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PROFESSORA BETHÂNIA BASTOS LEUCEMIA VIRAL FELINA O vírus da leucemia felina (FeLV) é um retrovírus Importante patógenos dos gatos domésticos Desordens neoplásicas e degenerativas Linfomas, sarcomas, imunodeficiência e doenças hematopoiéticas Severidade depende da variante do vírus LEUCEMIA VIRAL FELINA Eliminam o vírus pela saliva, urina e fezes Transmissão por contato íntimo Mordidas, ‘grooming’, uso comum de bandejas sanitárias e vasilhas de água e comida Transplacentária LEUCEMIA VIRAL FELINA ETIOLOGIA RETROVÍRUS GAMA Retrovírus oncogênico, envelopado Fita simples de RNA, que é transcrito pela enzima transcriptase reversa LEUCEMIA VIRAL FELINA Replicação Como outros retrovírus, ao penetrar na célula, o FeLV induz à transcrição reversa = DNA viral é copiado a partir do seu RNA As cópias do DNA viral (provírus) migram pro núcleo, onde é incorporado ao DNA cromossômico da célula hospedeira = transmitido às células filhas juntamente com outros genes LEUCEMIA VIRAL FELINA Maior característica dos retrovírus = PERSISTÊNCIA Integração à célula hospedeira = provírus mantido por toda a vida da célula Evasão do sistema imune = imunotolerância aos antígenos virais Supressão da resposta imune = importante pro FeLV sobreviver LEUCEMIA VIRAL FELINA SUBGRUPOS do FeLV 4 subgrupos com base nas diferenças antigênicas, genéticas e funcionais = A, B, C, T Diferem pelos receptores da célula e regulam quando e qual tipo de doença ocorrerá LEUCEMIA VIRAL FELINA SUBGRUPOS do FeLV FeLV-A Presente em todos animais positivos, podendo estar acompanhado do B ou C pois sem o A os outros não conseguiriam penetrar na célula e se replicar Pode causar linfomas, mas geralmente promove lesões moderadas na ausência de outros subgrupos LEUCEMIA VIRAL FELINA SUBGRUPOS do FeLV FeLV-B Associado a doença mieloproliferativa ou mielossupressora LEUCEMIA VIRAL FELINA SUBGRUPOS do FeLV FeLV-C Associado a anemia aplásica Mais grave LEUCEMIA VIRAL FELINA SUBGRUPOS do FeLV FeLV-T Associado a depleção linfoide e imunodeficiência LEUCEMIA VIRAL FELINA HOSPEDEIROS Gatos domésticos Felinos selvagens LEUCEMIA VIRAL FELINA Fator predisponente: ◦Elevada densidade populacional ◦Gatis ◦Gatos jovens são mais sensíveis ◦Infecções com viremia persistente diminuem com a idade Patogenia Exposição oronasal Replica-se nos tecidos linfóides Espalha-se em leucócitos mononucleares infectados Para outros tecidos linforeticulares e a medula óssea Para muitos gatos os anticorpos e os linfócitos T são produzidos neste momento Eliminação do vírus Infecção latente na medula óssea em 1/3 dos infectados Produção extensiva do vírus na medula óssea Dissemina para epitélios glandulares e mucosa Períodos prolongados de replicação viral em tecidos hemopoéticos Depleção de células linfóides e mielóides Anemia e Imunossupressão + Alterações neoplásicas Ativação do oncogene celular Imunocompetentes podem restringir a infecção: 30% dos casos LEUCEMIA VIRAL FELINA ESTÁGIOS DE INFECÇÃO Infecção abortiva ◦Felinos imunocompetentes interrompem a replicação viral ◦Altos títulos de anticorpos ◦Testes negativos: RNA viral, DNA proviral e ELISA para antígeno p27 LEUCEMIA VIRAL FELINA ESTÁGIOS DE INFECÇÃO Infecção regressiva ◦Replicação viral em células mononucleares e viremia; ◦ Teste ELISA positivo ◦Animais podem interromper a viremia por resposta imune mas medula permanece com o vírus ◦ ELISA e IFI negativos e não transmite ◦ Infecção latente poderá ser reativada na gestação, condição de estresse ou altas doses de corticosteroides; LEUCEMIA VIRAL FELINA ESTÁGIOS DE INFECÇÃO Infecção progressiva ◦Infecção viral não é contida ◦ Viremia por mais de 16 semanas ◦ Eliminação do vírus nas secreções ◦ Desenvolvimento de doença relacionada à infecção no período de 3 anos ◦ Teste de antígenos positivo após 2 a 3 semanas da infecção LEUCEMIA VIRAL FELINA SINAIS CLÍNICOS Maioria dos gatos PI ◦ Sobrevida de 2 a 3 anos. ◦ 80% doença não neoplásica associada a FELV. ◦ 20 % dos restantes morrem de: ◦ Neoplasia ◦ Linfossarcoma Início da infecção ◦ Febre ◦ Mal – estar LEUCEMIA VIRAL FELINA SINAIS CLÍNICOS Crônicos e inespecíficos ◦Anemia ◦Redução do desenvolvimento reprodutivo ◦Enterite ◦Perda de peso LEUCEMIA VIRAL FELINA SINAIS CLÍNICOS Linfoma Leucemia Fibrossarcoma Anemia e aplasia de medula óssea Linfadenopatia (...) LEUCEMIA VIRAL FELINA DIAGNÓSTICO Detecção de antígenos virais ◦ ELISA ◦ Imunofluorescência indireta (IFI) ◦ Ensaios imunocromatográficos (ICGA) IFI utilizado para confirmar PI após 12 semanas do ELISA positivo Biologia Molecular LEUCEMIA VIRAL FELINA CONTROLE Diagnosticar o gatos positivos; Separar os animais positivos; Infectados devem ser rotineiramente avaliados; Fazer o diagnóstico antes de introduzir o gato no gatil; LEUCEMIA VIRAL FELINA TRATAMENTO Terapia antiviral AZT – 5mg/kg a cada 8 horas; Eficaz na proteção de recém expostos contra viremia persistente; Não apresenta efeito se a infecção estiver em curso; Uso proibido no Brasil LEUCEMIA VIRAL FELINA TRATAMENTO Quimioterapia Linfoma Transfusão de sangue Doador negativo LEUCEMIA VIRAL FELINA TRATAMENTO Interferon Prednisolona LEUCEMIA VIRAL FELINA VACINA Não proporciona proteção completa; Não é seguro introduzir animais + em local com animais vacinados; Só vacinar animais negativos no ELISA/IFI! LEUCEMIA VIRAL FELINA VACINA Esquema: dada no membro posterior esquerdo 1ª dose: filhotes negativos com 8 a 9 semanas de idade Reforço: 3 a 4 semanas da 1ª dose Reforços anuais em felinos altamente expostos à risco de infecção Animais com idade superior a 4 anos, que não foram imunizados, são naturalmente mais resistentes à infecção pelo FeLV; LEUCEMIA VIRAL FELINA VACINA Sarcomas associados a vacinas Tumores se desenvolvem após 4 meses a 2 anos da vacinação; Resposta aos adjuvantes. Em gatos mais velhos, o risco de desenvolver sarcoma é maior que o de desenvolver viremia persistente pelo FeLV. Vírus da imunodeficiência felina FIV AIDS felina Não há risco à saúde humana Vírus da imunodeficiência felina ETIOLOGIA Família Retroviridae: gênero Lentivírus ◦ Vírus da imunodeficiência dos felinos (FIV) ◦ Animais permanecem infectados durante toda a sua vida Vírus da imunodeficiência felina ETIOLOGIA Tipos ◦5 subtipos: A, B, C, D, E ◦Com base na diversidade da sequência de aminoácidos do gene do envelope ◦Pode determinar patogenias mais severas Vírus da imunodeficiência felina TRANSMISSÃO Ferimento causado por mordida Saliva ou sangue Transplacentário e transmamário = incomum Transmissão horizontal em gatis ou domicílios com múltiplos gatos é aparentemente rara Vírus da imunodeficiência felina EPIDEMIOLOGIA Machos errantes são mais susceptíveis Vírus da imunodeficiência felina Vírus da imunodeficiência felina EPIDEMIOLOGIA Baixa morbidade e mortalidade Gradual declínio de Linfócitos T CD4+ PATOGENIA Vírus penetra pela mordida Penetra e replica – se em linfócitos TCD4, macrófagos e células da micróglia Viremia aumenta entre 7 a 8 semanas de infecção Anticorpos aumentam com 2 semanas de infecção Progressiva alteração da resposta imunológica, com gradual diminuição de Linfócitos T CD4+. Vírus da imunodeficiência felina SINAIS CLÍNICOS Aguda ◦Linfadenomegalia◦Febre ◦Neutropenia Vírus da imunodeficiência felina SINAIS CLÍNICOS Assintomática ◦Sintomas brandas ◦Parece que teve cura clínica Vírus da imunodeficiência felina SINAIS CLÍNICOS Terminal ◦ Estomatite/Gengivite crônica ◦ Diarreia ◦ Doenças oculares ◦ Febre recorrente ◦ Leucopenia ◦ Perda de peso ◦ Infecções secundárias: respiratórias, entéricas e dermatites ◦ Comprometimento de SNC ◦ Alterações comportamentais, convulsões Vírus da imunodeficiência felina DIAGNÓSTICO Detecção de anticorpos = infecção Infecção persistente resulta na contínua produção de anticorpo Testes: ELISA RIFI Biologia Molecular Filhotes < 6 meses: podem ter anticorpos maternos Resposta humoral detectada 8 semanas após a infecção Vírus da imunodeficiência felina TRATAMENTO Terapia de suporte Interferon Evitar estresse Isolamento AZT: agente antiviral azidotimidina = melhora clínica e qualidade de vida Vírus da imunodeficiência felina CONTROLE Não há vacina; Controle de gatos errantes; Prevenção a exposição com gatos de origem desconhecida;
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