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142 Despesas com pessoal (art. 18 a 23) Tudo que envolve a remuneração dos: a) Ativos b) Inativos c) Pensionistas Terceirizados → “outras despesas de pessoal” → gastos com prestação de 143 serviços. Limites de gastos com pessoal Limites globais de gastos com pessoal: União → 50% RCL Estados e municípios → 60% RCL RCL = receita corrente “própria” 144 menos parcelas a transferir a outros entes. Qual receita corrente: mês atual + 11 anteriores. Limites específicos: art. 20, LRF. Divisão de % entre poderes e órgãos. Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 145 19 não poderá exceder os seguintes percentuais: I - na esfera federal: a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União; b) 6% (seis por cento) para o Judiciário; c) 40,9% (quarenta inteiros e nove 146 décimos por cento) para o Executivo, destacando-se 3% (três por cento) para as despesas com pessoal decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o art. 31 da Emenda Constitucional no 19, repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a cada um destes dispositivos, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei 147 Complementar; d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da União; II - na esfera estadual: a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado; b) 6% (seis por cento) para o Judiciário; 148 c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo; d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados; III - na esfera municipal: a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver; 149 b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo. § 1o Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites serão repartidos entre seus órgãos de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar. 150 § 2o Para efeito deste artigo entende-se como órgão: I - o Ministério Público; II - no Poder Legislativo: a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas da União; b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de Contas; 151 c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas do Distrito Federal; d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas do Município, quando houver; III - no Poder Judiciário: a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição; 152 b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver. § 3o Os limites para as despesas com pessoal do Poder Judiciário, a cargo da União por força do inciso XIII do art. 21 da Constituição, serão estabelecidos mediante aplicação da regra do § 1o. § 4o Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, os percentuais definidos nas alíneas a e c do inciso II 153 do caput serão, respectivamente, acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento). § 5o Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais definidos neste artigo, ou aqueles fixados na lei de diretrizes orçamentárias. 154 § 6o (VETADO) Estabelecidos limites, como controlar Para aumento de gastos com pessoal→ autorização específica na LDO + Proibido: a) equiparações remuneratórias b) superar limite com inativos 155 c) aumentar depois de 180 dias do fim do mandato. Controle do limite de gasto → quadrimestral. Ultrapassado limite → +2 quadrimestres para corrigir. Como? Cortar 20% cargos comissão e funções 156 confiança. Depois: Exonerar servidor não estável. Depois: Exonerar estável → cargo reduzido fica extinto por 4 anos ↓ Indenização ao servidor: 1 mês remuneração/ano serviço. 157 Inconstitucionais: § 1º e 2º, art. 23LRF: a) Reduzir valor dos cargos e funções b) Redução temporária de jornada Não corrigido depois dos 2 quadrimestres: a) Suspende repasses voluntários dos outros entes + 158 b) Proibição: (i) Fazer operações de crédito (exceto para refinanciamento da dívida mobiliária e de atos visando à redução de despesa com pessoal) (ii) Obter garantia de outro ente “a” e “b” valem imediato se excesso 159 for no 1º quadrimestre do último ano do mandato. Atingido +95% do limite → ente já começa a sofrer limitações. Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada quadrimestre. Parágrafo único. Se a despesa total com 160 pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso: I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da Constituição; 161 II - criação de cargo, emprego ou função; III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança; 162 V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da Constituição e as situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias. Despesas com a seguridade social � Saúde � Previdência � Assistência social 163 ↓ Sempre deve ser indicada a receita que vai custear. Aumento ou criação de gastos com seguridade. Medidas de compensação: Art. 17. 1o Os atos que criarem ou aumentarem 164 despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio. § 2o Para efeito do atendimento do § 1o, o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1o do art. 4o, devendo seus efeitos financeiros, nos 165 períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa. Exceto: a) Benefícios legais e b) Expansão quantitativa do atendimento c) Reajustes p/ preservar valor real 166 Receitas e despesas na lei 4.320/64 * Receitas (artigo 11) Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982) § 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, 167 agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. (Redação dada peloDecreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982) § 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de 168 dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávitdo Orçamento Corrente. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982) § 3º - O superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado na 169 demonstração a que se refere o Anexo nº 1, não constituirá item de receita orçamentária. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982) § 4º - A classificação da receita obedecerá ao seguinte esquema: (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982) RECEITAS CORRENTES Receita Tributária 170 Impostos. Taxas. Contribuições de Melhoria. Receita Patrimonial Receitas Imobiliárias. Receitas de Valores Mobiliários. Participações e Dividendos. 171 Outras Receitas Patrimoniais. Receita Industrial Receita de Serviços Industriais. Outras Receitas Industriais. Transferências Correntes Receitas Diversas Multas. 172 Cobrança da Divida Ativa. Outras Receitas Diversas. RECEITAS DE CAPITAL Operações de Crédito. Alienação de Bens Móveis e Imóveis. Amortização de Empréstimos Concedidos. Transferências de Capital. 173 Outras Receitas de Capital. § 1º - Correntes: Entradas resultantes de atividades próprias do Estado: � Patrimoniais � Tributárias � Agropecuárias � Transferências correntes � Industriais 174 � Serviços � Contribuições § 2º - De capital: Entradas resultantes da captação externa de recursos pelo Estado: � Operações de crédito � Alienação de bens 175 � Amortização de empréstimos � Transferência de capital * Despesas (artigo 12) Correntes: Objetivam a manutenção das atividades próprias do Estado: � Custeio � Transferências correntes 176 De capital: Resultam no aumento do patrimônio público e aumento da capacidade produtiva: � Investimentos � Inversões financeiras de bens � Transferências de capital 177 O ENDIVIDAMENTO PÚBLICO Dívida pública Consolidada ou fundada: prazo >12 meses Títulos já emitidos pelo Bacen. Dívidas cujas receitas tenham 178 constado do orçamento (mesmo se prazo < 12 meses). Precatórios não pagos durante a execução do orçamento. Dívida mobiliária Emissão de títulos. 179 Possibilidade de refinanciamento. BACEN não pode mais emitir títulos. Operação de crédito = operação de empréstimo = gera dívida. Garantia 180 = caução para uma operação de crédito. Esquema dívida pública, definições Dívida pública, artigo 29, LRF 181 182 Dívida pública: 183 Limites de endividamento, controle e providências em caso de excesso 184 Há limites para o endividamento ↓ Definido por resolução do senado. Se dívida mobiliária da União, projeto de lei de iniciativa do presidente para estabelecer os limites. Ainda não foram definidos os limites para a União. 185 Para os Estados e Municípios: � Global de 16% RCL � Vinculados para amortizações, juros e encargos: 11,5% RCL ↓ Controle quadrimestral: Se excesso, 12 meses para corrigir ↓ 186 Já no 1º mês: redução de 25%. Proibido operações de crédito (salvo para refinanciar o principal) ↓ Resultado primário favorável. Resultado nominal = tudo o arrecadado menos tudo o empenhado Equação supra sem as receitas e 187 despesas com a dívida pública = Resultado primário = pré requisito para corrigir e voltar ao limite ↓ Ente pode limitar empenho para tanto, desde que constitucionais e legais e as para o pagamento do 188 serviço da dívida. Passados 12 meses e ente não voltou ao limite: proibido de receber transferências voluntárias ↓ Aplicação imediata se excesso for no 1 º quadrimestre do último ano do mandato. 189 Esquema: Dívida pública. Limites de endividamento, controle e providências em caso de excesso 190 191 192 193 194 195 196 Condições para a contratação das operações de crédito Ministério da fazenda controla os limites. Entes devem pedir a ele. Argumentos dos entes com os: a) Elementos fáticos: meios para um fim público e economicidade. 197 b) Elementos normativos: � Autorização legislativa; � Lançar a receita com o endividamento no orçamento ↓ Receita gerada deve ser ≤ despesa de capital ↓ 198 Exceção: crédito suplementar ou especial, com fim especial, aprovado por maioria absoluta) ↓ Excedido: Constituição de uma reserva específica na LOA pra garantir o pagamento do excesso. Pedido ao Ministério da Fazenda 199 Também deve conter: a) Demonstração do cumprimento dos limites do Senado. b) Autorização específica do Senado, se crédito externo. c) Vedações art. 34 a 37 LRF. 200 Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida pública a partir de dois anos após a publicação desta Lei Complementar. Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda 201 que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente. § 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem a: I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes; 202 II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente. § 2o O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas disponibilidades. Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. 203 Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios. Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados: I - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou 204 contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7o do art. 150 da Constituição; II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação; III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, 205 com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes; IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços. 206 Se crédito contratado com instituição financeira ↓ Dever delas fiscalizarem condições e limites↓ Descumprimento = nulos os contratos celebrados = Instituição financeira só recebe o 207 principal e ente deve devolver no mesmo exercício ↓ Descumprido ↓ Reserva específica na LOA para o exercício seguinte ↓ Enquanto não devolvido: 208 a) Não recebe transferências voluntárias. b) Não contrata operações de crédito. c) Não recebe garantia de outro ente. Esquema – Operações com Instituições financeiras 209 210 211 Outras restrições às operações de crédito: as vedações dos artigos 34 a 37 da LRF 212 Bacen não mais pode emitir títulos da dívida pública. Entes da federação não podem realizar operações de crédito entre si (comprar títulos da dívida da união é opção de investimento, não operação de crédito) ↓ 213 Mas entre instituição financeira estatal e outro ente pode, desde que não seja para: a) Financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes e b) Refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição 214 concedente. Regra de ouro da LRF → só pode endividar para despesa de capital. Só pode refinanciar dívidas junto à própria instituição credora. Instituição financeira estadual não pode emprestar para o ente que a 215 controla. Proibido operações de endividamento com lastro em receitas tributárias ainda não realizadas ↓ Os fatos geradores respectivos ainda não ocorreram ↓ Mas a substituição tributária é 216 permitida = Atribuição de responsabilidade tributária a 3º que antecipa recolhimento, antes de ocorrer o fato gerador. Operações por antecipação de receita: a) Pode para a substituição 217 tributária. b) Não pode como lastro para endividamento. Proibido recebimento antecipado de $ das empresas estatais, salvo lucros e dividendos. Proibido usar títulos de crédito como 218 “garantia” de empréstimo. Parcelar uma obrigação → só com autorização orçamentária. As modalidades de operações de crédito: emissão de títulos da dívida pública e antecipação de receita orçamentária 219 Emissão de títulos da dívida pública gera a dívida mobiliária e gera: a) Despesa (valor do título + juros). b) Receita (captação). Pode o pagamento de tributos com títulos da dívida pública ↓ Pode o oferecimento desses títulos 220 como garantia em processo de execução fiscal. Pagamentos de tributos com títulos da dívida = compensação tributária ↓ Deve haver previsão legal específica que autorize. Não é automático e ↓ É prerrogativa da administração, não 221 direito subjetivo do contribuinte. Pode oferecer títulos em garantia em processo de execução fiscal se título tiver cotação na bolsa. ARO’s → antecipação de receita orçamentária ↓ Para atender insuficiência de caixa 222 durante o exercício financeiro ↓ É fazer operação de crédito com lastro em receita futura, mas prevista no orçamento ↓ Só pode ser feita depois de 10/01 ↓ Deve ser toda liquidada até 10/12 ↓ 223 Cumprida, nem se confere se as receitas com esse endividamento foi < que as despesas de capital. Não pode fazer nova ARO enquanto não quitada anterior. Não pode fazer ARO no último ano do mandato. 224 Juros e encargos da ARO são pré- fixados ou indexados à taxa básica financeira ↓ Satisfeitas todas as condições, Bacen faz “processo competitivo eletrônico” para escolher instituição financeira ↓ BACEN também acompanha 225 cumprimento das condições. As garantias nas operações de crédito São limitadas → Senado determina. Garantia é caução para conferir segurança ao pagamento. Outro ente pode oferecer, mas 226 devedor deve prestar contragarantia ↓ Não haverá contragarantia exigida de órgãos e entidades do próprio ente ↓ Valor contragarantia ≥ garantia do 3º ↓ E o devedor deve estar em dia com o 227 3º garante e suas entidades. Se crédito junto: 1) Organismo financeiro internacional, 2) Instituição federal de crédito e fomento repassando $ externo, Então: 228 União só pode garantir cumpridas: a) Exigências para transferências voluntárias; b) Ente criar todos os impostos. Contragarantia normal: vinculação de receitas tributárias de transferêcnais constitucionais: 229 a) Receitas derivadas (garantidor passa a poder retê-las). b) Receitas de transferência constitucioais. Dívida paga pela União ou por Estado, em decorrência de garantia prestada em operação de crédito ↓ 230 Suspende-se o acesso a novos créditos ou financiamentos até a total liquidação da dívida. Entidades da administração indireta não poderão conceder garantias, mesmo com recursos de fundos ↓ Salvo para suas subsidiárias ou 231 controladas ou de instituição financeira para empresa nacional. PRECATÓRIOS Aspectos gerais Surge quando há condenação da fazenda pública. 232 Precatórios = despesas reconhecidas judicialmente. Condenação → requisição do juiz de 1º grau ao presidente do tribunal ↓ Requisita verba necessária para pagamento do credor. Objetivo: garantir o pagamento da 233 dívida. Presidente do tribunal emite um ofício determinando que por seu intermédio a dívida seja paga ↓ Essa determinação = precatório. CF - Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital 234 e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. Regra: pagamento único e de acordo com a ordem cronológica dos 235 precatórios. Precatório recebido até o dia 01/07: pagamento até o fim do ano seguinte. Essa regra sofreu alterações. Valor atualizado quando do pagamento↓ Depois de expedido e até o fim do ano 236 seguinte ↓ Não incide juros de mora: Súmula vinculante 17: Durante o período previsto no § 1º do artigo 100 da Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.” 237 Pecatórios = única modalidade de cumprimento de decisões judiciais condenatórias ↓ Que envolvam a entrega de dinheiro por parte do Estado. EP e SEM prestadores de serviços públicos = aplicação regime dos 238 precatórios. Não pagamento de precatórios pelos Estados = possibilidade de intervenção ↓ Não cumprimento de obrigação qualificada dentro do montante da dívida pública fundada ou consolidada 239 Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; Intervenção só se não honrar os 240 pagamentos por indisponibilidade de recursos. Descumprimento deve ser voluntário e intencional. Disciplina atual dos precatórios: emenda constitucional 62/2009 Atualização igual à da poupança (sem 241 os juros da poupança). Há várias Adins contra a EC62/2009 ↓ Relator já decidiu pela inconstitucionalidade (vários e fortes fundamentos). Créditos de natureza alimentícia: preferência e cronologia própria (§ 1 e 242 2 do artigo 100) ↓ Prioridade interna: maiores de 60 anos e portadores de doença grave ↓ Limite no triplo do crédito de pequeno valor. Compensação de ofício: possível dos créditos dos precatórios com débitos 243 perante a fazenda executada ↓ Independentemente de regulação. Maslei 12.432/2011, art. 30 a 44, detalhou a disciplina da compensação de tributos federais com precatórios. Credor pode comprar imóveis públicos do ente devedor pela entrega de 244 créditos de precatórios ↓ Depende de regulação de cada ente. Cessão total ou parcial a terceiros: permitida ↓ Cessionário perde direito às preferências relativas aos alimentares. 245 União pode refinanciar débitos de precatórios dos E, DF e M → incluiu art. 97 do ADCT ↓ Regime especial enquanto não advier LC prevista no artigo 100, § 15. Esquema – Art. 100 CF. Regra geral dos precatórios: 246 Antes da expedição do precatório: → Compensação, de ofício, de débitos perante a fazenda Sentença condenatória transitada em julgado + Definição dos valores devidos → Juiz da execução → ↑ Solicitação → Presidente do tribunal ↓ ↓ Depósito judicial ← Repasse de verbas orçamentárias. ← Poder Executivo (requisição de pagamento de precatório). 247 ← Presidente do Tribunal: pagamento até 31/12 do ano seguinte se recebido até 01/07 ano anterior → � Ordem cronológica � Preferências → � Atualização monetária (índice da caderneta) � Sequestro de valores ↓ * Créditos alimentícios de titular com doença grave ou mais de 60 anos → * Demais créditos alimentícios. Limite 3X crédito de pequeno valor * Preterimento direito de preferência. * Não alocação orçamentária do valor. Esquema página 183, livro Direito Financeiro esquematizado, Tathiane Piscitelli, Editora Método. Esquema Lei 12.431/2011. Compensação de precatórios com 248 tributos federais 249 250 251 O regime especial criado pelo artigo 97 do ADCT Não se aplica a regra geral do art.100↓ Pgto em uma única vez e de acordo com a ordem cronológica de recebimento ↓ 252 Permanece aplicável: � Preferência dos créditos alimentícios � Possibilidade de compensação de ofício do precatório com débitos perante a fazenda executada. � Atualização monetária pelo índice da poupança 253 � Autorização para a cessão de crédito. Regime especial aplicável aos precatórios vencidos ↓ Também àqueles emitidos durante o período de vigência do regime especial então criado (até 254 promulgação CF). E DF e M devem destinar parte de sua receita corrente líquida ao pagamento de precatórios. Tipos: regime mensal ou anual. Mensal: ente deposita mensalmente um percentual da RCL ↓ 255 Percentuais definidos de acordo com região do país em que se encontra o E ou o M ↓ Ex. Estados S e Se: Valor dos precatórios pendentes: até 35% RCL = % dos depósitos em 1,5% de 1/12 da RCL. 256 Anual: Percentual a ser depositado na conta especial = anualmente, ao saldo dos precatórios devidos. Prazo máximo de quitação: 15 anos, independentemente do regime escolhido pela federação. Pagamento via leilão 257 Realizado por meio de oferta púbilca a todos os credores habilitados e na modalidade de deságio ↓ Usa-se uma cumulação do maior percentual de deságio com o maior valor de precatório ↓ Máximo de deságio é de 50% ↓ 258 Credor que oferecer maior deságio, limitado a 50%, vence o leilão. Pagamento em ordem crescente de valor Vimos que ente realiza depósitos mensais ou anuais para pagar os precatórios pendentes ↓ 259 � 50% para pagar credores na ordem cronológica. � 50% pagos nas modalidades escolhidas pelo ente: • Leilão • Pagamento em ordem crescente de valor ↓ Não pagos pela ordem cronológica 260 nem por leilão ↓ Pagos à vista, em ordem única e crescente de valor por precatório ↓ Exercício dessa opção é mera liberalidade do ente. Pagamento via acordo direto 261 Transação entre ente e particular. Art. 97, § 8º, III – Ente pode criar uma câmara de conciliação para tanto. Não liberação de recursos depositados: seqüestro, compensação e sanções Não quitados os valores: seqüestro 262 das quantias nas contas do ente devedor. Em vez do seqüestro, presidente do tribunal pode aplicar compensação ↓ Independentemente de regulação. União ainda pode reter repasses relativos ao Fundo de Participação ↓ 263 Deposita tais valores em contas especiais destinadas ao pagamento de precatórios. Esquema – art. 97, ADCT – Regime especial de pagamento para Estados, Municípios e Distrito Federal. 264 265 266 267 Regimes especiais de pagamentos anteriores à EC 61/2009 Todos os precatórios dos E, DF e M resultantes desses regimes e que, hoje, encontrem-se pendentes de pagamento ↓ Devem se submeter ao regime 268 especial criado pelo artigo 97 do ADCT Artigo 33 do ADCT: parcelamento em 8 anos Até 8 vezes para parcelar os precatórios pendentes de pagamento na data de promulgação da CF. Créditos alimentícios: prevalece regra 269 geral, não essa especial. Mas estão nessa regra: pagamentos de indenização por conta de desapropriação de imóveis ↓ Apenas e exclusivamente os créditos de natureza alimentícia estão dispensados do regime. 270 Esquema – Art. 33, ADCT 271 272 Artigo 78 do ADCT: parcelamento em dez anos EC30/2000 – incluiu o artigo 78 ao ADCT: mais uma moratória em relação 273 ao pagamento de precatórios ADCT - Art. 33. Ressalvados os créditos de natureza alimentar, o valor dos precatórios judiciais pendentes de pagamento na data da promulgação da Constituição, incluído o remanescente de juros e correção monetária, poderá ser pago em moeda corrente, com atualização, em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de oito anos, a partir de 1º de julho de 1989, por decisão 274 editada pelo Poder Executivo até cento e oitenta dias da promulgação da Constituição. ADCT - Art. 78. Ressalvados os créditos definidos em lei como de pequeno valor, os de natureza alimentícia, os de que trata o art. 33 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e suas complementações e os que já tiverem os seus respectivos recursos liberados ou depositados em juízo, os precatórios pendentes na data de 275 promulgação desta Emenda e os que decorram de ações iniciais ajuizadas até 31 de dezembro de 1999 serão liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros legais, em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez anos, permitida a cessão dos créditos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000) Precatórios pendentes da data de publicação da EC (13/9/00): pagos em 276 até 10 anos. Também pagos em até 10 anos: precatórios resultantes de ações ajuizadas até 31/12/99. Poderá haver cessão de créditos. Poderá haver a decomposição das parcelas (a critério do devedor) ↓ 277 Parcela de um dado exercício recebida parcelada (ex. em 10 vezes), em vez de uma só vez (uma parcela anual) ↓ Favorece risco de não quitação ↓ Caso em que o valor da parcela pode ser utilizado para o pagamento de tributo, se em 278 mora de pagar a parcela (art. 78, §2) ↓ Pode compensar o valor da parcela com algum tributo. Desapropriação de imóvel residencial do credor: prazo reduzido - parcelamento até 2 anos. 279 Pode seqüestro das verbas: se vencido o prazo para pagamento ou preterido o direito de recebimento. Adin: decidiu pela suspensão do artigo 78 do ADCT e, pois, do regime de pagamento parcelado que ele instituiu Esquema art. 78 ADCT: 280 281Incluídos pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002: exceção ao parcelamento em dez anos 282 Objetivo: excluir determinados créditos do pagamento parcelado na forma do art. 78 do ADCT, quais ↓ Créditos de pequeno valor. Art. 86. Serão pagos conforme disposto no art. 100 da Constituição Federal, não se lhes aplicando a regra de parcelamento estabelecida no caput do art. 78 deste Ato das 283 Disposições Constitucionais Transitórias, os débitos da Fazenda Federal, Estadual, Distrital ou Municipal oriundos de sentenças transitadas em julgado, que preencham, cumulativamente, as seguintes condições: I - ter sido objeto de emissão de precatórios judiciários; II - ter sido definidos como de pequeno valor pela lei de que trata o § 3º do art. 100 da Constituição Federal ou pelo art. 87 deste Ato 284 das Disposições Constitucionais Transitórias; III - estar, total ou parcialmente, pendentes de pagamento na data da publicação desta Emenda Constitucional. § 1º Os débitos a que se refere o caput deste artigo, ou os respectivos saldos, serão pagos na ordem cronológica de apresentação dos respectivos precatórios, com precedência sobre os de maior valor. (“precedência que cede apenas aos créditos de natureza 285 alimentícia, que terão preferência sobre todos os demais -§3º”) § 2º Os débitos a que se refere o caput deste artigo, se ainda não tiverem sido objeto de pagamento parcial, nos termos do art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, poderão ser pagos em duas parcelas anuais, se assim dispuser a lei. § 3º Observada a ordem cronológica de sua apresentação, os débitos de natureza 286 alimentícia previstos neste artigo terão precedência para pagamento sobre todos os demais. Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da Constituição Federal e o art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias serão considerados de pequeno valor, até que se dê a publicação oficial das respectivas leis definidoras pelos entes da Federação, observado o disposto no § 4º do 287 art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou obrigações consignados em precatório judiciário, que tenham valor igual ou inferior a: I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito Federal; II - trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios. Parágrafo único. Se o valor da execução 288 ultrapassar o estabelecido neste artigo, o pagamento far-se-á, sempre, por meio de precatório, sendo facultada à parte exeqüente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa optar pelo pagamento do saldo sem o precatório, da forma prevista no § 3º do art. 100. Exceção ao regime do art. 78 – créditos de pequeno valor↓ 289 Art. 86 - Deve aplicar a regra do art. 100, caput → pagamento em uma única vez ↓ Objeto de emissão de precatórios e que sejam de pequeno valor. Débitos de natureza alimentar serão pagos antes dos débitos comuns. 290 Esquema Art. 86 e 87 ADCT 291 Emenda Constitucional nº 62, de 2009: Modifica a regra do art.100 e introduz o art. 97, ADCT 292 Art. 97. Até que seja editada a lei complementar de que trata o § 15 do art. 100 da Constituição Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, na data de publicação desta Emenda Constitucional, estejam em mora na quitação de precatórios vencidos, relativos às suas administrações direta e indireta, inclusive os emitidos durante o período de vigência do regime especial instituído por este artigo, farão esses pagamentos de acordo com as normas a 293 seguir estabelecidas, sendo inaplicável o disposto no art. 100 desta Constituição Federal, exceto em seus §§ 2º, 3º, 9º, 10, 11, 12, 13 e 14, e sem prejuízo dos acordos de juízos conciliatórios já formalizados na data de promulgação desta Emenda Constitucional. § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios sujeitos ao regime especial de que trata este artigo optarão, por meio de ato do Poder Executivo: 294 I - pelo depósito em conta especial do valor referido pelo § 2º deste artigo; ou II - pela adoção do regime especial pelo prazo de até 15 (quinze) anos, caso em que o percentual a ser depositado na conta especial a que se refere o § 2º deste artigo corresponderá, anualmente, ao saldo total dos precatórios devidos, acrescido do índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança e de juros simples no mesmo 295 percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança para fins de compensação da mora, excluída a incidência de juros compensatórios, diminuído das amortizações e dividido pelo número de anos restantes no regime especial de pagamento. § 2º Para saldar os precatórios, vencidos e a vencer, pelo regime especial, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devedores depositarão mensalmente, em conta especial 296 criada para tal fim, 1/12 (um doze avos) do valor calculado percentualmente sobre as respectivas receitas correntes líquidas, apuradas no segundo mês anterior ao mês de pagamento, sendo que esse percentual, calculado no momento de opção pelo regime e mantido fixo até o final do prazo a que se refere o § 14 deste artigo, será: I - para os Estados e para o Distrito Federal: a) de, no mínimo, 1,5% (um inteiro e cinco 297 décimos por cento), para os Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal, ou cujo estoque de precatórios pendentes das suas administrações direta e indireta corresponder a até 35% (trinta e cinco por cento) do total da receita corrente líquida; b) de, no mínimo, 2% (dois por cento), para os Estados das regiões Sul e Sudeste, cujo estoque de precatórios pendentes das suas 298 administrações direta e indireta corresponder a mais de 35% (trinta e cinco por cento) da receita corrente líquida; II - para Municípios: a) de, no mínimo, 1% (um por cento), para Municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ou cujo estoque de precatórios pendentes das suas administrações direta e indireta corresponder a até 35% (trinta e cinco por cento) da receita corrente líquida; 299 b) de, no mínimo, 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), para Municípios das regiões Sul e Sudeste, cujo estoque de precatórios pendentes das suas administrações direta e indireta corresponder a mais de 35 % (trinta e cinco por cento) da receita corrente líquida. § 3º Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata este artigo, o somatório das receitas tributárias, 300 patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços, transferências correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da Constituição Federal, verificado no período compreendido pelo mês de referência e os 11 (onze) meses anteriores, excluídas as duplicidades, e deduzidas: I - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; 301 II - nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores para custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira referida no § 9º do art. 201 da Constituição Federal. § 4º As contas especiais de que tratam os §§ 1º e 2º serão administradas pelo Tribunal de Justiça local, para pagamento de precatórios expedidos pelos tribunais. 302 § 5º Os recursos depositados nas contas especiais de que tratam os §§ 1º e 2º deste artigo não poderão retornar para Estados, Distrito Federal e Municípios devedores. § 6º Pelo menos 50%(cinquenta por cento) dos recursos de que tratam os §§ 1º e 2º deste artigo serão utilizados para pagamento de precatórios em ordem cronológica de apresentação, respeitadas as preferências definidas no § 1º, para os requisitórios do 303 mesmo ano e no § 2º do art. 100, para requisitórios de todos os anos. § 7º Nos casos em que não se possa estabelecer a precedência cronológica entre 2 (dois) precatórios, pagar-se-á primeiramente o precatório de menor valor. § 8º A aplicação dos recursos restantes dependerá de opção a ser exercida por Estados, Distrito Federal e Municípios devedores, por ato do Poder Executivo, 304 obedecendo à seguinte forma, que poderá ser aplicada isoladamente ou simultaneamente: I - destinados ao pagamento dos precatórios por meio do leilão; II - destinados a pagamento a vista de precatórios não quitados na forma do § 6° e do inciso I, em ordem única e crescente de valor por precatório; III - destinados a pagamento por acordo direto 305 com os credores, na forma estabelecida por lei própria da entidade devedora, que poderá prever criação e forma de funcionamento de câmara de conciliação. § 9º Os leilões de que trata o inciso I do § 8º deste artigo: I - serão realizados por meio de sistema eletrônico administrado por entidade autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários ou pelo Banco Central do Brasil; 306 II - admitirão a habilitação de precatórios, ou parcela de cada precatório indicada pelo seu detentor, em relação aos quais não esteja pendente, no âmbito do Poder Judiciário, recurso ou impugnação de qualquer natureza, permitida por iniciativa do Poder Executivo a compensação com débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra devedor originário pela Fazenda Pública devedora até a data da expedição do precatório, ressalvados aqueles cuja 307 exigibilidade esteja suspensa nos termos da legislação, ou que já tenham sido objeto de abatimento nos termos do § 9º do art. 100 da Constituição Federal; III - ocorrerão por meio de oferta pública a todos os credores habilitados pelo respectivo ente federativo devedor; IV - considerarão automaticamente habilitado o credor que satisfaça o que consta no inciso II; 308 V - serão realizados tantas vezes quanto necessário em função do valor disponível; VI - a competição por parcela do valor total ocorrerá a critério do credor, com deságio sobre o valor desta; VII - ocorrerão na modalidade deságio, associado ao maior volume ofertado cumulado ou não com o maior percentual de deságio, pelo maior percentual de deságio, podendo ser fixado valor máximo por credor, 309 ou por outro critério a ser definido em edital; VIII - o mecanismo de formação de preço constará nos editais publicados para cada leilão; IX - a quitação parcial dos precatórios será homologada pelo respectivo Tribunal que o expediu. § 10. No caso de não liberação tempestiva dos recursos de que tratam o inciso II do § 1º e os 310 §§ 2º e 6º deste artigo: I - haverá o sequestro de quantia nas contas de Estados, Distrito Federal e Municípios devedores, por ordem do Presidente do Tribunal referido no § 4º, até o limite do valor não liberado; II - constituir-se-á, alternativamente, por ordem do Presidente do Tribunal requerido, em favor dos credores de precatórios, contra Estados, Distrito Federal e Municípios 311 devedores, direito líquido e certo, autoaplicável e independentemente de regulamentação, à compensação automática com débitos líquidos lançados por esta contra aqueles, e, havendo saldo em favor do credor, o valor terá automaticamente poder liberatório do pagamento de tributos de Estados, Distrito Federal e Municípios devedores, até onde se compensarem; III - o chefe do Poder Executivo responderá na 312 forma da legislação de responsabilidade fiscal e de improbidade administrativa; IV - enquanto perdurar a omissão, a entidade devedora: a) não poderá contrair empréstimo externo ou interno; b) ficará impedida de receber transferências voluntárias; 313 V - a União reterá os repasses relativos ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal e ao Fundo de Participação dos Municípios, e os depositará nas contas especiais referidas no § 1º, devendo sua utilização obedecer ao que prescreve o § 5º, ambos deste artigo. § 11. No caso de precatórios relativos a diversos credores, em litisconsórcio, admite- se o desmembramento do valor, realizado 314 pelo Tribunal de origem do precatório, por credor, e, por este, a habilitação do valor total a que tem direito, não se aplicando, neste caso, a regra do § 3º do art. 100 da Constituição Federal. § 12. Se a lei a que se refere o § 4º do art. 100 não estiver publicada em até 180 (cento e oitenta) dias, contados da data de publicação desta Emenda Constitucional, será considerado, para os fins referidos, em 315 relação a Estados, Distrito Federal e Municípios devedores, omissos na regulamentação, o valor de: I - 40 (quarenta) salários mínimos para Estados e para o Distrito Federal; II - 30 (trinta) salários mínimos para Municípios. § 13. Enquanto Estados, Distrito Federal e Municípios devedores estiverem realizando 316 pagamentos de precatórios pelo regime especial, não poderão sofrer sequestro de valores, exceto no caso de não liberação tempestiva dos recursos de que tratam o inciso II do § 1º e o § 2º deste artigo. § 14. O regime especial de pagamento de precatório previsto no inciso I do § 1º vigorará enquanto o valor dos precatórios devidos for superior ao valor dos recursos vinculados, nos termos do § 2º, ambos deste artigo, ou pelo 317 prazo fixo de até 15 (quinze) anos, no caso da opção prevista no inciso II do § 1º. § 15. Os precatórios parcelados na forma do art. 33 ou do art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e ainda pendentes de pagamento ingressarão no regime especial com o valor atualizado das parcelas não pagas relativas a cada precatório, bem como o saldo dos acordos judiciais e extrajudiciais. § 16. A partir da promulgação desta Emenda 318 Constitucional, a atualização de valores de requisitórios, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios. § 17. O valor que exceder o limite previsto no 319 § 2º do art. 100 da Constituição Federal será pago, durante a vigência do regime especial, na forma prevista nos §§ 6º e 7º ou nos incisos I, II e III do § 8° deste artigo, devendo os valores dispendidos para o atendimento do disposto no § 2º do art. 100 da Constituição Federal serem computados para efeito do § 6º deste artigo. § 18. Durante a vigência do regime especial a que se refere este artigo, gozarão também da 320 preferência a que se refere o § 6º os titulares originais de precatórios que tenham completado 60 (sessenta) anos de idade até a data da promulgação desta Emenda Constitucional. Débitos alimentares Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009: Art. 100 ↓ 321 Regra é o pagamento de uma única vez, tendo-se em vista a ordem cronológica de apresentação. A ordem vai observar como limite o dia 1/7. Art. 100, caput e §§5º e 8º. Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença 322 judiciária,far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. § 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios 323 previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. § 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, 324 ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. § 3º O disposto no caput deste artigo 325 relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. § 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do 326 regime geral de previdência social. § 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. 327 § 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva. 328 § 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. § 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de 329 enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo. § 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de 330 parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. § 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. 331 § 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado. § 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de 332 remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios. § 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao 333 cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. § 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora. § 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, 334 dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação. § 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente. Estabelece algumas preferências no pagamento: as preferências se referem aos débitos alimentares. 335 Há 2 tipos de crédito de natureza alimentícia: a) Titulares com mais de 60 anos → pagos antes de todo mundo ↓ Limite: 3 vezes o precatório definido como de pequeno valor. (Art. 100, §2). 336 b) Titulares portadores de doença grave. Pagamento dos débitos alimentares gerais será feito sem limite de valor. Art. 100, §1º, CR. Exceções à regra geral: se aplicam aos 337 créditos de pequeno valor, que serão definidos em lei. ↓ Ausente a lei: pequeno valor = 40 SM para E e DF e 30 SM para M. (Art. 100, §4º, CR. Art. 97, §12). Peculiaridades do novo regime: 338 I - poderá haver uma compensação de ofício entre precatórios e os débitos da fazenda pública (inscritos ou não da dívida ativa). ↓ Não há escolha, faz-se a compensação de ofício. ↓ 339 Inclusive com parcelas vincendas de programa de parcelamento ↓ Compensação de ofício independe de regulamentação. Art. 100, §§9º e 10º. II – dação em pagamento com precatórios: pode ser utilizado para a compra de imóvel do ente devedor. 340 Art. 100, §11, CR. III – possibilidade de cessão total ou parcial dos precatórios a terceiros ↓ Independe da concordância do devedo ↓ Só produzirá efeitos comunicada ao tribunal. Art. 100, §§13 e 14. 341 IV – LC vai estabelecer regime especial de pagamento para os precatórios dos E, DF e M. Art. 97, ADCT e art. 100, §15. V – a U poderá assumir os débitos dos E, DF e M. Se a U fizer isso, fará na forma da lei e a U terá prerrogativa de refinanciar os débitos. Essa 342 possibilidade está no art. 100, §16, da CR. Art. 97, ADCT Aplicável até o advento da LC que vai estabelecer o regime especial ↓ Alguns pontos do art. 100 343 permanecem aplicáveis: a) Preferências (débitos alimentares) b) A possibilidade de compensação de ofício. c) A forma de atualização dos valores dos precatórios. d) A possibilidade de cessão de créditos. 344 Na aplicação do regime especial: E, DF e M terão 2 possibilidades (art. 97, §§1º e 2º, ADCT): 1) Fazer um depósito de valores numa conta especialmente destinada ao pagamento de precatórios. 2) Pagamento em até 15 anos. 345 � Depósito leva em conta 2 variáveis:� Receita corrente líquida do ente (receitas próprias) � O valor dos precatórios pendentes. Se: * Resultado dos P até 35% da RCL → 346 depósito com percentual de 1,5%. * Limite de comprometimento superior a 35% da RCL: depósito no percentual de 2%. Feito o depósito: a) 50% dos valores depositados serão utilizados para pagamento dos 347 precatórios de acordo com ordem cronológica. b) Restante: E, DF e M vão definir o que farão como dinheiro. Opções pela CR i. Fazer pagamento via leilão; ii. Paga à vista e de uma só vez os 348 precatórios que não foram pagos; iii. Faz pagamento via acordo (câmara de conciliação que será implementada). Conta será administrada pelo TJ: dinheiro não volta para o E. Se os recursos não forem liberados 349 Conseqüências no art. 97, §10, ADCT: * Seqüestro de valores nas contas. * Compensação de ofício com os débitos dos credores ↓ Compensação automática ↓ Se sobrar saldo: precatório com 350 poder liberatório para o pagamento de tributos futuros. Compensação de tributos com precatórios Simples existência dos créditos não basta para que haja a possibilidade de compensação. ↓ 351 É preciso lei que estabeleça as condições para a realização da compensação (CTN, 156, II). Só em duas hipóteses: 1) Art. 78 ADCT: diante da não quitação da parcela anual. 352 2) Art. 97 ADCT: não liberação tempestiva de recursos destinados ao pagamento de precatórios segundo a ordem cronológica. * Apenas e exclusivamente nessas duas hipóteses é que a compensação é possível, sem lei prévia. 353 Mas: STJ considera que art. 97 revogou tacitamente o art. 78. Assim: Art. 97, §10, II: é hoje a única hipótese de compensação pré admitida na CF. Demais, só por lei. 354 Improbidade e sanções * Chefe do poder executivo sujeito às medidas decorrentes de improbidade administrativa. * Haverá sanções aplicáveis aos entes: i. Não poderá contrair empréstimo; ii. Não poderá receber transferências 355 voluntárias; iii. Retenção dos repasses da U aos fundos de participação dos E e M. ↓ Em vez de repassar, faz o depósito na conta ↓ Ente perde disponibilidade do $ - 356 presidente do TJ quem administra. Intervenção federal Condições e limites para a intervenção federal no caso de não pagamento de precatórios. STF: só cabível por descumprimento voluntário e intencional ↓ 357 Se não pagou porque não tem dinheiro, não justifica a intervenção. Penhora de precatório em processo de execução fiscal STJ: possível, mesmo que não se trate do mesmo ente. Mas, súmula 406 do STJ: 358 A Fazenda Pública pode recusar a substituição do bem penhorado por precatório. Por que pode recusar substituição: Art. 15, I, Lei Execução Fiscal: “a substituição de bens penhorados sem a concordância da Fazenda somente alcança dinheiro ou fiança bancária.” Precatórios não estão topo prioridade 359 quanto à penhora (art. 11, LEF). CONTROLE DA ATIVIDADE FINANCEIRA Como é feito e suas modalidades de controle Controle interno, de cada poder e externo, pelo congresso e auxiliado pelo TC, fiscalização de:
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