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UNIP
UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
Ética e Sexualidade.
São José do Rio Preto
2017
UNIP
UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
Trabalho desenvolvido à disciplina
de Ética, 
para o 9º semestre de Psicologia,
orientado pela Profª Anita Cecilia Lofrano.
São José do Rio Preto
2017
Ética e Sexualidade: dimensões da natureza humana.
O fenômeno da sexualidade é parte integral da realidade humana. É a perspectiva da sexualidade que permeia os pensamentos e a cultura, delineando assim os seus horizontes e contornos. Na visão antropológica, o sexual é parte do indivíduo, não mais sendo visto apenas com uma realidade autônoma ou biológica. Olha-se, atualmente, a sexualidade como representação vital do ser, um conjunto e realidade de cada indivíduo, como humano, (Vidal, 2002).
Ampliou-se o sentido de sexualidade, não mais reduzindo-a ao fenômeno genital, mas trazendo outras perspectivas, com Freud admitindo as formas orais e anais e Jung partindo das manifestações do espirito humano no masculino e feminino, a sexualidade abrange o que a pessoa, também é, sua totalidade humana, (Vidal, 2002).
Freud, afirma, que a sexualidade não floresce em um determinado momento, não apenas ocorre no homem, é a força psicológica e biológica fundamental para a estruturação da personalidade, assumindo assim a sexualidade, como um processo que a partir do qual o ser humano se estrutura, organiza e comunica. É transversal às mais diversas manifestações humanas, é justamente, através dela que estabelecem-se vínculos afetivos, (Vidal, 2002).
A sexualidade é uma realidade dinâmica e está submetida à lei contínua da evolução do ser, passando por diversas etapas e se construindo ao longo do tempo, repercutindo na personalidade de cada indivíduo (Vidal, 2002). 
A sexualidade desempenha um papel decisivo no desenvolvimento de personalidade do homem. Não pode ser considerada uma força fechada em si mesma, ordena-se no sentido total de existência humana. A sexualidade é uma força violenta, não sendo totalmente informe ou anárquica. É uma força da pessoa para a própria pessoa, adquirindo portanto, grande plasticidade e amplitude quanto a própria pessoa, (Vidal, 2002).
O homem extrai da sexualidade a dimensão necessária para se orientar, o valor do comportamento sexual deve ser julgado pelo significado pessoal que o contém, visto que a sexualidade possui em si mesma uma intencionalidade orientada para a integração pessoal, do qual não pode ser privada e pelo qual deve ser avaliada, (Vidal, 2002).
A sexualidade tem que ser vivida a partir do dinamismo interior do sujeito, este, por sua vez, se constrói e amadurece através da própria sexualidade. Sendo ela uma força construtiva do ''eu'', eis um dos significados que tem o fenômeno global da sexualidade, mas que lhe advém, principalmente, da instância psicologia, (Vidal, 2002).
Sexualidade e história.
Ao longo da história da humanidade as diversas mudanças sociais, como por exemplo, a entrada massiva da mulher no mercado de trabalho; a crescente escolarização; a emergência de movimentos sociais, principalmente os feministas e homossexuais, influenciaram na forma como a sexualidade é vista. Segundo Toneli (2008), sexo e sexualidade são objetos de pesquisa e discussões teóricas em diversas áreas do conhecimento, a partir da década de 1970 do século XX e, observa-se um crescente interesse intelectual sobre o tema. Pode-se compreender esse crescente interesse sobre o tema, contextualizando o momento histórico, social e político em que se encontrava o país, pois segundo Facchini (2011), no final dos anos 1970 surgiram os primeiros grupos militantes homossexuais, no Brasil. 
Em um contexto de “abertura” política que anunciava o fim da ditadura militar, aliado ao movimento feminista e ao movimento negro, o movimento homossexual continha propostas de transformações para a sociedade, no intuito de abolir os vários tipos de hierarquias sociais, especialmente as relacionadas a gênero e sexualidade. Considerando o contexto histórico na tentativa de apresentar a diversidade sexual Facchini (2011) traz que, na década de 1980 se aumenta a visibilidade pública da homossexualidade no Brasil, devido a chegada da epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). 
Já na década de 1990, o movimento homossexual se fortalece como forma de enfrentar a crise iniciada pela AIDS. Nesse momento houve uma expansão do movimento em todo o país, e, também, uma diferenciação de sujeitos dentro do próprio movimento. Nesse período, surgiram grupos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Devido a todo esse movimento pela causa, de acordo com Facchini (2011), em 1995 ocorre a fundação da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis). Essa associação é a primeira e maior rede de organizações LGBT brasileira, reune cerca de 200 organizações por todo o país, e é considerada a maior rede LGBT na América Latina. Percebe-se que a fundação da ABGLT foi um marco significante na história da luta pelo direito à diversidade sexual, pois a associação possibilita uma maior organização do movimento. 
Outro marco importante para o movimento é a realização das Paradas do Orgulho LGBT, elas acontecem em todo o país, com o apoio das prefeituras locais, Ministério da Cultura, de programas nacionais de Direitos Humanos e do Combate à discriminação e à aids. As Paradas dão maior visibilidade à reivindicação dos direitos dessa comunidade, bem como ganha o apoio e participação de “simpatizantes”, que incluí familiares, amigos e pessoas que apoiam a luta. Conforme a ABGLT, em 2007 ocorreram mais de 300 Paradas em todo o país, sendo a de São Paulo a maior delas, contendo mais de 3 milhões de pessoas (FACCHINI, 2011). 
Esses movimentos causaram diversas mudanças nas concepções de sexualidade, no país, bem como deram início à possibilidade de se pensar a diversidade sexual de forma diferente, não mais como uma patologia. Prova disso é o que Kahhale (2011) traz como conquistas que se concretizaram em marcos legais, por exemplo, o Programa Brasil sem Homofobia, lançado pelo Governo Federal em 2004; Princípios de Yogyakarta, lançado em 2006, que consiste na aplicação da legislação internacional de direitos humanos em relação à orientação sexual e identidade de gênero. 
Contudo, a psicologia, que inicialmente classificava a homossexualidade como uma doença, guiada por um modelo biomédico, também precisou se modificar. Frente a tantas mudanças a psicologia, enquanto profissão já não estava de acordo com as necessidades da sociedade, por tanto teve que se adaptar as novas demandas. Mesmo com todas essas transformações sociais, o Conselho Federal de Psicologia em resolução de 1999, teve o cuidado de alertar os psicólogos brasileiros sobre o fato de que a homossexualidade não é doença, que na sociedade existe uma inquietação em torno de práticas sexuais que fogem a norma estabelecida sócio-culturalmente e a Psicologia pode e deve contribuir com seu conhecimento para o esclarecimento sobre as questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e discriminações (TONELI, 2008). 
A psicologia, aos poucos, vêm trabalhando para diminuir o preconceito e discriminação em relação a diversidade sexual. Prova disso, é a Resolução do CFP (Conselho Federal de Psicologia) nº 014/11, a qual possibilita às pessoas transexuais e travestis o direito à escolha de tratamento nominal a ser inserido no campo “observação” da Carteira de Identidade Profissional do Psicólogo, através da indicação do nome social (CFP, 2011). 
Cabe salientar, também, que na psicologia já se tem alguns estudos e práticas que procuram trabalhar com a temática diversidade sexual, o que pode vir a contribuir com a sociedade. Porém, percebe-se a necessidade da psicologia avançar nesse processo, não só na profissão, mas também enquanto ciência. Segundo Santos, Costa, Carpenetoe Nardi (2011), é importante que se trabalhe com os futuros psicólogos, no intuito de sensibilizá-los quanto ao possível caráter heterossexista da formação, visto que poderão ser profissionais capazes de propor uma escuta atenta aos efeitos do preconceito na concepção dos sujeitos. 
Referências Bibliográficas.
VIDAL, M. Ética da Sexualidade. Ed. Loyola, SP, 2002.
FACCHINI, R. Visibiliade é legitimidade? O movimento social e a promoção da cidadania LGBT no Brasil. In: Psicologia e diversidade sexual: desafios para uma sociedade de direitos. Conselho Federal de Psicologia. Brasília: CFP, 2011.
TONELI, M. J. F. Diversidade sexual humana: notas para a discussão no âmbito da psicologia e dos direitos humanos. Psic. Clin. Rio de Janeiro, vol.20, n. 2, p.6, 2003.

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