mandato de 2 ANOS, mas só poderão ser reconduzidos por + 1 
MANDATO (1 única recondução). 
 
 
Mandatos do PGR e do PGJ: 
o PGR – 2 ANOS e indefinidas reconduções (2 ANOS + 2 
+2 +2 +2.....) 
o PGJ – 2 ANOS + 1 RECONDUÇÃO (2 ANOS + 2 ANOS) 
O procedimento de destituição do PGJ é também diferente do PGR. 
Enquanto que a destituição do PGR é um ato complexo, do Presidente da 
República + o SENADO, a destituição do PGJ é realizada por deliberação da 
Assembleia Legislativa dos Estados ou do SENADO FEDERAL, no caso 
do DF! Na destituição do PGJ não há participação do Governador do Estado ou 
do Presidente da República, ressalvado no caso do PGJ do DF, que o art. 156, 
§3º, da LC nº 75/93 prevê hipótese de representação do Presidente da 
República. 
Cuidado! A destituição do PGJ do DF será realizada por 
deliberação do SENADO e não da Câmara Legislativa, ok? Isto porque o 
MPDFT faz parte do MP da União (MPU). 
 
Nomeação e Destituição do PGJ: 
Nomeação do PGJ Governador ou 
Presidente da República (MPDFT) 
Destituição do PGJ Assembleia Legislativa ou 
SENADO (MPDFT) 
 
Destituição do PGR – Procurador-Geral da República: 
Presidente da República + SENADO 
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17 
Vale acrescentar que o STF já decidiu na ADIN 1.962-RO que é 
inconstitucional norma contida na Constituição Estadual que disponha de forma 
diversa acerca da nomeação ou destituição do cargo de Procurador-Geral de 
Justiça. 
CF-88 
Art. 128 
§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal 
e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da 
carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu 
Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder 
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma 
recondução. 
§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito 
Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação 
da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei 
complementar respectiva. 
Lei nº 8.625/93 
Art. 9º Os Ministérios Públicos dos Estados formarão lista 
tríplice, dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, 
para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo 
Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, 
permitida uma recondução, observado o mesmo procedimento. 
§ 1º A eleição da lista tríplice far-se-á mediante voto 
plurinominal de todos os integrantes da carreira. 
§ 2º A destituição do Procurador-Geral de Justiça, por 
iniciativa do Colégio de Procuradores, deverá ser precedida de 
autorização de um terço dos membros da Assembleia 
Legislativa. 
§ 3º Nos seus afastamentos e impedimentos o Procurador-Geral de 
Justiça será substituído na forma da Lei Orgânica. 
§ 4º Caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a nomeação do 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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Procurador-Geral de Justiça, nos quinze dias que se seguirem ao 
recebimento da lista tríplice, será investido automaticamente no 
cargo o membro do Ministério Público mais votado, para exercício 
do mandato. 
 
 
 
Na próxima Aula daremos continuidade ao nosso estudo acerca da 
composição do Ministério Público. 
Pessoal, este foi apenas um aperitivo. Na próxima Aula 
continuaremos nosso estudo! 
De todo modo, curtam alguns exercícios!!!! 
Abaixo 2 listas de Exercícios: a 1ª com comentários e a 2ª apenas 
com gabarito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
 
QUESTÃO 1: TRE - GO - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 
01/02/2009. 
Segundo a CF, o Ministério Público da União (MPU) compreende vários ramos. 
Assinale a opção que não corresponde a ramo do MPU. 
a) Ministério Público Federal 
b) Ministério Público Eleitoral 
c) Ministério Público do Trabalho 
d) Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
 
COMENTÁRIOS: 
O Ministério Público brasileiro foi organizado do seguinte modo: 
a)O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
 
É isso o que dispõe o art. 128 da CF-88: 
CF-88 
Art. 128. O MINISTÉRIO PÚBLICO (GÊNERO) abrange: 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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20 
I - o Ministério Público da UNIÃO (MPU), que compreende: 
a) o Ministério Público FEDERAL (MPF); 
b) o Ministério Público do TRABALHO (MPT); 
c) o Ministério Público MILITAR (MPM); 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT); 
II - os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MP ESTADUAIS) 
 
O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? O MP ELEITORAL faz 
parte das funções do Ministério Público FEDERAL. Por isso que não se 
encontra entre as classificações do Ministério Público citadas acima. 
É possível esquematizar a estrutura do MP nos seguintes termos 
mais didáticos. Notem que o MPE/RJ está fora do MP da União, pois faz parte 
do Ministério Público dos Estados: 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
O único que não foi expressamente previsto como sendo 
componente do MPU foi o Ministério Público Eleitoral, apesar de fazer parte do 
MPF. 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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21 
RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 2: TRE - TO - Técnico Judiciário – Administrativo [FCC] - 
20/02/2011. 
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, 
nomeado, dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, pelo 
a) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
b) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, 
vedada a recondução. 
c) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, 
permitida a recondução. 
d) Senado Federal após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
e) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pela Câmara dos 
Deputados, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Ministério Público da União (MPU) é Chefiado pelo Procurador-
Geral da República (PGR). 
Como é eleito/escolhido esse PGR, Professor? 
O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os 
integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do Ministério Público 
Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar 
– MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 
O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação 
deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL 
(“sabatina” do Senado). O mandato do PGR é de 2 ANOS, permitidas 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
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22 
indefinidas reconduções, isto é, poderá ser reconduzido ao cargo quantas 
vezes desejar o Presidente da República. Ressalte-se que as reconduções 
devem respeitar as mesmas formalidades da assunção inicial ao cargo 
(nomeação do Presidente da República e aprovação da maioria absoluta do 
Senado). 
CF-88 
Art. 128 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 
dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por 
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
Lei Complementar nº 75/93 
Art. 25. O Procurador-Geral da República é o chefe do 
Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, permitida a recondução precedida de nova decisão 
do Senado Federal. 
Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral 
da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá 
ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado 
Federal, em votação secreta. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 3: FURNAS - Direito 3 - Jurídico A [FUNRIO] - 08/11/2009. 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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23 
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático 
e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Ministério Público, em particular, ressalta como uma das 
principais instituições estatais da sociedade brasileira. Por expressa definição 
da CF-88, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis. Detalharemos posteriormente 
todos os elementos de sua definição constitucional. 
CF-88 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial 
à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 4: TRE - MA - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 
21/06/2009. 
O MP da União engloba, entre outros, o MPDFT. 
 
COMENTÁRIOS: 
Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do 
DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-
88 prevê expressamente sua composição dentro do MPU. Juntamente com o 
TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos da União. 
Assim é a divisão básica de nosso MP (conceito genérico): 
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24 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 5: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 
19/04/2008. 
Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos 
estados e do DF. 
 
COMENTÁRIOS: 
Não, como estudado, o Ministério Público em sentido amplo abrange todo o MP 
da União (MPF, MPM, MPT e MPDFT), bem como os Ministérios Públicos dos 
Estados.RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 6: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa 
[CESPE] - 19/04/2008. 
No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu que o 
Ministério Público é instituição permanente, essencial à justiça, à qual compete 
representar a União, judicial e extrajudicialmente. 
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25 
 
COMENTÁRIOS: 
Atenção! 
Pegadinha de prova! A representação da União, em juízo ou fora dele, é 
realizada pela AGU (Advocacia-Geral da União) e não pelo Ministério 
Público! 
Esta confusão ocorre porque antigamente, antes da CF-88, não existia a AGU, 
mas apenas o MP, que cumpria a função de também representar a União. Na 
atualidade, somente a AGU tem esse papel. 
CF-88 
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, 
diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, 
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei 
complementar que dispuser sobre sua organização e 
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento 
jurídico do Poder Executivo. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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26 
 
EXERCÍCIOS com GABARITO 
 
QUESTÃO 1: TRE - GO - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 
01/02/2008. 
Segundo a CF, o Ministério Público da União (MPU) compreende vários ramos. 
Assinale a opção que não corresponde a ramo do MPU. 
a) Ministério Público Federal 
b) Ministério Público Eleitoral 
c) Ministério Público do Trabalho 
d) Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
QUESTÃO 2: TRE - TO - Técnico Judiciário – Administrativo [FCC] - 
20/02/2011. 
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, 
nomeado, dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, pelo 
a) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
b) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, 
vedada a recondução. 
c) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, 
permitida a recondução. 
d) Senado Federal após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
e) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pela Câmara dos 
Deputados, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
QUESTÃO 3: FURNAS - Direito 3 - Jurídico A [FUNRIO] - 08/11/2009. 
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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27 
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático 
e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
QUESTÃO 4: TRE - MA - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 
21/06/2009. 
O MP da União engloba, entre outros, o MPDFT. 
QUESTÃO 5: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 
19/04/2008. 
Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos 
estados e do DF. 
QUESTÃO 6: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa 
[CESPE] - 19/04/2008. 
No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu que o 
Ministério Público é instituição permanente, essencial à justiça, à qual compete 
representar a União, judicial e extrajudicialmente. 
 
 
GABARITOS OFICIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 2 3 4 5 6 
B C C C E E 
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28 
 
RESUMO DA AULA 
 
A Constituição atribui capacidade postulatória (capacidade de 
demandar na Justiça) às seguintes instituições: Ministério Público, a 
Advocacia Pública, a Advocacia Privada e a Defensoria Pública. 
O Ministério Público, em particular, ressalta como uma das 
principais instituições estatais da sociedade brasileira. Por expressa definição 
da CF-88, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis. 
O Ministério Público brasileiro foi organizado do seguinte modo: 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
O MP Genérico é dividido em 2 (duas) grandes vertentes, de acordo 
com o Ente Federado envolvido: Ministério Público da UNIÃO e Ministério 
Público dos ESTADOS. O MP da União é subdivido em MPF, MPT, MPM e 
MPDFT. Estes são os MPs com atribuições da União. 
Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do 
DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-
88 prevê expressamente sua composição dentro do MPU. Juntamente com o 
TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos da União. 
Observem que NÃO EXISTE MP MUNICIPAL! 
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29 
O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? Veremos com detalhes 
que o MP ELEITORAL faz parte das funções do Ministério Público FEDERAL. 
O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? Veremos com detalhes 
que o MP ELEITORAL faz parte das funções do Ministério Público FEDERAL. 
Por isso que não se encontra entre as classificações do Ministério Público 
citadas acima. 
É possível esquematizar a estrutura do MP nos seguintes termos 
mais didáticos: 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
O Ministério Público da União (MPU) é Chefiado pelo Procurador-
Geral da República (PGR). 
O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os 
integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do Ministério Público 
Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar 
– MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 
O que a CF-88 preleciona: que o PGR será nomeado dentre os 
integrantes da Carreira do MPU, que, em tese abarcaria todos os ramos do 
MPU. Muitos doutrinadores entendem dessa forma abrangedora (Alexandre de 
Moraes, por exemplo). Essa posição decorre do MS 21.239 do STF que definiu 
o MPU como unitário. A maioria dos doutrinadores não entram nesse mérito. 
Contudo, A despeito de a CF não prever, entende-se apenas na 
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30 
prática que os membros do Ministério Público FEDERAL é que podem ser 
PGR. 
Isso se justifica pelo fato de os outros ramos do MPU ser muito 
específicos, e no STF o PGR atuará em assuntos diversos. Há, inclusive, Projeto 
de Emenda Constitucional nesse sentido (PEC nº 358/05). 
Nessa PEC, além de alterar diversas outras previsões do Poder 
Judiciário (Ex: vitaliciedade com 3 anos), visa indicar isso expressamente, de 
que o PGR será indicado entre apenas os membros do MPF e não dos outros 
ramos do MPU. Com essa PEC, a celeuma sobre o tema será finalizada. 
PEC nº 358/05 
Art. 128. 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-
Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes da carreira do Ministério Público Federal, maiores 
de trinta e cinco anos, após aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois 
anos, permitida uma recondução. 
Para piorar a discursão, cabe ressaltar que existe outra PEC em 
sentido contrário (PEC nº 307/2008), que visa consolidar o PGR como 
oriundo de qualquer dos ramos do MPU (MPF, MPT, MPM ou MPDFT). 
PEC nº 308/2008 
Art. 128 - 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, alternadamente entre os 
quatro ramos que o compõem, maiores de trinta e cinco anos, 
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros 
do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a 
recondução. 
De todo modo, vale gravar para fins de prova do MPU que o PGR é 
indicado entre os Membros da CARREIRA do MPU, ok? Pois esse é o texto da 
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
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31 
Constituição, a despeito das interpretações variáveis. 
O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação 
deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL 
(“sabatina” do Senado). 
É possível a destituição/exoneração do cargo de PGR antes do 
término do mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada também pelo 
Presidente da República e aprovada pelo Senado Federal. 
 
Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
Cuidado! O Procurador-Geral do Estado é o Chefe da 
Procuradoria do Estado (que são os Advogados do Estado). Não confundir com 
o Procurador-Geral de Justiça, que é o Chefe do MP Estadual. 
A nomeação do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será com base 
em Lista Tríplice (Lista de 3 Nomes) dentre os integrantes da carreira. A 
nomeação será realizada tão somente pelo Chefe do Executivo: 
• Governador - nos ESTADOS, ou pelo 
• Presidente da República - para o Distrito Federal (DF). 
 
Importante! 
Como visto, há uma diferença clara na nomeação do PGR e PGJ: 
enquanto que para a nomeação do PGR é necessária a aprovação do Senado, 
para a nomeação dos Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ), basta a nomeação 
do Chefe do Executivo (Governador ou Presidente da República), não 
necessitando da interferência das Assembléias Legislativas Estaduais ou da 
Câmara Legislativa do DF nas respectivas nomeações. 
Mandatos do PGR e do PGJ: 
o PGR – 2 ANOS e indefinidas reconduções (2 ANOS + 2 
+2 +2 +2.....) 
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32 
o PGJ – 2 ANOS + 1 RECONDUÇÃO (2 ANOS + 2 ANOS) 
o Nomeação e Destituição do PGJ: 
Nomeação do PGJ Governador ou 
Presidente da República (MPDFT) 
Destituição do PGJ Assembleia Legislativa ou 
SENADO (MPDFT) 
 
o Destituição do PGR – Procurador-Geral da República: 
o Presidente da República + SENADO 
 
 
 
Espero a todos na AULA 1! 
Fraterno Abraço e até a próxima! 
Ricardo Gomes 
Por sua aprovação! 
 
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1 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
 
Chegamos ao nosso 1º encontro no Curso de Legislação 
Aplicada ao MPU e ao CNMP! 
Vocês não têm noção do Nº de aprovados que serão 
nomeados nesse concurso! Não tenho medo de chutar que serão 
chamados mais de 2000 aprovados, conforme os concursos de 2007 e 
2010! 
Fico feliz de começarmos nossa trajetória rumo à aprovação 
neste maravilhoso concurso do MPU-2013! 
Há bastante tempo até o dia em que a prova será realizada. 
Portanto, aos estudos! 
Desejo a todos sucesso nessa reta final! 
Antes de começarmos nosso estudo, para animar a todos, 
segue abaixo um Quadro com as respectivas remunerações já com o 
aumento salarial. 
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2 
 
Agora vamos lá! 
Ricardo Gomes 
Por sua aprovação! 
Disponibilizarei para o Concurso do MPU os seguintes Cursos: 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TEORIA E 
EXERCÍCIOS; 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – EXERCÍCIOS; 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TEORIA E EXERCÍCIOS - AJAJ 
Não percam esta oportunidade de praticarem e aperfeiçoarem ainda mais 
seus conhecimentos! 
 
 
 
 
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3 
 
1. O Ministério Público na Constituição Federal de 1988: 
princípios, garantias, vedações, estrutura e funções 
institucionais (continuação da Aula Demonstrativa). 
 
 
A Constituição Federal de 1988 abre o Capítulo IV de seu texto 
prelecionando acerca das Funções Essenciais à Justiça (órgãos e entidades 
correlatas e paralelas ao Poder Judiciário, que contribuem de forma decisiva 
para o funcionamento da Justiça). 
Uma das características do Poder Judiciário é a inércia (Princípio 
Constitucional Processual da INÉRCIA), isto é, a jurisdição não pode ser 
exercida de ofício pelo próprio Judiciário, dependendo exclusivamente da 
provocação das partes. Com isso, não existe Ação na Justiça sem que um 
AUTOR a interponha, não havendo processo sem partes. 
Mas muitos pode se perguntar por que o Magistrado não pode agir 
de ofício? Segundo o art. 5º, LIV, da CF, todos têm direito a um processo justo 
(Princípio do Devido Processo Legal). Se o juiz der início à causa, estará ele 
comprometendo sua capacidade subjetiva (imparcialidade), maculando o 
processo justo. Portanto, a inércia existe para salvaguardar a imparcialidade 
do Juiz, decorrência natural do Devido Processo Legal. 
Com isso, dada a inércia do Poder Judiciário, a Constituição atribui 
capacidade postulatória (capacidade de demandar na Justiça) às seguintes 
instituições: Ministério Público, a Advocacia Pública, a Advocacia 
Privada e a Defensoria Pública. Todos, nas suas esferas de competência e 
atribuições, concorrem para o efetivo funcionamento do sistema judiciário 
brasileiro. 
Tais instituições são essenciais à Justiça porque não existe 
demanda sem autor ou processo sem parte. Ocorre, porém, que tais 
instituições sãoessenciais não apenas à Justiça, mas para todo o Estado, pois 
tais instituições têm outras atribuições que não apenas a promoção da 
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4 
demanda. 
Nesse sentido, o Ministério Público, em particular, ressalta como 
uma das principais instituições estatais da sociedade brasileira. Por expressa 
definição da CF-88, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e 
dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Detalharemos posteriormente 
todos os elementos de sua definição constitucional. 
CF-88 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial 
à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. 
Na esteira do Direito Comparado (Direito dos outros países), o 
Ministério Público foi constituído no Brasil desde o período republicano. Por isso 
que o Ministério Público já foi chamado por muitos de um 4º Poder, ao lado 
dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. 
No entanto, para a maioria, não se trata de um novo Poder, mas 
apenas um órgão a mais com funções estatais especiais, com autonomia e 
independência diferenciadas. O Constituinte sobrelevou o MP como o órgão de 
defesa da sociedade, que patrocinaria os seus interesses contra os detentores 
do poder político e econômico, como também contra atos ilegais do Estado e 
de seus agentes. 
Para tamanha responsabilidade, o Ministério Público deveria 
permear todos os espaços estatais, em todos os Entes Federados (União, 
Estados, DF e Municípios) e todas as Justiças Especializadas (Justiça 
Federal/Eleitoral, do Trabalho, Militar). Desse modo, seguindo a metodologia 
de alguns países estrangeiros, o Ministério Público brasileiro foi organizado 
do seguinte modo: 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
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5 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
 
É isso o que dispõe o art. 128 da CF-88: 
CF-88 
Art. 128. O MINISTÉRIO PÚBLICO (GÊNERO) abrange: 
I - o Ministério Público da UNIÃO (MPU), que compreende: 
a) o Ministério Público FEDERAL (MPF); 
b) o Ministério Público do TRABALHO (MPT); 
c) o Ministério Público MILITAR (MPM); 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT); 
II - os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MP ESTADUAIS) 
 
O MP Genérico é dividido em 2 (duas) grandes vertentes, de acordo 
com o Ente Federado envolvido: Ministério Público da UNIÃO e Ministério 
Público dos ESTADOS. O MP da União é subdivido em MPF, MPT, MPM e 
MPDFT. Estes são os MPs com atribuições da União. 
Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do 
DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-
88 prevê expressamente sua composição dentro do MPU. Juntamente com o 
TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos da União. 
Observem que NÃO EXISTE MP MUNICIPAL! 
Como assim, Professor? Mas não tem um Promotor em cada 
cidade? Sim, tem. No entanto, este Promotor é Estadual, com lotação na 
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6 
Comarca Municipal. Da mesma forma que não existe Juiz Municipal, também 
não existe Promotor Municipal, ok? 
O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? Veremos com detalhes 
que o MP ELEITORAL faz parte das funções do Ministério Público FEDERAL. 
Por isso que não se encontra entre as classificações do Ministério Público 
citadas acima. 
Com efeito, o termo Ministério Público é bastante genérico, por 
isso é necessário que visualizemos estas subdivisões constitucionais. Cada um 
dos Ministérios Públicos têm suas respectivas atribuições legais e 
constitucionais. Em nosso Curso estudaremos as peculiaridades do Ministério 
Público da União (MPU). 
É possível esquematizar a estrutura do MP nos seguintes termos 
mais didáticos: 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
 
 
Chefia do Ministério Público da União. 
O Ministério Público da União (MPU) é Chefiado pelo Procurador-
Geral da República (PGR). 
Como é eleito/escolhido esse PGR, Professor? 
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7 
O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os 
integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do Ministério Público 
Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar 
– MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 
O que a CF-88 preleciona: que o PGR será nomeado dentre os 
integrantes da Carreira do MPU, que, em tese abarcaria todos os ramos do 
MPU. Muitos doutrinadores entendem dessa forma abrangedora (Alexandre de 
Moraes, por exemplo). Essa posição decorre do MS 21.239 do STF que definiu 
o MPU como unitário. A maioria dos doutrinadores não entram nesse mérito. 
Contudo, A despeito de a CF não prever, entende-se apenas na 
prática que os membros do Ministério Público FEDERAL é que podem ser 
PGR. 
Isso se justifica pelo fato de os outros ramos do MPU ser muito 
específicos, e no STF o PGR atuará em assuntos diversos. Há, inclusive, Projeto 
de Emenda Constitucional nesse sentido (PEC nº 358/05). 
Nessa PEC, além de alterar diversas outras previsões do Poder 
Judiciário (Ex: vitaliciedade com 3 anos), visa indicar isso expressamente, de 
que o PGR será indicado entre apenas os membros do MPF e não dos outros 
ramos do MPU. Com essa PEC, a celeuma sobre o tema será finalizada. 
PEC nº 358/05 
Art. 128. 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-
Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes da carreira do Ministério Público Federal, maiores 
de trinta e cinco anos, após aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois 
anos, permitida uma recondução. 
Para piorar a discursão, cabe ressaltar que existe outra PEC em 
sentido contrário (PEC nº 307/2008), que visa consolidar o PGR como 
oriundo de qualquer dos ramos do MPU (MPF, MPT, MPM ou MPDFT). 
PEC nº 308/2008 
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8 
Art. 128 - 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, alternadamente entre os 
quatro ramos que o compõem, maiores de trinta e cinco anos, 
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros 
do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a 
recondução. 
De todo modo, vale gravar para fins de provado MPU que o PGR é 
indicado entre os Membros da CARREIRA do MPU, ok? Pois esse é o texto da 
Constituição, a despeito das interpretações variáveis. 
O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação 
deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL 
(“sabatina” do Senado). 
O mandato do PGR é de 2 ANOS, permitidas indefinidas 
reconduções, isto é, poderá ser reconduzido ao cargo quantas vezes desejar 
o Presidente da República. Ressalte-se que as reconduções devem respeitar as 
mesmas formalidades da assunção inicial ao cargo (nomeação do Presidente 
da República e aprovação da maioria absoluta do Senado). 
É possível a destituição/exoneração do cargo de PGR antes do 
término do mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada também pelo 
Presidente da República e aprovada pelo Senado Federal. 
 
Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
O PGR tem autonomia para nomear os respectivos Chefes do MPT 
e MPM. O Chefe do MPF será o próprio PGR, enquanto que o Chefe do 
MPDFT será nomeado à parte, pelo Presidente da República. 
CF-88 
Art. 128 
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9 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 
dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por 
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
Lei Complementar nº 75/93 
Art. 25. O Procurador-Geral da República é o chefe do 
Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, permitida a recondução precedida de nova decisão 
do Senado Federal. 
Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral 
da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá 
ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado 
Federal, em votação secreta. 
 
Chefia do Ministério Público dos Estados. 
O Chefe do Ministério Público Estadual e do DF é o Procurador-
Geral de Justiça (PGJ). 
Cuidado! O Procurador-Geral do Estado é o Chefe da 
Procuradoria do Estado (que são os Advogados do Estado). Não confundir com 
o Procurador-Geral de Justiça, que é o Chefe do MP Estadual. 
A nomeação do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será com base 
em Lista Tríplice (Lista de 3 Nomes) dentre os integrantes da carreira. A 
nomeação será realizada tão somente pelo Chefe do Executivo: 
• Governador - nos ESTADOS, ou pelo 
• Presidente da República - para o Distrito Federal (DF). 
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10 
 
Importante! 
Como visto, há uma diferença clara na nomeação do PGR e PGJ: 
enquanto que para a nomeação do PGR é necessária a aprovação do Senado, 
para a nomeação dos Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ), basta a nomeação 
do Chefe do Executivo (Governador ou Presidente da República), não 
necessitando da interferência das Assembléias Legislativas Estaduais ou da 
Câmara Legislativa do DF nas respectivas nomeações. 
O Mandato do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será de 2 
ANOS, sendo permitida apenas 1 (uma) única recondução! 
Outra diferença importante entre o PRG e PGJ: enquanto o 
mandato do PGR é de 2 ANOS, sendo permitidas quantas reconduções 
desejar o Presidente da República, os Procuradores-Gerais de Justiça 
(PGJs) terá mandato de 2 ANOS, mas só poderão ser reconduzidos por + 1 
MANDATO (1 única recondução). 
 
Mandatos do PGR e do PGJ: 
o PGR – 2 ANOS e indefinidas reconduções (2 ANOS + 2 
+2 +2 +2.....) 
o PGJ – 2 ANOS + 1 RECONDUÇÃO (2 ANOS + 2 ANOS) 
O procedimento de destituição do PGJ é também diferente do PGR. 
Enquanto que a destituição do PGR é um ato complexo, do Presidente da 
República + o SENADO, a destituição do PGJ é realizada por deliberação da 
Assembleia Legislativa dos Estados ou do SENADO FEDERAL, no caso 
do DF! Na destituição do PGJ não há participação do Governador do Estado ou 
do Presidente da República, ressalvado no caso do PGJ do DF, que o art. 156, 
§3º, da LC nº 75/93 prevê hipótese de representação do Presidente da 
República. 
Cuidado! A destituição do PGJ do DF será realizada por 
deliberação do SENADO e não da Câmara Legislativa, ok? Isto porque o 
MPDFT faz parte do MP da União (MPU). 
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Nomeação e Destituição do PGJ: 
Nomeação do PGJ Governador ou 
Presidente da República (MPDFT) 
Destituição do PGJ Assembleia Legislativa ou 
SENADO (MPDFT) 
 
Destituição do PGR – Procurador-Geral da República: 
Presidente da República + SENADO 
Vale acrescentar que o STF já decidiu na ADIN 1.962-RO que é 
inconstitucional norma contida na Constituição Estadual que disponha de forma 
diversa acerca da nomeação ou destituição do cargo de Procurador-Geral de 
Justiça. 
CF-88 
Art. 128 
§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal 
e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da 
carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu 
Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder 
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma 
recondução. 
§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito 
Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação 
da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei 
complementar respectiva. 
Lei nº 8.625/93 
Art. 9º Os Ministérios Públicos dos Estados formarão lista 
tríplice, dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, 
para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo 
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12 
Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, 
permitida uma recondução, observado o mesmo procedimento. 
§ 1º A eleição da lista tríplice far-se-á mediante voto 
plurinominal de todos os integrantes da carreira. 
§ 2º A destituição do Procurador-Geral de Justiça, por 
iniciativa do Colégio de Procuradores, deverá ser precedida de 
autorização de um terço dos membros da Assembleia 
Legislativa. 
§ 3º Nos seus afastamentos e impedimentos o Procurador-Geral de 
Justiça será substituído na forma da Lei Orgânica. 
§ 4º Caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a nomeação do 
Procurador-Geral de Justiça, nos quinze dias que se seguirem ao 
recebimento da lista tríplice, será investido automaticamente no 
cargo o membro do Ministério Público mais votado, para exercício 
do mandato. 
 
 
Princípios Institucionais do Ministério Público. 
A CF-88, no art. 127, §1º, estabelece três princípios institucionais 
básicos do Ministério Público: Unidade, Indivisibilidade e Independência 
Funcional. 
 1º - UNIDADE – segundo este princípio, os Membros do 
Ministério Público integram um único órgão, abaixo da direção de um 
respectivo Procurador-Geral(Procurador-Geral da República, para o MPU; 
Procurador-Geral de Justiça, para os MPs Estaduais e do DF). 
A Unidade colocada é dentro de cada Ministério Público específico. 
O Ministério Público Federal é único, considerando-se apenas o MPF. O MPT, o 
MPDFT e o MPM são únicos, considerando-se unidades estanques e separadas. 
Da mesma forma, cada Ministério Público Estadual é único, não 
existindo unidade, por exemplo, entre o MP do Rio de Janeiro e o de São Paulo. 
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13 
 
2º - INDIVISIBILIDADE – Os Membros do Ministério 
Público exercem suas funções em nome de toda a Instituição, o que autoriza a 
substituição dos Promotores ou Procuradores, por outros pares respectivos, 
sem desnaturar o exercício funcional. 
Em termos simples, para este Princípio os Membros do MP 
(Promotor ou Procurador) são o próprio Ministério Público corporificado 
(indivisível), o que autoriza substituições de Membros, dentro de critérios 
objetivos previamente estabelecidos. 
Assim, os Membros do MP não se vinculam diretamente às 
atividades específicas que estão desenvolvendo. Se um Promotor estiver 
atuando em um processo e, por exemplo, sair de férias, poderá outro 
substituí-lo normalmente. Este outro também será o “Ministério Público”, 
incorporando a instituição MP. 
 
3º - INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – Os Membros do 
Ministério Públicos não estão vinculados a nenhum dos Poderes da República 
(Executivo, Legislativo e Judiciário), devendo respeito tão somente à 
Constituição, às Leis e a sua própria consciência. Assim, no exercício funcional 
não estão sujeitos às convicções dos órgãos superiores do próprio Ministério 
Público (não havendo hierarquia entre o Chefe do MP e o Promotor da Comarca 
do interior). Este Promotor tem Independência Funcional! 
A hierarquia existente entre os Membros do MP (Chefes e Membros 
comuns) é de natureza eminentemente administrativa (Não funcional). 
Assim, por exemplo, o Chefe do MP não pode ditar ao Promotor ou Procurador 
como deverá atuar em determinado processo, se deve ou não entrar com uma 
Ação Penal ou Cível, qual posição deve adotar em determinado Parecer, etc. 
Este Princípio da Independência Funcional consubstancia a 
chamada Autonomia de Convicção que todo Membro do MP possui, possui 
não se submetem a qualquer Poder da República e nem a sua Chefia, no 
exercício de suas atividades funcionais. Inclusive é hipótese constitucional de 
Crime de Responsabilidade eventual ato do Presidente da República que violar 
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14 
a independência do Ministério Público (art. 85, II, da CF-88). 
 
CF-88 
Art. 127 
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a 
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
 
Princípio do Promotor Natural. 
O Princípio do Promotor Natural é extraído do Devido Processo 
Legal e de dois específicos dispositivos do art. 5º da Constituição Federal 
(incisos XXXVII e LIII), referentes ao Princípio do Juiz Natural. 
O Promotor Natural é aquele investido regularmente no Cargo 
(investidura) e com atribuição constitucional o exercício das funções 
institucionais do Ministério Público. A CF-88 garante que ninguém será 
processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. O 
processamento somente poderá ser deflagrado pela autoridade competente, o 
Promotor Natural. 
O Princípio do Promotor Natural veda eventuais designações de 
Promotor específico para determinados casos (acusador de exceção) ou para 
determinadas pessoas (Promotor ad personam), também chamados de 
Promotor Ad Hoc. 
O Promotor deve ser escolhido por critérios objetivos e abstratos, 
previamente definidos na Legislação específica, não sendo autorizada a escolha 
deste ou daquele Promotor para exercer suas funções em determinado 
processo. Assim, referido Princípio limita os Poderes do Chefe do MP, que não 
poderá designar Promotor diverso do que o previamente definido de acordo 
com a lei. 
O Promotor Natural consagra a garantia de imparcialidade dos 
Membros do MP, impedindo designações casuístas e arbitrárias (retirar um 
Promotor de um caso para colocar outro que atenda a determinados 
interesses). 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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Garantias e Vedações do Ministério Público. 
Os Membros do Ministério Público ostentam as mesmas Garantias 
constitucionais dos integrantes do Poder Judiciário (Magistrados), quais sejam: 
Vitaliciedade, Inamovibilidade e Irredutibilidade do Subsídio. 
Estas garantias institucionais visam conferir maior autonomia e 
independência no exercício de suas funções. Imagine um Promotor que 
estivesse atuando em determinado Processo Eleitoral contra o Prefeito de 
determinada cidade. Em virtude disso, tivesse seu salário reduzido ou mesmo 
fosse removido para outro município. Não dá, não é verdade? É por isso que os 
Membros do MP necessitam, igualmente aos Juízes, destas garantias mínimas. 
 
GARANTIAS dos Membros do MP: 
1. VITALICIEDADE – após o cumprimento de 2 ANOS de 
estágio probatório, os Membros do MP somente poderão 
perder o cargo por Sentença Judicial transitada em 
julgada (da qual não caiba mais recursos). 
A Vitaliciedade, portanto, é adquirida após 2 ANOS de 
efetivo exercício na função (período/estágio probatório), após 
a aprovação no respectivo concurso de provas e títulos. 
 
2. INAMOVIBILIDADE – em regra, os Membros do MP NÃO 
poderão ser transferidos compulsoriamente de seus cargos, 
de uma lotação para outra (na prática, de um Município ou 
local de lotação para outro) ou mesmo promovido 
unilateralmente, ressalvada a hipótese excepcional de 
interesse público, com decisão da maioria absoluta de 
votos do Órgão Colegiado do MP. 
Para que ocorra esta remoção excepcional, devem-se 
respeitar os seguintes requisitos: 
o ser assegurada a AMPLA DEFESA ao Membro do MP; 
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o comprovado interesse público e 
o deliberação da maioria absoluta do Órgão 
Colegiado 
 Assim, em regra, o Membro do MP não pode ser removido 
ou promovido de ofício, sem seu consentimento. 
 
3. IRREDUTIBILIDADE DO SUBSÍDIO – o subsídio 
(remuneração total) dos Membros do MP é irredutível, isto é, 
não pode ser reduzida por lei ou ato do Chefe do MP. Esta 
irredutibilidade de subsídio é apenas nominal (valor de face), 
segundo o STF, não garantindo eventuais perdas do poder 
aquisitivo decorrente da inflação (corrosão inflacionária) e 
nem possíveis aumentos de tributos que diminuam seu valor 
final. 
Além destas garantias, destacam-se a Autonomia 
Administrativa e Financeira do Ministério Público: 
� Autonomia Administrativa – consiste na capacidade de 
autogestão ou autoadministração. O Ministério Público poderá 
propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus 
cargos e serviços auxiliares (servidores do MP), provendo-os 
por concurso público; poderá definir a política remuneratória 
e os planos de carreira; engloba nesta autonomia a 
possibilidade

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