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MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP– TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
1 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
 
 
 
Prezado(as) Concurseiros(as) de Plantão, 
É com muito prazer que inicio o Curso de Teoria e Exercícios de 
Legislação Aplicada ao MPU já de acordo com o EDITAL 2013!!! 
O Edital foi publicado em 21/03/2013!!! A hora é agora! 
O último concurso do MPU previu 595 VAGAS iniciais! Contudo 
foram nomeados muito mais de 3000 aprovados pelo Brasil inteiro! Esse novo 
concurso promete nomear ainda mais aprovados. Será um excelente concurso, 
tanto pelo perspectiva de um Nº enorme de nomeados e pela excelente 
remuneração para Técnico e para Analista (com perspectiva de forte 
aumento salarial!). 
Confiram o quadro de nomeados por Cargo e Estado clicando no 
Link � Quadro de Nomeados MPU 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP– TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
2 
 
1. Breve Apresentação 
 
 
Para quem ainda não me conhece, segue a minha breve 
apresentação: 
Meu nome é RICARDO GOMES, sou Bacharel em Direito pela 
Universidade Federal da Bahia (UFBA), formado no ano de 2007. Dei o 
primeiro passo na caminhada pelos concursos públicos no mesmo ano, quando 
fui aprovado exatamente no concurso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). nos 
anos de 2006/2007. Após isso, fui aprovado nos concursos do Tribunal de 
Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), do Tribunal Superior do 
Trabalho (TST) e da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano de 2008. Por 
último, logrei êxito no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central 
do Brasil (BACEN), em 2009/2010. 
Assim, também sou concurseiro igual a vocês! Atire a primeira 
pedra quem não é ou não foi! Rsrs. 
Trabalhei por mais de 1 ano no TSE. Posteriormente, trabalhei no 
TJDFT e, desde 2008, atuo como Analista de Finanças e Controle da 
Controladoria-Geral da União (CGU). 
Registro que também fui aprovado e nomeado no Concurso do 
MPU de 2006, como Analista Judiciário – Área Judiciária. 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP– TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
3 
 
2. Concurso MPU (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO) 
Informações úteis do Edital do MPU 2013 e dos Cursos que serão 
ministrados: 
1. Edital Publicado no dia 21/03/2013! 
2. Banca: CESPE/UNB. 
3. A matéria Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP será exigida de 
TODOS os Cargos de ANALISTA e de TÉCNICO; 
4. Provas: 19 de MAIO. 
5. NÃO terá Redação para TÉCNICO!!! 
6. Serão corrigidas 4000 REDAÇÕES para AJAJ para o Distrito Federal 
e mais de 3500 REDAÇÕES nas mais diversas capitais. 
7. Inscrições: 25/03 a 09/04. 
 
 
3. Metodologia e Conteúdo do Curso 
 
Registro que nos Cursos de Legislação Específica de concursos 
pretéritos (TJDFT, CNJ, STJ, TST, TSE, MP/RJ, MP/PI, TREs, TRTs e TJs 
Estaduais) nós abarcamos, em todos eles, 100% das questões cobradas 
na prova! A nossa intenção é repetir a mesma experiência nesse concurso do 
MPU-2013! Portanto, aos estudos! 
Com o estudo desse material, você, Aluno, não precisará 
preocupar-se com a aquisição de outros materiais adicionais ou Livros de 
Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP. A dica é estudar as Aulas Teóricas, 
fazer os Exercícios Comentados, ler a lei seca e repetir os exercícios com 
gabarito. 
Aconselho a ler o material pelo menos 3 VEZES, deixando 1 delas 
para a última semana antes da prova. 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP– TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
4 
Uma das grandes vantagens dos Cursos do Ponto dos Concursos 
elaborados para determinados concursos (ex: MPU) é a abordagem específica 
de CADA PONTO DO EDITAL, fechando todas as lacunas possíveis de 
matérias e questões a serem cobradas pelo examinador. 
Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastidão de 
assuntos, são muito pouco específicos, objetivos e direcionados para a sua 
prova. Por outro lado, os Cursos do Ponto, de uma maneira geral, tentam levar 
ao aluno os principais tópicos a serem cobrados na prova, com base em cada 
item do edital, com comentários teóricos e por meio de exercícios de fixação 
dos assuntos especificamente estudados nas aulas. 
Nessa linha, disponibilizarei os seguintes Cursos para esse 
concurso do MPU, além das outras matérias ministradas no Ponto dos 
Concursos: 
1. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TEORIA 
E EXERCÍCIOS; 
2. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – 
EXERCÍCIOS; 
3. DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TEORIA E EXERCÍCIOS - 
AJAJ 
Ressalto novamente que este Curso de Legislação Aplicada ao 
MPU e ao CNMP, que agora se inicia, tem por foco preparar os concurseiros 
que irão concorrer especificamente a TODOS os cargos (Analista e 
Técnico)! 
Seguindo a linha de nossos Cursos ministrados no Ponto dos 
Concursos, este Curso para terá um CARÁTER PRÁTICO, voltado para o que, 
efetivamente, vem sendo cobrado nas últimas provas de concursos. 
Além do conhecimento e embasamento teórico que o aluno tem 
que dominar, é fundamental na preparação para concursos que o aluno faça e 
refaça quantos exercícios puder das matérias a ser estudadas, para que os 
conhecimentos apreendidos sejam verdadeiramente solidificados, 
aperfeiçoados e lapidados. 
Prova disso é que, mesmo após ser realizada uma leitura atenta e 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP– TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
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debruçada sobre determinado material, quando vamos responder às questões 
ficamos com um “montão” de dúvidas. Parece até que não aprendemos direito, 
e ai dizemos: “mas eu estudei isto? como não sei responder à questão?” 
Nestes casos, o aluno aprende, mas às vezes a sua visão e 
entendimento não foi pontual, não memorizou os pontos mais relevantes, 
correndo o risco de errar questões relativamente fáceis pela ausência de 
prática e por não ter visto o assunto com “outros olhos”, outro viés. 
Desse modo, os exercícios propiciam exatamente isto aos alunos: 
lapidarem seus conhecimentos teóricos para atentarem facetas não 
percebidas ao longo do estudo teórico, além também de revisarem e 
rememorarem a teoria. 
Como a Banca Organizadora do concurso atual é o CESPE/UNB (a 
mesma do último concurso), a maioria dos exercícios serão por mim 
elaborados ou adaptados das bancas mais relevantes, sendo realizados na 
forma de ITENS Certos ou Errados. 
Desse modo, teremos uma parte teórica, com destaques e dicas 
dos pontos altos, e uma lista de várias questões comentadas! 
Abarcaremos, ademais, os aspectos mais relevantes da legislação, 
da Constituição Federal e da atual jurisprudência dos Tribunais Superiores, na 
trilha do que tem cobrado as organizadoras, evitando-se as indesejáveis 
discussões teórico-doutrinárias (ineficientes para provas!), pouco frutíferas 
para o resultado almejado pelos concursandos, que é saber o necessário para 
gabaritar as questões de Legislação Aplicada ao MPU e aoCNMP. 
Predisponho-me a ser um orientador dos estudos de cada um de 
vocês, e não um Professor que passa o conhecimento eminentemente técnico. 
Ao final de cada aula, farei um RESUMO do assunto abordado, 
destacando os pontos mais relevantes. 
Creio que, com a exaustiva resolução de questões e com uma metodologia 
mais prática e didática, conseguiremos fechar a matéria de Legislação 
Aplicada ao MPU e ao CNMP! Até porque comentaremos exaustivamente 
todos os pontos do Edital listados abaixo, sem qualquer lacuna. 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP– TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
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Gente, é assunto “pra caramba”!! Portanto, aos estudos! 
Conteúdo do Curso: 
EDITAL 2013 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP: 
1 Ministério Público da União. 
1.1 Lei Orgânica do Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75/1993). 
1.2 Perfil constitucional do Ministério Público e suas funções institucionais. 
1.3 Conceito. 
1.4 Princípios institucionais. 
1.5 A autonomia funcional e administrativa. 
1.6 A iniciativa legislativa. 
1.7 A elaboração da proposta orçamentária. 
1.8 Os vários Ministérios Públicos. 
1.9 O Procurador-Geral da República: requisitos para a investidura e procedimento de 
destituição. 
1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 
1.11 Funções exclusivas e concorrentes. 
1.12 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias, prerrogativas e 
vedações. 
2 Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1 Composição. 2.2 Atribuições 
constitucionais. 
 
4. Cronograma do Curso 
 
Este Curso de LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP, 
como veremos no cronograma abaixo, será ministrado em apenas 8 AULAS + 
Aula Demonstrativa, que se inicia linhas abaixo. 
A programação das aulas será nos seguintes termos1: 
MPU – Ministério Público da União 
AULA DEMONSTRATIVA – Ministério Público – Perfil Constitucional 
(Introdução). 
AULA 1 (22/03/2013) – Ministério Público – Perfil Constitucional - O 
Ministério Público na Constituição Federal de 1988: princípios, garantias, 
vedações, estrutura e funções institucionais; 
 
1
 Obs: o cronograma das Aulas poderá ser alterado a qualquer tempo mediante prévio aviso aos Alunos na parte aberta 
do curso, no Campo AVISOS. 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
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Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1 Composição. 2.2 
Atribuições constitucionais. 
AULA 2 (29/03/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 1. 
1 Ministério Público da União. 1.1 Lei Orgânica do Ministério Público da 
União (Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993). 1.2 Perfil 
constitucional. 1.3 Conceito. 1.4 Princípios institucionais. 1.5 A autonomia 
funcional e administrativa. 1.6 A iniciativa legislativa. 1.7 A elaboração da 
proposta orçamentária. 1.8 Os vários Ministérios Públicos. 1.9 O Procurador-
Geral da República: requisitos para a investidura e procedimento de 
destituição. 1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 1.11 Funções institucionais. 
1.12 Funções exclusivas e concorrentes. 1.13 Membros: ingresso na carreira, 
promoção, aposentadoria, garantias, prerrogativas e vedação. 
AULA 3 (05/04/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 2. 
AULA 4 (12/04/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 3. 
AULA 5 (19/04/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 4. 
AULA 6 (26/04/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 5. 
AULA 7 (03/05/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 6. 
AULA 8 (10/05/2013) – Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 
1993 – Parte 7. 
 
Obs: Sempre aconselho aos alunos a acompanharem a parte 
aberta do Curso, no Campo AVISOS, espaço onde postamos eventuais 
recados e informes durante a vigência do Curso, inclusive de possíveis 
alterações nas datas das aulas. 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
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8 
AULA DEMONSTRATIVA 
 
Prezados Alunos, esta é uma pequena Aula Demonstrativa de 
nosso Curso, apenas para iniciarmos o estudo da matéria. 
 
 
Foquem suas mentes e estudos para esse concurso do MPU! Vocês 
trabalharão, em breve, em uma das unidades do MPU! Tenham fé... 
 
 
1. O Ministério Público na Constituição Federal de 1988: 
princípios, garantias, vedações, estrutura e funções 
institucionais. 
 
 
A Constituição Federal de 1988 abre o Capítulo IV de seu texto 
prelecionando acerca das Funções Essenciais à Justiça (órgãos e entidades 
correlatas e paralelas ao Poder Judiciário, que contribuem de forma decisiva 
para o funcionamento da Justiça). 
Uma das características do Poder Judiciário é a inércia (Princípio 
Constitucional Processual da INÉRCIA), isto é, a jurisdição não pode ser 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
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exercida de ofício pelo próprio Judiciário, dependendo exclusivamente da 
provocação das partes. Com isso, não existe Ação na Justiça sem que um 
AUTOR a interponha, não havendo processo sem partes. 
Mas muitos pode se perguntar por que o Magistrado não pode agir 
de ofício? Segundo o art. 5º, LIV, da CF, todos têm direito a um processo justo 
(Princípio do Devido Processo Legal). Se o juiz der início à causa, estará ele 
comprometendo sua capacidade subjetiva (imparcialidade), maculando o 
processo justo. Portanto, a inércia existe para salvaguardar a imparcialidade 
do Juiz, decorrência natural do Devido Processo Legal. 
Com isso, dada a inércia do Poder Judiciário, a Constituição atribui 
capacidade postulatória (capacidade de demandar na Justiça) às seguintes 
instituições: Ministério Público, a Advocacia Pública, a Advocacia 
Privada e a Defensoria Pública. Todos, nas suas esferas de competência e 
atribuições, concorrem para o efetivo funcionamento do sistema judiciário 
brasileiro. 
Tais instituições são essenciais à Justiça porque não existe 
demanda sem autor ou processo sem parte. Ocorre, porém, que tais 
instituições são essenciais não apenas à Justiça, mas para todo o Estado, pois 
tais instituições têm outras atribuições que não apenas a promoção da 
demanda. 
Nesse sentido, o Ministério Público, em particular, ressalta como 
uma das principais instituições estatais da sociedade brasileira. Por expressa 
definição da CF-88, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e 
dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Detalharemos posteriormente 
todos os elementos de sua definição constitucional. 
CF-88 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial 
à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. 
Na esteira do Direito Comparado (Direito dos outros países), o 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
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10 
Ministério Público foi constituído no Brasil desde o período republicano. Por isso 
que o Ministério Público já foi chamado por muitos de um 4º Poder, ao lado 
dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. 
No entanto, para a maioria, não se trata de um novo Poder, mas 
apenas um órgão a mais com funções estatais especiais, com autonomia e 
independência diferenciadas. O Constituinte sobrelevou o MP como o órgão de 
defesa da sociedade, que patrocinaria os seus interesses contra os detentores 
do poder político e econômico, como também contra atos ilegais do Estado e 
de seus agentes. 
Para tamanha responsabilidade, o Ministério Público deveria 
permear todos os espaços estatais, em todos os Entes Federados (União, 
Estados, DF e Municípios) e todas as Justiças Especializadas (Justiça 
Federal/Eleitoral, do Trabalho, Militar). Desse modo, seguindo a metodologia 
de alguns países estrangeiros, o Ministério Público brasileiro foi organizado 
do seguinte modo: 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
 
É isso o que dispõe o art. 128 da CF-88: 
CF-88 
Art. 128. O MINISTÉRIO PÚBLICO (GÊNERO) abrange: 
I - o Ministério Público da UNIÃO (MPU), que compreende: 
a) o Ministério Público FEDERAL (MPF); 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
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(ANALISTA E TÉCNICO) 
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11 
b) o Ministério Público do TRABALHO (MPT); 
c) o Ministério Público MILITAR (MPM); 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT); 
II - os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MP ESTADUAIS) 
 
O MP Genérico é dividido em 2 (duas) grandes vertentes, de acordo 
com o Ente Federado envolvido: Ministério Público da UNIÃO e Ministério 
Público dos ESTADOS. O MP da União é subdivido em MPF, MPT, MPM e 
MPDFT. Estes são os MPs com atribuições da União. 
Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do 
DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-
88 prevê expressamente sua composição dentro do MPU. Juntamente com o 
TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos da União. 
Observem que NÃO EXISTE MP MUNICIPAL! 
Como assim, Professor? Mas não tem um Promotor em cada 
cidade? Sim, tem. No entanto, este Promotor é Estadual, com lotação na 
Comarca Municipal. Da mesma forma que não existe Juiz Municipal, também 
não existe Promotor Municipal, ok? 
O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? Veremos com detalhes 
que o MP ELEITORAL faz parte das funções do Ministério Público FEDERAL. 
Por isso que não se encontra entre as classificações do Ministério Público 
citadas acima. 
Com efeito, o termo Ministério Público é bastante genérico, por 
isso é necessário que visualizemos estas subdivisões constitucionais. Cada um 
dos Ministérios Públicos têm suas respectivas atribuições legais e 
constitucionais. Em nosso Curso estudaremos as peculiaridades do Ministério 
Público da União (MPU). 
É possível esquematizar a estrutura do MP nos seguintes termos 
mais didáticos: 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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12 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
 
 
Chefia do Ministério Público da União. 
O Ministério Público da União (MPU) é Chefiado pelo Procurador-
Geral da República (PGR). 
Como é eleito/escolhido esse PGR, Professor? 
O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os 
integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do Ministério Público 
Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar 
– MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 
O que a CF-88 preleciona: que o PGR será nomeado dentre os 
integrantes da Carreira do MPU, que, em tese abarcaria todos os ramos do 
MPU. Muitos doutrinadores entendem dessa forma abrangedora (Alexandre de 
Moraes, por exemplo). Essa posição decorre do MS 21.239 do STF que definiu 
o MPU como unitário. A maioria dos doutrinadores não entram nesse mérito. 
Contudo, A despeito de a CF não prever, entende-se apenas na 
prática que os membros do Ministério Público FEDERAL é que podem ser 
PGR. 
Isso se justifica pelo fato de os outros ramos do MPU ser muito 
específicos, e no STF o PGR atuará em assuntos diversos. Há, inclusive, Projeto 
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13 
de Emenda Constitucional nesse sentido (PEC nº 358/05). 
Nessa PEC, além de alterar diversas outras previsões do Poder 
Judiciário (Ex: vitaliciedade com 3 anos), visa indicar isso expressamente, de 
que o PGR será indicado entre apenas os membros do MPF e não dos outros 
ramos do MPU. Com essa PEC, a celeuma sobre o tema será finalizada. 
PEC nº 358/05 
Art. 128. 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-
Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes da carreira do Ministério Público Federal, maiores 
de trinta e cinco anos, após aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois 
anos, permitida uma recondução. 
Para piorar a discursão, cabe ressaltar que existe outra PEC em 
sentido contrário (PEC nº 307/2008), que visa consolidar o PGR como 
oriundo de qualquer dos ramos do MPU (MPF, MPT, MPM ou MPDFT). 
PEC nº 308/2008 
Art. 128 - 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, alternadamente entre os 
quatro ramos que o compõem, maiores de trinta e cinco anos, 
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros 
do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a 
recondução. 
De todo modo, vale gravar para fins de prova do MPU que o PGR é 
indicado entre os Membros da CARREIRA do MPU, ok? Pois esse é o texto da 
Constituição, a despeito das interpretações variáveis. 
O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação 
deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL 
(“sabatina” do Senado). 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
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14 
O mandato do PGR é de 2 ANOS, permitidas indefinidas 
reconduções, isto é, poderá ser reconduzido ao cargo quantas vezes desejar 
o Presidente da República. Ressalte-se que as reconduções devem respeitar as 
mesmas formalidades da assunção inicial ao cargo (nomeação do Presidente 
da República e aprovação da maioria absoluta do Senado). 
É possível a destituição/exoneração do cargo de PGR antes do 
término do mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada também pelo 
Presidente da República e aprovada pelo Senado Federal. 
 
Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
OPGR tem autonomia para nomear os respectivos Chefes do MPT 
e MPM. O Chefe do MPF será o próprio PGR, enquanto que o Chefe do 
MPDFT será nomeado à parte, pelo Presidente da República. 
CF-88 
Art. 128 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 
dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por 
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
Lei Complementar nº 75/93 
Art. 25. O Procurador-Geral da República é o chefe do 
Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, permitida a recondução precedida de nova decisão 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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15 
do Senado Federal. 
Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral 
da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá 
ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado 
Federal, em votação secreta. 
 
Chefia do Ministério Público dos Estados. 
O Chefe do Ministério Público Estadual e do DF é o Procurador-
Geral de Justiça (PGJ). 
Cuidado! O Procurador-Geral do Estado é o Chefe da 
Procuradoria do Estado (que são os Advogados do Estado). Não confundir com 
o Procurador-Geral de Justiça, que é o Chefe do MP Estadual. 
A nomeação do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será com base 
em Lista Tríplice (Lista de 3 Nomes) dentre os integrantes da carreira. A 
nomeação será realizada tão somente pelo Chefe do Executivo: 
• Governador - nos ESTADOS, ou pelo 
• Presidente da República - para o Distrito Federal (DF). 
 
Importante! 
Como visto, há uma diferença clara na nomeação do PGR e PGJ: 
enquanto que para a nomeação do PGR é necessária a aprovação do Senado, 
para a nomeação dos Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ), basta a nomeação 
do Chefe do Executivo (Governador ou Presidente da República), não 
necessitando da interferência das Assembléias Legislativas Estaduais ou da 
Câmara Legislativa do DF nas respectivas nomeações. 
O Mandato do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será de 2 
ANOS, sendo permitida apenas 1 (uma) única recondução! 
Outra diferença importante entre o PRG e PGJ: enquanto o 
mandato do PGR é de 2 ANOS, sendo permitidas quantas reconduções 
desejar o Presidente da República, os Procuradores-Gerais de Justiça 
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16 
(PGJs) terá mandato de 2 ANOS, mas só poderão ser reconduzidos por + 1 
MANDATO (1 única recondução). 
 
 
Mandatos do PGR e do PGJ: 
o PGR – 2 ANOS e indefinidas reconduções (2 ANOS + 2 
+2 +2 +2.....) 
o PGJ – 2 ANOS + 1 RECONDUÇÃO (2 ANOS + 2 ANOS) 
O procedimento de destituição do PGJ é também diferente do PGR. 
Enquanto que a destituição do PGR é um ato complexo, do Presidente da 
República + o SENADO, a destituição do PGJ é realizada por deliberação da 
Assembleia Legislativa dos Estados ou do SENADO FEDERAL, no caso 
do DF! Na destituição do PGJ não há participação do Governador do Estado ou 
do Presidente da República, ressalvado no caso do PGJ do DF, que o art. 156, 
§3º, da LC nº 75/93 prevê hipótese de representação do Presidente da 
República. 
Cuidado! A destituição do PGJ do DF será realizada por 
deliberação do SENADO e não da Câmara Legislativa, ok? Isto porque o 
MPDFT faz parte do MP da União (MPU). 
 
Nomeação e Destituição do PGJ: 
Nomeação do PGJ Governador ou 
Presidente da República (MPDFT) 
Destituição do PGJ Assembleia Legislativa ou 
SENADO (MPDFT) 
 
Destituição do PGR – Procurador-Geral da República: 
Presidente da República + SENADO 
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17 
Vale acrescentar que o STF já decidiu na ADIN 1.962-RO que é 
inconstitucional norma contida na Constituição Estadual que disponha de forma 
diversa acerca da nomeação ou destituição do cargo de Procurador-Geral de 
Justiça. 
CF-88 
Art. 128 
§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal 
e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da 
carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu 
Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder 
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma 
recondução. 
§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito 
Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação 
da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei 
complementar respectiva. 
Lei nº 8.625/93 
Art. 9º Os Ministérios Públicos dos Estados formarão lista 
tríplice, dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, 
para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo 
Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, 
permitida uma recondução, observado o mesmo procedimento. 
§ 1º A eleição da lista tríplice far-se-á mediante voto 
plurinominal de todos os integrantes da carreira. 
§ 2º A destituição do Procurador-Geral de Justiça, por 
iniciativa do Colégio de Procuradores, deverá ser precedida de 
autorização de um terço dos membros da Assembleia 
Legislativa. 
§ 3º Nos seus afastamentos e impedimentos o Procurador-Geral de 
Justiça será substituído na forma da Lei Orgânica. 
§ 4º Caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a nomeação do 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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Procurador-Geral de Justiça, nos quinze dias que se seguirem ao 
recebimento da lista tríplice, será investido automaticamente no 
cargo o membro do Ministério Público mais votado, para exercício 
do mandato. 
 
 
 
Na próxima Aula daremos continuidade ao nosso estudo acerca da 
composição do Ministério Público. 
Pessoal, este foi apenas um aperitivo. Na próxima Aula 
continuaremos nosso estudo! 
De todo modo, curtam alguns exercícios!!!! 
Abaixo 2 listas de Exercícios: a 1ª com comentários e a 2ª apenas 
com gabarito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
 
QUESTÃO 1: TRE - GO - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 
01/02/2009. 
Segundo a CF, o Ministério Público da União (MPU) compreende vários ramos. 
Assinale a opção que não corresponde a ramo do MPU. 
a) Ministério Público Federal 
b) Ministério Público Eleitoral 
c) Ministério Público do Trabalho 
d) Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
 
COMENTÁRIOS: 
O Ministério Público brasileiro foi organizado do seguinte modo: 
a)O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
 
É isso o que dispõe o art. 128 da CF-88: 
CF-88 
Art. 128. O MINISTÉRIO PÚBLICO (GÊNERO) abrange: 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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20 
I - o Ministério Público da UNIÃO (MPU), que compreende: 
a) o Ministério Público FEDERAL (MPF); 
b) o Ministério Público do TRABALHO (MPT); 
c) o Ministério Público MILITAR (MPM); 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT); 
II - os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MP ESTADUAIS) 
 
O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? O MP ELEITORAL faz 
parte das funções do Ministério Público FEDERAL. Por isso que não se 
encontra entre as classificações do Ministério Público citadas acima. 
É possível esquematizar a estrutura do MP nos seguintes termos 
mais didáticos. Notem que o MPE/RJ está fora do MP da União, pois faz parte 
do Ministério Público dos Estados: 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
O único que não foi expressamente previsto como sendo 
componente do MPU foi o Ministério Público Eleitoral, apesar de fazer parte do 
MPF. 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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21 
RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 2: TRE - TO - Técnico Judiciário – Administrativo [FCC] - 
20/02/2011. 
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, 
nomeado, dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, pelo 
a) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
b) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, 
vedada a recondução. 
c) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, 
permitida a recondução. 
d) Senado Federal após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
e) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pela Câmara dos 
Deputados, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Ministério Público da União (MPU) é Chefiado pelo Procurador-
Geral da República (PGR). 
Como é eleito/escolhido esse PGR, Professor? 
O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os 
integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do Ministério Público 
Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar 
– MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 
O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação 
deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL 
(“sabatina” do Senado). O mandato do PGR é de 2 ANOS, permitidas 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
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22 
indefinidas reconduções, isto é, poderá ser reconduzido ao cargo quantas 
vezes desejar o Presidente da República. Ressalte-se que as reconduções 
devem respeitar as mesmas formalidades da assunção inicial ao cargo 
(nomeação do Presidente da República e aprovação da maioria absoluta do 
Senado). 
CF-88 
Art. 128 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 
dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por 
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
Lei Complementar nº 75/93 
Art. 25. O Procurador-Geral da República é o chefe do 
Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, permitida a recondução precedida de nova decisão 
do Senado Federal. 
Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral 
da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá 
ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado 
Federal, em votação secreta. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 3: FURNAS - Direito 3 - Jurídico A [FUNRIO] - 08/11/2009. 
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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23 
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático 
e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Ministério Público, em particular, ressalta como uma das 
principais instituições estatais da sociedade brasileira. Por expressa definição 
da CF-88, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis. Detalharemos posteriormente 
todos os elementos de sua definição constitucional. 
CF-88 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial 
à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 4: TRE - MA - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 
21/06/2009. 
O MP da União engloba, entre outros, o MPDFT. 
 
COMENTÁRIOS: 
Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do 
DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-
88 prevê expressamente sua composição dentro do MPU. Juntamente com o 
TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos da União. 
Assim é a divisão básica de nosso MP (conceito genérico): 
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24 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 5: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 
19/04/2008. 
Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos 
estados e do DF. 
 
COMENTÁRIOS: 
Não, como estudado, o Ministério Público em sentido amplo abrange todo o MP 
da União (MPF, MPM, MPT e MPDFT), bem como os Ministérios Públicos dos 
Estados.RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 6: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa 
[CESPE] - 19/04/2008. 
No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu que o 
Ministério Público é instituição permanente, essencial à justiça, à qual compete 
representar a União, judicial e extrajudicialmente. 
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25 
 
COMENTÁRIOS: 
Atenção! 
Pegadinha de prova! A representação da União, em juízo ou fora dele, é 
realizada pela AGU (Advocacia-Geral da União) e não pelo Ministério 
Público! 
Esta confusão ocorre porque antigamente, antes da CF-88, não existia a AGU, 
mas apenas o MP, que cumpria a função de também representar a União. Na 
atualidade, somente a AGU tem esse papel. 
CF-88 
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, 
diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, 
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei 
complementar que dispuser sobre sua organização e 
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento 
jurídico do Poder Executivo. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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26 
 
EXERCÍCIOS com GABARITO 
 
QUESTÃO 1: TRE - GO - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 
01/02/2008. 
Segundo a CF, o Ministério Público da União (MPU) compreende vários ramos. 
Assinale a opção que não corresponde a ramo do MPU. 
a) Ministério Público Federal 
b) Ministério Público Eleitoral 
c) Ministério Público do Trabalho 
d) Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
QUESTÃO 2: TRE - TO - Técnico Judiciário – Administrativo [FCC] - 
20/02/2011. 
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, 
nomeado, dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, pelo 
a) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
b) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, 
vedada a recondução. 
c) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, 
permitida a recondução. 
d) Senado Federal após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
e) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pela Câmara dos 
Deputados, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
QUESTÃO 3: FURNAS - Direito 3 - Jurídico A [FUNRIO] - 08/11/2009. 
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
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27 
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático 
e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
QUESTÃO 4: TRE - MA - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 
21/06/2009. 
O MP da União engloba, entre outros, o MPDFT. 
QUESTÃO 5: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 
19/04/2008. 
Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos 
estados e do DF. 
QUESTÃO 6: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa 
[CESPE] - 19/04/2008. 
No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu que o 
Ministério Público é instituição permanente, essencial à justiça, à qual compete 
representar a União, judicial e extrajudicialmente. 
 
 
GABARITOS OFICIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 2 3 4 5 6 
B C C C E E 
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28 
 
RESUMO DA AULA 
 
A Constituição atribui capacidade postulatória (capacidade de 
demandar na Justiça) às seguintes instituições: Ministério Público, a 
Advocacia Pública, a Advocacia Privada e a Defensoria Pública. 
O Ministério Público, em particular, ressalta como uma das 
principais instituições estatais da sociedade brasileira. Por expressa definição 
da CF-88, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis. 
O Ministério Público brasileiro foi organizado do seguinte modo: 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
O MP Genérico é dividido em 2 (duas) grandes vertentes, de acordo 
com o Ente Federado envolvido: Ministério Público da UNIÃO e Ministério 
Público dos ESTADOS. O MP da União é subdivido em MPF, MPT, MPM e 
MPDFT. Estes são os MPs com atribuições da União. 
Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do 
DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-
88 prevê expressamente sua composição dentro do MPU. Juntamente com o 
TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos da União. 
Observem que NÃO EXISTE MP MUNICIPAL! 
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29 
O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? Veremos com detalhes 
que o MP ELEITORAL faz parte das funções do Ministério Público FEDERAL. 
O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? Veremos com detalhes 
que o MP ELEITORAL faz parte das funções do Ministério Público FEDERAL. 
Por isso que não se encontra entre as classificações do Ministério Público 
citadas acima. 
É possível esquematizar a estrutura do MP nos seguintes termos 
mais didáticos: 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
O Ministério Público da União (MPU) é Chefiado pelo Procurador-
Geral da República (PGR). 
O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os 
integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do Ministério Público 
Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar 
– MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 
O que a CF-88 preleciona: que o PGR será nomeado dentre os 
integrantes da Carreira do MPU, que, em tese abarcaria todos os ramos do 
MPU. Muitos doutrinadores entendem dessa forma abrangedora (Alexandre de 
Moraes, por exemplo). Essa posição decorre do MS 21.239 do STF que definiu 
o MPU como unitário. A maioria dos doutrinadores não entram nesse mérito. 
Contudo, A despeito de a CF não prever, entende-se apenas na 
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30 
prática que os membros do Ministério Público FEDERAL é que podem ser 
PGR. 
Isso se justifica pelo fato de os outros ramos do MPU ser muito 
específicos, e no STF o PGR atuará em assuntos diversos. Há, inclusive, Projeto 
de Emenda Constitucional nesse sentido (PEC nº 358/05). 
Nessa PEC, além de alterar diversas outras previsões do Poder 
Judiciário (Ex: vitaliciedade com 3 anos), visa indicar isso expressamente, de 
que o PGR será indicado entre apenas os membros do MPF e não dos outros 
ramos do MPU. Com essa PEC, a celeuma sobre o tema será finalizada. 
PEC nº 358/05 
Art. 128. 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-
Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes da carreira do Ministério Público Federal, maiores 
de trinta e cinco anos, após aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois 
anos, permitida uma recondução. 
Para piorar a discursão, cabe ressaltar que existe outra PEC em 
sentido contrário (PEC nº 307/2008), que visa consolidar o PGR como 
oriundo de qualquer dos ramos do MPU (MPF, MPT, MPM ou MPDFT). 
PEC nº 308/2008 
Art. 128 - 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, alternadamente entre os 
quatro ramos que o compõem, maiores de trinta e cinco anos, 
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros 
do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a 
recondução. 
De todo modo, vale gravar para fins de prova do MPU que o PGR é 
indicado entre os Membros da CARREIRA do MPU, ok? Pois esse é o texto da 
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TODOS OS CARGOS 
(ANALISTA E TÉCNICO) 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
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31 
Constituição, a despeito das interpretações variáveis. 
O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação 
deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL 
(“sabatina” do Senado). 
É possível a destituição/exoneração do cargo de PGR antes do 
término do mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada também pelo 
Presidente da República e aprovada pelo Senado Federal. 
 
Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
Cuidado! O Procurador-Geral do Estado é o Chefe da 
Procuradoria do Estado (que são os Advogados do Estado). Não confundir com 
o Procurador-Geral de Justiça, que é o Chefe do MP Estadual. 
A nomeação do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será com base 
em Lista Tríplice (Lista de 3 Nomes) dentre os integrantes da carreira. A 
nomeação será realizada tão somente pelo Chefe do Executivo: 
• Governador - nos ESTADOS, ou pelo 
• Presidente da República - para o Distrito Federal (DF). 
 
Importante! 
Como visto, há uma diferença clara na nomeação do PGR e PGJ: 
enquanto que para a nomeação do PGR é necessária a aprovação do Senado, 
para a nomeação dos Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ), basta a nomeação 
do Chefe do Executivo (Governador ou Presidente da República), não 
necessitando da interferência das Assembléias Legislativas Estaduais ou da 
Câmara Legislativa do DF nas respectivas nomeações. 
Mandatos do PGR e do PGJ: 
o PGR – 2 ANOS e indefinidas reconduções (2 ANOS + 2 
+2 +2 +2.....) 
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32 
o PGJ – 2 ANOS + 1 RECONDUÇÃO (2 ANOS + 2 ANOS) 
o Nomeação e Destituição do PGJ: 
Nomeação do PGJ Governador ou 
Presidente da República (MPDFT) 
Destituição do PGJ Assembleia Legislativa ou 
SENADO (MPDFT) 
 
o Destituição do PGR – Procurador-Geral da República: 
o Presidente da República + SENADO 
 
 
 
Espero a todos na AULA 1! 
Fraterno Abraço e até a próxima! 
Ricardo Gomes 
Por sua aprovação! 
 
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1 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
 
Chegamos ao nosso 1º encontro no Curso de Legislação 
Aplicada ao MPU e ao CNMP! 
Vocês não têm noção do Nº de aprovados que serão 
nomeados nesse concurso! Não tenho medo de chutar que serão 
chamados mais de 2000 aprovados, conforme os concursos de 2007 e 
2010! 
Fico feliz de começarmos nossa trajetória rumo à aprovação 
neste maravilhoso concurso do MPU-2013! 
Há bastante tempo até o dia em que a prova será realizada. 
Portanto, aos estudos! 
Desejo a todos sucesso nessa reta final! 
Antes de começarmos nosso estudo, para animar a todos, 
segue abaixo um Quadro com as respectivas remunerações já com o 
aumento salarial. 
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2 
 
Agora vamos lá! 
Ricardo Gomes 
Por sua aprovação! 
Disponibilizarei para o Concurso do MPU os seguintes Cursos: 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TEORIA E 
EXERCÍCIOS; 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – EXERCÍCIOS; 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TEORIA E EXERCÍCIOS - AJAJ 
Não percam esta oportunidade de praticarem e aperfeiçoarem ainda mais 
seus conhecimentos! 
 
 
 
 
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3 
 
1. O Ministério Público na Constituição Federal de 1988: 
princípios, garantias, vedações, estrutura e funções 
institucionais (continuação da Aula Demonstrativa). 
 
 
A Constituição Federal de 1988 abre o Capítulo IV de seu texto 
prelecionando acerca das Funções Essenciais à Justiça (órgãos e entidades 
correlatas e paralelas ao Poder Judiciário, que contribuem de forma decisiva 
para o funcionamento da Justiça). 
Uma das características do Poder Judiciário é a inércia (Princípio 
Constitucional Processual da INÉRCIA), isto é, a jurisdição não pode ser 
exercida de ofício pelo próprio Judiciário, dependendo exclusivamente da 
provocação das partes. Com isso, não existe Ação na Justiça sem que um 
AUTOR a interponha, não havendo processo sem partes. 
Mas muitos pode se perguntar por que o Magistrado não pode agir 
de ofício? Segundo o art. 5º, LIV, da CF, todos têm direito a um processo justo 
(Princípio do Devido Processo Legal). Se o juiz der início à causa, estará ele 
comprometendo sua capacidade subjetiva (imparcialidade), maculando o 
processo justo. Portanto, a inércia existe para salvaguardar a imparcialidade 
do Juiz, decorrência natural do Devido Processo Legal. 
Com isso, dada a inércia do Poder Judiciário, a Constituição atribui 
capacidade postulatória (capacidade de demandar na Justiça) às seguintes 
instituições: Ministério Público, a Advocacia Pública, a Advocacia 
Privada e a Defensoria Pública. Todos, nas suas esferas de competência e 
atribuições, concorrem para o efetivo funcionamento do sistema judiciário 
brasileiro. 
Tais instituições são essenciais à Justiça porque não existe 
demanda sem autor ou processo sem parte. Ocorre, porém, que tais 
instituições sãoessenciais não apenas à Justiça, mas para todo o Estado, pois 
tais instituições têm outras atribuições que não apenas a promoção da 
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4 
demanda. 
Nesse sentido, o Ministério Público, em particular, ressalta como 
uma das principais instituições estatais da sociedade brasileira. Por expressa 
definição da CF-88, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e 
dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Detalharemos posteriormente 
todos os elementos de sua definição constitucional. 
CF-88 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial 
à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. 
Na esteira do Direito Comparado (Direito dos outros países), o 
Ministério Público foi constituído no Brasil desde o período republicano. Por isso 
que o Ministério Público já foi chamado por muitos de um 4º Poder, ao lado 
dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. 
No entanto, para a maioria, não se trata de um novo Poder, mas 
apenas um órgão a mais com funções estatais especiais, com autonomia e 
independência diferenciadas. O Constituinte sobrelevou o MP como o órgão de 
defesa da sociedade, que patrocinaria os seus interesses contra os detentores 
do poder político e econômico, como também contra atos ilegais do Estado e 
de seus agentes. 
Para tamanha responsabilidade, o Ministério Público deveria 
permear todos os espaços estatais, em todos os Entes Federados (União, 
Estados, DF e Municípios) e todas as Justiças Especializadas (Justiça 
Federal/Eleitoral, do Trabalho, Militar). Desse modo, seguindo a metodologia 
de alguns países estrangeiros, o Ministério Público brasileiro foi organizado 
do seguinte modo: 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
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5 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
 
É isso o que dispõe o art. 128 da CF-88: 
CF-88 
Art. 128. O MINISTÉRIO PÚBLICO (GÊNERO) abrange: 
I - o Ministério Público da UNIÃO (MPU), que compreende: 
a) o Ministério Público FEDERAL (MPF); 
b) o Ministério Público do TRABALHO (MPT); 
c) o Ministério Público MILITAR (MPM); 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT); 
II - os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MP ESTADUAIS) 
 
O MP Genérico é dividido em 2 (duas) grandes vertentes, de acordo 
com o Ente Federado envolvido: Ministério Público da UNIÃO e Ministério 
Público dos ESTADOS. O MP da União é subdivido em MPF, MPT, MPM e 
MPDFT. Estes são os MPs com atribuições da União. 
Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do 
DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-
88 prevê expressamente sua composição dentro do MPU. Juntamente com o 
TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos da União. 
Observem que NÃO EXISTE MP MUNICIPAL! 
Como assim, Professor? Mas não tem um Promotor em cada 
cidade? Sim, tem. No entanto, este Promotor é Estadual, com lotação na 
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6 
Comarca Municipal. Da mesma forma que não existe Juiz Municipal, também 
não existe Promotor Municipal, ok? 
O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? Veremos com detalhes 
que o MP ELEITORAL faz parte das funções do Ministério Público FEDERAL. 
Por isso que não se encontra entre as classificações do Ministério Público 
citadas acima. 
Com efeito, o termo Ministério Público é bastante genérico, por 
isso é necessário que visualizemos estas subdivisões constitucionais. Cada um 
dos Ministérios Públicos têm suas respectivas atribuições legais e 
constitucionais. Em nosso Curso estudaremos as peculiaridades do Ministério 
Público da União (MPU). 
É possível esquematizar a estrutura do MP nos seguintes termos 
mais didáticos: 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
 
 
Chefia do Ministério Público da União. 
O Ministério Público da União (MPU) é Chefiado pelo Procurador-
Geral da República (PGR). 
Como é eleito/escolhido esse PGR, Professor? 
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7 
O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os 
integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do Ministério Público 
Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar 
– MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 
O que a CF-88 preleciona: que o PGR será nomeado dentre os 
integrantes da Carreira do MPU, que, em tese abarcaria todos os ramos do 
MPU. Muitos doutrinadores entendem dessa forma abrangedora (Alexandre de 
Moraes, por exemplo). Essa posição decorre do MS 21.239 do STF que definiu 
o MPU como unitário. A maioria dos doutrinadores não entram nesse mérito. 
Contudo, A despeito de a CF não prever, entende-se apenas na 
prática que os membros do Ministério Público FEDERAL é que podem ser 
PGR. 
Isso se justifica pelo fato de os outros ramos do MPU ser muito 
específicos, e no STF o PGR atuará em assuntos diversos. Há, inclusive, Projeto 
de Emenda Constitucional nesse sentido (PEC nº 358/05). 
Nessa PEC, além de alterar diversas outras previsões do Poder 
Judiciário (Ex: vitaliciedade com 3 anos), visa indicar isso expressamente, de 
que o PGR será indicado entre apenas os membros do MPF e não dos outros 
ramos do MPU. Com essa PEC, a celeuma sobre o tema será finalizada. 
PEC nº 358/05 
Art. 128. 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-
Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes da carreira do Ministério Público Federal, maiores 
de trinta e cinco anos, após aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois 
anos, permitida uma recondução. 
Para piorar a discursão, cabe ressaltar que existe outra PEC em 
sentido contrário (PEC nº 307/2008), que visa consolidar o PGR como 
oriundo de qualquer dos ramos do MPU (MPF, MPT, MPM ou MPDFT). 
PEC nº 308/2008 
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8 
Art. 128 - 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, alternadamente entre os 
quatro ramos que o compõem, maiores de trinta e cinco anos, 
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros 
do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a 
recondução. 
De todo modo, vale gravar para fins de provado MPU que o PGR é 
indicado entre os Membros da CARREIRA do MPU, ok? Pois esse é o texto da 
Constituição, a despeito das interpretações variáveis. 
O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação 
deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL 
(“sabatina” do Senado). 
O mandato do PGR é de 2 ANOS, permitidas indefinidas 
reconduções, isto é, poderá ser reconduzido ao cargo quantas vezes desejar 
o Presidente da República. Ressalte-se que as reconduções devem respeitar as 
mesmas formalidades da assunção inicial ao cargo (nomeação do Presidente 
da República e aprovação da maioria absoluta do Senado). 
É possível a destituição/exoneração do cargo de PGR antes do 
término do mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada também pelo 
Presidente da República e aprovada pelo Senado Federal. 
 
Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
O PGR tem autonomia para nomear os respectivos Chefes do MPT 
e MPM. O Chefe do MPF será o próprio PGR, enquanto que o Chefe do 
MPDFT será nomeado à parte, pelo Presidente da República. 
CF-88 
Art. 128 
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9 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 
dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por 
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
Lei Complementar nº 75/93 
Art. 25. O Procurador-Geral da República é o chefe do 
Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, permitida a recondução precedida de nova decisão 
do Senado Federal. 
Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral 
da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá 
ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado 
Federal, em votação secreta. 
 
Chefia do Ministério Público dos Estados. 
O Chefe do Ministério Público Estadual e do DF é o Procurador-
Geral de Justiça (PGJ). 
Cuidado! O Procurador-Geral do Estado é o Chefe da 
Procuradoria do Estado (que são os Advogados do Estado). Não confundir com 
o Procurador-Geral de Justiça, que é o Chefe do MP Estadual. 
A nomeação do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será com base 
em Lista Tríplice (Lista de 3 Nomes) dentre os integrantes da carreira. A 
nomeação será realizada tão somente pelo Chefe do Executivo: 
• Governador - nos ESTADOS, ou pelo 
• Presidente da República - para o Distrito Federal (DF). 
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10 
 
Importante! 
Como visto, há uma diferença clara na nomeação do PGR e PGJ: 
enquanto que para a nomeação do PGR é necessária a aprovação do Senado, 
para a nomeação dos Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ), basta a nomeação 
do Chefe do Executivo (Governador ou Presidente da República), não 
necessitando da interferência das Assembléias Legislativas Estaduais ou da 
Câmara Legislativa do DF nas respectivas nomeações. 
O Mandato do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será de 2 
ANOS, sendo permitida apenas 1 (uma) única recondução! 
Outra diferença importante entre o PRG e PGJ: enquanto o 
mandato do PGR é de 2 ANOS, sendo permitidas quantas reconduções 
desejar o Presidente da República, os Procuradores-Gerais de Justiça 
(PGJs) terá mandato de 2 ANOS, mas só poderão ser reconduzidos por + 1 
MANDATO (1 única recondução). 
 
Mandatos do PGR e do PGJ: 
o PGR – 2 ANOS e indefinidas reconduções (2 ANOS + 2 
+2 +2 +2.....) 
o PGJ – 2 ANOS + 1 RECONDUÇÃO (2 ANOS + 2 ANOS) 
O procedimento de destituição do PGJ é também diferente do PGR. 
Enquanto que a destituição do PGR é um ato complexo, do Presidente da 
República + o SENADO, a destituição do PGJ é realizada por deliberação da 
Assembleia Legislativa dos Estados ou do SENADO FEDERAL, no caso 
do DF! Na destituição do PGJ não há participação do Governador do Estado ou 
do Presidente da República, ressalvado no caso do PGJ do DF, que o art. 156, 
§3º, da LC nº 75/93 prevê hipótese de representação do Presidente da 
República. 
Cuidado! A destituição do PGJ do DF será realizada por 
deliberação do SENADO e não da Câmara Legislativa, ok? Isto porque o 
MPDFT faz parte do MP da União (MPU). 
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Nomeação e Destituição do PGJ: 
Nomeação do PGJ Governador ou 
Presidente da República (MPDFT) 
Destituição do PGJ Assembleia Legislativa ou 
SENADO (MPDFT) 
 
Destituição do PGR – Procurador-Geral da República: 
Presidente da República + SENADO 
Vale acrescentar que o STF já decidiu na ADIN 1.962-RO que é 
inconstitucional norma contida na Constituição Estadual que disponha de forma 
diversa acerca da nomeação ou destituição do cargo de Procurador-Geral de 
Justiça. 
CF-88 
Art. 128 
§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal 
e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da 
carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu 
Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder 
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma 
recondução. 
§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito 
Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação 
da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei 
complementar respectiva. 
Lei nº 8.625/93 
Art. 9º Os Ministérios Públicos dos Estados formarão lista 
tríplice, dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, 
para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo 
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12 
Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, 
permitida uma recondução, observado o mesmo procedimento. 
§ 1º A eleição da lista tríplice far-se-á mediante voto 
plurinominal de todos os integrantes da carreira. 
§ 2º A destituição do Procurador-Geral de Justiça, por 
iniciativa do Colégio de Procuradores, deverá ser precedida de 
autorização de um terço dos membros da Assembleia 
Legislativa. 
§ 3º Nos seus afastamentos e impedimentos o Procurador-Geral de 
Justiça será substituído na forma da Lei Orgânica. 
§ 4º Caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a nomeação do 
Procurador-Geral de Justiça, nos quinze dias que se seguirem ao 
recebimento da lista tríplice, será investido automaticamente no 
cargo o membro do Ministério Público mais votado, para exercício 
do mandato. 
 
 
Princípios Institucionais do Ministério Público. 
A CF-88, no art. 127, §1º, estabelece três princípios institucionais 
básicos do Ministério Público: Unidade, Indivisibilidade e Independência 
Funcional. 
 1º - UNIDADE – segundo este princípio, os Membros do 
Ministério Público integram um único órgão, abaixo da direção de um 
respectivo Procurador-Geral(Procurador-Geral da República, para o MPU; 
Procurador-Geral de Justiça, para os MPs Estaduais e do DF). 
A Unidade colocada é dentro de cada Ministério Público específico. 
O Ministério Público Federal é único, considerando-se apenas o MPF. O MPT, o 
MPDFT e o MPM são únicos, considerando-se unidades estanques e separadas. 
Da mesma forma, cada Ministério Público Estadual é único, não 
existindo unidade, por exemplo, entre o MP do Rio de Janeiro e o de São Paulo. 
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13 
 
2º - INDIVISIBILIDADE – Os Membros do Ministério 
Público exercem suas funções em nome de toda a Instituição, o que autoriza a 
substituição dos Promotores ou Procuradores, por outros pares respectivos, 
sem desnaturar o exercício funcional. 
Em termos simples, para este Princípio os Membros do MP 
(Promotor ou Procurador) são o próprio Ministério Público corporificado 
(indivisível), o que autoriza substituições de Membros, dentro de critérios 
objetivos previamente estabelecidos. 
Assim, os Membros do MP não se vinculam diretamente às 
atividades específicas que estão desenvolvendo. Se um Promotor estiver 
atuando em um processo e, por exemplo, sair de férias, poderá outro 
substituí-lo normalmente. Este outro também será o “Ministério Público”, 
incorporando a instituição MP. 
 
3º - INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – Os Membros do 
Ministério Públicos não estão vinculados a nenhum dos Poderes da República 
(Executivo, Legislativo e Judiciário), devendo respeito tão somente à 
Constituição, às Leis e a sua própria consciência. Assim, no exercício funcional 
não estão sujeitos às convicções dos órgãos superiores do próprio Ministério 
Público (não havendo hierarquia entre o Chefe do MP e o Promotor da Comarca 
do interior). Este Promotor tem Independência Funcional! 
A hierarquia existente entre os Membros do MP (Chefes e Membros 
comuns) é de natureza eminentemente administrativa (Não funcional). 
Assim, por exemplo, o Chefe do MP não pode ditar ao Promotor ou Procurador 
como deverá atuar em determinado processo, se deve ou não entrar com uma 
Ação Penal ou Cível, qual posição deve adotar em determinado Parecer, etc. 
Este Princípio da Independência Funcional consubstancia a 
chamada Autonomia de Convicção que todo Membro do MP possui, possui 
não se submetem a qualquer Poder da República e nem a sua Chefia, no 
exercício de suas atividades funcionais. Inclusive é hipótese constitucional de 
Crime de Responsabilidade eventual ato do Presidente da República que violar 
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14 
a independência do Ministério Público (art. 85, II, da CF-88). 
 
CF-88 
Art. 127 
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a 
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
 
Princípio do Promotor Natural. 
O Princípio do Promotor Natural é extraído do Devido Processo 
Legal e de dois específicos dispositivos do art. 5º da Constituição Federal 
(incisos XXXVII e LIII), referentes ao Princípio do Juiz Natural. 
O Promotor Natural é aquele investido regularmente no Cargo 
(investidura) e com atribuição constitucional o exercício das funções 
institucionais do Ministério Público. A CF-88 garante que ninguém será 
processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. O 
processamento somente poderá ser deflagrado pela autoridade competente, o 
Promotor Natural. 
O Princípio do Promotor Natural veda eventuais designações de 
Promotor específico para determinados casos (acusador de exceção) ou para 
determinadas pessoas (Promotor ad personam), também chamados de 
Promotor Ad Hoc. 
O Promotor deve ser escolhido por critérios objetivos e abstratos, 
previamente definidos na Legislação específica, não sendo autorizada a escolha 
deste ou daquele Promotor para exercer suas funções em determinado 
processo. Assim, referido Princípio limita os Poderes do Chefe do MP, que não 
poderá designar Promotor diverso do que o previamente definido de acordo 
com a lei. 
O Promotor Natural consagra a garantia de imparcialidade dos 
Membros do MP, impedindo designações casuístas e arbitrárias (retirar um 
Promotor de um caso para colocar outro que atenda a determinados 
interesses). 
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15 
 
Garantias e Vedações do Ministério Público. 
Os Membros do Ministério Público ostentam as mesmas Garantias 
constitucionais dos integrantes do Poder Judiciário (Magistrados), quais sejam: 
Vitaliciedade, Inamovibilidade e Irredutibilidade do Subsídio. 
Estas garantias institucionais visam conferir maior autonomia e 
independência no exercício de suas funções. Imagine um Promotor que 
estivesse atuando em determinado Processo Eleitoral contra o Prefeito de 
determinada cidade. Em virtude disso, tivesse seu salário reduzido ou mesmo 
fosse removido para outro município. Não dá, não é verdade? É por isso que os 
Membros do MP necessitam, igualmente aos Juízes, destas garantias mínimas. 
 
GARANTIAS dos Membros do MP: 
1. VITALICIEDADE – após o cumprimento de 2 ANOS de 
estágio probatório, os Membros do MP somente poderão 
perder o cargo por Sentença Judicial transitada em 
julgada (da qual não caiba mais recursos). 
A Vitaliciedade, portanto, é adquirida após 2 ANOS de 
efetivo exercício na função (período/estágio probatório), após 
a aprovação no respectivo concurso de provas e títulos. 
 
2. INAMOVIBILIDADE – em regra, os Membros do MP NÃO 
poderão ser transferidos compulsoriamente de seus cargos, 
de uma lotação para outra (na prática, de um Município ou 
local de lotação para outro) ou mesmo promovido 
unilateralmente, ressalvada a hipótese excepcional de 
interesse público, com decisão da maioria absoluta de 
votos do Órgão Colegiado do MP. 
Para que ocorra esta remoção excepcional, devem-se 
respeitar os seguintes requisitos: 
o ser assegurada a AMPLA DEFESA ao Membro do MP; 
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16 
o comprovado interesse público e 
o deliberação da maioria absoluta do Órgão 
Colegiado 
 Assim, em regra, o Membro do MP não pode ser removido 
ou promovido de ofício, sem seu consentimento. 
 
3. IRREDUTIBILIDADE DO SUBSÍDIO – o subsídio 
(remuneração total) dos Membros do MP é irredutível, isto é, 
não pode ser reduzida por lei ou ato do Chefe do MP. Esta 
irredutibilidade de subsídio é apenas nominal (valor de face), 
segundo o STF, não garantindo eventuais perdas do poder 
aquisitivo decorrente da inflação (corrosão inflacionária) e 
nem possíveis aumentos de tributos que diminuam seu valor 
final. 
Além destas garantias, destacam-se a Autonomia 
Administrativa e Financeira do Ministério Público: 
� Autonomia Administrativa – consiste na capacidade de 
autogestão ou autoadministração. O Ministério Público poderá 
propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus 
cargos e serviços auxiliares (servidores do MP), provendo-os 
por concurso público; poderá definir a política remuneratória 
e os planos de carreira; engloba nesta autonomia a 
possibilidadede adquirir bens, contratar serviços; gerir os 
seus recursos humanos (contratação, aposentadoria, 
pensões, etc). 
� Autonomia Financeira – é a capacidade de elaborar sua 
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos pela 
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), bem como de gerir os 
recursos que lhe forem destinados. A iniciativa da Lei 
Orçamentária não é de competência do próprio Ministério 
Público, pois sua proposta deve integrar o Orçamento Geral 
da União, submetido pelo Chefe do Poder Executivo 
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17 
(Presidente ou Governador). 
 
 
VEDAÇÕES aos Membros do MP: 
1. Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, 
honorários, percentagens ou custas processuais – o 
Membro do MP somente receberá seu respectivo subsídio 
mensal, não sendo autorizado o pagamento, a título do 
exercício de suas funções, de outras espécies 
remuneratórias, a exemplo, possíveis honorários, 
percentagens de ganhos judiciais ou os valores referentes ás 
custas processuais. 
 
2. Exercer a Advocacia – antes da CF-88 os Membros do MP 
exerciam a Advocacia. No entanto, após a promulgação do 
novo texto constitucional, passou a ser vedado a qualquer 
Membro do MP o exercício da Advocacia Privada, salvo 
para aqueles que já eram Promotores ou Procuradores antes 
da CF-88. A estes se assegurou o direito à Advocacia. 
 
3. Participar de Sociedade Comercial, na forma da lei. Esta 
vedação tem que ser interpretada em termos. O Membro do 
MP não poderá participar de eventual Sociedade Comercial no 
sentido de exercer ele próprio o comércio ou ser gerente da 
“empresa”. Lógico que poderá ser Cotista e Acionista da 
Sociedade, conforme preceitua o art. 237, III, da LC nº 
75/93. 
 
4. Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra 
função pública, salvo uma de Magistério – o Promotor ou 
Procurador não podem exercer, ao mesmo tempo, outro 
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18 
cargo público (ex: serem Juízes; Auditores Fiscais; 
acumularem a anterior função de Técnico ou Analista do MPE 
com a nova função de Promotor, etc), salvo outra função 
pública de Magistério (ex: Professor de Universidade Pública 
Federal). 
 
5. Exercer Atividade Político-partidária – a CF-88 antes da 
EC. 45/04 previa hipótese de exercício excepcional de 
atividade político-partidária por parte de Membro do MP. No 
entanto, hoje qualquer Membro do MP é considerado 
inelegível absolutamente para qualquer cargo eletivo. 
Segundo o STF e o CNMP, esta vedação vale apenas para 
os Membros do MP que ingressaram na carreira depois 
da EC 45/2004. Os que ingressaram antes remanescem 
com o direito a participarem de eleições, nos limites da lei. É 
o caso, por exemplo, de Fernando Capez, que se candidatou 
a Deputado Estadual de São Paulo e Pedro Tasse, que é 
Procurador da República e hoje é Senador por MT. 
 
6. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou 
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou 
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei – esta 
vedação visa garantir a independência e imparcialidade dos 
Membros do MP, que não podem pautar sua atuação a favor 
ou contra pessoas físicas, jurídicas e entidades que os tenha, 
de alguma forma, beneficiado. 
 
7. Quarentena de 3 ANOS – igualmente aos Juízes, os 
Membros do MP que se afastarem do cargo em decorrência 
de Aposentadoria ou Exoneração, não poderão exercer a 
Advocacia no Juízo ou Tribunal no qual exercia suas funções 
pelo período mínimo de 3 ANOS. 
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19 
 
8. Exercer a representação judicial ou consultoria jurídica 
de entidades públicas – antes da CF-88, o Ministério Público 
também exercia o papel de “Advogado do Estado”. Esta 
atribuição foi conferida posteriormente às Procuradorias 
Estaduais e à Advocacia-Geral da União. 
 
CF-88 
Art. 128 
§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa 
é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a 
organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, 
observadas, relativamente a seus membros: 
I - as seguintes GARANTIAS: 
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder 
o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; 
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, 
mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério 
Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, 
assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, 
e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, 
§ 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
II - as seguintes VEDAÇÕES: 
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, 
percentagens ou custas processuais; 
b) exercer a advocacia; 
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
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20 
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função 
pública, salvo uma de magistério; 
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições 
de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as 
exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
Art. 128 
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto 
no art. 95, parágrafo único, V 
Art. 95. 
Parágrafo único. Aos juízes e MP é vedado: 
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se 
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do 
cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
Funções Institucionais do Ministério Público. 
As Funções Institucionais são as atribuições do Ministério Público 
elencadas no texto constitucional e pela legislação específica, de acordo com o 
norte definido pela CF-88. Portanto, o rol de funções institucionais previsto na 
Constituição não é exaustivo, pois se abriu a possibilidade de lei 
infraconstitucional também dispor acerca novas hipóteses (art. 129, IX, da CF-
88). 
Funções Institucionais prevista na CF-88: 
a) promover, privativamente, a Ação Penal Pública, na forma 
da lei – o Ministério Público é o dominus littis da Ação Penal, 
ou seja, detém a titularidade e o monopólio da Ação Penal 
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21 
Pública. Nenhum outro órgão possui a atribuição de deflagrar 
e acompanhar a Ação Penal de natureza Pública. Há apenas a 
ressalva legal (Código de Processo Penal) da possibilidade de 
Ação Penal Privada subsidiária da Pública,quando não 
intentada pelo Ministério Público dentro do prazo legal. A 
despeito desta possibilidade, o MP sempre fica com a 
titularidade da Ação Penal Pública. A Ação Penal Privada não 
é de competência do MP, mas do Particular. 
O MP poderá interpor a Ação Penal Pública 
independentemente da instauração de Inquérito Policial, 
desde que possua os elementos mínimos para o início do 
Processo Penal. 
 
b) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos 
serviços de relevância pública aos direitos assegurados 
nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a 
sua garantia – esta é a função ombudsman ou Defensor do 
Povo e dos Direitos Humanos. O Ministério Público como 
Fiscal da Lei deve prezar pelo respeito aos direitos 
fundamentais e sociais garantidos à pessoa humana no texto 
constitucional. Para tanto, deve utilizar de todos os meios 
legais e processuais disponíveis. Exemplo: instauração de 
Ação Civil Pública, Inquérito Administrativo, impetração de 
Mandado de Segurança, etc. 
 
c) promover o Inquérito Civil e a Ação Civil Pública, para a 
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e 
de outros interesses difusos e coletivos – o Ministério Público 
como fiscal da lei deve preservar o Patrimônio Histórico, 
Artístico e Paisagístico, o Meio Ambiente e todos os 
interesses difusos e coletivos. Por exemplo, poderá interpor 
Ação Civil Pública (ACP) contra o IPHAN (Instituto do 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para que este tome 
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22 
as medidas necessárias à preservação do valor histórico de 
determinada propriedade particular tombada; poderá interpor 
Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa contra 
autoridade pública infratora; atuação na defesa dos 
consumidores, das crianças e do adolescente, dos deficientes 
físicos, idosos, etc. O Inquérito Civil é um procedimento 
administrativo de competência do MP para apurar 
determinados fatos, antes da interposição de uma Ação Civil 
Pública. Tem natureza investigatória, com a finalidade de 
recolher elementos probatórios que justifiquem a propositura 
de uma ACP. Faz às vezes de um Inquérito Policial. 
A legitimação do Ministério Público para as Ações Civis 
Públicas NÃO impede a legitimação de terceiros, nas 
mesmas hipóteses, segundo o disposto na CF-88 e na Lei nº 
7.347/85. Nesta Lei prevê legitimação do MP, da Defensoria 
Pública, da União, Estados, DF, Municípios, entre outros, para 
interposição da ACP. 
 
d) promover a Ação de Inconstitucionalidade ou 
Representação para fins de intervenção da União e dos 
Estados, nos casos previstos nesta Constituição – o 
Procurador-Geral da República (PGR) é competente no 
âmbito da União para interpor Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) e Representação para 
Intervenção da União nos Estados. No âmbito Estadual, cabe 
a Procurador-Geral de Justiça (PGJ) interpor a ADI e a 
Representação de Intervenção do Estado no Município. 
 
e) defender judicialmente os direitos e interesses das 
populações indígenas – os Povos indígenas, bem como os 
Quilombolas, remanescentes de Quilombos, são protegidos 
pelo Ministério Público na esfera judicial, especialmente pelo 
Ministério Público Federal (MPF). 
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23 
 
f) expedir notificações nos procedimentos administrativos de 
sua competência, requisitando informações e documentos 
para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva – o 
Ministério Público foi autorizado constitucionalmente a 
requisitar informações e documentos necessários à instrução 
de seus processos administrativos instaurados internamente, 
ressalvados apenas aqueles dados protegidos pelo sigilo 
bancário, fiscal e telefônico, que depende de autorização 
judicial a sua liberação. 
 
g) exercer o controle externo da atividade policial, na forma 
da lei complementar mencionada no artigo 128 – o Ministério 
Público é o órgão fiscalizador e controlador de toda a 
atividade policial, seja na União ou dos Estados. 
LC nº 75/93 - UNIÃO 
 Art. 3º O Ministério Público da União exercerá o controle externo 
da atividade policial tendo em vista: 
 a) o respeito aos fundamentos do Estado Democrático de 
Direito, aos objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil, aos princípios informadores das relações internacionais, bem 
como aos direitos assegurados na Constituição Federal e na lei; 
 b) a preservação da ordem pública, da incolumidade das 
pessoas e do patrimônio público; 
 c) a prevenção e a correção de ilegalidade ou de abuso de 
poder; 
 d) a indisponibilidade da persecução penal; 
 e) a competência dos órgãos incumbidos da segurança 
pública. 
 
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24 
h) requisitar diligências investigatórias e a instauração de 
Inquérito Policial, indicados os fundamentos jurídicos de 
suas manifestações processuais – o Ministério Público poderá 
requisitar a instauração de Inquérito Policial pela Autoridade 
Policial competente (Delegado), bem como, de possíveis 
diligências investigatórias. 
 
i) exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que 
compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a 
representação judicial e a consultoria jurídica de entidades 
públicas – este dispositivo abre espaço para a criação de 
outras funções institucionais, além das previstas no texto da 
Constituição, bem como consagra a vedação da prestação de 
consultoria ou representação judicial de entidades públicas (o 
Ministério Público não é mais “Advogado do Estado”). 
 
 
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 
 
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) foi instituído pela 
EC nº 45/04 com objetivo de fundar um órgão de Controle Externo do 
Ministério Público, com funções de natureza Administrativa e Financeira e 
de controle do cumprimento dos deveres funcionais de seus Membros. 
O CNMP é composto de 14 MEMBROS, todos nomeados pelo 
Presidente da Republica, após a “sabatina” (aprovação) do SENADO. Não 
confundir com o CNJ, que é composto de 15 Membros! 
Os Membros do CNMP exercem mandato de 2 ANOS, sendo 
admitida uma única recondução (2 ANOS + 2 ANOS). 
O Presidente do CNMP é o Procurador-Geral da República 
(PGR). O órgão é composto com a seguinte distribuição dos cargos: 
a) Procurador-Geral da República (Presidente); 
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25 
b) 4 Membros do MPU, assegurada a representação de cada 
uma de suas carreiras (MPF, MPT, MPM e MPDFT); 
c) 3 Membros do MP dos Estados; 
d) 2 Juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; 
e) 2 Advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB; 
f) 2 Cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, 
indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo 
Senado Federal. 
 
Friso que o CNMP NÃO exerce atividade jurisdicional, apenas 
controle administrativo/financeiro do Ministério Público. Isso pode ser uma 
pegadinha de prova,ok? Além da fiscalização administrativa de atos dos 
Ministérios Públicos existentes no país, o CNMP também formula políticas 
institucionais e elabora Relatórios Anuais da atuação da instituição, propondo 
ao Congresso Nacional a adoção de medidas legais para adequação e 
modernização do Ministério Público em âmbito nacional. 
Em especial, cabe ao CNMP: 
1) zelar pela Autonomia Funcional e Administrativa do Ministério 
Público, podendo expedir Atos Regulamentares, no âmbito 
de sua competência, ou recomendar providências – o 
CNMP detém competência regulamentadora para expedir 
Provimentos e Regulamentos aplicáveis a todo o Ministério 
Público (MPU e MP Estadual), inclusive poderá expedir 
recomendações para adoção de determinadas providências. 
Exemplo: o CNMP poderá regulamentar o horário mínimo de 
funcionamento das repartições dos Ministérios Públicos em 
âmbito nacional; regulamentar os exercícios de Promotores 
plantonistas em feriados e em horários alternativos; 
regulamentar Processos Administrativos Disciplinares de 
Promotores, etc. Vale ressaltar que o CNMP não tem 
competência para elevar o teto remuneratório dos Membros e 
Servidores do MP, pois tal ato depende de LEI e não de 
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26 
simples regulamentação (este foi o entendimento do STF na 
ADI 3.831 MC/DF). 
 
2) zelar pela observância do art. 37 da CF-88 (Princípios da 
Administração Pública) e apreciar, de ofício ou mediante 
provocação, a legalidade dos atos administrativos 
praticados por Membros ou órgãos do Ministério Público 
da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los 
ou fixar prazo para que se adotem as providências 
necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da 
competência dos Tribunais de Contas – o CNMP controlará a 
legalidade dos Atos Administrativos expedidos pelos Membros 
do MP, inclusive podendo anulá-los, refazê-los ou determinar 
que sejam alterados. Exemplo: determinar que seja revista 
penalidade aplicada a Promotor em Processo Disciplinar, por 
entender que foi branda ou severa demais. 
 
3) receber e conhecer das reclamações contra Membros ou 
órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, 
inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da 
competência disciplinar e correcional da instituição, podendo 
avocar processos disciplinares em curso, determinar a 
remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios 
ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar 
outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa – 
como já colocado, o CNMP detém ampla competência 
administrativa sobre os atos dos Ministérios Públicos 
Estaduais, destacando-se a possiblidade de avocar e 
instaurar diretamente Processos Disciplinares contra 
Membros do MP, bem como a aplicação de sanções 
disciplinares (remoção, aposentadoria compulsória e demais 
penalidades previstas em lei). O CNMP funciona também 
como uma Ouvidoria-Geral do Ministério Público, recebendo 
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27 
denúncias e representações contra Membros do MP em todo 
o país, além das Ouvidorias do MP da União e dos Estados. 
 
4) rever, de ofício ou mediante provocação, os Processos 
Disciplinares de Membros do Ministério Público da União ou 
dos Estados julgados há menos de 1 ANO – há este limite 
temporal para a revisão de Processos Disciplinares contra 
Membros do MP: devem ter sido julgados há apenas 1 ANO. 
Passado este prazo, o CNMP não mais poderá rever a 
decisão. É importante considerar que o Conselho poderá 
adentrar no mérito da decisão, se é ou não cabível a 
penalidade aplicável ou o arquivamento do processo. 
 
5) elaborar Relatório Anual, propondo as providências que 
julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no 
País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a 
mensagem encaminhada pelo Presidente da República ao 
Congresso Nacional, na forma do art. 84, XI, da CF-88. 
 
Corregedor do CNMP. 
Será eleito um Corregedor Nacional do CNMP entre seus 
Membros oriundos do Ministério Público (4 Membros do MPU e 3 Membros dos 
MPs Estaduais). O Corregedor Nacional será eleito, em votação secreta, para 
mandato de 2 ANOS, sendo VEDADA a recondução, com as seguintes 
atribuições: 
� receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, 
relativas aos Membros do Ministério Público e dos seus 
serviços auxiliares (servidores); 
� exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e 
correição geral; 
� requisitar e designar membros do Ministério Público, 
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28 
delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos 
do Ministério Público. 
 
Considerações acerca do CNMP: 
� Os Membros do CNMP que sejam oriundos do Ministério 
Público (4 Membros do MPU e 3 dos MPs Estaduais) devem 
ser indicados pelos respectivos Ministérios Públicos. Exemplo: 
o MPF indicará 1 de seus membros para representá-lo no 
CNMP. 
� Como o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho na 
qualidade de representante da OAB Nacional, este não 
poderá figurar como Membro do CNMP dentre a lista de 2 
Advogados indicados pelo próprio Conselho Federal da OAB. 
� A CF-88 determina à União e aos Estados a criação de 
ouvidorias do Ministério Público, competentes para 
receber reclamações e denúncias de qualquer interessado 
contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive 
contra seus serviços auxiliares, representando diretamente 
ao CNMP. Estes institutos facilitarão o controle exercido pelo 
próprio CNMP das atividades funcionais dos Membros do MP 
em todo o país. 
 
 
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas. 
O art. 130 da CF-88 prevê também um Ministério Público junto 
ao Tribunal de Contas (perante um órgão de natureza não jurisdicional), 
aplicando-se as mesmas garantias, vedações e forma de investidura até então 
estudadas. 
Observa-se que estes Ministérios Públicos dos Tribunais de Contas 
não fazem parte da estrutura do Ministério Público da União e nem dos 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
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29 
Estados, pois é instituído por lei de iniciativa do respectivo Tribunal de Contas, 
e não por lei orgânica de iniciativa do Procurador-Geral da República ou do 
Procurador-Geral de Justiça. 
Portanto, o MP junto aos Tribunais de Contas é um órgão estatal de 
identidade e fisionomia próprias, fora do MPU e do MP Estadual. Trata-se de 
órgão vinculado administrativamente ao Tribunal de Contas que atua. 
CF-88 
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos 
Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção 
pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. 
 
Considerações Finais acerca do Ministério Público: 
� As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por 
integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da 
respectiva lotação, salvo autorização do chefe da 
instituição. Será que todos os Promotores realmente residemnas comarcas em que trabalham? Rsrs. 
� O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante 
concurso público de provas e títulos, assegurada a 
participação da OAB em sua realização, exigindo-se do 
bacharel em direito, no mínimo, 3 ANOS de atividade jurídica 
e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. 
� A distribuição de processos no Ministério Público será 
IMEDIATA. 
 
 
 
 
 
 
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30 
 
 
EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
 
QUESTÃO 1: TRE - GO - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 
01/02/2009. 
Segundo a CF, o Ministério Público da União (MPU) compreende vários ramos. 
Assinale a opção que não corresponde a ramo do MPU. 
a) Ministério Público Federal 
b) Ministério Público Eleitoral 
c) Ministério Público do Trabalho 
d) Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
 
COMENTÁRIOS: 
O Ministério Público brasileiro foi organizado do seguinte modo: 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
 
É isso o que dispõe o art. 128 da CF-88: 
CF-88 
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31 
Art. 128. O MINISTÉRIO PÚBLICO (GÊNERO) abrange: 
I - o Ministério Público da UNIÃO (MPU), que compreende: 
a) o Ministério Público FEDERAL (MPF); 
b) o Ministério Público do TRABALHO (MPT); 
c) o Ministério Público MILITAR (MPM); 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT); 
II - os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MP ESTADUAIS) 
 
O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? O MP ELEITORAL faz 
parte das funções do Ministério Público FEDERAL. Por isso que não se 
encontra entre as classificações do Ministério Público citadas acima. 
É possível esquematizar a estrutura do MP nos seguintes termos 
mais didáticos. Notem que o MPE está fora do MP da União, pois faz parte do 
Ministério Público dos Estados: 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
O único que não foi expressamente previsto como sendo 
componente do MPU foi o Ministério Público Eleitoral, apesar de fazer parte do 
MPF. 
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32 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 2: TRE - TO - Técnico Judiciário – Administrativo [FCC] - 
20/02/2011. 
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, 
nomeado, dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, pelo 
a) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
b) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, 
vedada a recondução. 
c) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, 
permitida a recondução. 
d) Senado Federal após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
e) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pela Câmara dos 
Deputados, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Ministério Público da União (MPU) é Chefiado pelo Procurador-
Geral da República (PGR). 
Como é eleito/escolhido esse PGR, Professor? 
O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os 
integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do Ministério Público 
Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar 
– MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 
O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação 
deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL 
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33 
(“sabatina” do Senado). O mandato do PGR é de 2 ANOS, permitidas 
indefinidas reconduções, isto é, poderá ser reconduzido ao cargo quantas 
vezes desejar o Presidente da República. Ressalte-se que as reconduções 
devem respeitar as mesmas formalidades da assunção inicial ao cargo 
(nomeação do Presidente da República e aprovação da maioria absoluta do 
Senado). 
CF-88 
Art. 128 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 
dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por 
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
Lei Complementar nº 75/93 
Art. 25. O Procurador-Geral da República é o chefe do 
Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, permitida a recondução precedida de nova decisão 
do Senado Federal. 
Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral 
da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá 
ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado 
Federal, em votação secreta. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 3: FURNAS - Direito 3 - Jurídico A [FUNRIO] - 08/11/2009. 
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34 
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático 
e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Ministério Público, em particular, ressalta como uma das 
principais instituições estatais da sociedade brasileira. Por expressa definição 
da CF-88, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis. Detalharemos posteriormente 
todos os elementos de sua definição constitucional. 
CF-88 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial 
à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 4: TRE - MA - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 
21/06/2009. 
O MP da União engloba, entre outros, o MPDFT. 
 
COMENTÁRIOS: 
Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do 
DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-
88 prevê expressamente sua composição dentrodo MPU. Juntamente com o 
TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos da União. 
Assim é a divisão básica de nosso MP (conceito genérico): 
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35 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 5: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 
19/04/2008. 
Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos 
estados e do DF. 
 
COMENTÁRIOS: 
Não, como estudado, o Ministério Público em sentido amplo abrange todo o MP 
da União (MPF, MPM, MPT e MPDFT), bem como os Ministérios Públicos dos 
Estados. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 6: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa 
[CESPE] - 19/04/2008. 
No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu que o 
Ministério Público é instituição permanente, essencial à justiça, à qual compete 
representar a União, judicial e extrajudicialmente. 
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36 
 
COMENTÁRIOS: 
Atenção! 
Pegadinha de prova! A representação da União, em juízo ou fora dele, é 
realizada pela AGU (Advocacia-Geral da União) e não pelo Ministério 
Público! 
Esta confusão ocorre porque antigamente, antes da CF-88, não existia a AGU, 
mas apenas o MP, que cumpria a função de também representar a União. Na 
atualidade, somente a AGU tem esse papel. 
CF-88 
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, 
diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, 
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei 
complementar que dispuser sobre sua organização e 
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento 
jurídico do Poder Executivo. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 7: TRT 24ª - Técnico Judiciário – Administrativo [FCC] - 
27/02/2011. 
O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de 
a) oito membros, nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
b) trinta e três membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. 
c) quinze membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. 
d) oito membros, nomeados pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça. 
e) quatorze membros, nomeados pelo Presidente da República. 
 
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37 
COMENTÁRIOS: 
O CNMP é composto de 14 MEMBROS, todos nomeados pelo 
Presidente da Republica, após a “sabatina” (aprovação) do SENADO. Não 
confundir com o CNJ, que é composto de 15 Membros! 
CF-88 
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público 
compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente 
da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta 
do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma 
recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 8: MPE - RS - Secretário de Diligências [FCC] - 19/12/2010. 
Quanto ao Ministério Público, considere: 
I. O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e 
títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua 
realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de 
atividade jurídica. 
II. A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente 
da República, deverá ser precedida de autorização da maioria simples do 
Congresso Nacional. 
III. Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal poderão ser 
destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma 
da lei complementar respectiva. 
IV. A legitimação do Ministério Público para as ações civis relativas à defesa de 
interesses das populações indígenas impede a de terceiros, nas mesmas 
hipóteses, segundo o disposto na Constituição Federal e na lei. 
Estão corretas APENAS as afirmações 
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38 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item I – correto. O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á 
mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da 
OAB em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, 3 
ANOS de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de 
classificação. 
CF-88 
Art. 129 
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante 
concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da 
Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do 
bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e 
observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
Item II – errado. 
É possível a destituição do cargo de PGR antes do término do 
mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada também pelo Presidente da 
República e aprovada pelo Senado Federal. 
Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
CF-88 
Art. 128 
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39 
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por 
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
Item III - correto. 
O procedimento de destituição do PGJ é também diferente do PGR. 
Enquanto que a destituição do PGR é um ato complexo, do Presidente da 
República + o SENADO, a destituição do PGJ é realizada por deliberação da 
Assembleia Legislativa dos Estados ou do SENADO FEDERAL, no caso 
do DF! Na destituição do PGJ não há participação do Governador do Estado ou 
do Presidente da República. 
Nomeação e Destituição do PGJ: 
Nomeação do PGJ Governador ou 
Presidente da República (MPDFT) 
Destituição do PGJ Assembleia Legislativa ou 
SENADO (MPDFT) 
Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
CF-88 
Art. 128 
§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito 
Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação 
da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei 
complementar respectiva. 
Item IV - errado. 
A legitimação do Ministério Público para as Ações Civis Públicas NÃO impede 
a legitimação de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto na 
CF-88 e na Lei nº 7.347/85. Nesta Lei prevê legitimação do MP, da Defensoria 
Pública, da União, Estados, DF, Municípios, entre outros, para interposição da 
ACP. 
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40 
Art. 129 
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis 
previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas 
hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 9: MPE - RS - Secretário de Diligências [FCC] - 19/12/2010. 
O Conselho Nacional do Ministério Público 
a) terá seus integrantes eleitos para um mandato de dois anos, vedada a 
recondução, sendo presidido pelo integrante mais antigo. 
b) tem como integrantes, dentre outros, dois juízes federais, indicados um pelo 
Superior Tribunal de Justiça e outro pelos Tribunais Regionais Federais. 
c) escolherá, em votação aberta e pública, um Corregedor nacional, dentre os 
membros do Ministério Público Estadual ou Federal, permitida uma 
recondução. 
d) compõe-se de quinze membros nomeados pelo Procurador-Geral da 
República, depois de aprovada a escolha pela maioria simples da Câmara dos 
Deputados. 
e) exerce o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério 
Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Os Membros do CNMP exercem mandato de 2 ANOS, sendo 
admitida uma única recondução (2 ANOS + 2 ANOS). O Presidente do 
CNMP é o Procurador-Geral da República (PGR). 
CF-88 
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se 
de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, 
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41 
depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado 
Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, 
sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
I o Procurador-Geral da República, que o preside; 
Item B – errado. 
O CNMP é composto com a seguinte distribuição dos cargos: 
a) Procurador-Geral da República (Presidente); 
b) 4 Membros do MPU, assegurada a representação de cada 
uma de suas carreiras (MPF, MPT, MPM e MPDFT); 
c) 3 Membros do MP dos Estados; 
d) 2 Juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; 
e) 2 Advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB; 
f) 2 Cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, 
indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo 
Senado Federal. 
Item C – errado. Será eleito um Corregedor Nacional do CNMP entre seus 
Membros oriundos do Ministério Público (4 Membros do MPU e 3 Membros dos 
MPs Estaduais). O Corregedor Nacional será eleito, em votação secreta, para 
mandato de 2 ANOS, sendo VEDADA a recondução. 
CF-88 
Art. 129 
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor 
nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, 
vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que 
lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: 
Item D – errado. A composição é de 14 Membros e não de 15. 
Item E – correto. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) foi 
instituído pela EC nº 45/04 com objetivo de fundar um órgão de Controle 
Externo do Ministério Público, com funções de natureza Administrativa e 
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42 
Financeira e de controle do cumprimento dos deveres funcionais de seus 
Membros. 
CF-88 
Art. 130-A 
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle 
da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do 
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-
lhe: 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 10: TJ - PA - Juiz Substituto de Carreira [FGV] - 
15/03/2009. 
As alternativas a seguir apresentam funções institucionais do Ministério 
Público, à exceção de uma. 
Assinale-a. 
a) Exercer o controle externo da atividade policial, podendo avocar a 
presidência de inquérito policial, quando verificado desvio de poder por parte 
da autoridade policial competente. 
b) Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de 
intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição. 
c) Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, 
requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei 
complementar respectiva. 
d) Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do 
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e 
coletivos. 
e) Defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. 
 
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43 
COMENTÁRIOS: 
São as seguintes as Funções Institucionais: 
a) promover, privativamente, a Ação Penal Pública, na forma 
da lei – o Ministério Público é o dominus littis da Ação Penal; 
b) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos 
serviços de relevância pública aos direitos assegurados 
nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a 
sua garantia; 
c) promover o Inquérito Civil e a Ação Civil Pública, para a 
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e 
de outros interesses difusos e coletivos; 
d) promover a Ação de Inconstitucionalidade ou 
Representação para fins de intervenção da União e dos 
Estados, nos casos previstos nesta Constituição; 
e) defender judicialmente os direitos e interesses das 
populações indígenas; 
f) expedir notificações nos procedimentos administrativos de 
sua competência, requisitando informações e documentos 
para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; 
g) exercer o controle externo da atividade policial, na forma 
da lei complementar mencionada no artigo 128. 
O único incorreto é o Item A, pois a CF-88 não autorizou a avocação da 
Presidência de Inquérito Policial. O MP não pode presidir Inquérito Policial, 
atribuição exclusiva da Autoridade Policial (Delegado). 
 
RESPOSTA CERTA: A 
 
QUESTÃO 11: ANTAQ - Analista Administrativo [CESPE] - 05/04/2009. 
Considere que determinado navio petroleiro, ao fazer a aproximação no porto 
de Santos, no estado de São Paulo, tenha colidido com outra embarcação, 
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44 
causando significativo dano ambiental nas praias daquele estado. 
A ação judicial de reparação de danos ambientais não será de competência 
privativa do Ministério Público. 
 
COMENTÁRIOS: 
Uma das atribuições do MP é a de promover o Inquérito Civil e a Ação Civil 
Pública, para a proteção do patrimônio público e social, do MEIO AMBIENTE e 
de outros interesses difusos e coletivos. No entanto, esta atribuição não é 
exclusiva, até porque a legitimação do Ministério Público para as Ações Civis 
Públicas NÃO impede a legitimação de terceiros, nas mesmas hipóteses, 
segundo o disposto na CF-88 e na Lei nº 7.347/85. Nesta Lei prevê legitimação 
do MP, da Defensoria Pública, da União, Estados, DF, Municípios, entre outros, 
para interposição da ACP. 
CF-88 
Art. 129 
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civisprevistas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas 
hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 12: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 
19/04/2009. 
O Conselho Nacional do Ministério Público 
a) pode avocar processos disciplinares em curso nos MPs. 
b) não tem poderes para determinar a remoção de membro do MP. 
c) é composto de quatorze membros, entre os quais cinco membros dos MPs 
dos estados, cada um representando uma região da Federação. 
d) deve ser presidido por seu conselheiro mais antigo. 
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45 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto e B - errado. Uma das atribuições do CNMP é a de receber e 
conhecer das reclamações contra Membros ou órgãos do Ministério Público da 
União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo 
da competência disciplinar e correcional da instituição, podendo AVOCAR 
processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a 
aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e 
aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa. 
Item C – errado. São 4 Membros do MPU e 3 dos MPs Estaduais. 
Item D – errado. É Presidido pelo PGR (Procurador-Geral da República). 
 
RESPOSTA CERTA: A 
 
QUESTÃO 13: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 
19/04/2009. 
Assinale a opção correta com relação ao que dispõe a CF acerca do MP. 
a) O MP, apesar de dotado de autonomia financeira, não é obrigado a elaborar 
sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
b) Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos 
estados e do DF. 
c) Entre as garantias concedidas aos membros do MP está a estabilidade após 
três anos de efetivo exercício. 
d) É função institucional do MP defender judicialmente os direitos e os 
interesses das populações carentes. 
e) Quando um membro do MP se aposenta, é vedado a ele advogar no juízo ou 
tribunal em que atuava, antes de que hajam transcorrido três anos da 
aposentadoria. 
 
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COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. É o contrário. Autonomia Financeira – é a capacidade de 
elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos pela Lei 
de Diretrizes Orçamentárias (LDO), bem como de gerir os recursos que lhe 
forem destinados. 
CF-88 
Art. 127 
§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária 
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
Item B – errado. O MP Brasileiro engloba o MP da UNIÃO (que, entre outros, 
está o MPF) e o MP dos Estados. 
Item C – errado. Não é a Estabilidade, mas a VITALICIEDADE – após o 
cumprimento de 2 ANOS de estágio probatório, os Membros do MP somente 
poderão perder o cargo por Sentença Judicial transitada em julgada (da 
qual não caiba mais recursos). 
A Vitaliciedade, portanto, é adquirida após 2 ANOS, e não 3 ANOS de efetivo 
exercício na função (período/estágio probatório), após a aprovação no 
respectivo concurso de provas e títulos. 
Item D – errado. Os interesses das populações carentes são defendidos 
judicialmente pela Defensoria Pública e não pelo MP. Cuidado! 
Item E – errado. Quarentena de 3 ANOS – igualmente aos Juízes, os 
Membros do MP que se afastarem do cargo em decorrência de Aposentadoria 
ou Exoneração, não poderão exercer a Advocacia no Juízo ou Tribunal no qual 
exercia suas funções pelo período mínimo de 3 ANOS. 
CF-88 
Art. 128 
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto 
no art. 95, parágrafo único, V 
Art. 95. 
Parágrafo único. Aos juízes e MP é vedado: 
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V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se 
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do 
cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 14: TJ - PA - Auxiliar Judiciário [FCC] - 24/05/2009. 
Quanto a escolha e nomeação do Procurador-Geral da República é INCORRETO 
afirmar que 
a) a aprovação do seu nome se dará pela maioria absoluta dos membros do 
Senado Federal. 
b) terá mandato de dois anos, permitida a recondução. 
c) deverá ter mais de trinta e cinco anos de idade. 
d) será nomeado pelo Presidente da Câmara dos Deputados. 
e) será escolhido dentre integrantes da carreira do Ministério Público da União. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Ministério Público da União (MPU) é Chefiado pelo Procurador-
Geral da República (PGR). 
O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os 
integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do Ministério Público 
Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar 
– MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 
O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação 
deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL 
(“sabatina” do Senado). O mandato do PGR é de 2 ANOS, permitidas 
indefinidas reconduções, isto é, poderá ser reconduzido ao cargo quantas 
vezes desejar o Presidente da República. Ressalte-se que as reconduções 
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devem respeitar as mesmas formalidades da assunção inicial ao cargo 
(nomeação do Presidente da República e aprovação da maioria absoluta do 
Senado). 
É possível a destituição do cargo de PGR antes do término do 
mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada também pelo Presidente da 
República e aprovada pelo Senado Federal. 
Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
O PGR tem autonomia para nomear os respectivos Chefes do MPT 
e MPM. O Chefe do MPF será o próprio PGR, enquanto que o Chefe do 
MPDFT será nomeado à parte, pelo Presidente da República. 
CF-88 
Art. 128 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 
dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por 
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
O único erro é a afirmação de que a nomeação do PGR será pelo Presidente da 
Câmara dos Deputados. 
 
RESPOSTA CERTA: D 
 
QUESTÃO 15: TJ - PA - Analista Judiciário – Direito [FCC] - 
24/05/2009. 
O Conselho Nacional do Ministério Público 
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a) é integrado, além de outros membros, por dois cidadãos de notável saberjurídico e reputação ilibada, indicados um pelo Congresso Nacional e outro pela 
Advocacia-Geral da União. 
b) escolherá, em votação pública e aberta, um Corregedor nacional, dentre os 
membros que o integram, permitida a recondução. 
c) compõe-se de onze membros, nomeados pelo Presidente do Congresso 
Nacional. 
d) é presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
e) tem dentre outras competências, a de efetuar o controle da atuação 
administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres 
funcionais de seus membros. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. O CNMP é composto com a seguinte distribuição dos cargos: 
a) Procurador-Geral da República (Presidente); 
b) 4 Membros do MPU, assegurada a representação de cada 
uma de suas carreiras (MPF, MPT, MPM e MPDFT); 
c) 3 Membros do MP dos Estados; 
d) 2 Juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; 
e) 2 Advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB; 
f) 2 Cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, 
indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo 
Senado Federal. 
Item B – errado. O Corregedor Nacional será eleito, em votação secreta, para 
mandato de 2 ANOS, sendo VEDADA a recondução, com as seguintes 
atribuições: 
CF-88 
Art. 129 
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor 
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nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, 
vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que 
lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: 
Item C – errado. São 14 Membros! 
Item D – errado. O Presidente é o PGR! 
Item E – correto. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) foi 
instituído pela EC nº 45/04 com objetivo de fundar um órgão de Controle 
Externo do Ministério Público, com funções de natureza Administrativa e 
Financeira e de controle do cumprimento dos deveres funcionais de seus 
Membros. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 16: TJ - PI - Analista Judiciário - Escrivão Judicial [FCC] - 
06/09/2009. 
Com relação ao Ministério Público, NÃO é sua a função institucional a de 
a) prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei. 
b) defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. 
c) expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, 
requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei 
complementar respectiva. 
d) requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, 
indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais. 
e) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância 
pública aos direitos assegurados na Constituição Federal, promovendo as 
medidas necessárias a sua garantia. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Esta competência é do Presidente da República. 
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51 
CF-88 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da 
lei; 
Todos os demais itens estão corretos, conforme Funções Institucionais 
comentadas em questão anterior. 
 
RESPOSTA CERTA: A 
 
QUESTÃO 17: TRT - 3ª Região - Analista Judiciário [FCC] - 
15/11/20099. 
No que diz respeito ao Ministério Público, observa-se que, seus membros, sem 
exceção, 
a) poderão, em quaisquer hipóteses, filiar-se a partidos políticos e disputar os 
mandatos eletivos federais, estaduais ou municipais. 
b) têm a prerrogativa de exercer a representação judicial e a consultoria 
jurídica de entidades públicas. 
c) poderão exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função 
pública, mas com prejuízo de sua remuneração. 
d) têm entre as funções institucionais, o exercício de outras funções que lhes 
forem conferidas, desde que compatíveis com suas finalidades. 
e) são portadores, desde a posse, das garantias da vitaliciedade, da 
inamovibilidade e da irredutibilidade de vencimentos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. 
É vedado ao Membro do MP exercer Atividade Político-partidária – a CF-88 
antes da EC. 45/04 previa hipótese de exercício excepcional de atividade 
político-partidária por parte de Membro do MP. No entanto, hoje qualquer 
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52 
Membro do MP é considerado inelegível absolutamente para qualquer cargo 
eletivo. Segundo o STF e o CNMP, esta vedação vale apenas para os 
Membros do MP que ingressaram na carreira depois da EC 45/2004. Os 
que ingressaram antes remanescem com o direito a participarem de eleições, 
nos limites da lei. É o caso, por exemplo, de Fernando Capez, que se 
candidatou a Deputado Estadual de São Paulo e Pedro Tasse, que é Procurador 
da República e hoje é Senador por MT. 
Item B – errado. Esta prerrogativa cabe às Procuradorias dos Estados e à AGU. 
Item C – errado. 
É vedado ao Membro do MP exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer 
outra função pública, salvo uma de Magistério – o Promotor ou Procurador 
não podem exercer, ao mesmo tempo, outro cargo público (ex: serem Juízes; 
Auditores Fiscais; acumularem a anterior função de Técnico ou Analista do MPE 
com a nova função de Promotor, etc), salvo outra função pública de Magistério 
(ex: Professor de Universidade Pública Federal). 
Item D – correto. Sim, conforme preceitua a CF-88, compete ao MP exercer 
outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua 
finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica 
de entidades públicas – este dispositivo abre espaço para a criação de outras 
funções institucionais, além das previstas no texto da Constituição, bem como 
consagra a vedação da prestação de consultoria ou representação judicial de 
entidades públicas (o Ministério Público não é mais “Advogado do Estado”). 
Item E – errado. Cuidado! Há 2 erros na questão. Um é a previsão de 
irredutibilidade de “vencimentos”. O texto da CF-88 é irredutibilidade de 
SUBSÍDIOS. De outro lado, a vitaliciedade só é adquirida a partir de 2 ANOS 
de efetivo exercício e não desde a posse. 
 
RESPOSTA CERTA: D 
 
QUESTÃO 18: SEFIN - RO - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais [FCC] - 
21/03/2010. 
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53 
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, 
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores 
de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta 
dos membros do 
a) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
b) Senado Federal, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
c) Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
d) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
e) Congresso Nacional, para mandato de um ano, permitida a recondução 
 
COMENTÁRIOS: 
O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os 
integrantesda carreira do MPU (poderá ser membro do Ministério Público 
Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar 
– MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 
O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação 
deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL 
(“sabatina” do Senado). O mandato do PGR é de 2 ANOS, permitidas 
indefinidas reconduções, isto é, poderá ser reconduzido ao cargo quantas 
vezes desejar o Presidente da República. Ressalte-se que as reconduções 
devem respeitar as mesmas formalidades da assunção inicial ao cargo 
(nomeação do Presidente da República e aprovação da maioria absoluta do 
Senado). 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 19: TRE - AL - Analista Judiciário – Judiciária [FCC ] - 
07/02/2010. 
É princípio institucional do Ministério Público, dentre outros, a 
a) autodeterminação dos povos. 
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54 
b) divisibilidade. 
c) dependência funcional. 
d) unidade. 
e) concessão de asilo político. 
 
COMENTÁRIOS: 
A CF-88, no art. 127, §1º, estabelece três princípios institucionais 
básicos do Ministério Público: Unidade, Indivisibilidade e Independência 
Funcional. 
CF-88 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. 
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a 
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
 
RESPOSTA CERTA: D 
 
QUESTÃO 20: PGE - SC - Analista Jurídico [FEPESE] - 18/04/2010. 
É correto afirmar, no que se refere ao Ministério Público segundo a 
Constituição brasileira, que: 
a) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador Geral de Justiça. 
b) O Ministério Público estadual tem por chefe o Procurador Geral do Estado. 
c) O Ministério Público da União compreende o Ministério Público estadual. 
d) O Procurador Geral da República não pode, sob hipótese alguma, ser 
destituído de seu cargo pelo Presidente da República. 
e) Dentre as funções constitucionais do Ministério Público encontra-se a defesa 
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55 
dos interesses individuais indisponíveis. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. O Chefe do MPU é o PGR e não o PGJ. 
Item B – errado. O Procurador-Geral do Estado é o Chefe da Procuradoria do 
Estado (que são os Advogados do Estado). O Chefe do Ministério Público 
Estadual é o Procurador-Geral de JUSTIÇA. 
Item C – errado. Não, como vimos, o Ministério Público em sentido amplo é 
que é dividido em MPU e MP Estaduais. 
Item D – errado. 
É possível a destituição do cargo de PGR antes do término do 
mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada também pelo Presidente da 
República e aprovada pelo Senado Federal. 
Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
Item E – correto. 
CF-88 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 21: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010. 
Considerando as normas constitucionais sobre as funções essenciais à justiça, 
julgue o item a seguir. 
Entre as funções institucionais do Ministério Público, está a de promover, em 
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56 
caráter exclusivo, a ação civil pública para a promoção do patrimônio público e 
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 
 
COMENTÁRIOS: 
A legitimação do Ministério Público para as Ações Civis Públicas NÃO impede 
a legitimação de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto na 
CF-88 e na Lei nº 7.347/85. Nesta Lei prevê legitimação do MP, da Defensoria 
Pública, da União, Estados, DF, Municípios, entre outros, para interposição da 
ACP. 
Assim, a legitimação do MP não é exclusiva. 
Art. 129 
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis 
previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas 
hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 22: MPE - RS - Agente Administrativo [FCC] - 18/12/2010. 
Nos termos da Constituição Federal, além de outros membros, integrarão o 
Conselho Nacional do Ministério Público 
a) três advogados, indicados pelos Conselhos Estaduais da Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
b) três membros do Ministério Público dos Estados. 
c) três cidadãos com mais de 30 anos de idade, indicados um pela Câmara dos 
Deputados e dois pelo Senado Federal. 
d) dois juízes, indicados pelos Tribunais de Justiça Regionais Federais. 
e) três membros do Ministério Público da União, além de dois do Ministério 
Público do Trabalho. 
 
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COMENTÁRIOS: 
O CNMP é composto com a seguinte distribuição dos cargos: 
a) Procurador-Geral da República (Presidente); 
b) 4 Membros do MPU, assegurada a representação de cada 
uma de suas carreiras (MPF, MPT, MPM e MPDFT); 
c) 3 Membros do MP dos Estados; 
d) 2 Juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; 
e) 2 Advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB; 
f) 2 Cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, 
indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo 
Senado Federal. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 23: TJ - PI - Assessor Jurídico de Gabinete de Juiz de 
Entrância Final [FCC] - 01/06/2010. 
São princípios institucionais do Ministério Público, previstos na Constituição 
Federal, 
a) unidade, indivisibilidade e estabilidade. 
b) independência funcional, unidade e indivisibilidade. 
c) inamovibilidade, estabilidade e autoridade. 
d) autoridade, unidade e vitaliciedade. 
e) indivisibilidade, irredutibilidade de subsídio e estabilidade. 
 
COMENTÁRIOS: 
A CF-88, no art. 127, §1º, estabelece três princípios institucionais 
básicos do Ministério Público: Unidade, Indivisibilidade e Independência 
Funcional. 
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58 
CF-88 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. 
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a 
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
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EXERCÍCIOS com GABARITO 
 
QUESTÃO 1: TRE - GO - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 
01/02/2008. 
Segundo a CF, o Ministério Público da União (MPU) compreende vários ramos. 
Assinale a opção que não corresponde a ramo do MPU. 
a) Ministério Público Federal 
b) Ministério Público Eleitoral 
c) Ministério Público do Trabalho 
d) Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
QUESTÃO 2: TRE - TO - Técnico Judiciário – Administrativo [FCC] - 
20/02/2011. 
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, 
nomeado, dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, pelo 
a) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
b) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, 
vedada a recondução. 
c) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, 
permitida a recondução. 
d) Senado Federal após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
e) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pela Câmara dos 
Deputados, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
QUESTÃO 3: FURNAS - Direito 3 - Jurídico A [FUNRIO] - 08/11/2009. 
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60 
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático 
e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
QUESTÃO 4: TRE - MA - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 
21/06/2009. 
O MP da União engloba, entre outros, o MPDFT. 
QUESTÃO 5: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 
19/04/2008. 
Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos 
estados e do DF. 
QUESTÃO 6: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa 
[CESPE] - 19/04/2008. 
No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu que o 
Ministério Público é instituição permanente, essencial à justiça, à qual compete 
representar a União, judicial e extrajudicialmente. 
QUESTÃO 7: TRT 24ª - Técnico Judiciário – Administrativo [FCC] - 
27/02/2011. 
O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de 
a) oito membros, nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
b) trinta e três membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. 
c) quinze membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. 
d) oito membros, nomeados pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça. 
e) quatorze membros, nomeados pelo Presidente da República. 
QUESTÃO 8: MPE - RS - Secretário de Diligências [FCC] - 19/12/2010. 
Quanto ao Ministério Público, considere: 
I. O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e 
títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua 
realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de 
atividade jurídica. 
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II. A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente 
da República, deverá ser precedida de autorização da maioria simples do 
Congresso Nacional. 
III. Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal poderão ser 
destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma 
da lei complementar respectiva. 
IV. A legitimação do Ministério Público para as ações civis relativas à defesa de 
interesses das populações indígenas impede a de terceiros, nas mesmas 
hipóteses, segundo o disposto na Constituição Federal e na lei. 
Estão corretas APENAS as afirmações 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
QUESTÃO 9: MPE - RS - Secretário de Diligências [FCC] - 19/12/2010. 
O Conselho Nacional do Ministério Público 
a) terá seus integrantes eleitos para um mandato de dois anos, vedada a 
recondução, sendo presidido pelo integrante mais antigo. 
b) tem como integrantes, dentre outros, dois juízes federais, indicados um pelo 
Superior Tribunal de Justiça e outro pelos Tribunais Regionais Federais. 
c) escolherá, em votação aberta e pública, um Corregedor nacional, dentre os 
membros do Ministério Público Estadual ou Federal, permitida uma 
recondução. 
d) compõe-se de quinze membros nomeados pelo Procurador-Geral da 
República, depois de aprovada a escolha pela maioria simples da Câmara dos 
Deputados. 
e) exerce o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério 
Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. 
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QUESTÃO 10: TJ - PA - Juiz Substituto de Carreira [FGV] - 
15/03/2009. 
As alternativas a seguir apresentam funções institucionais do Ministério 
Público, à exceção de uma. 
Assinale-a. 
a) Exercer o controle externo da atividade policial, podendo avocar a 
presidência de inquérito policial, quando verificado desvio de poder por parte 
da autoridade policial competente. 
b) Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de 
intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição. 
c) Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, 
requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei 
complementar respectiva. 
d) Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do 
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e 
coletivos. 
e) Defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. 
QUESTÃO 11: ANTAQ - Analista Administrativo [CESPE] - 05/04/2009. 
Considere que determinado navio petroleiro, ao fazer a aproximação no porto 
de Santos, no estado de São Paulo, tenha colidido com outra embarcação, 
causando significativo dano ambiental nas praias daquele estado. 
A ação judicial de reparação de danos ambientais não será de competência 
privativa do Ministério Público. 
QUESTÃO 12: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 
19/04/2009. 
O Conselho Nacional do Ministério Público 
a) pode avocar processos disciplinares em curso nos MPs. 
b) não tem poderes para determinar a remoção de membro do MP. 
c) é composto de quatorze membros, entre os quais cinco membros dos MPs 
dos estados, cada um representando uma região da Federação. 
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d) deve ser presidido por seu conselheiro mais antigo. 
QUESTÃO 13: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 
19/04/2009. 
Assinale a opção correta com relação ao que dispõe a CF acerca do MP. 
a) O MP, apesar de dotado de autonomia financeira,não é obrigado a elaborar 
sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
b) Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos 
estados e do DF. 
c) Entre as garantias concedidas aos membros do MP está a estabilidade após 
três anos de efetivo exercício. 
d) É função institucional do MP defender judicialmente os direitos e os 
interesses das populações carentes. 
e) Quando um membro do MP se aposenta, é vedado a ele advogar no juízo ou 
tribunal em que atuava, antes de que hajam transcorrido três anos da 
aposentadoria. 
QUESTÃO 14: TJ - PA - Auxiliar Judiciário [FCC] - 24/05/2009. 
Quanto a escolha e nomeação do Procurador-Geral da República é INCORRETO 
afirmar que 
a) a aprovação do seu nome se dará pela maioria absoluta dos membros do 
Senado Federal. 
b) terá mandato de dois anos, permitida a recondução. 
c) deverá ter mais de trinta e cinco anos de idade. 
d) será nomeado pelo Presidente da Câmara dos Deputados. 
e) será escolhido dentre integrantes da carreira do Ministério Público da União. 
QUESTÃO 15: TJ - PA - Analista Judiciário – Direito [FCC] - 
24/05/2009. 
O Conselho Nacional do Ministério Público 
a) é integrado, além de outros membros, por dois cidadãos de notável saber 
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jurídico e reputação ilibada, indicados um pelo Congresso Nacional e outro pela 
Advocacia-Geral da União. 
b) escolherá, em votação pública e aberta, um Corregedor nacional, dentre os 
membros que o integram, permitida a recondução. 
c) compõe-se de onze membros, nomeados pelo Presidente do Congresso 
Nacional. 
d) é presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
e) tem dentre outras competências, a de efetuar o controle da atuação 
administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres 
funcionais de seus membros. 
QUESTÃO 16: TJ - PI - Analista Judiciário - Escrivão Judicial [FCC] - 
06/09/2009. 
Com relação ao Ministério Público, NÃO é sua a função institucional a de 
a) prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei. 
b) defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. 
c) expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, 
requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei 
complementar respectiva. 
d) requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, 
indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais. 
e) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância 
pública aos direitos assegurados na Constituição Federal, promovendo as 
medidas necessárias a sua garantia. 
QUESTÃO 17: TRT - 3ª Região - Analista Judiciário [FCC] - 
15/11/20099. 
No que diz respeito ao Ministério Público, observa-se que, seus membros, sem 
exceção, 
a) poderão, em quaisquer hipóteses, filiar-se a partidos políticos e disputar os 
mandatos eletivos federais, estaduais ou municipais. 
b) têm a prerrogativa de exercer a representação judicial e a consultoria 
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jurídica de entidades públicas. 
c) poderão exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função 
pública, mas com prejuízo de sua remuneração. 
d) têm entre as funções institucionais, o exercício de outras funções que lhes 
forem conferidas, desde que compatíveis com suas finalidades. 
e) são portadores, desde a posse, das garantias da vitaliciedade, da 
inamovibilidade e da irredutibilidade de vencimentos. 
QUESTÃO 18: SEFIN - RO - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais [FCC] - 
21/03/2010. 
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, 
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores 
de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta 
dos membros do 
a) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
b) Senado Federal, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
c) Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
d) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
e) Congresso Nacional, para mandato de um ano, permitida a recondução 
QUESTÃO 19: TRE - AL - Analista Judiciário – Judiciária [FCC ] - 
07/02/2010. 
É princípio institucional do Ministério Público, dentre outros, a 
a) autodeterminação dos povos. 
b) divisibilidade. 
c) dependência funcional. 
d) unidade. 
e) concessão de asilo político. 
QUESTÃO 20: PGE - SC - Analista Jurídico [FEPESE] - 18/04/2010. 
É correto afirmar, no que se refere ao Ministério Público segundo a 
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Constituição brasileira, que: 
a) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador Geral de Justiça. 
b) O Ministério Público estadual tem por chefe o Procurador Geral do Estado. 
c) O Ministério Público da União compreende o Ministério Público estadual. 
d) O Procurador Geral da República não pode, sob hipótese alguma, ser 
destituído de seu cargo pelo Presidente da República. 
e) Dentre as funções constitucionais do Ministério Público encontra-se a defesa 
dos interesses individuais indisponíveis. 
QUESTÃO 21: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010. 
Considerando as normas constitucionais sobre as funções essenciais à justiça, 
julgue o item a seguir. 
Entre as funções institucionais do Ministério Público, está a de promover, em 
caráter exclusivo, a ação civil pública para a promoção do patrimônio público e 
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 
QUESTÃO 22: MPE - RS - Agente Administrativo [FCC] - 18/12/2010. 
Nos termos da Constituição Federal, além de outros membros, integrarão o 
Conselho Nacional do Ministério Público 
a) três advogados, indicados pelos Conselhos Estaduais da Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
b) três membros do Ministério Público dos Estados. 
c) três cidadãos com mais de 30 anos de idade, indicados um pela Câmara dos 
Deputados e dois pelo Senado Federal. 
d) dois juízes, indicados pelos Tribunais de Justiça Regionais Federais. 
e) três membros do Ministério Público da União, além de dois do Ministério 
Público do Trabalho. 
QUESTÃO 23: TJ - PI - Assessor Jurídico de Gabinete de Juiz de 
Entrância Final [FCC] - 01/06/2010. 
São princípios institucionais do Ministério Público, previstos na Constituição 
Federal, 
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a) unidade, indivisibilidade e estabilidade. 
b) independência funcional, unidade e indivisibilidade. 
c) inamovibilidade, estabilidade e autoridade. 
d) autoridade, unidade e vitaliciedade. 
e) indivisibilidade, irredutibilidade de subsídio e estabilidade. 
 
 
 
 
 
 
GABARITOS OFICIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
B C C C E E E B E A 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
C A E D E A DC D E 
21 22 23 
E B B 
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RESUMO DA AULA 
 
A Constituição atribui capacidade postulatória (capacidade de 
demandar na Justiça) às seguintes instituições: Ministério Público, a 
Advocacia Pública, a Advocacia Privada e a Defensoria Pública. 
O Ministério Público, em particular, ressalta como uma das 
principais instituições estatais da sociedade brasileira. Por expressa definição 
da CF-88, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis. 
O Ministério Público brasileiro foi organizado do seguinte modo: 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
O MP Genérico é dividido em 2 (duas) grandes vertentes, de acordo 
com o Ente Federado envolvido: Ministério Público da UNIÃO e Ministério 
Público dos ESTADOS. O MP da União é subdivido em MPF, MPT, MPM e 
MPDFT. Estes são os MPs com atribuições da União. 
Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do 
DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-
88 prevê expressamente sua composição dentro do MPU. Juntamente com o 
TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos da União. 
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Observem que NÃO EXISTE MP MUNICIPAL! 
O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? Veremos com detalhes 
que o MP ELEITORAL faz parte das funções do Ministério Público FEDERAL. 
O Ministério Público ELEITORAL, onde fica? Veremos com detalhes 
que o MP ELEITORAL faz parte das funções do Ministério Público FEDERAL. 
Por isso que não se encontra entre as classificações do Ministério Público 
citadas acima. 
É possível esquematizar a estrutura do MP nos seguintes termos 
mais didáticos: 
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O Ministério Público da União (MPU) é Chefiado pelo Procurador-
Geral da República (PGR). 
O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre os 
integrantes da carreira do MPU (poderá ser membro do Ministério Público 
Federal - MPF, Ministério Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar 
– MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – MPDFT). 
O que a CF-88 preleciona: que o PGR será nomeado dentre os 
integrantes da Carreira do MPU, que, em tese abarcaria todos os ramos do 
MPU. Muitos doutrinadores entendem dessa forma abrangedora (Alexandre de 
Moraes, por exemplo). Essa posição decorre do MS 21.239 do STF que definiu 
o MPU como unitário. A maioria dos doutrinadores não entram nesse mérito. 
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Contudo, A despeito de a CF não prever, entende-se apenas na 
prática que os membros do Ministério Público FEDERAL é que podem ser 
PGR. 
Isso se justifica pelo fato de os outros ramos do MPU ser muito 
específicos, e no STF o PGR atuará em assuntos diversos. Há, inclusive, Projeto 
de Emenda Constitucional nesse sentido (PEC nº 358/05). 
Nessa PEC, além de alterar diversas outras previsões do Poder 
Judiciário (Ex: vitaliciedade com 3 anos), visa indicar isso expressamente, de 
que o PGR será indicado entre apenas os membros do MPF e não dos outros 
ramos do MPU. Com essa PEC, a celeuma sobre o tema será finalizada. 
PEC nº 358/05 
Art. 128. 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-
Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes da carreira do Ministério Público Federal, maiores 
de trinta e cinco anos, após aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois 
anos, permitida uma recondução. 
Para piorar a discursão, cabe ressaltar que existe outra PEC em 
sentido contrário (PEC nº 307/2008), que visa consolidar o PGR como 
oriundo de qualquer dos ramos do MPU (MPF, MPT, MPM ou MPDFT). 
PEC nº 308/2008 
Art. 128 - 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, alternadamente entre os 
quatro ramos que o compõem, maiores de trinta e cinco anos, 
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros 
do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a 
recondução. 
De todo modo, vale gravar para fins de prova do MPU que o PGR é 
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indicado entre os Membros da CARREIRA do MPU, ok? Pois esse é o texto da 
Constituição, a despeito das interpretações variáveis. 
O PGR deverá possuir + 35 ANOS de idade e sua nomeação 
deverá ser aprovada pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL 
(“sabatina” do Senado). 
É possível a destituição/exoneração do cargo de PGR antes do 
término do mandato de 2 ANOS, que deverá ser iniciada também pelo 
Presidente da República e aprovada pelo Senado Federal. 
 
Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
Cuidado! O Procurador-Geral do Estado é o Chefe da 
Procuradoria do Estado (que são os Advogados do Estado). Não confundir com 
o Procurador-Geral de Justiça, que é o Chefe do MP Estadual. 
A nomeação do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será com base 
em Lista Tríplice (Lista de 3 Nomes) dentre os integrantes da carreira. A 
nomeação será realizada tão somente pelo Chefe do Executivo: 
• Governador - nos ESTADOS, ou pelo 
• Presidente da República - para o Distrito Federal (DF). 
 
Importante! 
Como visto, há uma diferença clara na nomeação do PGR e PGJ: 
enquanto que para a nomeação do PGR é necessária a aprovação do Senado, 
para a nomeação dos Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ), basta a nomeação 
do Chefe do Executivo (Governador ou Presidente da República), não 
necessitando da interferência das Assembléias Legislativas Estaduais ou da 
Câmara Legislativa do DF nas respectivas nomeações. 
Mandatos do PGR e do PGJ: 
o PGR – 2 ANOS e indefinidas reconduções (2 ANOS + 2 
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+2 +2 +2.....) 
o PGJ – 2 ANOS + 1 RECONDUÇÃO (2 ANOS + 2 ANOS) 
o Nomeação e Destituição do PGJ: 
Nomeação do PGJ Governador ou 
Presidente da República (MPDFT) 
Destituição do PGJ Assembleia Legislativa ou 
SENADO (MPDFT) 
 
o Destituição do PGR – Procurador-Geral da República: 
o Presidente da República + SENADO 
O Chefe do Ministério Público Estadual e do DF é o Procurador-
Geral de Justiça (PGJ). 
Cuidado! O Procurador-Geral do Estado é o Chefe da 
Procuradoria do Estado (que são os Advogados do Estado). Não confundir com 
o Procurador-Geralde Justiça, que é o Chefe do MP Estadual. 
A nomeação do Procurador-Geral de Justiça (PGJ) será com base 
em Lista Tríplice (Lista de 3 Nomes) dentre os integrantes da carreira. A 
nomeação será realizada tão somente pelo Chefe do Executivo: 
• Governador - nos ESTADOS, ou pelo 
• Presidente da República - para o Distrito Federal (DF). 
No caso do PGJ do Rio de Janeiro, a nomeação será realizada pelo 
Governador do Estado dentre os 3 integrantes da lista tríplice. 
Importante! 
Como visto, há uma diferença clara na nomeação do PGR e PGJ: 
enquanto que para a nomeação do PGR é necessária a aprovação do Senado, 
para a nomeação dos Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ), basta a nomeação 
do Chefe do Executivo (Governador ou Presidente da República), não 
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necessitando da interferência das Assembléias Legislativas Estaduais ou da 
Câmara Legislativa do DF nas respectivas nomeações. 
Mandatos do PGR e do PGJ: 
o PGR – 2 ANOS e indefinidas reconduções (2 ANOS + 2 
+2 +2 +2.....) 
o PGJ – 2 ANOS + 1 RECONDUÇÃO (2 ANOS + 2 ANOS) 
o Nomeação e Destituição do PGJ: 
Nomeação do PGJ Governador ou 
Presidente da República 
(MPDFT) 
Destituição do PGJ Assembleia Legislativa ou 
SENADO (MPDFT) 
A CF-88, no art. 127, §1º, estabelece três princípios institucionais 
básicos do Ministério Público: Unidade, Indivisibilidade e Independência 
Funcional. 
 1º - UNIDADE – segundo este princípio, os Membros do 
Ministério Público integram um único órgão, abaixo da direção de um 
respectivo Procurador-Geral (Procurador-Geral da República, para o MPU; 
Procurador-Geral de Justiça, para os MPs Estaduais e do DF). 
2º - INDIVISIBILIDADE – Os Membros do Ministério 
Público exercem suas funções em nome de toda a Instituição, o que autoriza a 
substituição dos Promotores ou Procuradores, por outros pares respectivos, 
sem desnaturar o exercício funcional. 
3º - INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – Os Membros do 
Ministério Públicos não estão vinculados a nenhum dos Poderes da República 
(Executivo, Legislativo e Judiciário), devendo respeito tão somente à 
Constituição, às Leis e a sua própria consciência. 
O Promotor Natural é aquele investido regularmente no Cargo 
(investidura) e com atribuição constitucional o exercício das funções 
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institucionais do Ministério Público. A CF-88 garante que ninguém será 
processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. O 
processamento somente poderá ser deflagrado pela autoridade competente, o 
Promotor Natural. 
GARANTIAS dos Membros do MP: 
1. VITALICIEDADE – após o cumprimento de 2 ANOS de 
estágio probatório, os Membros do MP somente poderão 
perder o cargo por Sentença Judicial transitada em 
julgada (da qual não caiba mais recursos). 
2. INAMOVIBILIDADE – em regra, os Membros do MP NÃO 
poderão ser transferidos compulsoriamente de seus cargos, 
de uma lotação para outra (na prática, de um Município ou 
local de lotação para outro) ou mesmo promovido 
unilateralmente, ressalvada a hipótese excepcional de 
interesse público, com decisão da maioria absoluta de 
votos do Órgão Colegiado do MP. 
Para que ocorra esta remoção excepcional, devem-se 
respeitar os seguintes requisitos: 
o ser assegurada a AMPLA DEFESA ao Membro do MP; 
o comprovado interesse público e 
o deliberação da maioria absoluta do Órgão 
Colegiado 
3. IRREDUTIBILIDADE DO SUBSÍDIO – o subsídio 
(remuneração total) dos Membros do MP é irredutível, isto é, 
não pode ser reduzida por lei ou ato do Chefe do MP. 
VEDAÇÕES aos Membros do MP: 
1. Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, 
honorários, percentagens ou custas processuais; 
2. Exercer a Advocacia; 
3. Participar de Sociedade Comercial, na forma da lei. 
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4. Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra 
função pública, salvo uma de Magistério; 
5. Exercer Atividade Político-partidária; 
6. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou 
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou 
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
7. Quarentena de 3 ANOS 
8. Exercer a representação judicial ou consultoria jurídica 
de entidades públicas. 
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) foi instituído pela 
EC nº 45/04 com objetivo de fundar um órgão de Controle Externo do 
Ministério Público, com funções de natureza Administrativa e Financeira e 
de controle do cumprimento dos deveres funcionais de seus Membros. 
O CNMP é composto de 14 MEMBROS, todos nomeados pelo 
Presidente da Republica, após a “sabatina” (aprovação) do SENADO. Não 
confundir com o CNJ, que é composto de 15 Membros! 
Os Membros do CNMP exercem mandato de 2 ANOS, sendo 
admitida uma única recondução (2 ANOS + 2 ANOS). 
O Presidente do CNMP é o Procurador-Geral da República 
(PGR). O órgão é composto com a seguinte distribuição dos cargos: 
a) Procurador-Geral da República (Presidente); 
b) 4 Membros do MPU, assegurada a representação de cada 
uma de suas carreiras (MPF, MPT, MPM e MPDFT); 
c) 3 Membros do MP dos Estados; 
d) 2 Juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; 
e) 2 Advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB; 
f) 2 Cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, 
indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo 
Senado Federal. 
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76 
Será eleito um Corregedor Nacional do CNMP entre seus 
Membros oriundos do Ministério Público (4 Membros do MPU e 3 Membros dos 
MPs Estaduais). O Corregedor Nacional será eleito, em votação secreta, para 
mandato de 2 ANOS, sendo VEDADA a recondução, com as seguintes 
atribuições: 
� receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, 
relativas aos Membros do Ministério Público e dos seus 
serviços auxiliares (servidores); 
� exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e 
correição geral; 
� requisitar e designar membros do Ministério Público, 
delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos 
do Ministério Público. 
Considerações Finais acerca do Ministério Público: 
� As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por 
integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da 
respectiva lotação, salvo autorização do chefe da 
instituição. Será que todos os Promotores realmente residem 
nas comarcas em que trabalham? Rsrs. 
� O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante 
concurso público de provas e títulos, assegurada a 
participação da OAB em sua realização, exigindo-se do 
bacharel em direito, no mínimo, 3 ANOS de atividade jurídica 
e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. 
� A distribuição de processos no Ministério Público será 
IMEDIATA. 
 
São as seguintes as Funções Institucionais: 
a) promover, privativamente, a Ação Penal Pública, na forma 
da lei – o Ministério Público é o dominus littis da Ação Penal; 
b) zelar peloefetivo respeito dos Poderes Públicos e dos 
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77 
serviços de relevância pública aos direitos assegurados 
nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a 
sua garantia; 
c) promover o Inquérito Civil e a Ação Civil Pública, para a 
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e 
de outros interesses difusos e coletivos; 
d) promover a Ação de Inconstitucionalidade ou 
Representação para fins de intervenção da União e dos 
Estados, nos casos previstos nesta Constituição; 
e) defender judicialmente os direitos e interesses das 
populações indígenas; 
f) expedir notificações nos procedimentos administrativos de 
sua competência, requisitando informações e documentos 
para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; 
g) exercer o controle externo da atividade policial, na forma 
da lei complementar mencionada no artigo 128; 
 
 
 
Espero a todos na AULA 2! 
Fraterno Abraço e até a próxima! 
Ricardo Gomes 
Por sua aprovação! 
 
 
 
 
 
 
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LEGISLAÇÃO ESTUDADA 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
CAPÍTULO IV 
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 
Seção I 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime 
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e 
a independência funcional. 
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, 
podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e 
extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de 
provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei 
disporá sobre sua organização e funcionamento. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária 
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo 
considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores 
aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites 
estipulados na forma do § 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em 
desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá 
aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de 
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79 
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei 
de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura 
de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004) 
Art. 128. O Ministério Público abrange: 
I - o Ministério Público da União, que compreende: 
a) o Ministério Público Federal; 
b) o Ministério Público do Trabalho; 
c) o Ministério Público Militar; 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
II - os Ministérios Públicos dos Estados. 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, 
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de 
trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos 
membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da 
República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado 
Federal. 
§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios 
formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para 
escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, 
para mandato de dois anos, permitida uma recondução. 
§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão 
ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da 
lei complementar respectiva. 
§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos 
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o 
estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: 
I - as seguintes garantias: 
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por 
sentença judicial transitada em julgado; 
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão 
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80 
colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o 
disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - as seguintes vedações: 
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou 
custas processuais; 
b) exercer a advocacia; 
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de 
magistério; 
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, 
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo 
único, V. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância 
pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas 
necessárias a sua garantia; 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio 
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de 
intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; 
V - defender judicialmente os direitos e interessesdas populações indígenas; 
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, 
requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei 
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81 
complementar respectiva; 
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar 
mencionada no artigo anterior; 
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, 
indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua 
finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de 
entidades públicas. 
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo 
não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta 
Constituição e na lei. 
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da 
carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do 
chefe da instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público 
de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em 
sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade 
jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se 
as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. 
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze 
membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela 
maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma 
recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
I o Procurador-Geral da República, que o preside; 
II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de 
cada uma de suas carreiras; 
III três membros do Ministério Público dos Estados; 
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IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior 
Tribunal de Justiça; 
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do 
Brasil; 
VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela 
Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos 
respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei. 
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação 
administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres 
funcionais de seus membros, cabendolhe: 
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo 
expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar 
providências; 
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a 
legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério 
Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para 
que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo 
da competência dos Tribunais de Contas; 
III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério 
Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem 
prejuízo da competência disciplinar e correcional da instituição, podendo avocar 
processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a 
aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar 
outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; 
IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do 
Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; 
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a 
situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve 
integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. 
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os 
membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, 
além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: 
I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros 
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do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; 
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; 
III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e 
requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. 
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará 
junto ao Conselho. 
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes 
para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou 
órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando 
diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público. 
 
 
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1 
 
 
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Prezados Alunos! 
Aula 2 de Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP! 
Agora estudaremos a Lei Complementar nº 75/93, que é a 
Lei Orgânica do Ministério Público da UNIÃO! 
Leiam nossas considerações iniciais da aula... 
Agora vamos lá! 
Ricardo Gomes 
Por sua aprovação! 
Disponibilizarei para o Concurso do MPU os seguintes Cursos: 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TEORIA E 
EXERCÍCIOS; 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – EXERCÍCIOS; 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TEORIA E EXERCÍCIOS - AJAJ 
Não percam esta oportunidade de praticarem e aperfeiçoarem ainda mais 
seus conhecimentos! 
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2 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
 
Lei Complementar nº 75/93 – Parte 1 (Lei Orgânica do MPU) 
1. Disposições Gerais. 
a. Definição, dos Princípios e das Funções 
Institucionais 
b. Instrumentos de Atuação. 
c. Controle Externo da Atividade Policial. 
 
 
1. Lei Complementar nº 75/93 – Parte 1. 
Considerações Iniciais. 
Prezados Alunos, nesta Aula iniciaremoso nosso importantíssimo 
estudo da Lei Complementar nº 75/93. Essa Lei dispõe em detalhes acerca 
da Organização de todo o Ministério Público da UNIÃO, repisando diversas 
previsões constitucionais acerca do Ministério Público. 
Com isso, alguns pontos já definidos na Constituição (estudados na 
Aula 1) serão revistos nessa Aula 2 e nas aulas seguintes, em maiores 
detalhes, posto que as regras sedimentadas na Constituição foram replicadas e 
detalhadas no texto da Lei Complementar nº 75/93. 
Nosso estudo será em caráter linear, de acordo com todas as 
disposições da Lei Complementar nº 75/93. Com isso, em cada Aula, 
estudaremos paulatinamente os pontos 1.2 a 1.13 do Edital. 
Registro que nos Cursos de Legislação Específica de concursos 
pretéritos (TJDFT, CNJ, STJ, TST, TSE, MP/RJ, MP/PI, TREs, TRTs e TJs 
Estaduais) nós abarcamos, em todos eles, 100% das questões cobradas 
na prova! A nossa intenção é repetir a mesma experiência nesse concurso do 
MPU-2013! Portanto, aos estudos! 
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3 
 
1.1. Disposições Gerais. 
a) Definição, dos Princípios e das Funções 
Institucionais 
 
 
MPU e MPs Estaduais. 
A Lei Complementar nº 75/93, que estabelece a organização, as 
atribuições e o estatuto do MP da UNIÃO (MPU). De outro lado, a Lei nº 
8.625/1993 que estabelece normas GERAIS da organização do Ministério 
Público ESTADUAL, prevendo a instituição de Leis Orgânicas Estaduais (na 
forma de Leis Complementares), que estabelecerão normas ESPECÍFICAS 
de cada MP de cada Estado. 
Estas Leis Orgânicas Estaduais (Leis Complementares) é que 
estabelecerão, no âmbito Estadual, a organização, atribuições e o estatuto 
do MP. 
A Lei nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público - 
LONMP) é aplicável a todos os Ministérios Públicos Estaduais, estabelecendo 
normas, preceitos e princípios que devem ser seguidos pelos MP Estaduais na 
confecção de suas Leis Orgânicas próprias, por meio de Lei Complementar 
Estadual. É vedada disposição de normas, na Lei Orgânica do MP Estadual, 
contrárias à previsão contida na Lei nº 8.625/93. 
A Lei Complementar nº 75/93, do MP da União, tem aplicação 
subsidiária aos MPs Estaduais, consoante o art. 80 da Lei nº 8.625/93. 
Estas Leis Orgânicas dos MPs Estaduais são de iniciativa 
facultativa (não obrigatória) dos Procuradores-Gerais de Justiça dos 
Estados (Chefes do MP Estadual), conforme prevê a CF-88 e a Lei nº 8.625/93. 
Cuidado! Ressalte-se que a organização, atribuições e estatuto do 
MPDFT serão definidos pela Lei Orgânica do MP da UNIÃO (LC 75/93) e 
não por Lei Complementar do DF. Isto porque o MPDFT é um dos ramos do 
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4 
MPU, faz parte do MP da União. 
Lei nº 8.625/93 
Art. 2º Lei complementar, denominada Lei Orgânica do 
Ministério Público, cuja iniciativa é facultada aos 
Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados, estabelecerá, no 
âmbito de cada uma dessas unidades federativas, normas 
específicas de organização, atribuições e estatuto do respectivo 
Ministério Público. 
Parágrafo único. A organização, atribuições e estatuto do 
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios serão 
objeto da Lei Orgânica do Ministério Público da União. 
CF-88 
Art. 128 
§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja 
iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, 
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de 
cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus 
membros: 
 
 
MP – Instituição Constitucional e Legal. 
Consoante já estudado, por expressa definição da CF-88 e também 
na Lei Complementar nº 75/93, o MPU é instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, incumbida da defesa da ordem jurídica, do 
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
Ademais, cabe ao MPU empreender as medidas necessárias para 
garantir o respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância 
pública aos direitos assegurados pela Constituição Federal (cobrar do Poder 
Público e dos prestadores de serviços públicos o cumprimento aos direitos 
fundamentais previstos na Constituição (Ex: o direito à saúde pública, 
resguardo dos direitos indígenas, direitos dos trabalhadores, etc). 
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5 
LC nº 75/93 
Art. 1º O Ministério Público da União, organizado por esta lei 
Complementar, é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, 
do regime democrático, dos interesses sociais e dos interesses 
individuais indisponíveis. 
CF-88 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial 
à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. 
 
Controle Externo da Atividade Policial. 
Compete ao MPU exercer o controle EXTERNO da Atividade 
Policial – o Ministério Público é o órgão fiscalizador e controlador de toda a 
atividade policial, conforme previsto na CF-88 e na Lei Complementar nº 
75/93. Ressalte-se que o controle interno é realizado pelos próprios órgãos 
das Polícias (ex: Corregedorias de Polícia, etc). 
CF-88 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma 
da lei complementar mencionada no artigo anterior; 
LC nº 75/93 - UNIÃO 
 Art. 3º O Ministério Público da União exercerá o controle 
externo da atividade policial tendo em vista: 
 
O Controle EXTERNO da atividade policial é exercido pelo MPU 
com os seguintes objetivos/finalidades legais e constitucionais: 
1. respeito aos fundamentos do Estado Democrático 
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6 
de Direito, aos objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil, aos princípios 
informadores das relações internacionais, bem como 
aos direitos assegurados na CF-88 e na LEI; 
2. a preservação da ordem pública, da incolumidade 
das pessoas e do patrimônio público; 
3. a prevenção e a correção de ilegalidade ou de abuso 
de poder; 
4. a indisponibilidade da persecução penal – as 
investigações criminais devem ser necessariamente 
realizadas, por força de lei; 
5. a competência dos órgãos incumbidos da segurança 
pública. 
 
 
Princípios Institucionais do Ministério Público. 
A CF-88, no art. 127, §1º, e a LC nº 75/93 estabelecem três 
princípios institucionais básicos do Ministério Público: Unidade, 
Indivisibilidade e Independência Funcional. 
Seguem os estudados 3 (três) princípios institucionais: 
• 1º - UNIDADE – segundo este princípio, os Membros do 
Ministério Público integram um único órgão, abaixo da 
direção de um respectivo Procurador-Geral (Procurador-
Geral da República, para o MPU; Procurador-Geral de 
Justiça, para os MPs Estaduais e do DF). 
A Unidade colocada é dentro de cada Ministério Público 
específico. O Ministério Público Federal éúnico, 
considerando-se apenas o MPF. O MPT, o MPDFT e o MPM são 
únicos, considerando-se unidades estanques e separadas. 
Da mesma forma, cada Ministério Público Estadual é único, 
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7 
não existindo unidade, por exemplo, entre o MP do Rio de 
Janeiro e o de São Paulo. 
• 2º - INDIVISIBILIDADE – Os Membros do Ministério 
Público exercem suas funções em nome de toda a Instituição, 
o que autoriza a substituição dos Promotores ou 
Procuradores, por outros pares respectivos, sem desnaturar o 
exercício funcional. 
Em termos simples, para este Princípio os Membros do MP 
(Promotor ou Procurador) são o próprio Ministério Público 
corporificado (indivisível), o que autoriza substituições de 
Membros, dentro de critérios objetivos previamente 
estabelecidos. 
Assim, os Membros do MP não se vinculam diretamente às 
atividades específicas que estão desenvolvendo. Se um 
Promotor estiver atuando em um processo e, por exemplo, 
sair de férias, poderá outro substituí-lo normalmente. Este 
outro também será o “Ministério Público”, incorporando a 
instituição MP. 
• 3º - INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – Os Membros do 
Ministério Públicos não estão vinculados a nenhum dos 
Poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário), 
devendo respeito tão somente à Constituição, às Leis e a sua 
própria consciência. Assim, no exercício funcional não estão 
sujeitos às convicções dos órgãos superiores do próprio 
Ministério Público (não havendo hierarquia entre o Chefe do 
MP e o Promotor da Comarca do interior). Este Promotor tem 
Independência Funcional! 
A hierarquia existente entre os Membros do MP (Chefes e 
Membros comuns) é de natureza eminentemente 
administrativa (Não funcional). Assim, por exemplo, o 
Chefe do MP não pode ditar ao Promotor ou Procurador como 
deverá atuar em determinado processo, se deve ou não 
entrar com uma Ação Penal ou Cível, qual posição deve 
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8 
adotar em determinado Parecer, etc. 
Este Princípio da Independência Funcional consubstancia a 
chamada Autonomia de Convicção que todo Membro do 
MP possui, possui não se submetem a qualquer Poder da 
República e nem a sua Chefia, no exercício de suas 
atividades funcionais. Inclusive é hipótese constitucional de 
Crime de Responsabilidade eventual ato do Presidente da 
República que violar a independência do Ministério Público 
(art. 85, II, da CF-88). 
LC nº 75/93 
Art. 4º São princípios institucionais do Ministério Público da 
União a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
CF-88 
Art. 127 
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a 
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
 
 
Funções Institucionais do MPU. 
As Funções Institucionais são as atribuições do Ministério Público 
elencadas no texto constitucional e pela Lei Complementar, de acordo com o 
norte definido pela CF-88. Portanto, o rol de funções institucionais previsto na 
Constituição NÃO é exaustivo (apenas exemplificativo) pois se abriu a 
possibilidade de lei infraconstitucional também dispor acerca novas hipóteses 
(art. 129, IX, da CF-88). 
Os órgãos do MPU (Procuradores, Subprocuradores, etc) devem 
zelar pela observância dos princípios e competências da Instituição, bem 
como pelo livre exercício de suas funções (autonomia funcional). 
Uma Lei Federal (somente Lei � não simples Regulamento) 
pode especificar as funções atribuídas pela CF-88 e pela LC nº 75/93 ao MPU, 
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9 
observados os princípios e normas nelas estabelecidos. 
A Lei Complementar nº 75/93 dispõe de competências genéricas do 
MPU, além das previstas na CF-88, destacando que incumbe ao Ministério 
Público da UNIÃO: 
a) a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos 
interesses sociais e dos interesses individuais 
indisponíveis, considerados, dentre outros, os seguintes 
fundamentos e princípios: 
1. a soberania e a representatividade popular; 
2. os direitos políticos; 
3. os objetivos fundamentais da República; 
4. a indissolubilidade da União; 
5. a independência e a harmonia dos Poderes da União 
(Executivo; Legislativo e Judiciário); 
6. a autonomia dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
7. as vedações impostas à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios; 
8. a legalidade, a impessoalidade, a moralidade e a 
publicidade, relativas à administração pública direta, 
indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da 
União; 
 
b) zelar pela observância dos princípios constitucionais 
relativos: 
1. ao sistema tributário, às limitações do poder de 
tributar, à repartição do poder impositivo e das receitas 
tributárias e aos direitos do contribuinte (Sistema 
Tributário Nacional); 
2. às finanças públicas; 
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10 
3. à atividade econômica, à política urbana, agrícola, 
fundiária e de reforma agrária e ao sistema financeiro 
nacional; 
4. à seguridade social, à educação, à cultura e ao 
desporto, à ciência e à tecnologia, à comunicação 
social e ao meio ambiente; 
5. à segurança pública; 
 
c) a defesa dos seguintes bens e interesses: 
1. o patrimônio nacional; 
2. o patrimônio público e social; 
3. o patrimônio cultural brasileiro; 
4. o meio ambiente; 
5. os direitos e interesses coletivos, especialmente das 
comunidades indígenas, da família, da criança, do 
adolescente e do idoso; 
 
d) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União, 
dos serviços de relevância pública e dos meios de 
comunicação social aos princípios, garantias, condições, 
direitos, deveres e vedações previstos na CF-88 e na lei, 
relativos à comunicação social; 
e) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União 
e dos serviços de relevância pública quanto: 
1. aos direitos assegurados na CF-88 relativos às ações e 
aos serviços de saúde e à educação; 
2. aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade e da publicidade (e eficiência – para 
completar o LIMPE); 
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11 
 
b) Instrumentos de Atuação. 
 
 
Competências instrumentais do MPU: 
a) propor Ação de Inconstitucionalidade de leis ou atos 
normativos FEDERAIS, em face à Constituição Federal – 
ADIN de Lei ou Ato Normativo Federal em face da 
Constituição Federal – executada pelo PGR; 
O Procurador-Geral da República (PGR) é competente no 
âmbito da União para interpor Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) e Representação para 
Intervenção da União nos Estados. 
O MPU, por meio do PGR, também promove eventual Medida 
Cautelar em ADIN. 
CF-88 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
IV - promovera ação de inconstitucionalidade ou representação 
para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos 
previstos nesta Constituição; 
 
b) promover a Ação Direta de Inconstitucionalidade por 
OMISSÃO – inconstitucionalidade por ausência de norma 
regulamentadora de regra já prevista em sede constitucional. 
É o PGR quem promove perante o STF. 
 
c) promover a representação para intervenção federal nos 
Estados e no Distrito Federal; 
O Procurador-Geral da República (PGR) é competente no 
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12 
âmbito da União para interpor Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) e Representação para 
Intervenção da União nos Estados, no DF e apenas nos 
Municípios localizados nos Territórios (caso voltem a 
existir). 
Atenção! 
No âmbito Estadual, cabe a Procurador-Geral de Justiça 
(PGJ) interpor a ADI e a Representação de Intervenção 
do Estado no Município. 
 Intervenção: 
• UNIÃO � Estados, DF e apenas nos Municípios localizados 
nos Territórios. 
• ESTADOS � em seus Municípios. 
 
CF-88 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito 
Federal, exceto para: 
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União 
nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: 
 
 
d) promover a ADPF (argüição de descumprimento de preceito 
fundamental) decorrente da CF-88; 
A ADPF tem por objeto a garantia ou a defesa de preceito 
fundamental decorrente da Constituição, competindo 
funcionalmente ao STF processá-lo e julgá-lo. São 
fundamentais os valores previstos no art. 1º da CF-88, 
basilares do Estado brasileiro: soberania, cidadania, 
dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e 
da livre iniciativa e o pluralismo político. 
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13 
 
e) promover, privativamente, a Ação Penal Pública, na forma 
da lei – dominus littis (dono) da Ação Penal. O MPU é o 
principal legitimado a interpor a Ação Penal Pública. O 
ofendido, em alguns crimes previstos no Código Penal (ex: 
difamação), poderá interpor Ação Penal Privada. Contudo, a 
regra é que a Ação seja PÚBLICA (interposta pelo MP). 
 
f) impetrar habeas corpus e mandado de segurança; 
 
g) promover o Inquérito Civil e a Ação Civil Pública, na 
forma da lei: 
1. proteção dos direitos constitucionais; 
2. proteção do patrimônio público e social, do meio 
ambiente, dos bens e direitos de valor artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico; 
3. proteção dos interesses individuais indisponíveis, 
difusos e coletivos, relativos às comunidades 
indígenas, à família, à criança, ao adolescente, ao 
idoso, às minorias étnicas e ao consumidor; 
4. outros interesses individuais indisponíveis, 
homogêneos, sociais, difusos e coletivos; 
 
h) promover outras ações, nelas incluído o Mandado de 
Injunção sempre que a falta de norma regulamentadora 
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania, quando difusos os 
interesses a serem protegidos; 
 
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14 
i) promover ação visando ao cancelamento de 
naturalização, em virtude de atividade nociva ao interesse 
nacional; 
 
j) promover a responsabilidade dos executores ou agentes do 
estado de defesa ou do estado de sítio, pelos ilícitos 
cometidos no período de sua duração – caso seja declarado 
Estado de Defesa ou de Sítio, o MPU deve promover eventual 
responsabilidade por ilegalidades cometidas por executores 
ou agentes; 
 
k) defender judicialmente os direitos e interesses das 
populações indígenas, incluídos os relativos às terras por 
elas tradicionalmente habitadas, propondo as ações 
cabíveis; 
Atenção! 
O MPU NÃO defende o direito do indígena individualmente 
considerado! Não caiam nessa pegadinha! Ex: o MPU não 
interpõe ação para defender um Índio em um caso de 
acidente de veículo por ele dirigido. Nesse caso, o Índio 
poderá procurar a Defensoria Pública. 
O MPU defende apenas os direitos das populações 
indígenas, coletivamente consideradas. Ex: costumes, 
terras por eles ocupadas, direitos humanos atingidos, etc. 
 
l) propor ação civil coletiva para defesa de interesses 
individuais homogêneos; 
A CF-88 determinou que a ACP servirá para proteção do 
Patrimônio Público e Social, do Meio Ambiente e de 
outros interesses difusos e coletivos. Na realidade, a ACP 
serve para proteção de TODOS os direitos difusos, 
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15 
coletivos e individuais homogêneos. 
1. Direitos Difusos – direitos ou interesses de um 
número indeterminado de pessoas e indivisíveis (ex: 
direitos dos usuários do transporte público); 
2. Direitos Coletivos – direitos ou interesses de uma 
coletividade determinada ou determinável (ex: direitos 
de servidores públicos, que podem mover por meio de 
seus Sindicatos); 
3. Direitos Individuais Homogêneos – direitos de 
individuais que podem ser movidos de forma coletiva 
(ex: consumidores de um carro “X” que apresenta o 
mesmo problema, passível de correção geral; alunos de 
escola que têm sua mensalidade aumentada de forma 
abusiva). 
 
 
m) propor ações de responsabilidade do fornecedor de 
produtos e serviços (com base no Código de Defesa do 
Consumidor – CDC); 
 
n) promover outras ações necessárias ao exercício de suas 
funções institucionais, em defesa da ordem jurídica, do 
regime democrático e dos interesses sociais e individuais 
indisponíveis, especialmente quanto: 
1. ao Estado de Direito e às instituições 
democráticas; 
2. à ordem econômica e financeira; 
3. à ordem social; 
4. ao patrimônio cultural brasileiro; 
5. à manifestação de pensamento, de criação, de 
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16 
expressão ou de informação; 
6. à probidade administrativa; 
7. ao meio ambiente; 
 
f) manifestar-se em qualquer fase dos processos, acolhendo 
solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entender 
existente interesse em causa que justifique a intervenção – 
o Ministério Público atua como custus legis (Fiscal da Lei), 
devendo manifestar-se e intervir nas espécies de processos 
em que a Lei expressamente determina e nas que seja 
reconhecido interesse público; 
 
o) propor as ações cabíveis para: 
1. perda ou suspensão de direitos políticos, nos casos 
previstos na CF-88; 
2. declaração de nulidade de atos ou contratos 
geradores do endividamento externo da União, de 
suas autarquias, fundações e demais entidades 
controladas pelo Poder Público Federal, ou com 
repercussão direta ou indireta em suas finanças; 
3. dissolução compulsória de associações, inclusive de 
partidos políticos, nos casos previstos na CF-88;4. cancelamento de concessão ou de permissão, nos 
casos previstos na CF-88; 
5. declaração de nulidade de cláusula contratual que 
contrarie direito do consumidor; 
 
p) representar (interpor “denúncia” formal): 
1. ao órgão judicial competente (Juízo Federal) para 
quebra de sigilo da correspondência e das 
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17 
comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, para fins de investigação 
criminal ou instrução processual penal, bem como 
manifestar-se sobre representação a ele dirigida para 
os mesmos fins; 
CF-88 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no 
último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a 
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal; 
 
2. ao Congresso Nacional, visando ao exercício das 
competências deste ou de qualquer de suas Casas 
(Câmara dos Deputados ou SENADO) ou comissões; 
3. ao Tribunal de Contas da União (TCU), visando ao 
exercício das competências deste; 
4. ao órgão judicial competente, visando à aplicação 
de penalidade por infrações cometidas contra as 
normas de proteção à infância e à juventude, sem 
prejuízo da promoção da responsabilidade civil e penal 
do infrator, quando cabível; 
 
q) promover a responsabilidade: 
1. da autoridade competente, pelo não exercício das 
incumbências, constitucional e legalmente impostas ao 
Poder Público da União, em defesa do meio 
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18 
ambiente, de sua preservação e de sua recuperação; 
2. de pessoas físicas ou jurídicas, em razão da prática 
de atividade lesiva ao meio ambiente, tendo em vista 
a aplicação de sanções penais e a reparação dos 
danos causados; 
 
r) expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços 
públicos e de relevância pública, bem como ao respeito, aos 
interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, 
fixando prazo razoável para a adoção das providências 
cabíveis. 
 
Em qualquer órgão da administração pública direta, indireta ou 
fundacional da União, que tenha atribuições correlatas às funções da 
Instituição (ex: co-legitimada a interpor Ação Civil Pública, com base na Lei 
nº 7.347/85), o MPU terá direito a participar como instituição observadora, 
na forma e nas condições estabelecidas em ato do PGR. 
Ademais, o MPU participa dos órgãos colegiados estatais, 
federais ou do Distrito Federal, constituídos para defesa de direitos e 
interesses relacionados com as funções da Instituição. 
As funções institucionais do Ministério Público são indelegáveis 
(não podem ser atribuídas a terceiros estranhos aos quadros do MP). Exemplo: 
Delegado de Polícia que interpõe uma Ação Penal Pública. Neste caso, o ato é 
considerado NULO. 
 
Em matéria preparatória e ainda administrativa, o MPU detém 
as seguintes competências/atribuições: 
1) instaurar Inquérito CIVIL e outros procedimentos 
administrativos correlatos; 
A previsão em sede da CF-88 encontra-se no art. 129, III, 
que prevê como um dos competentes para interpor a ACP e 
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19 
de promover o Inquérito Civil é o Ministério Público. 
CF-88 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para 
a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente 
e de outros interesses difusos e coletivos; 
A LACP (Lei da Ação Civil Pública) prevê a figura do 
Inquérito Civil, de competência instauradora do Ministério 
Público. O Inquérito Civil nada mais é do que um 
procedimento administrativo de natureza inquisitiva (sem 
contraditório) e investigatório que visa amealhar elementos 
de convicção para a propositura de uma eventual Ação Civil 
Pública. 
A ACP independe do Inquérito Civil, da mesma forma que a 
Ação Penal independe do Inquérito Policial. 
Se após a investigação realizada não resultar nenhum 
fundamento para propositura de ACP, o Membro do Ministério 
Pública promoverá o arquivamento do Inquérito Civil, 
sempre de forma fundamentada. Este arquivamento não será 
imediato, necessita de aprovação do Conselho Superior do 
Ministério Público. Para tanto, o Membro do MP deve 
encaminhar os autos do Inquérito Civil em até 3 DIAS, sob 
pena de falta grave. 
Se o Conselho Superior do MP não homologar o 
arquivamento, designará outro Membro do MP para 
ajuizar a ACP. 
 
2) requisitar às autoridades policiais diligências 
investigatórias e a instauração de inquérito policial e de 
inquérito policial militar, podendo acompanhá-los e 
apresentar provas; 
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20 
 
3) requisitar à autoridade competente a instauração de 
procedimentos administrativos, ressalvados os de 
natureza disciplinar, podendo acompanhá-los e produzir 
provas. Ex: requisitar que sejam apuradas irregularidades 
em determinado processo licitatório em uma Autarquia 
Federal (INCRA, IBAMA, etc). 
Obs: Atentem-se, pois a Lei, expressamente, veda a 
requisição de instauração de processo disciplinar. 
Portanto, o MPU não pode requerer que seja deflagrado PAD 
em face de servidor. 
De todo modo, o MPU poderá acompanhar e produzir provas 
nos processos administrativos. 
 
 
O MPU poderá realizar os seguintes atos nos procedimentos de sua 
competência: 
1) notificar testemunhas e requisitar sua condução coercitiva, no 
caso de ausência injustificada; 
2) requisitar informações, exames, perícias e documentos de 
autoridades da Administração Pública direta ou indireta; 
3) requisitar da Administração Pública serviços temporários de seus 
servidores e meios materiais necessários para a realização de 
atividades específicas; 
4) requisitar informações e documentos a entidades PRIVADAS; 
5) realizar inspeções e diligências investigatórias; 
6) ter livre acesso a qualquer local público ou privado, respeitadas 
as normas constitucionais pertinentes à inviolabilidade do domicílio 
(Ex: o Membro do MPU pode fazer visita ou inspeção em Hospitais 
Públicos Federais; órgãos de Autarquias Federais ou de Ministérios, 
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21 
etc); 
7) expedir notificações e intimações necessárias aos procedimentos 
e inquéritos que instaurar; 
8) ter acesso incondicional a qualquer banco de dados de caráter 
público ou relativo a serviço de relevância pública; 
9) requisitar o auxílio de força policial.Peculiaridades relevantes acerca dos instrumentos de atuação 
do MPU: 
1. O Membro do Ministério Público (Procurador ou 
Subprocurador) será responsabilizado CIVIL ou 
PENALMENTE (criminalmente) pelo uso indevido 
das informações e documentos que requisitar. 
A própria LC nº 75/93 prevê que neste caso, a Ação 
Penal contra o Membro do MPU poderá ser 
interposta de forma subsidiária pelo ofendido (Ação 
Penal Subsidiária da Pública). 
2. Consoante a LC nº 75/93, as informações 
sigilosas sob custódia das entidades públicas 
devem ser liberadas ao MPU, sem poder alegar a 
exceção sigilo da informação, do registro, do 
dado ou do documento que lhe seja fornecido. 
Contudo, essa regra é bastante discutível com 
referência a sua constitucionalidade, pois a CF-88 
previu que a quebra do sigilo somente pode ser 
realizada por autorização judicial. 
Assim, se na prova cobrar o texto literal da LC nº 
75/93 (Ex: segundo a Lei Complementar nº 75/93, 
nenhuma autoridade poderá opor ao Ministério 
Público, sob qualquer pretexto, a exceção de sigilo, 
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22 
sem prejuízo da subsistência do caráter sigiloso da 
informação...”, estará correto. 
3. A falta injustificada e o retardamento indevido do 
cumprimento das requisições do MPU implicarão a 
responsabilidade de quem lhe der causa. 
4. As correspondências, notificações, requisições e 
intimações do MPU quando tiverem como 
destinatário o Presidente da República, o Vice-
Presidente da República, membro do 
Congresso Nacional, Ministro do STF, Ministro 
de Estado, Ministro de Tribunal Superior, 
Ministro do TCU ou chefe de missão 
diplomática de caráter permanente serão 
encaminhadas e levadas a efeito pelo Procurador-
Geral da República (PGR) ou outro órgão do 
Ministério Público a quem essa atribuição seja 
delegada, cabendo a referidas autoridades fixar 
data, hora e local em que puderem ser ouvidas, se 
for o caso (prerrogativas de tais autoridades 
políticas). 
5. As requisições do MPU serão feitas fixando-se prazo 
razoável de até 10 DIAS ÚTEIS (não corridos) para 
atendimento, prorrogável mediante solicitação 
justificada. 
 
 
 
c) Controle Externo da Atividade Policial. 
 
Como já vimos, o MPU exerce o controle EXTERNO da atividade 
policial. Para tanto, poderá adotar medidas judiciais e extrajudiciais 
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23 
concernentes em: 
a) ter livre ingresso em estabelecimentos policiais ou 
prisionais; 
b) ter acesso a quaisquer documentos relativos à 
atividade-FIM policial; 
c) representar à autoridade competente pela adoção de 
providências para sanar a omissão indevida, ou para 
prevenir ou corrigir ilegalidade ou abuso de poder (Ex: ao 
Chefe da Polícia Federal); 
d) requisitar à autoridade competente para instauração 
de inquérito policial sobre a omissão ou fato ilícito 
ocorrido no exercício da atividade policial; 
e) promover a ação penal por abuso de poder de 
Policial. 
 
O MPU deve ser comunicado imediatamente da prisão de 
qualquer pessoa, por parte de autoridade federal ou do DF, com indicação do 
lugar onde se encontra o preso e cópia dos documentos comprobatórios da 
legalidade da prisão (de ser a prisão legal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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24 
 
 
EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
 
QUESTÃO 24: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
A Lei Complementar nº 75/93 estabelece normas gerais acerca da organização 
do Ministério Público da União e dos Estados, definindo competências e 
atribuições aos seus respectivos Membros. 
 
COMENTÁRIOS: 
A Lei Complementar nº 75/93, que estabelece a organização, as 
atribuições e o estatuto do MP da UNIÃO (MPU). De outro lado, a Lei nº 
8.625/1993 que estabelece normas GERAIS da organização do Ministério 
Público ESTADUAL, prevendo a instituição de Leis Orgânicas Estaduais (na 
forma de Leis Complementares), que estabelecerão normas ESPECÍFICAS 
de cada MP de cada Estado. 
Estas Leis Orgânicas Estaduais (Leis Complementares) é que 
estabelecerão, no âmbito Estadual, a organização, atribuições e o estatuto 
do MP. 
A Lei nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público - 
LONMP) é aplicável a todos os Ministérios Públicos Estaduais, estabelecendo 
normas, preceitos e princípios que devem ser seguidos pelos MP Estaduais na 
confecção de suas Leis Orgânicas próprias, por meio de Lei Complementar 
Estadual. É vedada disposição de normas, na Lei Orgânica do MP Estadual, 
contrárias à previsão contida na Lei nº 8.625/93. 
A Lei Complementar nº 75/93, do MP da União, tem aplicação 
subsidiária aos MPs Estaduais, consoante o art. 80 da Lei nº 8.625/93. 
 
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25 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 25: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPDFT é regulado pela Lei nº 8.25/93, que estabelece normas gerais de 
organização dos Ministérios Públicos dos Estados. 
 
COMENTÁRIOS: 
Cuidado! Ressalte-se que a organização, atribuições e estatuto do 
MPDFT serão definidos pela Lei Orgânica do MP da UNIÃO (LC 75/93) e 
não por Lei Complementar do DF. Isto porque o MPDFT é um dos ramos do 
MPU, faz parte do MP da União. 
Lei nº 8.625/93 
Art. 2º Lei complementar, denominada Lei Orgânica do 
Ministério Público, cuja iniciativa é facultada aos 
Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados, estabelecerá, no 
âmbito de cada uma dessas unidades federativas, normas 
específicas de organização, atribuições e estatuto do respectivo 
Ministério Público. 
Parágrafo único. A organização, atribuições e estatuto do 
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios serão 
objeto da Lei Orgânica do Ministério Público da União. 
CF-88 
Art. 128 
§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja 
iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, 
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de 
cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus 
membros: 
 
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26 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 26: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU é considerado instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e 
dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Entre tais atribuições, cabe 
ao MPU atuar para garantir o respeito dos poderes públicos e dos serviços de 
relevância pública aos direitos assegurados na constituição. 
 
COMENTÁRIOS: 
Consoante já estudado, por expressa definição da CF-88 e também 
na Lei Complementar nº 75/93, o MPU é instituição permanente, essencialà 
função jurisdicional do Estado, incumbida da defesa da ordem jurídica, do 
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
Ademais, cabe ao MPU empreender as medidas necessárias para 
garantir o respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância 
pública aos direitos assegurados pela Constituição Federal (cobrar do Poder 
Público e dos prestadores de serviços públicos o cumprimento aos direitos 
fundamentais previstos na Constituição (Ex: o direito à saúde pública, 
resguardo dos direitos indígenas, direitos dos trabalhadores, etc). 
LC nº 75/93 
Art. 1º O Ministério Público da União, organizado por esta lei 
Complementar, é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, 
do regime democrático, dos interesses sociais e dos interesses 
individuais indisponíveis. 
CF-88 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial 
à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
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27 
individuais indisponíveis. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 27: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
É correto afirmar que o MPU exerce o controle externo e interno da atividade 
policial. 
 
COMENTÁRIOS: 
Compete ao MPU exercer o controle EXTERNO da Atividade 
Policial – o Ministério Público é o órgão fiscalizador e controlador de toda a 
atividade policial, conforme previsto na CF-88 e na Lei Complementar nº 
75/93. Ressalte-se que o controle interno é realizado pelos próprios órgãos 
das Polícias (ex: Corregedorias de Polícia, etc). 
CF-88 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma 
da lei complementar mencionada no artigo anterior; 
LC nº 75/93 - UNIÃO 
 Art. 3º O Ministério Público da União exercerá o controle 
externo da atividade policial tendo em vista: 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 28: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O controle externo da atividade policial exercido pelo MPU tem por finalidade, 
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28 
entre outras hipóteses, a prevenção da ilegalidade ou abuso de poder, bem 
como a indisponibilidade da persecução penal. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Controle EXTERNO da atividade policial é exercido pelo MPU 
com os seguintes objetivos/finalidades legais e constitucionais: 
1. respeito aos fundamentos do Estado Democrático 
de Direito, aos objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil, aos princípios 
informadores das relações internacionais, bem como 
aos direitos assegurados na CF-88 e na LEI; 
2. a preservação da ordem pública, da incolumidade 
das pessoas e do patrimônio público; 
3. a prevenção e a correção de ilegalidade ou de abuso 
de poder; 
4. a indisponibilidade da persecução penal – as 
investigações criminais devem ser necessariamente 
realizadas, por força de lei; 
5. a competência dos órgãos incumbidos da segurança 
pública. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 29: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
São princípios institucionais do Ministério Público a Unidade, Inamovibilidade e 
Independência Funcional. 
 
COMENTÁRIOS: 
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29 
A CF-88, no art. 127, §1º, e a LC nº 75/93 estabelecem três 
princípios institucionais básicos do Ministério Público: Unidade, 
Indivisibilidade e Independência Funcional. 
Seguem os estudados 3 (três) princípios institucionais: 
• 1º - UNIDADE – segundo este princípio, os Membros do 
Ministério Público integram um único órgão, abaixo da 
direção de um respectivo Procurador-Geral (Procurador-
Geral da República, para o MPU; Procurador-Geral de 
Justiça, para os MPs Estaduais e do DF). 
• 2º - INDIVISIBILIDADE – Os Membros do Ministério 
Público exercem suas funções em nome de toda a Instituição, 
o que autoriza a substituição dos Promotores ou 
Procuradores, por outros pares respectivos, sem desnaturar o 
exercício funcional. 
• 3º - INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – Os Membros do 
Ministério Públicos não estão vinculados a nenhum dos 
Poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário), 
devendo respeito tão somente à Constituição, às Leis e a sua 
própria consciência. Assim, no exercício funcional não estão 
sujeitos às convicções dos órgãos superiores do próprio 
Ministério Público (não havendo hierarquia entre o Chefe do 
MP e o Promotor da Comarca do interior). Este Promotor tem 
Independência Funcional! 
LC nº 75/93 
Art. 4º São princípios institucionais do Ministério Público da 
União a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
CF-88 
Art. 127 
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a 
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
 
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30 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 30: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
As funções institucionais do Ministério Pública são definidas no texto 
constitucional como rol exemplificativo. 
 
COMENTÁRIOS: 
As Funções Institucionais são as atribuições do Ministério Público 
elencadas no texto constitucional e pela Lei Complementar, de acordo com o 
norte definido pela CF-88. Portanto, o rol de funções institucionais previsto na 
Constituição NÃO é exaustivo (apenas exemplificativo) pois se abriu a 
possibilidade de lei infraconstitucional também dispor acerca novas hipóteses 
(art. 129, IX, da CF-88). 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 31: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Ao MPU cabe defender a ordem jurídica, com base nos fundamentos e 
princípios constitucionais da soberania e representatividade, nos direitos 
políticos e na possível dissolubilidade da União. 
 
COMENTÁRIOS: 
A Lei Complementar nº 75/93 dispõe de competências genéricas do 
MPU, além das previstas na CF-88, destacando que incumbe ao Ministério 
Público da UNIÃO: 
a) a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos 
interesses sociais e dos interesses individuais 
indisponíveis, considerados, dentre outros, os seguintes 
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31 
fundamentos e princípios: 
1. a soberania e a representatividade popular; 
2. os direitos políticos; 
3. os objetivos fundamentais da República; 
4. a indissolubilidade da União; 
5. a independência e a harmonia dos Poderes da União 
(Executivo; Legislativo e Judiciário); 
6. a autonomia dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
7. as vedações impostasà União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios; 
8. a legalidade, a impessoalidade, a moralidade e a 
publicidade, relativas à administração pública direta, 
indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da 
União; 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 32: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Cabe ao MPU zelar pelo efetivo respeito dos serviços de relevância pública 
quanto aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da 
publicidade, apesar de não serem poderes públicos da União. 
COMENTÁRIOS: 
A Lei Complementar nº 75/93 dispõe de competências genéricas do 
MPU, além das previstas na CF-88, destacando que incumbe ao Ministério 
Público da UNIÃO: 
a) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União, 
dos serviços de relevância pública e dos meios de 
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32 
comunicação social aos princípios, garantias, condições, 
direitos, deveres e vedações previstos na CF-88 e na lei, 
relativos à comunicação social; 
b) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União 
e dos serviços de relevância pública quanto: 
1. aos direitos assegurados na CF-88 relativos às ações e 
aos serviços de saúde e à educação; 
2. aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade e da publicidade (e eficiência – para 
completar o LIMPE); 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 33: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Procurador-Geral da República pode interpor ação de inconstitucionalidade 
de lei federal em face da constituição federal, inclusive possível medida 
cautelar em ADIN. 
 
COMENTÁRIOS: 
Competências instrumentais do MPU: 
a) propor Ação de Inconstitucionalidade de leis ou atos 
normativos FEDERAIS, em face à Constituição Federal – 
ADIN de Lei ou Ato Normativo Federal em face da 
Constituição Federal – executada pelo PGR; 
O Procurador-Geral da República (PGR) é competente no 
âmbito da União para interpor Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) e Representação para 
Intervenção da União nos Estados. 
O MPU, por meio do PGR, também promove eventual Medida 
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33 
Cautelar em ADIN. 
CF-88 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação 
para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos 
previstos nesta Constituição; 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 34: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
É corretíssimo afirmar que cabe ao PGR propor ADIN por omissão e 
representação para intervenção federal nos Estados, DF e nos municípios 
localizados em territórios federais. Assim, não cabe à União intervir em 
municípios localizados em Estados. 
 
COMENTÁRIOS: 
Competências instrumentais do MPU: 
a) promover a Ação Direta de Inconstitucionalidade por 
OMISSÃO – inconstitucionalidade por ausência de norma 
regulamentadora de regra já prevista em sede constitucional. 
É o PGR quem promove perante o STF. 
b) promover a representação para intervenção federal nos 
Estados e no Distrito Federal; 
O Procurador-Geral da República (PGR) é competente no 
âmbito da União para interpor Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) e Representação para 
Intervenção da União nos Estados, no DF e apenas nos 
Municípios localizados nos Territórios (caso voltem a 
existir). 
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34 
Atenção! 
No âmbito Estadual, cabe a Procurador-Geral de Justiça 
(PGJ) interpor a ADI e a Representação de Intervenção 
do Estado no Município. 
 Intervenção: 
• UNIÃO � Estados, DF e apenas nos Municípios localizados 
nos Territórios. 
• ESTADOS � em seus Municípios. 
 
CF-88 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito 
Federal, exceto para: 
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União 
nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 35: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O PGR pode propor Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental no 
STF, em exercício de competência do MPU. 
 
COMENTÁRIOS: 
Competências instrumentais do MPU: 
a) promover a ADPF (argüição de descumprimento de preceito 
fundamental) decorrente da CF-88; 
A ADPF tem por objeto a garantia ou a defesa de preceito 
fundamental decorrente da Constituição, competindo 
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35 
funcionalmente ao STF processá-lo e julgá-lo. São 
fundamentais os valores previstos no art. 1º da CF-88, 
basilares do Estado brasileiro: soberania, cidadania, 
dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e 
da livre iniciativa e o pluralismo político. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 36: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU pode instaurar Inquérito Civil e propor Ação Civil Pública para proteger 
o patrimônio público e social, os interesses individuais indisponíveis, difusos e 
coletivos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Competências instrumentais do MPU: 
a) promover o Inquérito Civil e a Ação Civil Pública, na 
forma da lei: 
1. proteção dos direitos constitucionais; 
2. proteção do patrimônio público e social, do meio 
ambiente, dos bens e direitos de valor artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico; 
3. proteção dos interesses individuais indisponíveis, 
difusos e coletivos, relativos às comunidades 
indígenas, à família, à criança, ao adolescente, ao 
idoso, às minorias étnicas e ao consumidor; 
4. outros interesses individuais indisponíveis, 
homogêneos, sociais, difusos e coletivos; 
 
RESPOSTA CERTA: C 
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36 
 
QUESTÃO 37: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU tem competência de promover a ação de cancelamento de 
naturalização, por prática de atividade nociva ao interesse nacional, bem como 
a responsabilidade por atos ilícitos de executores em estado defesa ou estado 
de sítio. 
 
COMENTÁRIOS: 
Competências instrumentais do MPU: 
a) promover ação visando ao cancelamento de 
naturalização, em virtude de atividade nociva ao interesse 
nacional; 
b) promover a responsabilidade dos executores ou agentes do 
estado de defesa ou do estado de sítio, pelos ilícitos 
cometidos no período de sua duração – caso seja declarado 
Estado de Defesa ou de Sítio, o MPU deve promover eventual 
responsabilidade por ilegalidades cometidas por executores 
ou agentes; 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 38: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dosConcursos – Ricardo Gomes. 
É correto afirmar que um Procurador da República não deverá defender 
judicialmente os direitos e interesses de um índio, quando estiver discutindo 
herança particular em Vara Cível. 
 
COMENTÁRIOS: 
Competências instrumentais do MPU: 
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37 
a) defender judicialmente os direitos e interesses das 
populações indígenas, incluídos os relativos às terras por 
elas tradicionalmente habitadas, propondo as ações 
cabíveis; 
Atenção! 
O MPU NÃO defende o direito do indígena individualmente 
considerado! Não caiam nessa pegadinha! Ex: o MPU não 
interpõe ação para defender um Índio em um caso de 
acidente de veículo por ele dirigido. Nesse caso, o Índio 
poderá procurar a Defensoria Pública. 
O MPU defende apenas os direitos das populações 
indígenas, coletivamente consideradas. Ex: costumes, 
terras por eles ocupadas, direitos humanos atingidos, etc. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 39: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU deve manifestar-se em qualquer fase dos processos, quando entender 
existente interesse em causa que justifique a sua intervenção. 
 
COMENTÁRIOS: 
Competências instrumentais do MPU: 
a) manifestar-se em qualquer fase dos processos, acolhendo 
solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entender 
existente interesse em causa que justifique a intervenção – 
o Ministério Público atua como custus legis (Fiscal da Lei), 
devendo manifestar-se e intervir nas espécies de processos 
em que a Lei expressamente determina e nas que seja 
reconhecido interesse público; 
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38 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 40: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU poderá participar como instituição observadora em qualquer órgão da 
administração pública federal que tenha atribuições afins às suas funções, bem 
como participar dos órgãos colegiados estatais, federais ou do distrito federal, 
constituídos para defesa de direitos e interesses relacionados com as funções 
do Parquet. 
 
COMENTÁRIOS: 
Em qualquer órgão da administração pública direta, indireta ou 
fundacional da União, que tenha atribuições correlatas às funções da 
Instituição (ex: co-legitimada a interpor Ação Civil Pública, com base na Lei 
nº 7.347/85), o MPU terá direito a participar como instituição observadora, 
na forma e nas condições estabelecidas em ato do PGR. 
Ademais, o MPU participa dos órgãos colegiados estatais, 
federais ou do Distrito Federal, constituídos para defesa de direitos e 
interesses relacionados com as funções da Instituição. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 41: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Consoante a LC nº 75/93, o Ministério Público da União poderá instaurar 
Inquérito Civil e Criminal. 
 
COMENTÁRIOS: 
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39 
Em matéria preparatória e ainda administrativa, o MPU detém 
as seguintes competências/atribuições: 
1) instaurar Inquérito CIVIL e outros procedimentos 
administrativos correlatos; 
A previsão em sede da CF-88 encontra-se no art. 129, III, 
que prevê como um dos competentes para interpor a ACP e 
de promover o Inquérito Civil é o Ministério Público. 
CF-88 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para 
a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente 
e de outros interesses difusos e coletivos; 
A LACP (Lei da Ação Civil Pública) prevê a figura do 
Inquérito Civil, de competência instauradora do Ministério 
Público. O Inquérito Civil nada mais é do que um 
procedimento administrativo de natureza inquisitiva (sem 
contraditório) e investigatório que visa amealhar elementos 
de convicção para a propositura de uma eventual Ação Civil 
Pública. 
A ACP independe do Inquérito Civil, da mesma forma que a 
Ação Penal independe do Inquérito Policial. 
A despeito dos poderes investigatórios do MP em matéria 
penal, reconhecidos pelo STF, a LC nº 75/93 não previu a 
possibilidade de Instauração de Inquérito 
Policial/Criminal. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 42: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
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40 
Segundo a LC nº 75/93, o MPU poderá requisitar a instauração de inquérito 
policial, inclusive podendo apresentar provas, bem como requisitar a 
instauração de processo administrativo disciplinar às autoridades 
administrativas competentes. 
 
COMENTÁRIOS: 
Em matéria preparatória e ainda administrativa, o MPU detém 
as seguintes competências/atribuições: 
1) requisitar às autoridades policiais diligências 
investigatórias e a instauração de inquérito policial e de 
inquérito policial militar, podendo acompanhá-los e 
apresentar provas; 
2) requisitar à autoridade competente a instauração de 
procedimentos administrativos, ressalvados os de 
natureza disciplinar, podendo acompanhá-los e produzir 
provas. Ex: requisitar que sejam apuradas irregularidades 
em determinado processo licitatório em uma Autarquia 
Federal (INCRA, IBAMA, etc). 
Obs: Atentem-se, pois a Lei, expressamente, veda a 
requisição de instauração de processo disciplinar. 
Portanto, o MPU não pode requerer que seja deflagrado PAD 
em face de servidor. 
De todo modo, o MPU poderá acompanhar e produzir provas 
nos processos administrativos. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 43: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU tem competência para requisitar informações a autoridades da 
administração pública indireta, a entidades privadas, bem como requisitar 
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41 
auxílio de força policial. 
 
COMENTÁRIOS: 
O MPU poderá realizar os seguintes atos nos procedimentos de sua 
competência: 
1) notificar testemunhas e requisitar sua condução coercitiva, no 
caso de ausência injustificada; 
2) requisitar informações, exames, perícias e documentos de 
autoridades da Administração Pública direta ou indireta; 
3) requisitar da Administração Pública serviços temporários de seus 
servidores e meios materiais necessários para a realização de 
atividades específicas; 
4) requisitar informações e documentos a entidades PRIVADAS; 
5) realizar inspeções e diligências investigatórias; 
6) ter livre acesso a qualquer local público ou privado, respeitadas 
as normas constitucionais pertinentes à inviolabilidade do domicílio 
(Ex: o Membro do MPU pode fazer visita ou inspeção em Hospitais 
Públicos Federais; órgãos de Autarquias Federais ou de Ministérios, 
etc); 
7) expedir notificaçõese intimações necessárias aos procedimentos 
e inquéritos que instaurar; 
8) ter acesso incondicional a qualquer banco de dados de caráter 
público ou relativo a serviço de relevância pública; 
9) requisitar o auxílio de força policial. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 44: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
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42 
Um Procurador da República pode ser denunciado pelo ofendido, em ação 
penal privada subsidiária da pública, em caso de prática de crime por uso 
indevido das informações e documentos que requisitar. 
 
COMENTÁRIOS: 
Peculiaridades relevantes acerca dos instrumentos de atuação 
do MPU: 
1. O Membro do Ministério Público (Procurador ou 
Subprocurador) será responsabilizado CIVIL ou 
PENALMENTE (criminalmente) pelo uso indevido das 
informações e documentos que requisitar. 
A própria LC nº 75/93 prevê que neste caso, a Ação 
Penal contra o Membro do MPU poderá ser 
interposta de forma subsidiária pelo ofendido (Ação 
Penal Subsidiária da Pública). 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 45: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Somente o PGR poderá dirigir Ofício ao Presidente da República, a Ministro do 
STF, a Ministro de Estado, cabendo a tais autoridades fixar data, hora e local 
em que puderem ser ouvidas. 
 
COMENTÁRIOS: 
Peculiaridades relevantes acerca dos instrumentos de atuação 
do MPU: 
1. As correspondências, notificações, requisições e 
intimações do MPU quando tiverem como 
destinatário o Presidente da República, o Vice-
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43 
Presidente da República, membro do 
Congresso Nacional, Ministro do STF, Ministro 
de Estado, Ministro de Tribunal Superior, 
Ministro do TCU ou chefe de missão 
diplomática de caráter permanente serão 
encaminhadas e levadas a efeito pelo Procurador-
Geral da República (PGR) ou outro órgão do 
Ministério Público a quem essa atribuição seja 
delegada, cabendo a referidas autoridades fixar 
data, hora e local em que puderem ser ouvidas, se 
for o caso (prerrogativas de tais autoridades 
políticas). 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 46: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
As requisições do MPU devem ser respondidas com prazo de até 10 dias 
corridos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Peculiaridades relevantes acerca dos instrumentos de atuação 
do MPU: 
1. As requisições do MPU serão feitas fixando-se prazo 
razoável de até 10 DIAS ÚTEIS (não corridos) para 
atendimento, prorrogável mediante solicitação 
justificada. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
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44 
QUESTÃO 47: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU, no exercício do controle externo da atividade policial, terá livre acesso 
aos estabelecimentos policiais e prisionais, bem como, poderá promover ação 
penal por abuso de poder. 
 
COMENTÁRIOS: 
Como já vimos, o MPU exerce o controle EXTERNO da atividade 
policial. Para tanto, poderá adotar medidas judiciais e extrajudiciais 
concernentes em: 
a) ter livre ingresso em estabelecimentos policiais ou 
prisionais; 
b) ter acesso a quaisquer documentos relativos à 
atividade-FIM policial; 
c) representar à autoridade competente pela adoção de 
providências para sanar a omissão indevida, ou para 
prevenir ou corrigir ilegalidade ou abuso de poder (Ex: ao 
Chefe da Polícia Federal); 
d) requisitar à autoridade competente para instauração 
de inquérito policial sobre a omissão ou fato ilícito 
ocorrido no exercício da atividade policial; 
e) promover a ação penal por abuso de poder de 
Policial. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 48: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Em caso de prisão de pessoa por autoridade federal, este fato deve ser 
comunicado ao MPU no prazo de até 48 horas, com documentos 
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45 
comprobatórios da legalidade da prisão. 
 
COMENTÁRIOS: 
O MPU deve ser comunicado imediatamente da prisão de 
qualquer pessoa, por parte de autoridade federal ou do DF, com indicação do 
lugar onde se encontra o preso e cópia dos documentos comprobatórios da 
legalidade da prisão (de ser a prisão legal). 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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46 
 
 
 
EXERCÍCIOS com GABARITO 
 
QUESTÃO 24: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
A Lei Complementar nº 75/93 estabelece normas gerais acerca da organização 
do Ministério Público da União e dos Estados, definindo competências e 
atribuições aos seus respectivos Membros. 
QUESTÃO 25: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPDFT é regulado pela Lei nº 8.25/93, que estabelece normas gerais de 
organização dos Ministérios Públicos dos Estados. 
QUESTÃO 26: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU é considerado instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e 
dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Entre tais atribuições, cabe 
ao MPU atuar para garantir o respeito dos poderes públicos e dos serviços de 
relevância pública aos direitos assegurados na constituição. 
QUESTÃO 27: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
É correto afirmar que o MPU exerce o controle externo e interno da atividade 
policial. 
QUESTÃO 28: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O controle externo da atividade policial exercido pelo MPU tem por finalidade, 
entre outras hipóteses, a prevenção da ilegalidade ou abuso de poder, bem 
como a indisponibilidade da persecução penal. 
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47 
QUESTÃO 29: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
São princípios institucionais do Ministério Público a Unidade, Inamovibilidade e 
Independência Funcional. 
QUESTÃO 30: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
As funções institucionais do Ministério Pública são definidas no texto 
constitucional como rol exemplificativo. 
QUESTÃO 31: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Ao MPU cabe defendera ordem jurídica, com base nos fundamentos e 
princípios constitucionais da soberania e representatividade, nos direitos 
políticos e na possível dissolubilidade da União. 
QUESTÃO 32: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Cabe ao MPU zelar pelo efetivo respeito dos serviços de relevância pública 
quanto aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da 
publicidade, apesar de não serem poderes públicos da União. 
QUESTÃO 33: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Procurador-Geral da República pode interpor ação de inconstitucionalidade 
de lei federal em face da constituição federal, inclusive possível medida 
cautelar em ADIN. 
QUESTÃO 34: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
É corretíssimo afirmar que cabe ao PGR propor ADIN por omissão e 
representação para intervenção federal nos Estados, DF e nos municípios 
localizados em territórios federais. Assim, não cabe à União intervir em 
municípios localizados em Estados. 
QUESTÃO 35: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
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48 
O PGR pode propor Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental no 
STF, em exercício de competência do MPU. 
QUESTÃO 36: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU pode instaurar Inquérito Civil e propor Ação Civil Pública para proteger 
o patrimônio público e social, os interesses individuais indisponíveis, difusos e 
coletivos. 
QUESTÃO 37: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU tem competência de promover a ação de cancelamento de 
naturalização, por prática de atividade nociva ao interesse nacional, bem como 
a responsabilidade por atos ilícitos de executores em estado defesa ou estado 
de sítio. 
QUESTÃO 38: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
É correto afirmar que um Procurador da República não deverá defender 
judicialmente os direitos e interesses de um índio, quando estiver discutindo 
herança particular em Vara Cível. 
QUESTÃO 39: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU deve manifestar-se em qualquer fase dos processos, quando entender 
existente interesse em causa que justifique a sua intervenção. 
QUESTÃO 40: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU poderá participar como instituição observadora em qualquer órgão da 
administração pública federal que tenha atribuições afins às suas funções, bem 
como participar dos órgãos colegiados estatais, federais ou do distrito federal, 
constituídos para defesa de direitos e interesses relacionados com as funções 
do Parquet. 
QUESTÃO 41: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
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49 
Consoante a LC nº 75/93, o Ministério Público da União poderá instaurar 
Inquérito Civil e Criminal. 
QUESTÃO 42: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Segundo a LC nº 75/93, o MPU poderá requisitar a instauração de inquérito 
policial, inclusive podendo apresentar provas, bem como requisitar a 
instauração de processo administrativo disciplinar às autoridades 
administrativas competentes. 
QUESTÃO 43: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU tem competência para requisitar informações a autoridades da 
administração pública indireta, a entidades privadas, bem como requisitar 
auxílio de força policial. 
QUESTÃO 44: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Um Procurador da República pode ser denunciado pelo ofendido, em ação 
penal privada subsidiária da pública, em caso de prática de crime por uso 
indevido das informações e documentos que requisitar. 
QUESTÃO 45: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Somente o PGR poderá dirigir Ofício ao Presidente da República, a Ministro do 
STF, a Ministro de Estado, cabendo a tais autoridades fixar data, hora e local 
em que puderem ser ouvidas. 
QUESTÃO 46: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
As requisições do MPU devem ser respondidas com prazo de até 10 dias 
corridos. 
QUESTÃO 47: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU, no exercício do controle externo da atividade policial, terá livre acesso 
aos estabelecimentos policiais e prisionais, bem como, poderá promover ação 
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50 
penal por abuso de poder. 
QUESTÃO 48: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Em caso de prisão de pessoa por autoridade federal, este fato deve ser 
comunicado ao MPU no prazo de até 48 horas, com documentos 
comprobatórios da legalidade da prisão. 
 
 
 
 
 
GABARITOS OFICIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 
E E C E C E C E C C 
34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 
C C C C C C C E E C 
44 45 46 47 48 
C E E C E 
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51 
 
 
RESUMO DA AULA 
 
A Lei Complementar nº 75/93, que estabelece a organização, as 
atribuições e o estatuto do MP da UNIÃO (MPU). De outro lado, a Lei nº 
8.625/1993 que estabelece normas GERAIS da organização do Ministério 
Público ESTADUAL, prevendo a instituição de Leis Orgânicas Estaduais (na 
forma de Leis Complementares), que estabelecerão normas ESPECÍFICAS 
de cada MP de cada Estado. 
Cuidado! Ressalte-se que a organização, atribuições e estatuto do 
MPDFT serão definidos pela Lei Orgânica do MP da UNIÃO (LC 75/93) e 
não por Lei Complementar do DF. Isto porque o MPDFT é um dos ramos do 
MPU, faz parte do MP da União. 
Consoante já estudado, por expressa definição da CF-88 e também 
na Lei Complementar nº 75/93, o MPU é instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, incumbida da defesa da ordem jurídica, do 
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
Compete ao MPU exercer o controle EXTERNO da Atividade 
Policial – o Ministério Público é o órgão fiscalizador e controlador de toda a 
atividade policial, conforme previsto na CF-88 e na Lei Complementar nº 
75/93. Ressalte-se que o controle interno é realizado pelos próprios órgãos 
das Polícias (ex: Corregedorias de Polícia, etc). 
O Controle EXTERNO da atividade policial é exercido pelo MPU 
com os seguintes objetivos/finalidades legais e constitucionais: 
1. respeito aos fundamentos do Estado Democrático 
de Direito, aos objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil, aos princípios 
informadores das relações internacionais, bem como 
aos direitos assegurados na CF-88 e na LEI; 
2. a preservação da ordem pública, da incolumidadeMINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
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52 
das pessoas e do patrimônio público; 
3. a prevenção e a correção de ilegalidade ou de abuso 
de poder; 
4. a indisponibilidade da persecução penal – as 
investigações criminais devem ser necessariamente 
realizadas, por força de lei; 
5. a competência dos órgãos incumbidos da segurança 
pública. 
 
Seguem os estudados 3 (três) princípios institucionais: 
• 1º - UNIDADE – segundo este princípio, os Membros do 
Ministério Público integram um único órgão, abaixo da 
direção de um respectivo Procurador-Geral (Procurador-
Geral da República, para o MPU; Procurador-Geral de 
Justiça, para os MPs Estaduais e do DF). 
• 2º - INDIVISIBILIDADE – Os Membros do Ministério 
Público exercem suas funções em nome de toda a Instituição, 
o que autoriza a substituição dos Promotores ou 
Procuradores, por outros pares respectivos, sem desnaturar o 
exercício funcional. 
• 3º - INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – Os Membros do 
Ministério Públicos não estão vinculados a nenhum dos 
Poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário), 
devendo respeito tão somente à Constituição, às Leis e a sua 
própria consciência. Assim, no exercício funcional não estão 
sujeitos às convicções dos órgãos superiores do próprio 
Ministério Público (não havendo hierarquia entre o Chefe do 
MP e o Promotor da Comarca do interior). Este Promotor tem 
Independência Funcional! 
As Funções Institucionais são as atribuições do Ministério Público 
elencadas no texto constitucional e pela Lei Complementar, de acordo com o 
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53 
norte definido pela CF-88. Portanto, o rol de funções institucionais previsto na 
Constituição NÃO é exaustivo (apenas exemplificativo) pois se abriu a 
possibilidade de lei infraconstitucional também dispor acerca novas hipóteses 
(art. 129, IX, da CF-88). 
Competências instrumentais do MPU: 
a) propor Ação de Inconstitucionalidade de leis ou atos 
normativos FEDERAIS, em face à Constituição Federal – 
ADIN de Lei ou Ato Normativo Federal em face da 
Constituição Federal – executada pelo PGR; 
O Procurador-Geral da República (PGR) é competente no 
âmbito da União para interpor Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) e Representação para 
Intervenção da União nos Estados. 
O MPU, por meio do PGR, também promove eventual Medida 
Cautelar em ADIN. 
CF-88 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação 
para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos 
previstos nesta Constituição; 
b) promover a Ação Direta de Inconstitucionalidade por 
OMISSÃO – inconstitucionalidade por ausência de norma 
regulamentadora de regra já prevista em sede constitucional. 
É o PGR quem promove perante o STF. 
c) promover a representação para intervenção federal nos 
Estados e no Distrito Federal; 
O Procurador-Geral da República (PGR) é competente no 
âmbito da União para interpor Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) e Representação para 
Intervenção da União nos Estados, no DF e apenas nos 
Municípios localizados nos Territórios (caso voltem a 
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54 
existir). 
Atenção! 
No âmbito Estadual, cabe a Procurador-Geral de Justiça 
(PGJ) interpor a ADI e a Representação de Intervenção 
do Estado no Município. 
 Intervenção: 
• UNIÃO � Estados, DF e apenas nos Municípios localizados 
nos Territórios. 
• ESTADOS � em seus Municípios. 
 
CF-88 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito 
Federal, exceto para: 
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União 
nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: 
d) promover a ADPF (argüição de descumprimento de preceito 
fundamental) decorrente da CF-88; 
e) promover, privativamente, a Ação Penal Pública, na forma 
da lei – dominus littis (dono) da Ação Penal. O MPU é o 
principal legitimado a interpor a Ação Penal Pública. O 
ofendido, em alguns crimes previstos no Código Penal (ex: 
difamação), poderá interpor Ação Penal Privada. Contudo, a 
regra é que a Ação seja PÚBLICA (interposta pelo MP). 
f) impetrar habeas corpus e mandado de segurança; 
g) promover o Inquérito Civil e a Ação Civil Pública, na 
forma da lei: 
h) defender judicialmente os direitos e interesses das 
populações indígenas, incluídos os relativos às terras por 
elas tradicionalmente habitadas, propondo as ações 
cabíveis; 
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55 
Atenção! 
O MPU NÃO defende o direito do indígena individualmente 
considerado! Não caiam nessa pegadinha! Ex: o MPU não 
interpõe ação para defender um Índio em um caso de 
acidente de veículo por ele dirigido. Nesse caso, o Índio 
poderá procurar a Defensoria Pública. 
O MPU defende apenas os direitos das populações 
indígenas, coletivamente consideradas. Ex: costumes, 
terras por eles ocupadas, direitos humanos atingidos, etc. 
 
O MPU poderá realizar os seguintes atos nos procedimentos de sua 
competência: 
1) notificar testemunhas e requisitar sua condução coercitiva, no 
caso de ausência injustificada; 
2) requisitar informações, exames, perícias e documentos de 
autoridades da Administração Pública direta ou indireta; 
3) requisitar da Administração Pública serviços temporários de seus 
servidores e meios materiais necessários para a realização de 
atividades específicas; 
4) requisitar informações e documentos a entidades PRIVADAS; 
5) realizar inspeções e diligências investigatórias; 
6) ter livre acesso a qualquer local público ou privado, respeitadas 
as normas constitucionais pertinentes à inviolabilidade do domicílio 
(Ex: o Membro do MPU pode fazer visita ou inspeção em Hospitais 
Públicos Federais; órgãos de Autarquias Federais ou de Ministérios, 
etc); 
7) expedir notificações e intimações necessárias aos procedimentos 
e inquéritos que instaurar; 
8) ter acesso incondicional a qualquer banco de dados de caráter 
público ou relativo a serviço de relevância pública; 
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56 
9) requisitar o auxílio de força policial. 
 
Como já vimos, o MPU exerce o controle EXTERNO da atividade 
policial. Para tanto, poderá adotar medidas judiciais e extrajudiciais 
concernentes em: 
a) ter livre ingresso em estabelecimentos policiais ou 
prisionais; 
b) ter acesso a quaisquer documentos relativos à 
atividade-FIM policial; 
c) representar à autoridade competente pela adoção de 
providências para sanar a omissão indevida, ou para 
prevenir ou corrigir ilegalidade ou abuso de poder (Ex: ao 
Chefe da Polícia Federal); 
d) requisitar à autoridade competente para instauração 
de inquérito policial sobre a omissão ou fato ilícito 
ocorrido no exercícioda atividade policial; 
e) promover a ação penal por abuso de poder de 
Policial. 
 
 
TODOS OS MEUS ALUNOS PASSARÃO NA PROVA DO MPU! 
Podem anotar ai! 
Fraterno Abraço e até a próxima! 
Ricardo Gomes 
Por sua aprovação! 
 
 
 
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LEGISLAÇÃO ESTUDADA 
 
LEI COMPLEMENTAR Nº 75, DE 20 DE MAIO DE 1993 
TÍTULO I 
Das Disposições Gerais 
CAPÍTULO I 
Da Definição, dos Princípios e das Funções Institucionais 
Art. 1º O Ministério Público da União, organizado por esta lei 
Complementar, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do 
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, 
dos interesses sociais e dos interesses individuais indisponíveis. 
Art. 2º Incumbem ao Ministério Público as medidas necessárias 
para garantir o respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância 
pública aos direitos assegurados pela Constituição Federal. 
Art. 3º O Ministério Público da União exercerá o controle externo da 
atividade policial tendo em vista: 
 a) o respeito aos fundamentos do Estado Democrático de 
Direito, aos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, aos 
princípios informadores das relações internacionais, bem como aos direitos 
assegurados na Constituição Federal e na lei; 
 b) a preservação da ordem pública, da incolumidade das 
pessoas e do patrimônio público; 
 c) a prevenção e a correção de ilegalidade ou de abuso de 
poder; 
 d) a indisponibilidade da persecução penal; 
 e) a competência dos órgãos incumbidos da segurança 
pública. 
Art. 4º São princípios institucionais do Ministério Público da União a 
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unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
Art. 5º São funções institucionais do Ministério Público da União: 
I - a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos 
interesses sociais e dos interesses individuais indisponíveis, considerados, 
dentre outros, os seguintes fundamentos e princípios: 
 a) a soberania e a representatividade popular; 
 b) os direitos políticos; 
 c) os objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil; 
 d) a indissolubilidade da União; 
 e) a independência e a harmonia dos Poderes da União; 
 f) a autonomia dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
 g) as vedações impostas à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios; 
 h) a legalidade, a impessoalidade, a moralidade e a 
publicidade, relativas à administração pública direta, indireta ou fundacional, 
de qualquer dos Poderes da União; 
 II - zelar pela observância dos princípios constitucionais 
relativos: 
 a) ao sistema tributário, às limitações do poder de tributar, à 
repartição do poder impositivo e das receitas tributárias e aos direitos do 
contribuinte; 
 b) às finanças públicas; 
 c) à atividade econômica, à política urbana, agrícola, fundiária 
e de reforma agrária e ao sistema financeiro nacional; 
 d) à seguridade social, à educação, à cultura e ao desporto, à 
ciência e à tecnologia, à comunicação social e ao meio ambiente; 
 e) à segurança pública; 
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 III - a defesa dos seguintes bens e interesses: 
 a) o patrimônio nacional; 
 b) o patrimônio público e social; 
 c) o patrimônio cultural brasileiro; 
 d) o meio ambiente; 
 e) os direitos e interesses coletivos, especialmente das 
comunidades indígenas, da família, da criança, do adolescente e do idoso; 
 IV - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União, 
dos serviços de relevância pública e dos meios de comunicação social aos 
princípios, garantias, condições, direitos, deveres e vedações previstos na 
Constituição Federal e na lei, relativos à comunicação social; 
 V - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União e 
dos serviços de relevância pública quanto: 
 a) aos direitos assegurados na Constituição Federal relativos 
às ações e aos serviços de saúde e à educação; 
 b) aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade e da publicidade; 
 VI - exercer outras funções previstas na Constituição Federal 
e na lei. 
§ 1º Os órgãos do Ministério Público da União devem zelar pela 
observância dos princípios e competências da Instituição, bem como pelo livre 
exercício de suas funções. 
§ 2º Somente a lei poderá especificar as funções atribuídas pela 
Constituição Federal e por esta Lei Complementar ao Ministério Público da 
União, observados os princípios e normas nelas estabelecidos. 
CAPÍTULO II 
Dos Instrumentos de Atuação 
Art. 6º Compete ao Ministério Público da União: 
 I - promover a ação direta de inconstitucionalidade e o 
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respectivo pedido de medida cautelar; 
 II - promover a ação direta de inconstitucionalidade por 
omissão; 
 III - promover a argüição de descumprimento de preceito 
fundamental decorrente da Constituição Federal; 
 IV - promover a representação para intervenção federal nos 
Estados e no Distrito Federal; 
 V - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma 
da lei; 
 VI - impetrar habeas corpus e mandado de segurança; 
 VII - promover o inquérito civil e a ação civil pública para: 
 a) a proteção dos direitos constitucionais; 
 b) a proteção do patrimônio público e social, do meio 
ambiente, dos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e 
paisagístico; 
 c) a proteção dos interesses individuais indisponíveis, difusos 
e coletivos, relativos às comunidades indígenas, à família, à criança, ao 
adolescente, ao idoso, às minorias étnicas e ao consumidor; 
 d) outros interesses individuais indisponíveis, homogêneos, 
sociais, difusos e coletivos; 
 VIII - promover outras ações, nelas incluído o mandado de 
injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes 
à nacionalidade, à soberania e à cidadania, quando difusos os interesses a 
serem protegidos; 
 IX - promover ação visando ao cancelamento de 
naturalização, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; 
 X - promover a responsabilidade dos executores ou agentes 
do estado de defesa ou do estado de sítio, pelos ilícitos cometidos no período 
de sua duração; 
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 XI - defender judicialmente os direitose interesses das 
populações indígenas, incluídos os relativos às terras por elas tradicionalmente 
habitadas, propondo as ações cabíveis; 
 XII - propor ação civil coletiva para defesa de interesses 
individuais homogêneos; 
 XIII - propor ações de responsabilidade do fornecedor de 
produtos e serviços; 
 XIV - promover outras ações necessárias ao exercício de suas 
funções institucionais, em defesa da ordem jurídica, do regime democrático e 
dos interesses sociais e individuais indisponíveis, especialmente quanto: 
 a) ao Estado de Direito e às instituições democráticas; 
 b) à ordem econômica e financeira; 
 c) à ordem social; 
 d) ao patrimônio cultural brasileiro; 
 e) à manifestação de pensamento, de criação, de expressão 
ou de informação; 
 f) à probidade administrativa; 
 g) ao meio ambiente; 
 XV - manifestar-se em qualquer fase dos processos, 
acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente 
interesse em causa que justifique a intervenção; 
 XVI - (Vetado); 
 XVII - propor as ações cabíveis para: 
 a) perda ou suspensão de direitos políticos, nos casos 
previstos na Constituição Federal; 
 b) declaração de nulidade de atos ou contratos geradores do 
endividamento externo da União, de suas autarquias, fundações e demais 
entidades controladas pelo Poder Público Federal, ou com repercussão direta 
ou indireta em suas finanças; 
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 c) dissolução compulsória de associações, inclusive de 
partidos políticos, nos casos previstos na Constituição Federal; 
 d) cancelamento de concessão ou de permissão, nos casos 
previstos na Constituição Federal; 
 e) declaração de nulidade de cláusula contratual que contrarie 
direito do consumidor; 
 XVIII - representar; 
 a) ao órgão judicial competente para quebra de sigilo da 
correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal, bem como manifestar-se sobre representação a ele dirigida 
para os mesmos fins; 
 b) ao Congresso Nacional, visando ao exercício das 
competências deste ou de qualquer de suas Casas ou comissões; 
 c) ao Tribunal de Contas da União, visando ao exercício das 
competências deste; 
 d) ao órgão judicial competente, visando à aplicação de 
penalidade por infrações cometidas contra as normas de proteção à infância e 
à juventude, sem prejuízo da promoção da responsabilidade civil e penal do 
infrator, quando cabível; 
 XIX - promover a responsabilidade: 
 a) da autoridade competente, pelo não exercício das 
incumbências, constitucional e legalmente impostas ao Poder Público da União, 
em defesa do meio ambiente, de sua preservação e de sua recuperação; 
 b) de pessoas físicas ou jurídicas, em razão da prática de 
atividade lesiva ao meio ambiente, tendo em vista a aplicação de sanções 
penais e a reparação dos danos causados; 
 XX - expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços 
públicos e de relevância pública, bem como ao respeito, aos interesses, 
direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a 
adoção das providências cabíveis. 
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 § 1º Será assegurada a participação do Ministério Público da 
União, como instituição observadora, na forma e nas condições estabelecidas 
em ato do Procurador-Geral da República, em qualquer órgão da administração 
pública direta, indireta ou fundacional da União, que tenha atribuições 
correlatas às funções da Instituição. 
 § 2º A lei assegurará a participação do Ministério Público da 
União nos órgãos colegiados estatais, federais ou do Distrito Federal, 
constituídos para defesa de direitos e interesses relacionados com as funções 
da Instituição. 
Art. 7º Incumbe ao Ministério Público da União, sempre que 
necessário ao exercício de suas funções institucionais: 
 I - instaurar inquérito civil e outros procedimentos 
administrativos correlatos; 
 II - requisitar diligências investigatórias e a instauração de 
inquérito policial e de inquérito policial militar, podendo acompanhá-los e 
apresentar provas; 
 III - requisitar à autoridade competente a instauração de 
procedimentos administrativos, ressalvados os de natureza disciplinar, 
podendo acompanhá-los e produzir provas. 
 Art. 8º Para o exercício de suas atribuições, o Ministério 
Público da União poderá, nos procedimentos de sua competência: 
 I - notificar testemunhas e requisitar sua condução coercitiva, 
no caso de ausência injustificada; 
 II - requisitar informações, exames, perícias e documentos de 
autoridades da Administração Pública direta ou indireta; 
 III - requisitar da Administração Pública serviços temporários 
de seus servidores e meios materiais necessários para a realização de 
atividades específicas; 
 IV - requisitar informações e documentos a entidades 
privadas; 
 V - realizar inspeções e diligências investigatórias; 
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 VI - ter livre acesso a qualquer local público ou privado, 
respeitadas as normas constitucionais pertinentes à inviolabilidade do 
domicílio; 
 VII - expedir notificações e intimações necessárias aos 
procedimentos e inquéritos que instaurar; 
 VIII - ter acesso incondicional a qualquer banco de dados de 
caráter público ou relativo a serviço de relevância pública; 
 IX - requisitar o auxílio de força policial. 
§ 1º O membro do Ministério Público será civil e criminalmente 
responsável pelo uso indevido das informações e documentos que requisitar; a 
ação penal, na hipótese, poderá ser proposta também pelo ofendido, 
subsidiariamente, na forma da lei processual penal. 
§ 2º Nenhuma autoridade poderá opor ao Ministério Público, sob 
qualquer pretexto, a exceção de sigilo, sem prejuízo da subsistência do caráter 
sigiloso da informação, do registro, do dado ou do documento que lhe seja 
fornecido. 
§ 3º A falta injustificada e o retardamento indevido do 
cumprimento das requisições do Ministério Público implicarão a 
responsabilidade de quem lhe der causa. 
§ 4º As correspondências, notificações, requisições e intimações do 
Ministério Público quando tiverem como destinatário o Presidente da República, 
o Vice-Presidente da República, membro do Congresso Nacional, Ministro do 
Supremo Tribunal Federal, Ministro de Estado, Ministro de Tribunal Superior, 
Ministro do Tribunal de Contas da União ou chefe de missão diplomática de 
caráter permanente serão encaminhadas e levadas a efeito pelo Procurador-
Geral da República ou outro órgão do Ministério Público a quem essa atribuição 
seja delegada, cabendo às autoridades mencionadas fixar data, hora e local 
em que puderem ser ouvidas, se for o caso. 
§ 5º As requisições do Ministério Público serão feitas fixando-se 
prazo razoável de até dez dias úteis para atendimento, prorrogável mediante 
solicitação justificada.CAPÍTULO III 
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Do Controle Externo da Atividade Policial 
Art. 9º O Ministério Público da União exercerá o controle externo da 
atividade policial por meio de medidas judiciais e extrajudiciais podendo: 
 I - ter livre ingresso em estabelecimentos policiais ou 
prisionais; 
 II - ter acesso a quaisquer documentos relativos à atividade-
fim policial; 
 III - representar à autoridade competente pela adoção de 
providências para sanar a omissão indevida, ou para prevenir ou corrigir 
ilegalidade ou abuso de poder; 
 IV - requisitar à autoridade competente para instauração de 
inquérito policial sobre a omissão ou fato ilícito ocorrido no exercício da 
atividade policial; 
 V - promover a ação penal por abuso de poder. 
Art. 10. A prisão de qualquer pessoa, por parte de autoridade 
federal ou do Distrito Federal e Territórios, deverá ser comunicada 
imediatamente ao Ministério Público competente, com indicação do lugar onde 
se encontra o preso e cópia dos documentos comprobatórios da legalidade da 
prisão. 
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1 
 
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Prezados Alunos! 
Aula 3 de Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP! 
E ai pessoal, como está o ritmo dos estudos? 
Vamos gabaritar Legislação do MPU?? Pois, então, tratem de 
estudar cada Aula + de 3 VEZES até a data da prova, deixando 1 leitura 
de todas as aulas para a última semana, ok? Esse procedimento já 
tenho indicado há bastante tempo e tenho recebido feed-back de 
diversos alunos asseverando que gabaritaram a prova só com esse 
material (STJ, TST, TSE, TREs, MP Estaduais, TJs Estaduais e em 
diversos outras instituições!). 
Vale ressaltar que trabalhamos ponto por ponto da 
legislação, sem qualquer lacuna. Ademais, ainda reprisamos várias 
vezes os mesmos pontos no decorrer da aula e em outras aulas. 
Portanto, não tem saída! É acertar todas as questões da prova e 
aprovação garantida! 
Agora vamos lá! 
Ricardo Gomes 
Por sua aprovação! 
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2 
 
Disponibilizarei para o Concurso do MPU os seguintes Cursos: 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – TEORIA E 
EXERCÍCIOS; 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP – EXERCÍCIOS; 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TEORIA E EXERCÍCIOS - AJAJ 
Não percam esta oportunidade de praticarem e aperfeiçoarem ainda mais 
seus conhecimentos! 
 
 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
 
Lei Complementar nº 75/93 – Parte 2 (Lei Orgânica do MPU) 
 
Título I – Disposições Gerais. 
d) Defesa dos Direitos Constitucionais. 
e) Garantias e Prerrogativas. 
f) Autonomia do Ministério Público. 
g) Estrutura. 
h) Procurador-Geral da República. 
 
 
 
 
 
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3 
 
1. Lei Complementar nº 75/93 – Parte 2. 
 
 
d) Defesa dos Direitos Constitucionais. 
 
O MPU é o fiscal da lei (custus legis), bem como o protetor dos 
cidadãos e o fiscalizador do efetivo cumprimento dos direitos 
constitucionais. O MPU tem por função garantir o efetivo respeito dos direitos 
fundamentais previstos da CF-88 pelos Poderes Públicos e pelos prestadores de 
serviços de relevância pública. Ex: entes estatais e privados que prestam 
serviços públicos (hospitais públicos, INSS, transporte público interestadual, 
polícia federal, universidades federais, etc). 
No âmbito do MPF existe a função ocupada por um Procurador 
da República (Procurador dos Direitos do Cidadão), que tem exatamente esta 
atribuição: proteção dos direitos constitucionais do cidadão. 
Por coincidência, ainda na minha época de estudante de Direito na 
UFBA, eu estagiei por 2 ANOS no MPF, ficando lotado quase todo esse tempo 
no Gabinete de um Procurador dos Direitos do Cidadão. As atividades 
exercidas eram exatamente estas mencionadas. Lembro muito bem da ação 
apresentada por eles em face da UFBA por fraude ao regime de cotas para 
negros, minorias e para estudantes de escolas públicas. Essa é uma nobre 
função do MPU, por meio do MPF. 
A Lei prevê as seguintes atribuições e prerrogativas ao 
Procurador dos Direitos do Cidadão no cumprimento de sua missão 
institucional: 
1. O Procurador dos Direitos do Cidadão agirá de 
ofício (por conta própria) ou mediante representação 
(denúncia), notificando a autoridade questionada para 
que preste informação, no prazo que assinar. 
2. Sendo ou não recebidas as informações e instruído o 
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4 
caso, se o Procurador dos Direitos do Cidadão concluir 
que direitos constitucionais foram ou estão sendo 
desrespeitados, deverá notificar o responsável para 
que tome as providências necessárias a prevenir a 
repetição ou que determine a cessação do 
desrespeito verificado. 
3. Caso a recomendação não seja atendida no prazo dado, 
a Procuradoria dos Direitos do Cidadão representará ao 
poder ou autoridade competente para promover a 
responsabilidade pela ação ou omissão 
inconstitucionais. Ex: se o Superintendente Regional 
do INSS não atenda às determinações do Procurador 
dos Direitos do Cidadão no prazo dado, este poderá 
representar ao Diretor-Geral do INSS. 
4. NÃO se admite que os órgãos de defesa dos direitos 
constitucionais do cidadão (Procurador dos Direitos do 
Cidadão e qualquer membro do MPU) promova em 
juízo (perante o Judiciário) a defesa de direitos 
individuais lesados. 
Tais órgãos só podem defender em juízo os direitos 
coletivos e abstratos, nunca direitos individuais de 
lesados. É o mesmo caso dos índios! Não se admite 
que o MPU defenda o direito de 1 índio em juízo, mas 
apenas acerca dos direitos indígenas, coletivamente 
considerados. Ok? 
 
5. No entanto, se a parte titular do direito lesado não 
puder constituir advogado e a ação cabível não 
incumbir ao Ministério Público, o Procurador poderá 
defender em juízo referida parte? 
Não!! Se a parte não tem Advogado, deverá ser 
assistida pela Defensoria Pública! 
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5 
Lógico, se for o caso do MP intervir, ele poderá sim 
entrar com a ação, não na defesa do direito individual, 
mas sim na defesa da ordem jurídica e abstrata, de 
direito coletivo, ok? 
 
6. Se a Procuradoria respectiva verificar que o caso se 
trate de legitimidade de outro órgão do MP (Ex: 
competência do MP do Trabalho, do MP Estadual, etc), 
deverá remeter-lhes os elementos de informação. 
 
 
 
e) Garantias e Prerrogativas. 
 
Os Membros do Ministério Público da UNIÃO e dos ESTADOS 
ostentamas mesmas Garantias constitucionais dos integrantes do Poder 
Judiciário (Magistrados), quais sejam: Vitaliciedade, Inamovibilidade e 
Irredutibilidade do Subsídio. 
Tais garantias institucionais visam conferir maior autonomia e 
independência no exercício de suas funções. Imagine um Procurador da 
República que estivesse atuando em determinado Processo contra um 
Deputado Estadual de determinado partido. Em virtude disso, tivesse seu 
salário reduzido ou mesmo fosse removido para outro local. Não dá, não é 
verdade? É por isso que os Membros do MP necessitam, igualmente aos Juízes, 
dessas garantias mínimas de proteção. 
 
GARANTIAS dos Membros do MP: 
1. VITALICIEDADE – após o cumprimento de 2 ANOS de 
estágio probatório, os Membros do MP somente poderão 
perder o cargo por Sentença Judicial transitada em 
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6 
julgada (da qual não caiba mais recursos), proferida em 
AÇÃO CIVIL própria. 
A Vitaliciedade, portanto, é adquirida após 2 ANOS de 
efetivo exercício na função (período/estágio probatório), após 
a aprovação no respectivo concurso de provas e títulos. 
Este prazo de 2 ANOS é peremptório para aquisição do 
vitaliciamento. Por exemplo: mesmo que o Procurador da 
República já fosse vitalício em outro cargo de Procurador do 
Trabalho, ainda assim terá que cumprir os novos 2 ANOS no 
MPF. “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. 
Rsrs. Por isso que o cumprimento anterior de estágio 
probatório em outro cargo ou de qualquer outro tipo de 
estágio com idêntico objetivo NÃO isenta o Procurador do 
estágio para vitaliciamento. 
Estudaremos mais à frente acerca do processo de perda do 
cargo. 
LC 75/93 
Art. 208. Os membros do Ministério Público da União, após dois 
anos de efetivo exercício, só poderão ser demitidos por decisão 
judicial transitada em julgado. 
 
2. INAMOVIBILIDADE – em regra, os Membros do MP NÃO 
poderão ser transferidos compulsoriamente de seus cargos, 
de uma lotação para outra (na prática, de um Município ou 
local de lotação para outro) ou mesmo promovido 
unilateralmente, ressalvada a hipótese excepcional de 
interesse público, com decisão de 2/3 de votos do 
Conselho Superior. 
Para que ocorra essa remoção excepcional, devem-se 
respeitar os seguintes requisitos: 
o ser assegurada a AMPLA DEFESA ao Membro do MP; 
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7 
o comprovado interesse público; 
o deliberação por 2/3 de VOTOS do Conselho 
Superior. 
 Assim, em regra, o Membro do MP não pode ser removido 
ou promovido de ofício, sem seu consentimento. 
Observem que a CF-88, tratando de juízes, fala em votos da 
maioria absoluta de Membros. Como a Lei criou um 
quórum ainda mais dificultoso, como uma garantia do 
Membro do MP, vale a LC 75/93 neste ponto e não a CF-88. 
Se fosse um quórum menor, certamente valeria a CF-88. De 
todo modo, o examinador poderá cobrar o conhecimento, 
com base na LC 75/93 ou na CF-88. Portanto fiquem atentos! 
 
LC 75/93 
Art. 209. Os membros do Ministério Público da União são 
inamovíveis, salvo motivo de interesse público, na forma desta lei 
complementar. 
Art. 210. A remoção, para efeito desta lei complementar, é 
qualquer alteração de lotação. 
 
3. IRREDUTIBILIDADE DO SUBSÍDIO – o subsídio 
(remuneração total) dos Membros do MP é irredutível, isto 
é, não pode ser reduzida por lei ou ato do Chefe do MP. Essa 
irredutibilidade de subsídio é apenas nominal (valor de 
face). Segundo o STF, não são garantidas eventuais perdas 
do poder aquisitivo decorrente da inflação (corrosão 
inflacionária) e nem possíveis aumentos de tributos que 
diminuam seu valor final. 
A despeito da LC nº 75/93 não prevê expressamente tal 
regra, aplica-se ao MPU as mesmas garantias definidas aos 
Ministérios Públicos Estaduais, bem como aos Juízes, 
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8 
conforme previsto no Art. 95 da CF-88. 
Observem que a Lei nº 8.625/93 prevê irredutibilidade de 
vencimentos e não subsídios, sendo atécnica na terminologia. 
LC 75/93 
Art. 17. Os membros do Ministério Público da União gozam das 
seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, após dois anos de efetivo exercício, não podendo 
perder o cargo senão por sentença judicial transitada em 
julgado; 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, 
mediante decisão do Conselho Superior, por voto de dois terços 
de seus membros, assegurada ampla defesa; 
Lei nº 8.625/93 
Art. 38. Os membros do Ministério Público (ESTADUAIS) sujeitam-
se a regime jurídico especial e têm as seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder 
o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público; 
III - irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à 
remuneração, o disposto na Constituição Federal. 
CF-88 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 
dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse 
período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, 
e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na 
forma do art. 93, VIII; 
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 
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9 
37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 
Para o exercício de uma função tão relevante para a sociedade, o 
MP necessita de uma bateria de prerrogativas e garantias que assegurem 
sua independência e imparcialidade. As garantias e prerrogativas dos membros 
do MP são inerentes ao exercício de suas funções e irrenunciáveis, não 
excluindo outras que sejam as estabelecidas em outras leis (ex: LC nº 75/93 e 
CF-88). 
Abaixo listo as Prerrogativas Funcionais dos Membros do MP, no 
exercício de seu mister: 
 
• Prerrogativas INSTITUCIONAIS: 
a) sentar-se no mesmo plano e imediatamente à 
DIREITA dos Juízes singulares ou dos Presidentes dos 
órgãos judiciários ou dos demais órgãos perante os 
quais oficiem; 
b) usar vestes talares (formais – beca); 
c) ter ingresso e trânsito livres, em razão de serviço, em 
qualquer recinto público ou privado, respeitada a 
garantia constitucional da inviolabilidade do 
domicílio; 
d) a prioridade em qualquer serviço de transporte ou 
comunicação, público ou privado, no território 
nacional, quando em serviço de caráter urgente; 
e) o porte de arma, independentemente de autorização 
(o membro do MPU tem porte de arma autorizado 
legalmente, desde sua investidura no cargo, não 
propriamente de um processo administrativo 
autorizativo); 
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10 
f) carteira de identidade especial, de acordo com 
modelo aprovado pelo PGR e por ele expedida, nela se 
consignando algumas prerrogativas. 
 
 
 
• Prerrogativas PROCESSUAIS: 
a) do PGR - ser processado e julgado pelo: 
1. STF - nos crimes comuns; 
2. Senado Federal - nos crimes de 
responsabilidade; 
CF-88 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-
Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios 
Ministros e o Procurador-Geral da República; 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os 
membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional 
do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o 
Advogado-Geral da União nos crimes de 
responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
 
b) do membro do Ministério Público da União que oficie 
perante Tribunais (TRFs, TRTs, TREs), ser 
processado e julgado, nos crimes comuns e de 
responsabilidade, pelo STJ (não pelo TJ e nem pelo 
STF!); 
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11 
 
CF-88 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito 
Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os 
desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito 
Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do 
Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais 
Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou 
Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da 
União que oficiem perante tribunais; 
 
c) do membro do Ministério Público da União que oficie 
perante juízos de 1ª Instância, ser processado e 
julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, 
pelos TRFs, ressalvada a competência da Justiça 
Eleitoral; 
 
d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do 
Tribunal competente ou em razão de flagrante de 
crime inafiançável, caso em que a autoridade fará 
imediata comunicação àquele tribunal e ao PGR, sob 
pena de responsabilidade; 
O Membro do MPU só pode ser preso ou detido nas 
seguintes hipóteses: 
� Ordem ESCRITA do Tribunal competente (Ex: 
STJ, TRF); 
� Flagrante de Crime INAFIANÇÁVEL – se for 
crime afiançável, não poderá ficar preso. 
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12 
 
e) ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de 
Estado-Maior, com direito a privacidade e à disposição 
do tribunal competente para o julgamento, quando 
sujeito a prisão antes da decisão final (ainda prisão 
provisória). 
Caso já tenha sido julgado, o Membro do MPU terá 
direito a dependência separada no estabelecimento em 
que tiver de ser cumprida a pena; 
f) NÃO ser indiciado em inquérito policial (IP). Nesse 
caso, a fase de indicação do Inquérito não se aplica ao 
Membro do MPU. 
Se no curso de investigação policial (IP), houver indício 
da prática de infração penal por membro do MPU, a 
autoridade policial, civil (Delegado) ou militar, 
remeterá imediatamente os autos do IP ao 
Procurador-Geral da República (PGR), que 
designará membro do Ministério Público para 
prosseguimento da apuração do fato. 
Assim, não será mais a Polícia que continuará com a 
apuração, mas um Membro do MP. 
1. Os membros do MPU não são indicados em 
Inquéritos Policiais. Verdadeiro ou Falso? 
2. Os membros do MPU nunca são indiciados em 
investigações criminais. Verdadeiro ou Falso? 
A 1ª é Verdadeira e a 2ª é Falsa porque os membros só 
não são indiciados em Inquéritos Policiais, realizados 
pela Polícia, mas o são nas investigações ofertadas pelo 
próprio Ministério Público. 
 
g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, hora e local 
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13 
previamente ajustados com o magistrado ou a 
autoridade competente; 
h) receber intimação pessoalmente nos autos em 
qualquer processo e grau de jurisdição nos feitos em 
que tiver que oficiar. 
A intimação do Parquet é sempre PESSOAL. Em 
regra, com vistas dos autos. 
 
Peculiaridades acerca das Garantias e Prerrogativas do MPU: 
� PGR terá as mesmas honras e tratamento dos Ministros 
do STF; 
Por sua vez, os Procuradores que oficiem perante Tribunais 
(Subprocuradores), terão as mesmas honras e tratamento 
dos respectivos Desembargadores ou Ministros (Ex: o 
Subprocurador que oficie perante o TRF, terá o mesmo 
tratamento dos Desembargadores Federais; os 
Subprocuradores que oficiem perante o STJ, terão o mesmo 
tratamento dos Ministros do STJ). 
Da mesma forma, o Procurador da República que oficie 
perante o Juiz Federal de 1º Grau terá o mesmo tratamento 
deste. 
� Os órgãos do MPU terão presença e palavra asseguradas em 
todas as sessões dos colegiados em que oficiem. 
� As garantias e prerrogativas dos membros do MPU são 
inerentes ao exercício de suas funções e irrenunciáveis. 
� Outras leis e normas podem prever outras garantias e 
prerrogativas em acréscimo às previstas na LC nº 75/93. 
 
 
 
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14 
 
f) Autonomia do Ministério Público. 
 
 
O MPU dispõe de 3 (três) diferentes espécies de Autonomias 
(Funcional, Administrativa e Financeira). As decisões do MPU fundadas em 
suas autonomias, desde que obedecidas as formalidades legais, têm eficácia 
plena e executoriedade imediata, ressalvada a competência constitucional 
do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas. 
AUTONOMIAS do MP: 
1. Autonomia FUNCIONAL – é o mesmo Princípio da 
Independência Funcional: os Membros do Ministério 
Públicos não estão vinculados a nenhum dos Poderes da 
República (Executivo, Legislativo e Judiciário), devendo 
respeito tão somente à Constituição, às Leis e a sua própria 
consciência. Assim, no exercício funcional não estão sujeitos 
às convicções dos órgãos superiores do próprio Ministério 
Público (não havendo hierarquia entre o Chefe do MP (PGR 
ou PGJ) e o Procurador da República de 1ª Instância ou o 
Promotor de 1º Grau). O Procurador ou Promotor têm 
Independência Funcional! 
2. Autonomia ADMINISTRATIVA – consiste na capacidade de 
autogestão ou autoadministração. O Ministério Público 
poderá propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de 
seus cargos e serviços auxiliares (servidores do MP), 
provendo-os por concurso público; poderá definir a política 
remuneratória e os planos de carreira; engloba nesta 
autonomia a possibilidade de adquirir bens, contratar 
serviços; gerir os seus recursos humanos (contratação, 
aposentadoria, pensões, etc). 
3. Autonomia FINANCEIRA – é a capacidade de elaborar sua 
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos pela 
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15 
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), bem como de gerir os 
recursos que lhe forem destinados. A iniciativa da Lei 
Orçamentária não é de competência do próprio Ministério 
Público, pois sua proposta deve integrar o Orçamento Geral, 
submetido pelo Chefe do Poder Executivo (Presidente). 
 
CF-88 
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e 
administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, 
propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e 
serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas 
ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos 
de carreira; a lei disporá sobre sua organização e 
funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998) 
 
Entre outras atribuições decorrentes das Autonomias Funcional, 
Administrativa e Financeira, cabe ao Ministério Público da UNIÃO: 
1. propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus 
cargos, bem como a fixação e o reajuste dos vencimentos de 
seus membros; 
2. propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos 
de seus serviços auxiliares (servidores do MPU: vocês!), bem 
como a fixação e o reajuste dos vencimentos de seus servidores 
– o MP NÃO poderá criar e extinguir cargos, nem fixar ou 
aumentar autonomamente os salários de seus Membros e de 
seus Servidores, devendo propor ao Legislativo a edição de Lei 
específica; 
3. prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares – 
vocês, por exemplo, serão nomeados e empossados 
(provimento dos cargos) pelo próprio MP – é atribuição do MP e 
competência do PGR; 
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16 
4. organizar os serviços auxiliares das Procuradorias; 
5. praticar atos próprios de gestão – competência gerencial-
administrativa de qualquer entidade da Administração Pública 
em sentido amplo; 
 
 
 
Proposta Orçamentária do MPU. 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) será a norma 
orçamentária balizadora da proposta orçamentária do Ministério Público. Por 
isso, tanto a CF-88 quanto a Lei nº 75/93 prevêem que o MP deverá 
elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites da Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO). No caso do MPU, será a LDO da UNIÃO. 
O MP encaminhará a proposta orçamentária, de acordo com a LDO, 
ao Presidente da República, que consolidará junto ao Orçamento Geral da 
União e submeterá ao Poder Legislativo. 
Mas, se o MPU não encaminhar a proposta orçamentária sua no 
prazo definido na LDO, como fica? O Poder Executivo considerará, para fins 
de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei 
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na 
própria LDO. 
Ademais, se a proposta orçamentária do MPU for encaminhada em 
desacordo com os limites estipulados, o Poder Executivo procederá aos 
ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
Os recursos orçamentários (inclusive os créditos suplementares e 
especiais) serão entregues ao MP sempre até o dia 20 de cada mês, não se 
vinculado especificamente a determinada despesa (recursos entregues em sua 
totalidade ao MP para todas as despesas). 
A Fiscalização da aplicação dos recursos financeiros do MP 
(fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do 
MPU) será realizada pelo Congresso Nacional, que exerce o Controle 
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17 
Externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, bem como pelo 
Controle Interno do MPU. 
As contas do MPU referentes ao exercício anterior devem ser 
prestadas todo ano, no prazo de 60 DIAS da abertura da sessão legislativa 
do Congresso Nacional (60 dias depois de 2 de Fevereiro). 
A CF-88 determina que durante a execução orçamentária do 
exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de 
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na LDO, SALVO se 
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares 
ou especiais. 
CF-88 
Art. 127 
§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária 
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta 
orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes 
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores 
aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo 
com os limites estipulados na forma do § 3º. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for 
encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do 
§ 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins 
de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá 
haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que 
extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a 
abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela 
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18 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
LC nº 75/93 
Art. 23. O Ministério Público da União elaborará sua proposta 
orçamentária dentro dos limites da lei de diretrizes 
orçamentárias. 
§ 1º Os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias, 
compreendidos os créditos suplementares e especiais, ser-lhe-ão 
entregues até o dia vinte de cada mês. 
§ 2º A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial do Ministério Público da União será exercida pelo 
Congresso Nacional, mediante controle externo, com o auxílio 
do Tribunal de Contas da União, segundo o disposto no Título 
IV, Capítulo I, Seção IX, da Constituição Federal, e por sistema 
próprio de controle interno. 
§ 3º As contas referentes ao exercício anterior serão prestadas, 
anualmente, dentro de sessenta dias da abertura da sessão 
legislativa do Congresso Nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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19 
 
g) Estrutura. 
 
O Ministério Público BRASILEIRO foi organizado do seguinte 
modo: 
a) O Ministério Público da UNIÃO (MPU), que por sua vez 
compreende os seguintes ramos: 
1. Ministério Público Federal (MPF); 
2. Ministério Público do Trabalho (MPT); 
3. Ministério Público Militar (MPM); 
4. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). 
 
b) Os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MPE). 
É isso o que dispõe o art. 128 da CF-88: 
CF-88 
Art. 128. O MINISTÉRIO PÚBLICO (GÊNERO) abrange: 
I - o Ministério Públicoda UNIÃO (MPU), que compreende: 
a) o Ministério Público FEDERAL (MPF); 
b) o Ministério Público do TRABALHO (MPT); 
c) o Ministério Público MILITAR (MPM); 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT); 
II - os Ministérios Públicos dos ESTADOS (MP ESTADUAIS) 
O MP Genérico é dividido em 2 (duas) grandes vertentes, de acordo 
com o Ente Federado envolvido: Ministério Público da UNIÃO e Ministério 
Público dos ESTADOS. O MP da União é subdivido em MPF, MPT, MPM e 
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20 
MPDFT. Estes são os MPs com atribuições da União. 
Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do 
DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-
88 prevê expressamente sua composição dentro do MPU. Juntamente com o 
TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos da União. 
 
 
 
 
h) Procurador-Geral da República. 
 
O Chefe do Ministério Público da UNIÃO é o Procurador-Geral 
da República (PGR). 
Cuidado, mas muito cuidado mesmo! 
� O Advogado-Geral da União é o Chefe da AGU lato 
sensu, englobando a AGU stricto sensu, a Procuradoria 
da Fazenda Nacional e a Procuradoria-Geral Federal. 
� O Procurador-Geral da UNIÃO é o Chefe da Procuradoria-
Geral da União, órgão interno da Advocacia-Geral da 
União. 
� O Procurador-Geral Federal é o Chefe da Procuradoria-
Geral Federal (órgão da Advocacia Federal responsável pela 
representação da Administração Federal Indireta. Ex: 
Autarquias, fundações públicas, etc). A Procuradoria-Geral 
Federal atua na defesa de 154 autarquias e fundações 
públicas federais pelos seus órgãos de execução. 
� O Procurador-Geral de Justiça (PGJ) é o Chefe do MP 
ESTADUAL. 
• Procurador-Geral do Estado é o Chefe da Procuradoria do 
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21 
Estado (que são os Advogados do Estado). Não confundir 
com o Procurador-Geral de Justiça, que é o Chefe do MP 
Estadual. 
 
A nomeação do Procurador-Geral da República (PGR) será 
realizada pelo Presidente da República entre integrantes da carreira do 
MPU, idade superior a 35 ANOS, após a aprovação do SENADO Federal 
(sabatina). 
Essa nomeação do PGR guarda algumas peculiaridades 
relevantes: 
a. Deve ser realizada pelo Presidente da República; 
b. O PGR deve ter idade superior a 35 ANOS; 
c. O SENADO Federal deve aprovar (sabatina) – não 
confundir com o Congresso Nacional ou Câmara dos 
Deputados, pois o CESPE vocês já sabem, NE? 
d. Admite-se a recondução ao cargo (nova investidura 
no cargo de PGR). O mandato do PGR é de 2 ANOS, 
permitidas indefinidas reconduções, isto é, poderá 
ser reconduzido ao cargo quantas vezes desejar o 
Presidente da República. Ressalte-se que as 
reconduções devem respeitar as mesmas formalidades 
da assunção inicial ao cargo (nomeação do Presidente 
da República e aprovação da maioria absoluta do 
Senado). 
e. A exoneração/destituição, de ofício, do PGR deve ser 
realizada por iniciativa do Presidente da República 
(representação), após autorização da maioria 
absoluta do SENADO Federal, em votação secreta 
(fechada). 
Cuidado! A destituição do PGJ do DF será realizada 
por deliberação do SENADO e não da Câmara 
Legislativa, ok? Isto porque o MPDFT faz parte do MP 
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22 
da União (MPU). 
Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
 
f. O PGR deve ser oriundo das carreiras do MPU. O PGR 
será nomeado pelo Presidente da República dentre 
os integrantes da carreira do MPU (poderá ser 
membro do Ministério Público Federal - MPF, Ministério 
Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar – 
MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – 
MPDFT). 
O que a CF-88 preleciona: que o PGR será nomeado dentre os 
integrantes da Carreira do MPU, que, em tese abarcaria todos os ramos do 
MPU. Muitos doutrinadores entendem dessa forma abrangedora (Alexandre de 
Moraes, por exemplo). Essa posição decorre do MS 21.239 do STF que definiu 
o MPU como unitário. A maioria dos doutrinadores não entram nesse mérito. 
Contudo, A despeito de a CF não prever, entende-se apenas na 
prática que os membros do Ministério Público FEDERAL é que podem ser 
PGR. 
Isso se justifica pelo fato de os outros ramos do MPU ser muito 
específicos, e no STF o PGR atuará em assuntos diversos. Há, inclusive, Projeto 
de Emenda Constitucional nesse sentido (PEC nº 358/05). 
Nessa PEC, além de alterar diversas outras previsões do Poder 
Judiciário (Ex: vitaliciedade com 3 anos), visa indicar isso expressamente, de 
que o PGR será indicado entre apenas os membros do MPF e não dos outros 
ramos do MPU. Com essa PEC, a celeuma sobre o tema será finalizada. 
PEC nº 358/05 
Art. 128. 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-
Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre 
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23 
integrantes da carreira do Ministério Público Federal, maiores 
de trinta e cinco anos, após aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois 
anos, permitida uma recondução. 
Para piorar a discussão, cabe ressaltar que existe outra PEC em 
sentido contrário (PEC nº 307/2008), que visa consolidar o PGR como 
oriundo de qualquer dos ramos do MPU (MPF, MPT, MPM ou MPDFT). 
PEC nº 308/2008 
Art. 128 - 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, alternadamente entre os 
quatro ramos que o compõem, maiores de trinta e cinco anos, 
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros 
do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a 
recondução. 
Ademais, a LC nº 75/93 preleciona expressamente, em outros 
dispositivo, que o PGR é o Chefe do MPF!! Que contradição da zorra é essa 
professor??? Pois é, a briga política para a nomeação do PGR é fortíssima, 
refletindo-se nessa quantidade de regras previstas na CF-88, na Lei nº 75/93 e 
nas Emendas Constitucionais. 
LC nº 75/93 
Art. 45. O Procurador-Geral da República é o Chefe do 
Ministério Público Federal. 
De todo modo, vale gravar para fins de prova do MPU que o PGR é 
indicado entre os Membros da CARREIRA do MPU, ok? Pois esse é o texto da 
Constituição, a despeito das interpretações variáveis. 
Se a questão mencionar que o PGR é o Chefe do MPF, também está 
correto, pois não deixa de ser. Enquanto o MPT tem o Procurador-Geral do 
Trabalho, o MPM tem o Procurador-Geral Militar, o MPF tem como Chefe direto 
o próprio PGR, entenderam? O MPF não tem um Procurador-Geral próprio, 
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diverso do PGR. 
O PGR tem autonomia para nomear os respectivos Chefes do MPT 
e MPM.O Chefe do MPF será o próprio PGR, enquanto que o Chefe do 
MPDFT será nomeado à parte, pelo Presidente da República. 
CF-88 
Art. 128 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 
dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por 
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal 
e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da 
carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu 
Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder 
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma 
recondução. 
§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito 
Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação 
da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei 
complementar respectiva. 
Lei Complementar nº 75/93 
Art. 25. O Procurador-Geral da República é o chefe do 
Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, permitida a recondução precedida de nova decisão 
do Senado Federal. 
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Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral 
da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá 
ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado 
Federal, em votação secreta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
QUESTÃO 49: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Ministério Público da União tem o papel fundamental na República de 
proteger o cumprimento dos direitos constitucionais do cidadão em face dos 
poderes públicos e dos prestadores de serviços de relevância pública. Dentro 
do MPU, exerce essa atribuição o Procurador dos Direitos do Cidadão. 
 
COMENTÁRIOS: 
O MPU é o fiscal da lei (custus legis), bem como o protetor dos 
cidadãos e o fiscalizador do efetivo cumprimento dos direitos 
constitucionais. O MPU tem por função garantir o efetivo respeito dos direitos 
fundamentais previstos da CF-88 pelos Poderes Públicos e pelos prestadores de 
serviços de relevância pública. Ex: entes estatais e privados que prestam 
serviços públicos (hospitais públicos, INSS, transporte público interestadual, 
polícia federal, universidades federais, etc). 
No âmbito do MPF existe a função ocupada por um Procurador 
da República (Procurador dos Direitos do Cidadão), que tem exatamente esta 
atribuição: proteção dos direitos constitucionais do cidadão. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 50: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Entre as atribuições do Procurador dos Direitos do Cidadão constam a de agir 
de ofício, notificando a autoridade questionada para prestar informações. Caso 
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não preste no prazo conferido, poderá o Procurador notificar o responsável 
para que adote as providências para prevenir a repetição do ato ou a cessação 
do desrespeito. Se ainda assim não restar atendido, o Procurador poderá 
representar à autoridade competente para a responsabilização do ato. 
 
COMENTÁRIOS: 
A Lei prevê as seguintes atribuições e prerrogativas ao 
Procurador dos Direitos do Cidadão no cumprimento de sua missão 
institucional: 
1. O Procurador dos Direitos do Cidadão agirá de 
ofício (por conta própria) ou mediante representação 
(denúncia), notificando a autoridade questionada para 
que preste informação, no prazo que assinar. 
2. Sendo ou não recebidas as informações e instruído o 
caso, se o Procurador dos Direitos do Cidadão concluir 
que direitos constitucionais foram ou estão sendo 
desrespeitados, deverá notificar o responsável para 
que tome as providências necessárias a prevenir a 
repetição ou que determine a cessação do 
desrespeito verificado. 
3. Caso a recomendação não seja atendida no prazo dado, 
a Procuradoria dos Direitos do Cidadão representará ao 
poder ou autoridade competente para promover a 
responsabilidade pela ação ou omissão 
inconstitucionais. Ex: se o Superintendente Regional 
do INSS não atenda às determinações do Procurador 
dos Direitos do Cidadão no prazo dado, este poderá 
representar ao Diretor-Geral do INSS. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
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QUESTÃO 51: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
É admitida, apenas excepcionalmente, a defesa de direitos individuais lesados, 
se for caso de intervenção obrigatória do MPU. 
 
COMENTÁRIOS: 
NÃO se admite que os órgãos de defesa dos direitos constitucionais do 
cidadão (Procurador dos Direitos do Cidadão e qualquer membro do MPU) 
promova em juízo (perante o Judiciário) a defesa de direitos individuais 
lesados. 
Tais órgãos só podem defender em juízo os direitos coletivos e abstratos, 
nunca direitos individuais de lesados. É o mesmo caso dos índios! Não se 
admite que o MPU defenda o direito de 1 índio em juízo, mas apenas acerca 
dos direitos indígenas, coletivamente considerados. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 52: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU pode defender em juízo o interesse de necessitado, se esta não puder 
constituir Advogado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Se a parte titular do direito lesado não puder constituir advogado e a ação 
cabível não incumbir ao Ministério Público, o Procurador poderá defender em 
juízo referida parte? 
Não!! Se a parte não tem Advogado, deverá ser assistida pela Defensoria 
Pública! 
Lógico, se for o caso do MP intervir, ele poderá sim entrar com a ação, não na 
defesa do direito individual, mas sim na defesa da ordem jurídica e 
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abstrata, de direito coletivo, ok? 
Se a Procuradoria respectiva verificar que o caso se trate de legitimidade de 
outro órgão do MP (Ex: competência do MP do Trabalho, do MP Estadual, etc), 
deverá remeter-lhes os elementos de informação. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 53: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
A vitaliciedade é adquirida após 2 anos de efetivo exercício, somente perdendo 
o cargo o membro do MPU já vitalício com processo administrativo disciplinar 
do qual não caibamais recursos. 
 
COMENTÁRIOS: 
GARANTIAS dos Membros do MP: 
VITALICIEDADE – após o cumprimento de 2 ANOS de 
estágio probatório, os Membros do MP somente poderão 
perder o cargo por Sentença Judicial transitada em 
julgada (da qual não caiba mais recursos), proferida em 
AÇÃO CIVIL própria. 
A Vitaliciedade, portanto, é adquirida após 2 ANOS de 
efetivo exercício na função (período/estágio probatório), após 
a aprovação no respectivo concurso de provas e títulos. 
Este prazo de 2 ANOS é peremptório para aquisição do 
vitaliciamento. Por exemplo: mesmo que o Procurador da 
República já fosse vitalício em outro cargo de Procurador do 
Trabalho, ainda assim terá que cumprir os novos 2 ANOS no 
MPF. “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. 
Rsrs. Por isso que o cumprimento anterior de estágio 
probatório em outro cargo ou de qualquer outro tipo de 
estágio com idêntico objetivo NÃO isenta o Procurador do 
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estágio para vitaliciamento. 
LC 75/93 
Art. 208. Os membros do Ministério Público da União, após dois 
anos de efetivo exercício, só poderão ser demitidos por decisão 
judicial transitada em julgado. 
LC 75/93 
Art. 17. Os membros do Ministério Público da União gozam das 
seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, após dois anos de efetivo exercício, não podendo 
perder o cargo senão por sentença judicial transitada em 
julgado; 
Lei nº 8.625/93 
Art. 38. Os membros do Ministério Público (ESTADUAIS) sujeitam-
se a regime jurídico especial e têm as seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder 
o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; 
CF-88 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 
dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse 
período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, 
e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 54: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Os Membros do MPU são inamovíveis, salvo se por interesse público, o 
Conselho Superior decidir por maioria absoluta, sendo assegurada a ampla 
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31 
defesa ao removível. 
 
COMENTÁRIOS: 
INAMOVIBILIDADE – em regra, os Membros do MP NÃO 
poderão ser transferidos compulsoriamente de seus cargos, 
de uma lotação para outra (na prática, de um Município ou 
local de lotação para outro) ou mesmo promovido 
unilateralmente, ressalvada a hipótese excepcional de 
interesse público, com decisão de 2/3 de votos do 
Conselho Superior. 
Para que ocorra essa remoção excepcional, devem-se 
respeitar os seguintes requisitos: 
o ser assegurada a AMPLA DEFESA ao Membro do MP; 
o comprovado interesse público; 
o deliberação por 2/3 de VOTOS do Conselho 
Superior. 
 Assim, em regra, o Membro do MP não pode ser removido 
ou promovido de ofício, sem seu consentimento. 
Observem que a CF-88, tratando de juízes, fala em votos da 
maioria absoluta de Membros. Como a Lei criou um 
quórum ainda mais dificultoso, como uma garantia do 
Membro do MP, vale a LC 75/93 neste ponto e não a CF-88. 
Se fosse um quórum menor, certamente valeria a CF-88. De 
todo modo, o examinador poderá cobrar o conhecimento, 
com base na LC 75/93 ou na CF-88. Portanto fiquem atentos! 
 
LC 75/93 
Art. 209. Os membros do Ministério Público da União são 
inamovíveis, salvo motivo de interesse público, na forma desta lei 
complementar. 
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Art. 210. A remoção, para efeito desta lei complementar, é 
qualquer alteração de lotação. 
LC 75/93 
Art. 17. Os membros do Ministério Público da União gozam das 
seguintes garantias: 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, 
mediante decisão do Conselho Superior, por voto de dois terços 
de seus membros, assegurada ampla defesa; 
Lei nº 8.625/93 
Art. 38. Os membros do Ministério Público (ESTADUAIS) sujeitam-
se a regime jurídico especial e têm as seguintes garantias: 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público; 
CF-88 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na 
forma do art. 93, VIII; 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 55: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Os vencimentos dos Membros do MPU são irredutíveis, salvo em caso de 
corrosão inflacionária ou aumento de tributos. 
 
COMENTÁRIOS: 
IRREDUTIBILIDADE DO SUBSÍDIO – o subsídio 
(remuneração total) dos Membros do MP é irredutível, isto 
é, não pode ser reduzida por lei ou ato do Chefe do MP. Essa 
irredutibilidade de subsídio é apenas nominal (valor de 
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33 
face). Segundo o STF, não são garantidas eventuais perdas 
do poder aquisitivo decorrente da inflação (corrosão 
inflacionária) e nem possíveis aumentos de tributos que 
diminuam seu valor final. 
A despeito da LC nº 75/93 não prevê expressamente tal 
regra, aplica-se ao MPU as mesmas garantias definidas aos 
Ministérios Públicos Estaduais, bem como aos Juízes, 
conforme previsto no Art. 95 da CF-88. 
Observem que a Lei nº 8.625/93 prevê irredutibilidade de 
vencimentos e não subsídios, sendo atécnica na terminologia. 
Lei nº 8.625/93 
Art. 38. Os membros do Ministério Público (ESTADUAIS) sujeitam-
se a regime jurídico especial e têm as seguintes garantias: 
III - irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à 
remuneração, o disposto na Constituição Federal. 
CF-88 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 
37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 56: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Os Membros do MPU têm direito a sentar-se à esquerda dos Juízes ou 
Presidentes de Tribunais, tendo ingresso livre em razão de serviço, não se 
submetendo à inviolabilidade do domicílio. 
 
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COMENTÁRIOS: 
• Prerrogativas INSTITUCIONAIS: 
a) sentar-se no mesmo plano e imediatamente à 
DIREITA dos Juízes singulares ou dos Presidentes dos 
órgãos judiciários ou dos demais órgãos perante os 
quais oficiem; 
b) usar vestes talares (formais – beca); 
c) ter ingresso e trânsito livres, em razão de serviço, em 
qualquer recinto público ou privado, respeitada a 
garantia constitucional da inviolabilidade do 
domicílio; 
 
RESPOSTA CERTA: EQUESTÃO 57: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O PGR é julgado pelos crimes comuns pelo STJ e pelos crimes de 
responsabilidade pelo STF. 
 
COMENTÁRIOS: 
• Prerrogativas PROCESSUAIS: 
a) do PGR - ser processado e julgado pelo: 
1. STF - nos crimes comuns; 
2. Senado Federal - nos crimes de 
responsabilidade; 
CF-88 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
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35 
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-
Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios 
Ministros e o Procurador-Geral da República; 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os 
membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional 
do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o 
Advogado-Geral da União nos crimes de 
responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 58: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Membro do MPU de 1ª Instância é julgado pelos crimes comuns e de 
responsabilidade pelo um único órgão, o Tribunal Regional Federal respectivo. 
Em caso de prisão, só poderá ocorrer por ordem escrita do TRF ou em 
flagrante de crime inafiançável. 
 
COMENTÁRIOS: 
• Prerrogativas PROCESSUAIS: 
a) do membro do Ministério Público da União que 
oficie perante juízos de 1ª Instância, ser 
processado e julgado, nos crimes comuns e de 
responsabilidade, pelos TRFs, ressalvada a 
competência da Justiça Eleitoral; 
 
b) ser preso ou detido somente por ordem escrita do 
Tribunal competente ou em razão de flagrante de 
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crime inafiançável, caso em que a autoridade fará 
imediata comunicação àquele tribunal e ao PGR, sob 
pena de responsabilidade; 
O Membro do MPU só pode ser preso ou detido nas 
seguintes hipóteses: 
� Ordem ESCRITA do Tribunal competente (Ex: 
STJ, TRF); 
� Flagrante de Crime INAFIANÇÁVEL – se for 
crime afiançável, não poderá ficar preso. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 59: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Membro do MPU recolhido à prisão provisória tem direito à prisão especial ou 
à sala especial de Estado-Maior. De todo modo, o Membro do MPU não poderá 
ser indiciado em nenhum inquérito policial. 
 
COMENTÁRIOS: 
• Prerrogativas PROCESSUAIS: 
a) ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de 
Estado-Maior, com direito a privacidade e à disposição 
do tribunal competente para o julgamento, quando 
sujeito a prisão antes da decisão final (ainda prisão 
provisória). 
Caso já tenha sido julgado, o Membro do MPU terá 
direito a dependência separada no estabelecimento em 
que tiver de ser cumprida a pena; 
b) NÃO ser indiciado em inquérito policial (IP). Nesse 
caso, a fase de indicação do Inquérito não se aplica ao 
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37 
Membro do MPU. 
Se no curso de investigação policial (IP), houver indício 
da prática de infração penal por membro do MPU, a 
autoridade policial, civil (Delegado) ou militar, 
remeterá imediatamente os autos do IP ao 
Procurador-Geral da República (PGR), que 
designará membro do Ministério Público para 
prosseguimento da apuração do fato. 
Assim, não será mais a Polícia que continuará com a 
apuração, mas um Membro do MP. 
1. Os membros do MPU não são indicados em 
Inquéritos Policiais. Verdadeiro ou Falso? 
2. Os membros do MPU nunca são indiciados em 
investigações criminais. Verdadeiro ou Falso? 
A 1ª é Verdadeira e a 2ª é Falsa porque os membros só 
não são indiciados em Inquéritos Policiais, realizados 
pela Polícia, mas o são nas investigações ofertadas pelo 
próprio Ministério Público. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 60: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
As intimações dos Membros do MPU devem ser sempre pessoal. 
COMENTÁRIOS: 
• Prerrogativas PROCESSUAIS: 
a) receber intimação pessoalmente nos autos em 
qualquer processo e grau de jurisdição nos feitos em 
que tiver que oficiar. 
A intimação do Parquet é sempre PESSOAL. Em 
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38 
regra, com vistas dos autos. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 61: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Os Membros do MPU que oficiem perante o TRF terá as mesmas prerrogativas 
dos Desembargadores Federais, sendo tais garantias renunciáveis. 
 
COMENTÁRIOS: 
Peculiaridades acerca das Garantias e Prerrogativas do MPU: 
� PGR terá as mesmas honras e tratamento dos Ministros 
do STF; 
Por sua vez, os Procuradores que oficiem perante Tribunais 
(Subprocuradores), terão as mesmas honras e tratamento 
dos respectivos Desembargadores ou Ministros (Ex: o 
Subprocurador que oficie perante o TRF, terá o mesmo 
tratamento dos Desembargadores Federais; os 
Subprocuradores que oficiem perante o STJ, terão o mesmo 
tratamento dos Ministros do STJ). 
Da mesma forma, o Procurador da República que oficie 
perante o Juiz Federal de 1º Grau terá o mesmo tratamento 
deste. 
� As garantias e prerrogativas dos membros do MPU são 
inerentes ao exercício de suas funções e irrenunciáveis. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 62: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
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39 
Concursos – Ricardo Gomes. 
É corretíssimo afirmar que o MPU detém autonomia funcional, administrativa e 
financeira. 
 
COMENTÁRIOS: 
AUTONOMIAS do MP: 
1. Autonomia FUNCIONAL – é o mesmo Princípio da 
Independência Funcional: os Membros do Ministério 
Públicos não estão vinculados a nenhum dos Poderes da 
República (Executivo, Legislativo e Judiciário), devendo 
respeito tão somente à Constituição, às Leis e a sua própria 
consciência. Assim, no exercício funcional não estão sujeitos 
às convicções dos órgãos superiores do próprio Ministério 
Público (não havendo hierarquia entre o Chefe do MP (PGR 
ou PGJ) e o Procurador da República de 1ª Instância ou o 
Promotor de 1º Grau). O Procurador ou Promotor têm 
Independência Funcional! 
2. Autonomia ADMINISTRATIVA – consiste na capacidade de 
autogestão ou autoadministração. O Ministério Público 
poderá propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de 
seus cargos e serviços auxiliares (servidores do MP), 
provendo-os por concurso público; poderá definir a política 
remuneratória e os planos de carreira; engloba nesta 
autonomia a possibilidade de adquirir bens, contratar 
serviços; gerir os seus recursos humanos (contratação,aposentadoria, pensões, etc). 
3. Autonomia FINANCEIRA – é a capacidade de elaborar sua 
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos pela 
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), bem como de gerir os 
recursos que lhe forem destinados. A iniciativa da Lei 
Orçamentária não é de competência do próprio Ministério 
Público, pois sua proposta deve integrar o Orçamento Geral, 
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40 
submetido pelo Chefe do Poder Executivo (Presidente). 
 
CF-88 
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e 
administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, 
propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e 
serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas 
ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos 
de carreira; a lei disporá sobre sua organização e 
funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998) 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 63: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU poderá criar, autonomamente, cargos dos serviços auxiliares, mas a 
criação dos cargos de Membros do MPU devem ser proposta ao Poder 
Legislativo. 
 
COMENTÁRIOS: 
Entre outras atribuições decorrentes das Autonomias Funcional, 
Administrativa e Financeira, cabe ao Ministério Público da UNIÃO: 
1. propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus 
cargos, bem como a fixação e o reajuste dos vencimentos de 
seus membros; 
2. propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos 
de seus serviços auxiliares (servidores do MPU: vocês!), bem 
como a fixação e o reajuste dos vencimentos de seus servidores 
– o MP NÃO poderá criar e extinguir cargos, nem fixar ou 
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aumentar autonomamente os salários de seus Membros e de 
seus Servidores, devendo propor ao Legislativo a edição de Lei 
específica; 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 64: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
A proposta orçamentária do MPU deve estar em consonância com a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias da União, cabendo ao Presidente da República 
submetê-la ao Poder Legislativo. 
 
COMENTÁRIOS: 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) será a norma 
orçamentária balizadora da proposta orçamentária do Ministério Público. Por 
isso, tanto a CF-88 quanto a Lei nº 75/93 prevêem que o MP deverá 
elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites da Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO). No caso do MPU, será a LDO da UNIÃO. 
O MP encaminhará a proposta orçamentária, de acordo com a LDO, 
ao Presidente da República, que consolidará junto ao Orçamento Geral da 
União e submeterá ao Poder Legislativo. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 65: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Poder Executivo tem liberdade para adequar a proposta orçamentária do 
MPU, caso esta esteja em desacordo com os limites estipulados. De todo 
modo, os recursos financeiros devem ser entregues ao MPU até o dia 20 de 
cada mês. 
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42 
 
COMENTÁRIOS: 
Ademais, se a proposta orçamentária do MPU for encaminhada em 
desacordo com os limites estipulados, o Poder Executivo procederá aos 
ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
Os recursos orçamentários (inclusive os créditos suplementares e 
especiais) serão entregues ao MP sempre até o dia 20 de cada mês, não se 
vinculado especificamente a determinada despesa (recursos entregues em sua 
totalidade ao MP para todas as despesas). 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 66: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Senado Federal exerce o controle externo do MPU, devendo as contas ser 
apresentadas até 60 dias do início do ano vigente. 
 
COMENTÁRIOS: 
2 ERROS! 
A Fiscalização da aplicação dos recursos financeiros do MP 
(fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do 
MPU) será realizada pelo Congresso Nacional, que exerce o Controle 
Externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, bem como pelo 
Controle Interno do MPU. 
As contas do MPU referentes ao exercício anterior devem ser 
prestadas todo ano, no prazo de 60 DIAS da abertura da sessão legislativa 
do Congresso Nacional (60 dias depois de 2 de Fevereiro). 
 
RESPOSTA CERTA: E 
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QUESTÃO 67: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Admite-se a realização de despesas ou obrigações fora dos limites 
estabelecidos pela LDF se previamente autorizadas ou por meio de créditos 
suplementares ou especiais. 
 
COMENTÁRIOS: 
A CF-88 determina que durante a execução orçamentária do 
exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de 
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na LDO, SALVO se 
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares 
ou especiais. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 68: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPDFT é um órgão do MPU, a despeito do DF ter natureza mista de Estado e 
Município. 
 
COMENTÁRIOS: 
O MP Genérico é dividido em 2 (duas) grandes vertentes, de acordo 
com o Ente Federado envolvido: Ministério Público da UNIÃO e Ministério 
Público dos ESTADOS. O MP da União é subdivido em MPF, MPT, MPM e 
MPDFT. Estes são os MPs com atribuições da União. 
Cuidado! O MPDFT é da UNIÃO e não dos ESTADOS! Apesar do 
DF ter status de um Estado/Município, o MP do DF não é Estadual, posto a CF-
88 prevê expressamente sua composição dentro do MPU. Juntamente com o 
TJDFT, o MPDFT é mantido com recursos da União. 
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44 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 69: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Chefe do MPU é o Procurador-Geral Federal, que chefiará todos os ramos do 
MPU. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Chefe do Ministério Público da UNIÃO é o Procurador-Geral 
da República (PGR). 
Cuidado, mas muito cuidado mesmo! 
� O Advogado-Geral da União é o Chefe da AGU lato 
sensu, englobando a AGU stricto sensu, a Procuradoria 
da Fazenda Nacional e a Procuradoria-Geral Federal. 
� O Procurador-Geral da UNIÃO é o Chefe da Procuradoria-
Geral da União, órgão interno da Advocacia-Geral da 
União. 
� O Procurador-Geral Federal é o Chefe da Procuradoria-
Geral Federal (órgão da Advocacia Federal responsável pela 
representação da Administração Federal Indireta. Ex: 
Autarquias, fundações públicas, etc). A Procuradoria-Geral 
Federal atua na defesa de 154autarquias e fundações 
públicas federais pelos seus órgãos de execução. 
� O Procurador-Geral de Justiça (PGJ) é o Chefe do MP 
ESTADUAL. 
• Procurador-Geral do Estado é o Chefe da Procuradoria do 
Estado (que são os Advogados do Estado). Não confundir 
com o Procurador-Geral de Justiça, que é o Chefe do MP 
Estadual. 
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RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 70: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Segundo a CF-88, o PGR é nomeado pelo Presidente da República, entre os 
maiores de 35 anos, sendo permitidas reconduções, após aprovação do 
Senado Federal, entre os Membros do MPU. 
 
COMENTÁRIOS: 
A nomeação do Procurador-Geral da República (PGR) será 
realizada pelo Presidente da República entre integrantes da carreira do 
MPU, idade superior a 35 ANOS, após a aprovação do SENADO Federal 
(sabatina). 
Essa nomeação do PGR guarda algumas peculiaridades 
relevantes: 
a. Deve ser realizada pelo Presidente da República; 
b. O PGR deve ter idade superior a 35 ANOS; 
c. O SENADO Federal deve aprovar (sabatina) – não 
confundir com o Congresso Nacional ou Câmara dos 
Deputados, pois o CESPE vocês já sabem, NE? 
d. Admite-se reconduções ao cargo (nova investidura no 
cargo de PGR). O mandato do PGR é de 2 ANOS, 
permitidas indefinidas reconduções, isto é, poderá 
ser reconduzido ao cargo quantas vezes desejar o 
Presidente da República. Ressalte-se que as 
reconduções devem respeitar as mesmas formalidades 
da assunção inicial ao cargo (nomeação do Presidente 
da República e aprovação da maioria absoluta do 
Senado). 
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e. O PGR deve ser oriundo das carreiras do MPU. O PGR 
será nomeado pelo Presidente da República dentre 
os integrantes da carreira do MPU (poderá ser 
membro do Ministério Público Federal - MPF, Ministério 
Público do Trabalho – MPT, Ministério Público Militar – 
MPM ou Ministério Público do DF e Territórios – 
MPDFT). 
O que a CF-88 preleciona: que o PGR será nomeado dentre os 
integrantes da Carreira do MPU, que, em tese abarcaria todos os ramos do 
MPU. Muitos doutrinadores entendem dessa forma abrangedora (Alexandre de 
Moraes, por exemplo). Essa posição decorre do MS 21.239 do STF que definiu 
o MPU como unitário. A maioria dos doutrinadores não entram nesse mérito. 
Contudo, A despeito de a CF não prever, entende-se apenas na 
prática que os membros do Ministério Público FEDERAL é que podem ser 
PGR. 
Isso se justifica pelo fato de os outros ramos do MPU ser muito 
específicos, e no STF o PGR atuará em assuntos diversos. Há, inclusive, Projeto 
de Emenda Constitucional nesse sentido (PEC nº 358/05). 
Nessa PEC, além de alterar diversas outras previsões do Poder 
Judiciário (Ex: vitaliciedade com 3 anos), visa indicar isso expressamente, de 
que o PGR será indicado entre apenas os membros do MPF e não dos outros 
ramos do MPU. Com essa PEC, a celeuma sobre o tema será finalizada. 
PEC nº 358/05 
Art. 128. 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-
Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes da carreira do Ministério Público Federal, maiores 
de trinta e cinco anos, após aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois 
anos, permitida uma recondução. 
Para piorar a discussão, cabe ressaltar que existe outra PEC em 
sentido contrário (PEC nº 307/2008), que visa consolidar o PGR como 
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47 
oriundo de qualquer dos ramos do MPU (MPF, MPT, MPM ou MPDFT). 
PEC nº 308/2008 
Art. 128 - 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, alternadamente entre os 
quatro ramos que o compõem, maiores de trinta e cinco anos, 
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros 
do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a 
recondução. 
Ademais, a LC nº 75/93 preleciona expressamente, em outros 
dispositivo, que o PGR é o Chefe do MPF!! Que contradição da zorra é essa 
professor??? Pois é, a briga política para a nomeação do PGR é fortíssima, 
refletindo-se nessa quantidade de regras previstas na CF-88, na Lei nº 75/93 e 
nas Emendas Constitucionais. 
LC nº 75/93 
Art. 45. O Procurador-Geral da República é o Chefe do 
Ministério Público Federal. 
De todo modo, vale gravar para fins de prova do MPU que o PGR é 
indicado entre os Membros da CARREIRA do MPU, ok? Pois esse é o texto da 
Constituição, a despeito das interpretações variáveis. 
Se a questão mencionar que o PGR é o Chefe do MPF, também está 
correto, pois não deixa de ser. Enquanto o MPT tem o Procurador-Geral do 
Trabalho, o MPM tem o Procurador-Geral Militar, o MPF tem como Chefe direto 
o próprio PGR, entenderam? O MPF não tem um Procurador-Geral próprio, 
diverso do PGR. 
O PGR tem autonomia para nomear os respectivos Chefes do MPT 
e MPM. O Chefe do MPF será o próprio PGR, enquanto que o Chefe do 
MPDFT será nomeado à parte, pelo Presidente da República. 
CF-88 
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48 
Art. 128 
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 
dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por 
iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal 
e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da 
carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu 
Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder 
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma 
recondução. 
§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito 
Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação 
da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei 
complementar respectiva. 
Lei Complementar nº 75/93 
Art. 25. O Procurador-Geral da República é o chefe do 
Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, permitida a recondução precedida de nova decisão 
do Senado Federal. 
Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral 
da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá 
ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado 
Federal, em votação secreta. 
 
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RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 71: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
A destituição do PGR é realizada por decisão do Senado Federal, por maioria 
absoluta, em votação secreta, por iniciativa do Presidente da República. 
 
COMENTÁRIOS: 
a. A exoneração/destituição, de ofício, do PGR deve ser 
realizada por iniciativa do Presidente da República 
(representação), após autorização da maioria 
absoluta do SENADO Federal, em votação secreta 
(fechada). 
Cuidado! A destituição do PGJ do DF será realizada 
por deliberação do SENADO e não da Câmara 
Legislativa, ok? Isto porque o MPDFT faz parte do MP 
da União (MPU). 
Destituição do PGR: 
Presidente da República + SENADO 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
 
 
 
 
 
 
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50 
 
 
EXERCÍCIOS com GABARITO 
 
QUESTÃO 49: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Ministério Público da União tem o papel fundamental na República de 
proteger o cumprimento dos direitos constitucionais do cidadão em face dos 
poderes públicos e dos prestadores de serviços de relevância pública. Dentro 
do MPU, exerce essa atribuição o Procurador dos Direitos do Cidadão. 
QUESTÃO 50: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Entre as atribuições do Procurador dos Direitos do Cidadão constam a de agir 
de ofício, notificando a autoridade questionada para prestar informações. Caso 
não preste no prazo conferido, poderá o Procurador notificar o responsável 
para que adote as providências para prevenir a repetição do ato ou a cessação 
do desrespeito. Se ainda assim não restar atendido, o Procurador poderá 
representar à autoridade competente para a responsabilização do ato. 
QUESTÃO 51: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
É admitida, apenas excepcionalmente, a defesa de direitos individuais lesados, 
se for caso de intervenção obrigatória do MPU. 
QUESTÃO 52: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU pode defender em juízo o interesse de necessitado, se esta não puder 
constituir Advogado. 
QUESTÃO 53: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
A vitaliciedade é adquirida após 2 anos de efetivo exercício, somente perdendo 
o cargo o membro do MPU já vitalício com processo administrativo disciplinar 
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do qual não caiba mais recursos. 
QUESTÃO 54: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Os Membros do MPU são inamovíveis, salvo se por interesse público, o 
Conselho Superior decidir por maioria absoluta, sendo assegurada a ampla 
defesa ao removível. 
QUESTÃO 55: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Os vencimentos dos Membros do MPU são irredutíveis, salvo em caso de 
corrosão inflacionária ou aumento de tributos. 
QUESTÃO 56: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Os Membros do MPU têm direito a sentar-se à esquerda dos Juízes ou 
Presidentes de Tribunais, tendo ingresso livre em razão de serviço, não se 
submetendo à inviolabilidade do domicílio. 
QUESTÃO 57: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O PGR é julgado pelos crimes comuns pelo STJ e pelos crimes de 
responsabilidade pelo STF. 
QUESTÃO 58: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Membro do MPU de 1ª Instância é julgado pelos crimes comuns e de 
responsabilidade pelo um único órgão, o Tribunal Regional Federal respectivo. 
Em caso de prisão, só poderá ocorrer por ordem escrita do TRF ou em 
flagrante de crime inafiançável. 
QUESTÃO 59: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Membro do MPU recolhido à prisão provisória tem direito à prisão especial ou 
à sala especial de Estado-Maior. De todo modo, o Membro do MPU não poderá 
ser indiciado em nenhum inquérito policial. 
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QUESTÃO 60: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
As intimações dos Membros do MPU devem ser sempre pessoal. 
QUESTÃO 61: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Os Membros do MPU que oficiem perante o TRF terá as mesmas prerrogativas 
dos Desembargadores Federais, sendo tais garantias renunciáveis. 
QUESTÃO 62: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
É corretíssimo afirmar que o MPU detém autonomia funcional, administrativa e 
financeira. 
QUESTÃO 63: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPU poderá criar, autonomamente, cargos dos serviços auxiliares, mas a 
criação dos cargos de Membros do MPU devem ser proposta ao Poder 
Legislativo. 
QUESTÃO 64: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
A proposta orçamentária do MPU deve estar em consonância com a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias da União, cabendo ao Presidente da República 
submetê-la ao Poder Legislativo. 
QUESTÃO 65: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Poder Executivo tem liberdade para adequar a proposta orçamentária do 
MPU, caso esta esteja em desacordo com os limites estipulados. De todo 
modo, os recursos financeiros devem ser entregues ao MPU até o dia 20 de 
cada mês. 
QUESTÃO 66: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Senado Federal exerce o controle externo do MPU, devendo as contas ser 
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apresentadas até 60 dias do início do ano vigente. 
QUESTÃO 67: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Admite-se a realização de despesas ou obrigações fora dos limites 
estabelecidos pela LDF se previamente autorizadas ou por meio de créditos 
suplementares ou especiais. 
QUESTÃO 68: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O MPDFT é um órgão do MPU, a despeito do DF ter natureza mista de Estado e 
Município. 
QUESTÃO 69: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
O Chefe do MPU é o Procurador-Geral Federal, que chefiará todos os ramos do 
MPU. 
QUESTÃO 70: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
Concursos – Ricardo Gomes. 
Segundo a CF-88, o PGR é nomeado pelo Presidente da República, entre os 
maiores de 35 anos, sendo permitidas reconduções, após aprovação do 
Senado Federal, entre os Membros do MPU. 
QUESTÃO 71: Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Ponto dos 
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A destituição do PGR é realizada por decisão do Senado Federal, por maioria 
absoluta, em votação secreta, por iniciativa do Presidente da República.MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU) 
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GABARITOS OFICIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 
C C E E E E C E E C 
59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 
C C E C E C C E C C 
69 70 71 
E C C 
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55 
 
 
RESUMO DA AULA 
 
O MPU é o fiscal da lei (custus legis), bem como o protetor dos 
cidadãos e o fiscalizador do efetivo cumprimento dos direitos 
constitucionais. O MPU tem por função garantir o efetivo respeito dos direitos 
fundamentais previstos da CF-88 pelos Poderes Públicos e pelos prestadores de 
serviços de relevância pública. Ex: entes estatais e privados que prestam 
serviços públicos (hospitais públicos, INSS, transporte público interestadual, 
polícia federal, universidades federais, etc). 
No âmbito do MPF existe a função ocupada por um Procurador 
da República (Procurador dos Direitos do Cidadão), que tem exatamente esta 
atribuição: proteção dos direitos constitucionais do cidadão. 
1. NÃO se admite que os órgãos de defesa dos 
direitos constitucionais do cidadão (Procurador 
dos Direitos do Cidadão e qualquer membro 
do MPU) promova em juízo (perante o 
Judiciário) a defesa de direitos individuais 
lesados. 
Tais órgãos só podem defender em juízo os direitos 
coletivos e abstratos, nunca direitos individuais de 
lesados. É o mesmo caso dos índios! Não se admite 
que o MPU defenda o direito de 1 índio em juízo, mas 
apenas acerca dos direitos indígenas, coletivamente 
considerados. Ok? 
 
2. No entanto, se a parte titular do direito lesado 
não puder constituir advogado e a ação 
cabível não incumbir ao Ministério Público, o 
Procurador poderá defender em juízo referida 
parte? 
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Não!! Se a parte não tem Advogado, deverá ser 
assistida pela Defensoria Pública! 
Lógico, se for o caso do MP intervir, ele poderá sim 
entrar com a ação, não na defesa do direito individual, 
mas sim na defesa da ordem jurídica e abstrata, de 
direito coletivo, ok? 
 
3. Se a Procuradoria respectiva verificar que o 
caso se trate de legitimidade de outro órgão 
do MP (Ex: competência do MP do Trabalho, 
do MP Estadual, etc), deverá remeter-lhes os 
elementos de informação. 
 
GARANTIAS dos Membros do MP: 
1. VITALICIEDADE – após o cumprimento de 2 ANOS de 
estágio probatório, os Membros do MP somente poderão 
perder o cargo por Sentença Judicial transitada em 
julgada (da qual não caiba mais recursos), proferida em 
AÇÃO CIVIL própria. 
A Vitaliciedade, portanto, é adquirida após 2 ANOS de 
efetivo exercício na função (período/estágio probatório), após 
a aprovação no respectivo concurso de provas e títulos. 
2. INAMOVIBILIDADE – em regra, os Membros do MP NÃO 
poderão ser transferidos compulsoriamente de seus cargos, 
de uma lotação para outra (na prática, de um Município ou 
local de lotação para outro) ou mesmo promovido 
unilateralmente, ressalvada a hipótese excepcional de 
interesse público, com decisão de 2/3 de votos do 
Conselho Superior. 
Para que ocorra essa remoção excepcional, devem-se 
respeitar os seguintes requisitos: 
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o ser assegurada a AMPLA DEFESA ao Membro do MP; 
o comprovado interesse público; 
o deliberação por 2/3 de VOTOS do Conselho 
Superior. 
3. IRREDUTIBILIDADE DO SUBSÍDIO – o subsídio 
(remuneração total) dos Membros do MP é irredutível, isto 
é, não pode ser reduzida por lei ou ato do Chefe do MP. Essa 
irredutibilidade de subsídio é apenas nominal (valor de 
face). Segundo o STF, não são garantidas eventuais perdas 
do poder aquisitivo decorrente da inflação (corrosão 
inflacionária) e nem possíveis aumentos de tributos que 
diminuam seu valor final. 
 
• Prerrogativas INSTITUCIONAIS: 
a) sentar-se no mesmo plano e imediatamente à DIREITA 
dos Juízes singulares ou dos Presidentes dos órgãos 
judiciários ou dos demais órgãos perante os quais 
oficiem; 
b) usar vestes talares (formais – beca); 
c) ter ingresso e trânsito livres, em razão de serviço, em 
qualquer recinto público ou privado, respeitada a 
garantia constitucional da inviolabilidade do 
domicílio; 
d) a prioridade em qualquer serviço de transporte ou 
comunicação, público ou privado, no território 
nacional, quando em serviço de caráter urgente; 
e) o porte de arma, independentemente de autorização 
(o membro do MPU tem porte de arma autorizado 
legalmente, desde sua investidura no cargo, não 
propriamente de um processo administrativo 
autorizativo); 
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f) carteira de identidade especial, de acordo com 
modelo aprovado pelo PGR e por ele expedida, nela se 
consignando algumas prerrogativas. 
• Prerrogativas PROCESSUAIS: 
a) do PGR - ser processado e julgado pelo: 
1. STF - nos crimes comuns; 
2. Senado Federal - nos crimes de 
responsabilidade; 
b) do membro do Ministério Público da União que oficie 
perante Tribunais (TRFs, TRTs, TREs), ser 
processado e julgado, nos crimes comuns e de 
responsabilidade, pelo STJ (não pelo TJ e nem pelo 
STF!); 
c) do membro do Ministério Público da União que oficie 
perante juízos de 1ª Instância, ser processado e 
julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, 
pelos TRFs, ressalvada a competência da Justiça 
Eleitoral; 
d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do 
Tribunal competente ou em razão de flagrante de 
crime inafiançável, caso em que a autoridade fará 
imediata comunicação àquele tribunal e ao PGR, sob 
pena de responsabilidade; 
O Membro do MPU só pode ser preso ou detido nas 
seguintes hipóteses: 
� Ordem ESCRITA do Tribunal competente (Ex: 
STJ, TRF); 
� Flagrante de Crime INAFIANÇÁVEL – se for 
crime afiançável, não poderá ficar preso. 
e) ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de 
Estado-Maior, com direito a privacidade e à disposição 
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do tribunal competente para o julgamento, quando 
sujeito a prisão antes da decisão final (ainda prisão 
provisória). 
Caso já tenha sido julgado, o Membro do MPU terá 
direito a dependência separada no estabelecimento em 
que tiver de ser cumprida a pena; 
f) NÃO ser indiciado em inquérito policial (IP). Nesse 
caso, a fase de indicação do Inquérito não se aplica ao 
Membro do MPU. 
Se no curso de investigação policial (IP), houver indício 
da prática de infração penal por membro do MPU, a 
autoridade policial, civil (Delegado) ou militar, 
remeterá

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