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Direito Financeiro (2)

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142 
Despesas com pessoal (art. 18 a 23) 
Tudo que envolve a remuneração dos: 
a) Ativos 
b) Inativos 
c) Pensionistas 
Terceirizados → “outras despesas de 
pessoal” → gastos com prestação de 
143 
serviços. 
Limites de gastos com pessoal 
Limites globais de gastos com pessoal: 
União → 50% RCL 
Estados e municípios → 60% RCL 
RCL = receita corrente “própria” 
144 
menos parcelas a transferir a outros 
entes. 
Qual receita corrente: mês atual + 11 
anteriores. 
Limites específicos: art. 20, LRF. 
Divisão de % entre poderes e órgãos. 
Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 
145 
19 não poderá exceder os seguintes 
percentuais: 
 I - na esfera federal: 
 a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por 
cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal 
de Contas da União; 
 b) 6% (seis por cento) para o Judiciário; 
 c) 40,9% (quarenta inteiros e nove 
146 
décimos por cento) para o Executivo, 
destacando-se 3% (três por cento) para as 
despesas com pessoal decorrentes do que 
dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da 
Constituição e o art. 31 da Emenda 
Constitucional no 19, repartidos de forma 
proporcional à média das despesas relativas a 
cada um destes dispositivos, em percentual da 
receita corrente líquida, verificadas nos três 
exercícios financeiros imediatamente 
anteriores ao da publicação desta Lei 
147 
Complementar; 
 d) 0,6% (seis décimos por cento) para o 
Ministério Público da União; 
 II - na esfera estadual: 
 a) 3% (três por cento) para o Legislativo, 
incluído o Tribunal de Contas do Estado; 
 b) 6% (seis por cento) para o Judiciário; 
148 
 c) 49% (quarenta e nove por cento) para o 
Executivo; 
 d) 2% (dois por cento) para o Ministério 
Público dos Estados; 
 III - na esfera municipal: 
 a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, 
incluído o Tribunal de Contas do Município, 
quando houver; 
149 
 b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) 
para o Executivo. 
 § 1o Nos Poderes Legislativo e Judiciário 
de cada esfera, os limites serão repartidos 
entre seus órgãos de forma proporcional à 
média das despesas com pessoal, em 
percentual da receita corrente líquida, 
verificadas nos três exercícios financeiros 
imediatamente anteriores ao da publicação 
desta Lei Complementar. 
150 
 § 2o Para efeito deste artigo entende-se 
como órgão: 
 I - o Ministério Público; 
 II - no Poder Legislativo: 
 a) Federal, as respectivas Casas e o 
Tribunal de Contas da União; 
 b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os 
Tribunais de Contas; 
151 
 c) do Distrito Federal, a Câmara 
Legislativa e o Tribunal de Contas do Distrito 
Federal; 
 d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o 
Tribunal de Contas do Município, quando 
houver; 
 III - no Poder Judiciário: 
 a) Federal, os tribunais referidos no art. 
92 da Constituição; 
152 
 b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, 
quando houver. 
 § 3o Os limites para as despesas com 
pessoal do Poder Judiciário, a cargo da União 
por força do inciso XIII do art. 21 da 
Constituição, serão estabelecidos mediante 
aplicação da regra do § 1o. 
 § 4o Nos Estados em que houver Tribunal 
de Contas dos Municípios, os percentuais 
definidos nas alíneas a e c do inciso II 
153 
do caput serão, respectivamente, acrescidos e 
reduzidos em 0,4% (quatro décimos por 
cento). 
 § 5o Para os fins previstos no art. 168 da 
Constituição, a entrega dos recursos 
financeiros correspondentes à despesa total 
com pessoal por Poder e órgão será a 
resultante da aplicação dos percentuais 
definidos neste artigo, ou aqueles fixados na 
lei de diretrizes orçamentárias. 
154 
 § 6o (VETADO) 
Estabelecidos limites, como controlar 
Para aumento de gastos com 
pessoal→ autorização específica na 
LDO + Proibido: 
a) equiparações remuneratórias 
b) superar limite com inativos 
155 
c) aumentar depois de 180 dias do 
fim do mandato. 
Controle do limite de gasto → 
quadrimestral. 
Ultrapassado limite → +2 
quadrimestres para corrigir. Como? 
Cortar 20% cargos comissão e funções 
156 
confiança. Depois: 
Exonerar servidor não estável. Depois: 
Exonerar estável → cargo reduzido 
fica extinto por 4 anos ↓ 
Indenização ao servidor: 1 mês 
remuneração/ano serviço. 
157 
Inconstitucionais: § 1º e 2º, art. 23LRF: 
a) Reduzir valor dos cargos e funções 
b) Redução temporária de jornada 
Não corrigido depois dos 2 
quadrimestres: 
a) Suspende repasses voluntários dos 
outros entes + 
158 
b) Proibição: 
(i) Fazer operações de crédito 
(exceto para refinanciamento 
da dívida mobiliária e de atos 
visando à redução de despesa 
com pessoal) 
(ii) Obter garantia de outro ente 
“a” e “b” valem imediato se excesso 
159 
for no 1º quadrimestre do último ano 
do mandato. 
Atingido +95% do limite → ente já 
começa a sofrer limitações. 
Art. 22. A verificação do cumprimento dos 
limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será 
realizada ao final de cada quadrimestre. 
Parágrafo único. Se a despesa total com 
160 
pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por 
cento) do limite, são vedados ao Poder ou 
órgão referido no art. 20 que houver incorrido 
no excesso: 
 I - concessão de vantagem, aumento, 
reajuste ou adequação de remuneração a 
qualquer título, salvo os derivados de 
sentença judicial ou de determinação legal ou 
contratual, ressalvada a revisão prevista 
no inciso X do art. 37 da Constituição; 
161 
 II - criação de cargo, emprego ou função; 
 III - alteração de estrutura de carreira que 
implique aumento de despesa; 
 IV - provimento de cargo público, 
admissão ou contratação de pessoal a 
qualquer título, ressalvada a reposição 
decorrente de aposentadoria ou falecimento 
de servidores das áreas de educação, saúde e 
segurança; 
162 
 V - contratação de hora extra, salvo no 
caso do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 
da Constituição e as situações previstas na lei 
de diretrizes orçamentárias. 
Despesas com a seguridade social 
� Saúde 
� Previdência 
� Assistência social 
163 
↓ 
Sempre deve ser indicada a receita 
que vai custear. 
Aumento ou criação de gastos com 
seguridade. Medidas de 
compensação: Art. 17. 
1o Os atos que criarem ou aumentarem 
164 
despesa de que trata o caput deverão ser 
instruídos com a estimativa prevista no inciso I 
do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos 
para seu custeio. 
 § 2o Para efeito do atendimento do § 1o, o 
ato será acompanhado de comprovação de 
que a despesa criada ou aumentada não 
afetará as metas de resultados fiscais 
previstas no anexo referido no § 1o do art. 4o, 
devendo seus efeitos financeiros, nos 
165 
períodos seguintes, ser compensados pelo 
aumento permanente de receita ou pela 
redução permanente de despesa. 
Exceto: 
a) Benefícios legais e 
b) Expansão quantitativa do 
atendimento 
c) Reajustes p/ preservar valor real 
166 
Receitas e despesas na lei 4.320/64 
* Receitas (artigo 11) 
 Art. 11 - A receita classificar-se-á nas 
seguintes categorias econômicas: Receitas 
Correntes e Receitas de Capital. (Redação 
dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982) 
 § 1º - São Receitas Correntes as receitas 
tributária, de contribuições, patrimonial, 
167 
agropecuária, industrial, de serviços e outras 
e, ainda, as provenientes de recursos 
financeiros recebidos de outras pessoas de 
direito público ou privado, quando destinadas 
a atender despesas classificáveis em Despesas 
Correntes. (Redação dada peloDecreto Lei nº 
1.939, de 20.5.1982) 
 § 2º - São Receitas de Capital as 
provenientes da realização de recursos 
financeiros oriundos de constituição de 
168 
dívidas; da conversão, em espécie, de bens e 
direitos; os recursos recebidos de outras 
pessoas de direito público ou privado, 
destinados a atender despesas classificáveis 
em Despesas de Capital e, ainda, 
o superávitdo Orçamento Corrente. (Redação 
dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982) 
 § 3º - O superávit do Orçamento Corrente 
resultante do balanceamento dos totais das 
receitas e despesas correntes, apurado na 
169 
demonstração a que se refere o Anexo nº 1, 
não constituirá item de receita 
orçamentária. (Redação dada pelo Decreto Lei 
nº 1.939, de 20.5.1982) 
 § 4º - A classificação da receita obedecerá 
ao seguinte esquema: (Redação dada pelo 
Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982) 
RECEITAS CORRENTES 
Receita Tributária 
170 
Impostos. 
Taxas. 
Contribuições de Melhoria. 
Receita Patrimonial 
Receitas Imobiliárias. 
Receitas de Valores Mobiliários. 
Participações e Dividendos. 
171 
Outras Receitas Patrimoniais. 
Receita Industrial 
Receita de Serviços Industriais. 
Outras Receitas Industriais. 
Transferências Correntes 
Receitas Diversas 
Multas. 
172 
Cobrança da Divida Ativa. 
Outras Receitas Diversas. 
RECEITAS DE CAPITAL 
Operações de Crédito. 
Alienação de Bens Móveis e Imóveis. 
Amortização de Empréstimos Concedidos. 
Transferências de Capital. 
173 
Outras Receitas de Capital. 
§ 1º - Correntes: Entradas resultantes 
de atividades próprias do Estado: 
� Patrimoniais 
� Tributárias 
� Agropecuárias 
� Transferências correntes 
� Industriais 
174 
� Serviços 
� Contribuições 
§ 2º - De capital: Entradas resultantes 
da captação externa de recursos pelo 
Estado: 
� Operações de crédito 
� Alienação de bens 
175 
� Amortização de empréstimos 
� Transferência de capital 
* Despesas (artigo 12) 
Correntes: Objetivam a manutenção 
das atividades próprias do Estado: 
� Custeio 
� Transferências correntes 
176 
De capital: Resultam no aumento do 
patrimônio público e aumento da 
capacidade produtiva: 
� Investimentos 
� Inversões financeiras de bens 
� Transferências de capital 
177 
O ENDIVIDAMENTO PÚBLICO 
Dívida pública 
Consolidada ou fundada: 
prazo >12 meses 
Títulos já emitidos pelo Bacen. 
Dívidas cujas receitas tenham 
178 
constado do orçamento (mesmo se 
prazo < 12 meses). 
Precatórios não pagos durante a 
execução do orçamento. 
Dívida mobiliária 
Emissão de títulos. 
179 
Possibilidade de refinanciamento. 
BACEN não pode mais emitir títulos. 
Operação de crédito 
= operação de empréstimo = gera 
dívida. 
Garantia 
180 
= caução para uma operação de 
crédito. 
Esquema dívida pública, definições 
Dívida pública, artigo 29, LRF 
181 
 
182 
 
Dívida pública: 
183 
 
Limites de endividamento, controle e 
providências em caso de excesso 
184 
Há limites para o endividamento ↓ 
Definido por resolução do senado. 
Se dívida mobiliária da União, projeto 
de lei de iniciativa do presidente para 
estabelecer os limites. 
Ainda não foram definidos os limites 
para a União. 
185 
Para os Estados e Municípios: 
� Global de 16% RCL 
� Vinculados para amortizações, 
juros e encargos: 11,5% RCL 
↓ 
Controle quadrimestral: Se excesso, 
12 meses para corrigir ↓ 
186 
Já no 1º mês: redução de 25%. 
Proibido operações de crédito (salvo 
para refinanciar o principal) ↓ 
Resultado primário favorável. 
Resultado nominal = tudo o 
arrecadado menos tudo o empenhado 
Equação supra sem as receitas e 
187 
despesas com a dívida pública 
= 
Resultado primário = pré requisito 
para corrigir e voltar ao limite ↓ 
Ente pode limitar empenho para 
tanto, desde que constitucionais e 
legais e as para o pagamento do 
188 
serviço da dívida. 
Passados 12 meses e ente não voltou 
ao limite: proibido de receber 
transferências voluntárias ↓ 
Aplicação imediata se excesso for no 1 
º quadrimestre do último ano do 
mandato. 
189 
Esquema: Dívida pública. Limites de 
endividamento, controle e 
providências em caso de excesso 
 
190 
 
 
191 
 
 
192 
 
 
193 
 
194 
 
 
195 
 
 
196 
Condições para a contratação das 
operações de crédito 
Ministério da fazenda controla os 
limites. Entes devem pedir a ele. 
Argumentos dos entes com os: 
a) Elementos fáticos: meios para um 
fim público e economicidade. 
197 
b) Elementos normativos: 
� Autorização legislativa; 
� Lançar a receita com o 
endividamento no orçamento 
↓ 
Receita gerada deve ser ≤ despesa de 
capital ↓ 
198 
Exceção: crédito suplementar ou 
especial, com fim especial, 
aprovado por maioria absoluta) ↓ 
Excedido: Constituição de uma reserva 
específica na LOA pra garantir o 
pagamento do excesso. 
Pedido ao Ministério da Fazenda 
199 
Também deve conter: 
a) Demonstração do cumprimento dos 
limites do Senado. 
b) Autorização específica do Senado, 
se crédito externo. 
c) Vedações art. 34 a 37 LRF. 
200 
 Art. 34. O Banco Central do Brasil não 
emitirá títulos da dívida pública a partir de 
dois anos após a publicação desta Lei 
Complementar. 
 Art. 35. É vedada a realização de 
operação de crédito entre um ente da 
Federação, diretamente ou por intermédio de 
fundo, autarquia, fundação ou empresa 
estatal dependente, e outro, inclusive suas 
entidades da administração indireta, ainda 
201 
que sob a forma de novação, refinanciamento 
ou postergação de dívida contraída 
anteriormente. 
 § 1o Excetuam-se da vedação a que se 
refere o caput as operações entre instituição 
financeira estatal e outro ente da Federação, 
inclusive suas entidades da administração 
indireta, que não se destinem a: 
 I - financiar, direta ou indiretamente, 
despesas correntes; 
202 
 II - refinanciar dívidas não contraídas 
junto à própria instituição concedente. 
 § 2o O disposto no caput não impede 
Estados e Municípios de comprar títulos da 
dívida da União como aplicação de suas 
disponibilidades. 
 Art. 36. É proibida a operação de crédito 
entre uma instituição financeira estatal e o 
ente da Federação que a controle, na 
qualidade de beneficiário do empréstimo. 
203 
 Parágrafo único. O disposto no caput não 
proíbe instituição financeira controlada de 
adquirir, no mercado, títulos da dívida pública 
para atender investimento de seus clientes, 
ou títulos da dívida de emissão da União para 
aplicação de recursos próprios. 
 Art. 37. Equiparam-se a operações de 
crédito e estão vedados: 
 I - captação de recursos a título de 
antecipação de receita de tributo ou 
204 
contribuição cujo fato gerador ainda não 
tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 
7o do art. 150 da Constituição; 
 II - recebimento antecipado de valores de 
empresa em que o Poder Público detenha, 
direta ou indiretamente, a maioria do capital 
social com direito a voto, salvo lucros e 
dividendos, na forma da legislação; 
 III - assunção direta de compromisso, 
confissão de dívida ou operação assemelhada, 
205 
com fornecedor de bens, mercadorias ou 
serviços, mediante emissão, aceite ou aval de 
título de crédito, não se aplicando esta 
vedação a empresas estatais dependentes; 
 IV - assunção de obrigação, sem 
autorização orçamentária, com fornecedores 
para pagamento a posteriori de bens e 
serviços. 
 
206 
Se crédito contratado com instituição 
financeira ↓ 
Dever delas fiscalizarem condições e 
limites↓ 
Descumprimento = nulos os contratos 
celebrados = 
Instituição financeira só recebe o 
207 
principal e ente deve devolver no 
mesmo exercício ↓ 
Descumprido ↓ 
Reserva específica na LOA para o 
exercício seguinte ↓ 
Enquanto não devolvido: 
208 
a) Não recebe transferências 
voluntárias. 
b) Não contrata operações de 
crédito. 
c) Não recebe garantia de outro 
ente. 
Esquema – Operações com Instituições 
financeiras 
209 
 
 
210 
 
211 
 
Outras restrições às operações de 
crédito: as vedações dos artigos 34 a 
37 da LRF 
212 
Bacen não mais pode emitir títulos da 
dívida pública. 
Entes da federação não podem 
realizar operações de crédito entre si 
(comprar títulos da dívida da união é 
opção de investimento, não operação 
de crédito) ↓ 
213 
Mas entre instituição financeira 
estatal e outro ente pode, desde 
que não seja para: 
a) Financiar, direta ou indiretamente, 
despesas correntes e 
 
b) Refinanciar dívidas não contraídas 
junto à própria instituição 
214 
concedente. 
Regra de ouro da LRF → só pode 
endividar para despesa de capital. 
Só pode refinanciar dívidas junto à 
própria instituição credora. 
Instituição financeira estadual não 
pode emprestar para o ente que a 
215 
controla. 
Proibido operações de endividamento 
com lastro em receitas tributárias 
ainda não realizadas ↓ 
Os fatos geradores respectivos ainda 
não ocorreram ↓ 
Mas a substituição tributária é 
216 
permitida = 
Atribuição de responsabilidade 
tributária a 3º que antecipa 
recolhimento, antes de ocorrer 
o fato gerador. 
Operações por antecipação de receita: 
a) Pode para a substituição 
217 
tributária. 
b) Não pode como lastro para 
endividamento. 
Proibido recebimento antecipado de $ 
das empresas estatais, salvo lucros e 
dividendos. 
Proibido usar títulos de crédito como 
218 
“garantia” de empréstimo. 
Parcelar uma obrigação → só com 
autorização orçamentária. 
As modalidades de operações de 
crédito: emissão de títulos da dívida 
pública e antecipação de receita 
orçamentária 
219 
Emissão de títulos da dívida pública 
gera a dívida mobiliária e gera: 
a) Despesa (valor do título + juros). 
b) Receita (captação). 
Pode o pagamento de tributos com 
títulos da dívida pública ↓ 
Pode o oferecimento desses títulos 
220 
como garantia em processo de 
execução fiscal. 
Pagamentos de tributos com títulos da 
dívida = compensação tributária ↓ 
Deve haver previsão legal específica 
que autorize. Não é automático e ↓ 
É prerrogativa da administração, não 
221 
direito subjetivo do contribuinte. 
Pode oferecer títulos em garantia em 
processo de execução fiscal se título 
tiver cotação na bolsa. 
ARO’s → antecipação de receita 
orçamentária ↓ 
Para atender insuficiência de caixa 
222 
durante o exercício financeiro ↓ 
É fazer operação de crédito com lastro 
em receita futura, mas prevista no 
orçamento ↓ 
Só pode ser feita depois de 10/01 ↓ 
Deve ser toda liquidada até 10/12 ↓ 
223 
Cumprida, nem se confere se as 
receitas com esse endividamento foi < 
que as despesas de capital. 
Não pode fazer nova ARO enquanto 
não quitada anterior. 
Não pode fazer ARO no último ano do 
mandato. 
224 
Juros e encargos da ARO são pré-
fixados ou indexados à taxa básica 
financeira ↓ 
Satisfeitas todas as condições, Bacen 
faz “processo competitivo eletrônico” 
para escolher instituição financeira ↓ 
BACEN também acompanha 
225 
cumprimento das condições. 
As garantias nas operações de crédito 
São limitadas → Senado determina. 
Garantia é caução para conferir 
segurança ao pagamento. 
Outro ente pode oferecer, mas 
226 
devedor deve prestar contragarantia 
↓ 
Não haverá contragarantia exigida de 
órgãos e entidades do próprio ente ↓ 
Valor contragarantia ≥ garantia do 3º 
↓ 
E o devedor deve estar em dia com o 
227 
3º garante e suas entidades. 
Se crédito junto: 
1) Organismo financeiro internacional, 
2) Instituição federal de crédito e 
fomento repassando $ externo, 
Então: 
228 
União só pode garantir cumpridas: 
a) Exigências para transferências 
voluntárias; 
b) Ente criar todos os impostos. 
Contragarantia normal: vinculação de 
receitas tributárias de transferêcnais 
constitucionais: 
229 
a) Receitas derivadas (garantidor 
passa a poder retê-las). 
b) Receitas de transferência 
constitucioais. 
Dívida paga pela União ou por Estado, 
em decorrência de garantia prestada 
em operação de crédito ↓ 
230 
Suspende-se o acesso a novos 
créditos ou financiamentos até a 
total liquidação da dívida. 
Entidades da administração indireta 
não poderão conceder garantias, 
mesmo com recursos de fundos ↓ 
Salvo para suas subsidiárias ou 
231 
controladas ou de instituição 
financeira para empresa nacional. 
PRECATÓRIOS 
Aspectos gerais 
 
Surge quando há condenação da 
fazenda pública. 
232 
Precatórios = despesas reconhecidas 
judicialmente. 
Condenação → requisição do juiz de 
1º grau ao presidente do tribunal ↓ 
Requisita verba necessária para 
pagamento do credor. 
Objetivo: garantir o pagamento da 
233 
dívida. 
Presidente do tribunal emite um ofício 
determinando que por seu intermédio 
a dívida seja paga ↓ 
Essa determinação = precatório. 
CF - Art. 100. Os pagamentos devidos pelas 
Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital 
234 
e Municipais, em virtude de sentença 
judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem 
cronológica de apresentação dos precatórios e 
à conta dos créditos respectivos, proibida a 
designação de casos ou de pessoas nas 
dotações orçamentárias e nos créditos 
adicionais abertos para este fim. 
Regra: pagamento único e de acordo 
com a ordem cronológica dos 
235 
precatórios. 
Precatório recebido até o dia 01/07: 
pagamento até o fim do ano seguinte. 
Essa regra sofreu alterações. 
Valor atualizado quando do 
pagamento↓ 
Depois de expedido e até o fim do ano 
236 
seguinte ↓ 
Não incide juros de mora: 
Súmula vinculante 17: Durante o período 
previsto no § 1º do artigo 100 da Constituição, 
não incidem juros de mora sobre os 
precatórios que nele sejam pagos.” 
 
237 
Pecatórios = única modalidade de 
cumprimento de decisões judiciais 
condenatórias ↓ 
Que envolvam a entrega de 
dinheiro por parte do Estado. 
EP e SEM prestadores de serviços 
públicos = aplicação regime dos 
238 
precatórios. 
Não pagamento de precatórios pelos 
Estados = possibilidade de intervenção 
↓ 
Não cumprimento de obrigação 
qualificada dentro do montante da 
dívida pública fundada ou consolidada 
239 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem 
no Distrito Federal, exceto para: 
V - reorganizar as finanças da unidade da 
Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada 
por mais de dois anos consecutivos, salvo 
motivo de força maior; 
Intervenção só se não honrar os 
240 
pagamentos por indisponibilidade de 
recursos. 
Descumprimento deve ser voluntário 
e intencional. 
Disciplina atual dos precatórios: 
emenda constitucional 62/2009 
Atualização igual à da poupança (sem 
241 
os juros da poupança). 
Há várias Adins contra a EC62/2009 ↓ 
Relator já decidiu pela 
inconstitucionalidade (vários e fortes 
fundamentos). 
Créditos de natureza alimentícia: 
preferência e cronologia própria (§ 1 e 
242 
2 do artigo 100) ↓ 
Prioridade interna: maiores de 60 
anos e portadores de doença grave ↓ 
Limite no triplo do crédito de pequeno 
valor. 
Compensação de ofício: possível dos 
créditos dos precatórios com débitos 
243 
perante a fazenda executada ↓ 
Independentemente de regulação. 
Maslei 12.432/2011, art. 30 a 44, detalhou a 
disciplina da compensação de tributos 
federais com precatórios. 
Credor pode comprar imóveis públicos 
do ente devedor pela entrega de 
244 
créditos de precatórios ↓ 
Depende de regulação de cada ente. 
Cessão total ou parcial a terceiros: 
permitida ↓ 
Cessionário perde direito às 
preferências relativas aos alimentares. 
245 
União pode refinanciar débitos de 
precatórios dos E, DF e M → incluiu 
art. 97 do ADCT ↓ 
Regime especial enquanto não advier 
LC prevista no artigo 100, § 15. 
Esquema – Art. 100 CF. Regra geral 
dos precatórios: 
246 
 
 
 Antes da expedição 
do precatório: → 
Compensação, de 
ofício, de débitos 
perante a fazenda 
 
Sentença 
condenatória 
transitada em 
julgado + Definição 
dos valores devidos 
→ 
Juiz da execução → ↑ 
Solicitação → 
Presidente do 
tribunal 
 ↓ 
↓ Depósito judicial 
← 
Repasse de verbas 
orçamentárias. 
← 
Poder Executivo 
(requisição de 
pagamento de 
precatório). 
247 
← 
Presidente do 
Tribunal: pagamento 
até 31/12 do ano 
seguinte se recebido 
até 01/07 ano 
anterior → 
� Ordem 
cronológica 
� Preferências → 
� Atualização 
monetária (índice 
da caderneta) 
� Sequestro de 
valores ↓ 
* Créditos 
alimentícios de 
titular com doença 
grave ou mais de 60 
anos → 
* Demais créditos 
alimentícios. 
Limite 3X crédito de 
pequeno valor 
 * Preterimento 
direito de 
preferência. 
* Não alocação 
orçamentária do 
valor. 
 
Esquema página 183, livro Direito Financeiro esquematizado, Tathiane Piscitelli, Editora Método. 
Esquema Lei 12.431/2011. 
Compensação de precatórios com 
248 
tributos federais 
 
 
249 
 
 
 
250 
 
251 
O regime especial criado pelo artigo 
97 do ADCT 
Não se aplica a regra geral do 
art.100↓ 
Pgto em uma única vez e de 
acordo com a ordem cronológica 
de recebimento ↓ 
252 
Permanece aplicável: 
� Preferência dos créditos 
alimentícios 
� Possibilidade de compensação de 
ofício do precatório com débitos 
perante a fazenda executada. 
� Atualização monetária pelo 
índice da poupança 
253 
� Autorização para a cessão de 
crédito. 
Regime especial aplicável aos 
precatórios vencidos ↓ 
Também àqueles emitidos durante o 
período de vigência do regime 
especial então criado (até 
254 
promulgação CF). 
E DF e M devem destinar parte de sua 
receita corrente líquida ao pagamento 
de precatórios. 
Tipos: regime mensal ou anual. 
Mensal: ente deposita mensalmente 
um percentual da RCL ↓ 
255 
Percentuais definidos de acordo com 
região do país em que se encontra o E 
ou o M ↓ 
Ex. Estados S e Se: 
Valor dos precatórios pendentes: 
até 35% RCL = % dos depósitos 
em 1,5% de 1/12 da RCL. 
256 
Anual: Percentual a ser depositado na 
conta especial = anualmente, ao saldo 
dos precatórios devidos. 
Prazo máximo de quitação: 15 anos, 
independentemente do regime 
escolhido pela federação. 
Pagamento via leilão 
257 
Realizado por meio de oferta púbilca a 
todos os credores habilitados e na 
modalidade de deságio ↓ 
Usa-se uma cumulação do maior 
percentual de deságio com o maior 
valor de precatório ↓ 
Máximo de deságio é de 50% ↓ 
258 
Credor que oferecer maior deságio, 
limitado a 50%, vence o leilão. 
Pagamento em ordem crescente de 
valor 
Vimos que ente realiza depósitos 
mensais ou anuais para pagar os 
precatórios pendentes ↓ 
259 
� 50% para pagar credores na 
ordem cronológica. 
� 50% pagos nas modalidades 
escolhidas pelo ente: 
• Leilão 
• Pagamento em ordem 
crescente de valor ↓ 
Não pagos pela ordem cronológica 
260 
nem por leilão ↓ 
Pagos à vista, em ordem única e 
crescente de valor por precatório ↓ 
Exercício dessa opção é mera 
liberalidade do ente. 
Pagamento via acordo direto 
261 
Transação entre ente e particular. 
Art. 97, § 8º, III – Ente pode criar uma 
câmara de conciliação para tanto. 
Não liberação de recursos 
depositados: seqüestro, 
compensação e sanções 
Não quitados os valores: seqüestro 
262 
das quantias nas contas do ente 
devedor. 
Em vez do seqüestro, presidente do 
tribunal pode aplicar compensação ↓ 
Independentemente de regulação. 
União ainda pode reter repasses 
relativos ao Fundo de Participação ↓ 
263 
Deposita tais valores em contas 
especiais destinadas ao pagamento de 
precatórios. 
Esquema – art. 97, ADCT – Regime 
especial de pagamento para Estados, 
Municípios e Distrito Federal. 
 
264 
 
 
 
265 
 
 
266 
 
 
267 
Regimes especiais de pagamentos 
anteriores à EC 61/2009 
Todos os precatórios dos E, DF e M 
resultantes desses regimes e que, 
hoje, encontrem-se pendentes de 
pagamento ↓ 
Devem se submeter ao regime 
268 
especial criado pelo artigo 97 do ADCT 
Artigo 33 do ADCT: parcelamento em 
8 anos 
Até 8 vezes para parcelar os 
precatórios pendentes de pagamento 
na data de promulgação da CF. 
Créditos alimentícios: prevalece regra 
269 
geral, não essa especial. 
Mas estão nessa regra: pagamentos 
de indenização por conta de 
desapropriação de imóveis ↓ 
Apenas e exclusivamente os créditos 
de natureza alimentícia estão 
dispensados do regime. 
270 
Esquema – Art. 33, ADCT 
 
 
271 
 
 
272 
 
Artigo 78 do ADCT: parcelamento em 
dez anos 
EC30/2000 – incluiu o artigo 78 ao 
ADCT: mais uma moratória em relação 
273 
ao pagamento de precatórios 
 
ADCT - Art. 33. Ressalvados os créditos de 
natureza alimentar, o valor dos precatórios 
judiciais pendentes de pagamento na data da 
promulgação da Constituição, incluído o 
remanescente de juros e correção monetária, 
poderá ser pago em moeda corrente, com 
atualização, em prestações anuais, iguais e 
sucessivas, no prazo máximo de oito anos, a 
partir de 1º de julho de 1989, por decisão 
274 
editada pelo Poder Executivo até cento e 
oitenta dias da promulgação da Constituição. 
 
ADCT - Art. 78. Ressalvados os créditos 
definidos em lei como de pequeno valor, os de 
natureza alimentícia, os de que trata o art. 33 
deste Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias e suas complementações e os que 
já tiverem os seus respectivos recursos 
liberados ou depositados em juízo, os 
precatórios pendentes na data de 
275 
promulgação desta Emenda e os que 
decorram de ações iniciais ajuizadas até 31 de 
dezembro de 1999 serão liquidados pelo seu 
valor real, em moeda corrente, acrescido de 
juros legais, em prestações anuais, iguais e 
sucessivas, no prazo máximo de dez anos, 
permitida a cessão dos créditos. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 30, de 2000) 
Precatórios pendentes da data de 
publicação da EC (13/9/00): pagos em 
276 
até 10 anos. 
Também pagos em até 10 anos: 
precatórios resultantes de ações 
ajuizadas até 31/12/99. 
Poderá haver cessão de créditos. 
Poderá haver a decomposição das 
parcelas (a critério do devedor) ↓ 
277 
Parcela de um dado exercício recebida 
parcelada (ex. em 10 vezes), em vez 
de uma só vez (uma parcela anual) ↓ 
 Favorece risco de não quitação ↓ 
Caso em que o valor da parcela 
pode ser utilizado para o 
pagamento de tributo, se em 
278 
mora de pagar a parcela (art. 78, 
§2) ↓ 
Pode compensar o valor da parcela 
com algum tributo. 
Desapropriação de imóvel residencial 
do credor: prazo reduzido - 
parcelamento até 2 anos. 
279 
Pode seqüestro das verbas: se vencido 
o prazo para pagamento ou preterido 
o direito de recebimento. 
Adin: decidiu pela suspensão do artigo 
78 do ADCT e, pois, do regime de 
pagamento parcelado que ele instituiu 
Esquema art. 78 ADCT: 
280 
 
 
281Incluídos pela Emenda Constitucional nº 
37, de 2002: exceção ao parcelamento 
em dez anos 
282 
Objetivo: excluir determinados 
créditos do pagamento parcelado na 
forma do art. 78 do ADCT, quais ↓ 
Créditos de pequeno valor. 
Art. 86. Serão pagos conforme disposto no art. 
100 da Constituição Federal, não se lhes 
aplicando a regra de parcelamento 
estabelecida no caput do art. 78 deste Ato das 
283 
Disposições Constitucionais Transitórias, os 
débitos da Fazenda Federal, Estadual, Distrital 
ou Municipal oriundos de sentenças 
transitadas em julgado, que preencham, 
cumulativamente, as seguintes condições: 
I - ter sido objeto de emissão de precatórios 
judiciários; 
II - ter sido definidos como de pequeno valor 
pela lei de que trata o § 3º do art. 100 da 
Constituição Federal ou pelo art. 87 deste Ato 
284 
das Disposições Constitucionais Transitórias; 
III - estar, total ou parcialmente, pendentes de 
pagamento na data da publicação desta 
Emenda Constitucional. 
§ 1º Os débitos a que se refere o caput deste 
artigo, ou os respectivos saldos, serão pagos 
na ordem cronológica de apresentação dos 
respectivos precatórios, com precedência 
sobre os de maior valor. (“precedência que 
cede apenas aos créditos de natureza 
285 
alimentícia, que terão preferência sobre todos 
os demais -§3º”) 
§ 2º Os débitos a que se refere o caput deste 
artigo, se ainda não tiverem sido objeto de 
pagamento parcial, nos termos do art. 78 
deste Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias, poderão ser pagos em duas 
parcelas anuais, se assim dispuser a lei. 
§ 3º Observada a ordem cronológica de sua 
apresentação, os débitos de natureza 
286 
alimentícia previstos neste artigo terão 
precedência para pagamento sobre todos os 
demais. 
Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do 
art. 100 da Constituição Federal e o art. 78 
deste Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias serão considerados de pequeno 
valor, até que se dê a publicação oficial das 
respectivas leis definidoras pelos entes da 
Federação, observado o disposto no § 4º do 
287 
art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou 
obrigações consignados em precatório 
judiciário, que tenham valor igual ou inferior 
a: 
I - quarenta salários-mínimos, perante a 
Fazenda dos Estados e do Distrito Federal; 
II - trinta salários-mínimos, perante a Fazenda 
dos Municípios. 
Parágrafo único. Se o valor da execução 
288 
ultrapassar o estabelecido neste artigo, o 
pagamento far-se-á, sempre, por meio de 
precatório, sendo facultada à parte exeqüente 
a renúncia ao crédito do valor excedente, para 
que possa optar pelo pagamento do saldo sem 
o precatório, da forma prevista no § 3º do art. 
100. 
Exceção ao regime do art. 78 – 
créditos de pequeno valor↓ 
289 
Art. 86 - Deve aplicar a regra do art. 
100, caput → pagamento em uma 
única vez ↓ 
Objeto de emissão de precatórios e 
que sejam de pequeno valor. 
Débitos de natureza alimentar serão 
pagos antes dos débitos comuns. 
290 
Esquema Art. 86 e 87 ADCT 
 
 
291 
 
Emenda Constitucional nº 62, de 2009: 
Modifica a regra do art.100 e introduz o 
art. 97, ADCT 
292 
Art. 97. Até que seja editada a lei 
complementar de que trata o § 15 do art. 100 
da Constituição Federal, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios que, na data de 
publicação desta Emenda Constitucional, 
estejam em mora na quitação de precatórios 
vencidos, relativos às suas administrações 
direta e indireta, inclusive os emitidos durante 
o período de vigência do regime especial 
instituído por este artigo, farão esses 
pagamentos de acordo com as normas a 
293 
seguir estabelecidas, sendo inaplicável o 
disposto no art. 100 desta Constituição 
Federal, exceto em seus §§ 2º, 3º, 9º, 10, 11, 
12, 13 e 14, e sem prejuízo dos acordos de 
juízos conciliatórios já formalizados na data de 
promulgação desta Emenda Constitucional. 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios sujeitos ao regime especial de que 
trata este artigo optarão, por meio de ato do 
Poder Executivo: 
294 
I - pelo depósito em conta especial do valor 
referido pelo § 2º deste artigo; ou 
II - pela adoção do regime especial pelo prazo 
de até 15 (quinze) anos, caso em que o 
percentual a ser depositado na conta especial 
a que se refere o § 2º deste artigo 
corresponderá, anualmente, ao saldo total 
dos precatórios devidos, acrescido do índice 
oficial de remuneração básica da caderneta de 
poupança e de juros simples no mesmo 
295 
percentual de juros incidentes sobre a 
caderneta de poupança para fins de 
compensação da mora, excluída a incidência 
de juros compensatórios, diminuído das 
amortizações e dividido pelo número de anos 
restantes no regime especial de pagamento. 
§ 2º Para saldar os precatórios, vencidos e a 
vencer, pelo regime especial, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios devedores 
depositarão mensalmente, em conta especial 
296 
criada para tal fim, 1/12 (um doze avos) do 
valor calculado percentualmente sobre as 
respectivas receitas correntes líquidas, 
apuradas no segundo mês anterior ao mês de 
pagamento, sendo que esse percentual, 
calculado no momento de opção pelo regime 
e mantido fixo até o final do prazo a que se 
refere o § 14 deste artigo, será: 
I - para os Estados e para o Distrito Federal: 
a) de, no mínimo, 1,5% (um inteiro e cinco 
297 
décimos por cento), para os Estados das 
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além 
do Distrito Federal, ou cujo estoque de 
precatórios pendentes das suas 
administrações direta e indireta corresponder 
a até 35% (trinta e cinco por cento) do total da 
receita corrente líquida; 
b) de, no mínimo, 2% (dois por cento), para os 
Estados das regiões Sul e Sudeste, cujo 
estoque de precatórios pendentes das suas 
298 
administrações direta e indireta corresponder 
a mais de 35% (trinta e cinco por cento) da 
receita corrente líquida; 
II - para Municípios: 
a) de, no mínimo, 1% (um por cento), para 
Municípios das regiões Norte, Nordeste e 
Centro-Oeste, ou cujo estoque de precatórios 
pendentes das suas administrações direta e 
indireta corresponder a até 35% (trinta e cinco 
por cento) da receita corrente líquida; 
299 
b) de, no mínimo, 1,5% (um inteiro e cinco 
décimos por cento), para Municípios das 
regiões Sul e Sudeste, cujo estoque de 
precatórios pendentes das suas 
administrações direta e indireta corresponder 
a mais de 35 % (trinta e cinco por cento) da 
receita corrente líquida. 
§ 3º Entende-se como receita corrente líquida, 
para os fins de que trata este artigo, o 
somatório das receitas tributárias, 
300 
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de 
contribuições e de serviços, transferências 
correntes e outras receitas correntes, 
incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da 
Constituição Federal, verificado no período 
compreendido pelo mês de referência e os 11 
(onze) meses anteriores, excluídas as 
duplicidades, e deduzidas: 
I - nos Estados, as parcelas entregues aos 
Municípios por determinação constitucional; 
301 
II - nos Estados, no Distrito Federal e nos 
Municípios, a contribuição dos servidores para 
custeio do seu sistema de previdência e 
assistência social e as receitas provenientes da 
compensação financeira referida no § 9º do 
art. 201 da Constituição Federal. 
§ 4º As contas especiais de que tratam os §§ 
1º e 2º serão administradas pelo Tribunal de 
Justiça local, para pagamento de precatórios 
expedidos pelos tribunais. 
302 
§ 5º Os recursos depositados nas contas 
especiais de que tratam os §§ 1º e 2º deste 
artigo não poderão retornar para Estados, 
Distrito Federal e Municípios devedores. 
§ 6º Pelo menos 50%(cinquenta por cento) 
dos recursos de que tratam os §§ 1º e 2º 
deste artigo serão utilizados para pagamento 
de precatórios em ordem cronológica de 
apresentação, respeitadas as preferências 
definidas no § 1º, para os requisitórios do 
303 
mesmo ano e no § 2º do art. 100, para 
requisitórios de todos os anos. 
§ 7º Nos casos em que não se possa 
estabelecer a precedência cronológica entre 2 
(dois) precatórios, pagar-se-á primeiramente 
o precatório de menor valor. 
§ 8º A aplicação dos recursos restantes 
dependerá de opção a ser exercida por 
Estados, Distrito Federal e Municípios 
devedores, por ato do Poder Executivo, 
304 
obedecendo à seguinte forma, que poderá ser 
aplicada isoladamente ou simultaneamente: 
I - destinados ao pagamento dos precatórios 
por meio do leilão; 
II - destinados a pagamento a vista de 
precatórios não quitados na forma do § 6° e 
do inciso I, em ordem única e crescente de 
valor por precatório; 
III - destinados a pagamento por acordo direto 
305 
com os credores, na forma estabelecida por 
lei própria da entidade devedora, que poderá 
prever criação e forma de funcionamento de 
câmara de conciliação. 
§ 9º Os leilões de que trata o inciso I do § 8º 
deste artigo: 
I - serão realizados por meio de sistema 
eletrônico administrado por entidade 
autorizada pela Comissão de Valores 
Mobiliários ou pelo Banco Central do Brasil; 
306 
II - admitirão a habilitação de precatórios, ou 
parcela de cada precatório indicada pelo seu 
detentor, em relação aos quais não esteja 
pendente, no âmbito do Poder Judiciário, 
recurso ou impugnação de qualquer natureza, 
permitida por iniciativa do Poder Executivo a 
compensação com débitos líquidos e certos, 
inscritos ou não em dívida ativa e constituídos 
contra devedor originário pela Fazenda 
Pública devedora até a data da expedição do 
precatório, ressalvados aqueles cuja 
307 
exigibilidade esteja suspensa nos termos da 
legislação, ou que já tenham sido objeto de 
abatimento nos termos do § 9º do art. 100 da 
Constituição Federal; 
III - ocorrerão por meio de oferta pública a 
todos os credores habilitados pelo respectivo 
ente federativo devedor; 
IV - considerarão automaticamente habilitado 
o credor que satisfaça o que consta no inciso 
II; 
308 
V - serão realizados tantas vezes quanto 
necessário em função do valor disponível; 
VI - a competição por parcela do valor total 
ocorrerá a critério do credor, com deságio 
sobre o valor desta; 
VII - ocorrerão na modalidade deságio, 
associado ao maior volume ofertado 
cumulado ou não com o maior percentual de 
deságio, pelo maior percentual de deságio, 
podendo ser fixado valor máximo por credor, 
309 
ou por outro critério a ser definido em edital; 
VIII - o mecanismo de formação de preço 
constará nos editais publicados para cada 
leilão; 
IX - a quitação parcial dos precatórios será 
homologada pelo respectivo Tribunal que o 
expediu. 
§ 10. No caso de não liberação tempestiva dos 
recursos de que tratam o inciso II do § 1º e os 
310 
§§ 2º e 6º deste artigo: 
I - haverá o sequestro de quantia nas contas 
de Estados, Distrito Federal e Municípios 
devedores, por ordem do Presidente do 
Tribunal referido no § 4º, até o limite do valor 
não liberado; 
II - constituir-se-á, alternativamente, por 
ordem do Presidente do Tribunal requerido, 
em favor dos credores de precatórios, contra 
Estados, Distrito Federal e Municípios 
311 
devedores, direito líquido e certo, 
autoaplicável e independentemente de 
regulamentação, à compensação automática 
com débitos líquidos lançados por esta contra 
aqueles, e, havendo saldo em favor do credor, 
o valor terá automaticamente poder 
liberatório do pagamento de tributos de 
Estados, Distrito Federal e Municípios 
devedores, até onde se compensarem; 
III - o chefe do Poder Executivo responderá na 
312 
forma da legislação de responsabilidade fiscal 
e de improbidade administrativa; 
IV - enquanto perdurar a omissão, a entidade 
devedora: 
a) não poderá contrair empréstimo externo ou 
interno; 
b) ficará impedida de receber transferências 
voluntárias; 
313 
V - a União reterá os repasses relativos ao 
Fundo de Participação dos Estados e do 
Distrito Federal e ao Fundo de Participação 
dos Municípios, e os depositará nas contas 
especiais referidas no § 1º, devendo sua 
utilização obedecer ao que prescreve o § 5º, 
ambos deste artigo. 
§ 11. No caso de precatórios relativos a 
diversos credores, em litisconsórcio, admite-
se o desmembramento do valor, realizado 
314 
pelo Tribunal de origem do precatório, por 
credor, e, por este, a habilitação do valor total 
a que tem direito, não se aplicando, neste 
caso, a regra do § 3º do art. 100 da 
Constituição Federal. 
§ 12. Se a lei a que se refere o § 4º do art. 100 
não estiver publicada em até 180 (cento e 
oitenta) dias, contados da data de publicação 
desta Emenda Constitucional, será 
considerado, para os fins referidos, em 
315 
relação a Estados, Distrito Federal e 
Municípios devedores, omissos na 
regulamentação, o valor de: 
I - 40 (quarenta) salários mínimos para 
Estados e para o Distrito Federal; 
II - 30 (trinta) salários mínimos para 
Municípios. 
§ 13. Enquanto Estados, Distrito Federal e 
Municípios devedores estiverem realizando 
316 
pagamentos de precatórios pelo regime 
especial, não poderão sofrer sequestro de 
valores, exceto no caso de não liberação 
tempestiva dos recursos de que tratam o 
inciso II do § 1º e o § 2º deste artigo. 
§ 14. O regime especial de pagamento de 
precatório previsto no inciso I do § 1º vigorará 
enquanto o valor dos precatórios devidos for 
superior ao valor dos recursos vinculados, nos 
termos do § 2º, ambos deste artigo, ou pelo 
317 
prazo fixo de até 15 (quinze) anos, no caso da 
opção prevista no inciso II do § 1º. 
§ 15. Os precatórios parcelados na forma do 
art. 33 ou do art. 78 deste Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias e ainda pendentes 
de pagamento ingressarão no regime especial 
com o valor atualizado das parcelas não pagas 
relativas a cada precatório, bem como o saldo 
dos acordos judiciais e extrajudiciais. 
§ 16. A partir da promulgação desta Emenda 
318 
Constitucional, a atualização de valores de 
requisitórios, até o efetivo pagamento, 
independentemente de sua natureza, será 
feita pelo índice oficial de remuneração básica 
da caderneta de poupança, e, para fins de 
compensação da mora, incidirão juros simples 
no mesmo percentual de juros incidentes 
sobre a caderneta de poupança, ficando 
excluída a incidência de juros compensatórios. 
§ 17. O valor que exceder o limite previsto no 
319 
§ 2º do art. 100 da Constituição Federal será 
pago, durante a vigência do regime especial, 
na forma prevista nos §§ 6º e 7º ou nos 
incisos I, II e III do § 8° deste artigo, devendo 
os valores dispendidos para o atendimento do 
disposto no § 2º do art. 100 da Constituição 
Federal serem computados para efeito do § 6º 
deste artigo. 
§ 18. Durante a vigência do regime especial a 
que se refere este artigo, gozarão também da 
320 
preferência a que se refere o § 6º os titulares 
originais de precatórios que tenham 
completado 60 (sessenta) anos de idade até a 
data da promulgação desta Emenda 
Constitucional. 
Débitos alimentares 
 
Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 62, de 2009: Art. 100 ↓ 
321 
Regra é o pagamento de uma única 
vez, tendo-se em vista a ordem 
cronológica de apresentação. 
A ordem vai observar como limite o 
dia 1/7. Art. 100, caput e §§5º e 8º. 
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas 
Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital 
e Municipais, em virtude de sentença 
322 
judiciária,far-se-ão exclusivamente na ordem 
cronológica de apresentação dos precatórios e 
à conta dos créditos respectivos, proibida a 
designação de casos ou de pessoas nas 
dotações orçamentárias e nos créditos 
adicionais abertos para este fim. 
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia 
compreendem aqueles decorrentes de 
salários, vencimentos, proventos, pensões e 
suas complementações, benefícios 
323 
previdenciários e indenizações por morte ou 
por invalidez, fundadas em responsabilidade 
civil, em virtude de sentença judicial 
transitada em julgado, e serão pagos com 
preferência sobre todos os demais débitos, 
exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste 
artigo. 
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos 
titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade 
ou mais na data de expedição do precatório, 
324 
ou sejam portadores de doença grave, 
definidos na forma da lei, serão pagos com 
preferência sobre todos os demais débitos, 
até o valor equivalente ao triplo do fixado em 
lei para os fins do disposto no § 3º deste 
artigo, admitido o fracionamento para essa 
finalidade, sendo que o restante será pago na 
ordem cronológica de apresentação do 
precatório. 
§ 3º O disposto no caput deste artigo 
325 
relativamente à expedição de precatórios não 
se aplica aos pagamentos de obrigações 
definidas em leis como de pequeno valor que 
as Fazendas referidas devam fazer em virtude 
de sentença judicial transitada em julgado. 
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão 
ser fixados, por leis próprias, valores distintos 
às entidades de direito público, segundo as 
diferentes capacidades econômicas, sendo o 
mínimo igual ao valor do maior benefício do 
326 
regime geral de previdência social. 
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento 
das entidades de direito público, de verba 
necessária ao pagamento de seus débitos, 
oriundos de sentenças transitadas em julgado, 
constantes de precatórios judiciários 
apresentados até 1º de julho, fazendo-se o 
pagamento até o final do exercício seguinte, 
quando terão seus valores atualizados 
monetariamente. 
327 
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos 
abertos serão consignados diretamente ao 
Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do 
Tribunal que proferir a decisão exequenda 
determinar o pagamento integral e autorizar, 
a requerimento do credor e exclusivamente 
para os casos de preterimento de seu direito 
de precedência ou de não alocação 
orçamentária do valor necessário à satisfação 
do seu débito, o sequestro da quantia 
respectiva. 
328 
§ 7º O Presidente do Tribunal competente 
que, por ato comissivo ou omissivo, retardar 
ou tentar frustrar a liquidação regular de 
precatórios incorrerá em crime de 
responsabilidade e responderá, também, 
perante o Conselho Nacional de Justiça. 
§ 8º É vedada a expedição de precatórios 
complementares ou suplementares de valor 
pago, bem como o fracionamento, repartição 
ou quebra do valor da execução para fins de 
329 
enquadramento de parcela do total ao que 
dispõe o § 3º deste artigo. 
§ 9º No momento da expedição dos 
precatórios, independentemente de 
regulamentação, deles deverá ser abatido, a 
título de compensação, valor correspondente 
aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não 
em dívida ativa e constituídos contra o credor 
original pela Fazenda Pública devedora, 
incluídas parcelas vincendas de 
330 
parcelamentos, ressalvados aqueles cuja 
execução esteja suspensa em virtude de 
contestação administrativa ou judicial. 
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o 
Tribunal solicitará à Fazenda Pública 
devedora, para resposta em até 30 (trinta) 
dias, sob pena de perda do direito de 
abatimento, informação sobre os débitos que 
preencham as condições estabelecidas no § 
9º, para os fins nele previstos. 
331 
§ 11. É facultada ao credor, conforme 
estabelecido em lei da entidade federativa 
devedora, a entrega de créditos em 
precatórios para compra de imóveis públicos 
do respectivo ente federado. 
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda 
Constitucional, a atualização de valores de 
requisitórios, após sua expedição, até o 
efetivo pagamento, independentemente de 
sua natureza, será feita pelo índice oficial de 
332 
remuneração básica da caderneta de 
poupança, e, para fins de compensação da 
mora, incidirão juros simples no mesmo 
percentual de juros incidentes sobre a 
caderneta de poupança, ficando excluída a 
incidência de juros compensatórios. 
§ 13. O credor poderá ceder, total ou 
parcialmente, seus créditos em precatórios a 
terceiros, independentemente da 
concordância do devedor, não se aplicando ao 
333 
cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. 
§ 14. A cessão de precatórios somente 
produzirá efeitos após comunicação, por meio 
de petição protocolizada, ao tribunal de 
origem e à entidade devedora. 
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei 
complementar a esta Constituição Federal 
poderá estabelecer regime especial para 
pagamento de crédito de precatórios de 
Estados, Distrito Federal e Municípios, 
334 
dispondo sobre vinculações à receita corrente 
líquida e forma e prazo de liquidação. 
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, 
a União poderá assumir débitos, oriundos de 
precatórios, de Estados, Distrito Federal e 
Municípios, refinanciando-os diretamente. 
Estabelece algumas preferências no 
pagamento: as preferências se 
referem aos débitos alimentares. 
335 
Há 2 tipos de crédito de natureza 
alimentícia: 
a) Titulares com mais de 60 anos → 
pagos antes de todo mundo 
↓ 
Limite: 3 vezes o precatório 
definido como de pequeno valor. 
(Art. 100, §2). 
336 
 
b) Titulares portadores de doença 
grave. 
 
Pagamento dos débitos alimentares 
gerais será feito sem limite de valor. 
Art. 100, §1º, CR. 
 
Exceções à regra geral: se aplicam aos 
337 
créditos de pequeno valor, que serão 
definidos em lei. ↓ 
Ausente a lei: pequeno valor = 40 SM 
para E e DF e 30 SM para M. (Art. 100, 
§4º, CR. Art. 97, §12). 
 
Peculiaridades do novo regime: 
338 
I - poderá haver uma compensação de 
ofício entre precatórios e os débitos 
da fazenda pública (inscritos ou não 
da dívida ativa). ↓ 
Não há escolha, faz-se a compensação 
de ofício. ↓ 
339 
Inclusive com parcelas vincendas 
de programa de parcelamento ↓ 
Compensação de ofício independe de 
regulamentação. Art. 100, §§9º e 10º. 
II – dação em pagamento com 
precatórios: pode ser utilizado para a 
compra de imóvel do ente devedor. 
340 
Art. 100, §11, CR. 
III – possibilidade de cessão total ou 
parcial dos precatórios a terceiros ↓ 
Independe da concordância do 
devedo ↓ 
Só produzirá efeitos comunicada ao 
tribunal. Art. 100, §§13 e 14. 
341 
IV – LC vai estabelecer regime especial 
de pagamento para os precatórios dos 
E, DF e M. Art. 97, ADCT e art. 100, 
§15. 
V – a U poderá assumir os débitos dos 
E, DF e M. Se a U fizer isso, fará na 
forma da lei e a U terá prerrogativa de 
refinanciar os débitos. Essa 
342 
possibilidade está no art. 100, §16, da 
CR. 
 
Art. 97, ADCT 
Aplicável até o advento da LC que vai 
estabelecer o regime especial ↓ 
Alguns pontos do art. 100 
343 
permanecem aplicáveis: 
a) Preferências (débitos alimentares) 
b) A possibilidade de compensação de 
ofício. 
c) A forma de atualização dos valores 
dos precatórios. 
d) A possibilidade de cessão de créditos. 
 
344 
Na aplicação do regime especial: E, DF 
e M terão 2 possibilidades (art. 97, 
§§1º e 2º, ADCT): 
 
1) Fazer um depósito de valores numa 
conta especialmente destinada ao 
pagamento de precatórios. 
2) Pagamento em até 15 anos. 
345 
 
� Depósito leva em conta 2 
variáveis:� Receita corrente líquida do ente 
(receitas próprias) 
� O valor dos precatórios pendentes. 
Se: 
* Resultado dos P até 35% da RCL → 
346 
depósito com percentual de 1,5%. 
* Limite de comprometimento 
superior a 35% da RCL: depósito no 
percentual de 2%. 
Feito o depósito: 
a) 50% dos valores depositados serão 
utilizados para pagamento dos 
347 
precatórios de acordo com ordem 
cronológica. 
b) Restante: E, DF e M vão definir o 
que farão como dinheiro. 
Opções pela CR 
i. Fazer pagamento via leilão; 
ii. Paga à vista e de uma só vez os 
348 
precatórios que não foram pagos; 
iii. Faz pagamento via acordo (câmara 
de conciliação que será 
implementada). 
Conta será administrada pelo TJ: 
dinheiro não volta para o E. 
Se os recursos não forem liberados 
349 
Conseqüências no art. 97, §10, ADCT: 
* Seqüestro de valores nas contas. 
* Compensação de ofício com os 
débitos dos credores ↓ 
Compensação automática ↓ 
Se sobrar saldo: precatório com 
350 
poder liberatório para o 
pagamento de tributos futuros. 
Compensação de tributos com 
precatórios 
Simples existência dos créditos não 
basta para que haja a possibilidade de 
compensação. ↓ 
351 
É preciso lei que estabeleça as 
condições para a realização da 
compensação (CTN, 156, II). 
Só em duas hipóteses: 
1) Art. 78 ADCT: diante da não 
quitação da parcela anual. 
 
352 
2) Art. 97 ADCT: não liberação 
tempestiva de recursos destinados 
ao pagamento de precatórios 
segundo a ordem cronológica. 
* Apenas e exclusivamente nessas 
duas hipóteses é que a compensação 
é possível, sem lei prévia. 
353 
Mas: 
STJ considera que art. 97 revogou 
tacitamente o art. 78. 
Assim: 
Art. 97, §10, II: é hoje a única 
hipótese de compensação pré 
admitida na CF. Demais, só por lei. 
354 
Improbidade e sanções 
* Chefe do poder executivo sujeito às 
medidas decorrentes de improbidade 
administrativa. 
* Haverá sanções aplicáveis aos entes: 
i. Não poderá contrair empréstimo; 
ii. Não poderá receber transferências 
355 
voluntárias; 
iii. Retenção dos repasses da U aos 
fundos de participação dos E e M. 
↓ 
Em vez de repassar, faz o depósito 
na conta 
 ↓ 
Ente perde disponibilidade do $ - 
356 
presidente do TJ quem administra. 
Intervenção federal 
Condições e limites para a intervenção 
federal no caso de não pagamento de 
precatórios. 
STF: só cabível por descumprimento 
voluntário e intencional ↓ 
357 
Se não pagou porque não tem 
dinheiro, não justifica a intervenção. 
Penhora de precatório em processo 
de execução fiscal 
STJ: possível, mesmo que não se trate 
do mesmo ente. 
Mas, súmula 406 do STJ: 
358 
A Fazenda Pública pode recusar a substituição 
do bem penhorado por precatório. 
Por que pode recusar substituição: 
Art. 15, I, Lei Execução Fiscal: 
“a substituição de bens penhorados sem a 
concordância da Fazenda somente alcança 
dinheiro ou fiança bancária.” 
Precatórios não estão topo prioridade 
359 
quanto à penhora (art. 11, LEF). 
CONTROLE DA ATIVIDADE FINANCEIRA 
Como é feito e suas modalidades de 
controle 
Controle interno, de cada poder e 
externo, pelo congresso e auxiliado 
pelo TC, fiscalização de:

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